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Coração = bomba do sistema circulatório dos animais
Ciclo de funcionamento:
Sístole: contração, aumenta a pressão 
dentro das câmaras e força o sangue a sair
Diástole: relaxamento, reduz a pressão e 
permite a entrada de sangue da circulação
Derivação:
Corações com câmaras evoluíram de vasos pulsáteis ou corações 
tubulares peristálticos, independentemente, varias vezes.
Há uma unidade fundamental destas diversas estruturas de bomba.
Constituição do coração:
miocárdio: tecido muscular estriado cardíaco com várias camadas
endocárdio: forra o miocárdio e possui vasos sangüíneos
epicárdio: membrana de tecido conectivo, contínua com pericárdio visceral,
contém vasos coronários
pericárdio: membrana fibrosa (externa, parietal) e serosa (interna, visceral)
Cavidades
• átrios
• ventrículos
Válvulas
VERTEBRADOS
Miocárdio esponjoso ou compacto, com proporções variadas entre as espécies 
Peixes e anfíbios apresentam grande parte de miocárdio esponjoso
esponjoso: pouco vascularizado, cheio de trabéculas.
Miocárdio compacto em mamíferos e aves
Peixes
• 4 câmaras em série
• entrada pelo seio venoso de paredes finas
• ventrículo gera pressão
• bulbo arterial elástico em peixes ósseos
• cone arterial em elasmobrânquios
• coração com 3 câmaras
•Átrios divididos, ventrículo único
• Pouca mistura entre sangue oxigenado e desoxigenado no 
ventrículo por causa de trabéculas 
• Valva espiral no interior do cone arterial direciona sangue 
para artéria pulmocutânea e sistêmica
Anfíbios 
Répteis (não crocodilianos)
• coração com 5 câmaras
• 2 átrios + 3 áreas ventriculares
Ventrículo
-Cavum venosum
-Cavum pulmonale
-Cavum arteriosum
Cone arterial
-Aortas esquerda e direita
-Artéria pulmonar
Geralmente não há grande mistura de sangue
Desvio de sangue quando necessário:
• momentos em que prendem a respiração ou mergulham  desvio D-E
• oxigenação do miocárdio esponjoso direito  desvio E-D
Há regulação do grau e tempo do desvio
Sangue 
oxigenado
Répteis crocodilianos: crocodilo, aligátor 
• 4 câmaras
• completamente dividido
• circuitos sistêmico e pulmonar 
ainda conectados
Veias jugular e 
cava posterior
Seio venoso
Átrio direito
Veias 
pulmonares
Átrio esquerdo
Ventrículo direito
Artéria pulmonar
Ventrículo esquerdo
Forâmen de 
Panizza
Arco sistêmico 
esquerdo
Mergulho
Arco sistêmico 
direito
Circulação em crocodilianos
Aves e Mamíferos
4 câmaras
Lado esquerdo  circulação sistêmica de alta resistência
Lado direito  circulação pulmonar
Septos
Intraventricular
Interatrial
Valvas 
Atrioventriculares AV: 
tricúspide e bicúspide
Semilunares: 
pulmonar e aórtica
Cordas tendíneas
Músculos papilares
Valvas, músculos e cordas
Valvas impedem refluxo 
devido à pressão dentro 
das câmaras cardíacas
Mitral (bicuspide): 
AV esquerda
Aórtica: SL 
esquerda
Pulmonar: SL direita
Tricúspide: 
AV direita
Ciclo cardíaco de aves e mamíferos
VDF – volume 
diastólico final
VSF – volume 
sistólico final
diástase
As duas bombas operam em série e requerem uma equalização delicada do 
débito cardíaco. Em humanos, o débito de cada bomba é de aproximadamente 
5 litros por minuto, mas pode aumentar cerca de 5 vezes durante o exercício.
Débito cardíaco é o volume de 
sangue bombeado pelo ventrículo 
por unidade de tempo.
Fluxo = débito cardíaco = volume sistólico * frequência cardíaca
Pressão exercida pelos 2 lados do coração
Lado direito: pulmonar
Resistência total baixa
• muitos capilares em paralelo
• distancia curta
Lado esquerdo: sistemico
Resistência total alta
• artérias, arteríolas e metarteríolas
• distancia longa
Eletrocardiograma - ECG
Avalia capacidade do coração 
em transmitir impulsos 
elétricos.
• Orientação anatômica
•Tamanho relativo
•Distúrbios de ritmo e condução
•Danos isquêmicos
•Concentrações eletrolíticas
•Influencia de drogas
Derivação – conexão elétrica da pele com 
o aparelho (eletrocardiógrafo)
Eletródios – conectados ao 
galvanômetro, medidor de intensidade de 
corrente
Vetor tridimensional – derivações entre 
eletródios sobre um plano
Traçado- gráfico com ondas P, QRS e T
0.0
2s
Ondas de 
despolarização 
Ondas de 
repolarização 
P-Q: 0,16s
Q-T: 0,35s
QRS –QRS: 0,83s = 72 bat/min
P:passagem do impulso pelos atrios0,16s
QRS: passagem do impulso pelos ventrículos
T: retorno ao pot. de membrana ventricular
P Refratário Platô
Relembrando...
-átrios e ventrículos
-nodos AS e AV
-feixe de His
-Sistema de Purkinje
-fibra interatrial
POTENCIAL DE REPOUSO
[LIC] [LEC]
Na+ 10mM 145mM
K+ 140mM 4,5mM
GK= é >> GNa
Cel. Cardíacas: Vm= -90mV
EK=-92 mV
ENa=+70mV
Canal de K retificados de 
influxo
Condutância 
dependente da [k] 
extracelular
Vm ~ EK
•Bomba Na/K
•Bomba 
Na/Ca
POTENCIAL DE AÇÃO
• grande diversidade de formas
• diversidade de amplitude
• repouso instável no NSA
• diferente do axônio que demora 
milissegundos para repolarizar
• platô pode durar de 100 a 500 ms
POTENCIAL DE AÇÃO RAPIDO
Miócitos atriais
Miócitos ventriculares
Feixe de His
Sistema de Purkinje
Fase 0 Fase 1 Fase 2 Fase 3 Fase 4
Despolarização 
rápida
Repolarização 
transitória
Platô Repolarização rápida Repouso
Corrente de Na+ dep
de voltagem
INa
Canal de K+ 
transiente de efluxo
Ito1 
•Corrente de Ca++ 
tipo L ICaL
• INa
•Corrente retificadora 
retardada IKr e IKur
Canais de K+ dep de 
voltagem:
IKr (retificadora 
retardada rápida)
IKs (retificadora 
retardada lenta)
IKur (retificadora 
retardada 
ultrarrápida)
Bomba Na/K
Bomba Na/Ca
IKr (retificadora de 
influxo)
* Fibras de Purkinje
apresentam canal de 
cloreto Ito2
*GNa + GCa ~ GK * Atividade proteica 
se mantém em todas 
as fases
POTENCIAL DE AÇÃO LENTO
NSA
NAV
Não há canais de Na+ nas 
células
Fase 0 Fase 3 Fase 4
Despolarização Repolarização “Repouso”
ICaT Corrente de Ca 
tipo T
ICaL Corrente de Ca 
tipo L
IKr retificadora 
retardada rapida
IKs retificadora 
retardada lenta
Bomba Na/K
Bomba Na/Ca
ICaL 
GCa >> GK GK >> GCa
0
3
4
Período refratário
PRA = período refratário absoluto
Um segundo PA só pode ser estimulado após 50% de 
repolarização
PRR = período refratário relativo
Um segundo PA pode ser estimulado, porém a intensidade do 
estimulo deve ser supralimiar
PRE = período refratário efetivo
Intervalo de tempo mínimo para que um estimulo limiar possa 
desencadear PAs
Função do PA cardíaco: contração sincronizada e bombeamento efetivo
Assim, não ocorre somação temporal 
PRA
PRR
PRR
PRE
PRE
PRA
Período refratário
Sequencia da ativação cardíaca
Nodo sinoatrial
Átrios
Nodo atrioventricular
Feixe de His
Fibras de Purkinje
Ventrículos
Ventrículos, região subepicárdica
Controle autonômico cardíaco
VAG
O
Nervos 
simpáticos
Nervos 
simpáticos
NS
A
NA
V
Efeitos:
• cronotrópicos – frequência cardíaca
• dromotrópicos – condução atrioventricular
• inotrópicos – força de contração
• lusitrópicos – relaxamento
Sistema Parassimpático
Ach  r. muscarínico M2  proteína Gi
•Abre canal de K IKACh
•Inibe adelilato-ciclase  diminui AMPc  fecha canais de Ca ICaL
•Ativa guanilato-ciclase  aumenta GMPc  fecha canais de Ca ICaL
Sistema Simpático
Nor (+Adr circulante)  r. β1 adrenérgico
proteína Gs
Aumenta adenililciclase  aumenta AMPc  ativa PKA  fosforilação proteica:
• canais de Na If
• canais de K retardados IKs
• canais de Ca ICaL
• troponina C
• recaptação de Ca do RE
Centro de controle 
cardiovascular
mesencefálico
Neurônios 
Simpáticos
Neurônios 
Parassimpáticos
Receptores β1
Na+ e Ca++
despolarização 
frequência e 
força cardíaca
Receptores 
M2
K+ 
hiperpolarização
frequência e 
força cardíaca
Questões:
1. O que é o miocárdio? Qual a diferença entre esponjoso e compacto?
2. Que animais são esperados apresentar miocárdio esponjoso? Por quê?
3. Como ocorre o ciclo cardíaco em um peixe?
4. Qual a diferença entre os corações de anfíbios e répteis?
5. Qual a vantagem da mistura de sangue intraventricular?
6. Quala vantagem e desvantagem da separação completa das câmaras 
cardíacas?
7. O que é contração isovolumétrica?
8. Como funciona o potencial de ação lento? E o rápido?
9. Que canais são semelhantes e diferentes nos 2 potenciais?
10.Por que o nodo SA é considerado o marca passo cardíaco?
11. Como atuam o SNA Simpático e parassimpático sobre o coração?

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