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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TECNOLOGIA GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA DISCIPLINA: MÁQUINAS TÉRMICAS DOCENTE: GIOVANI DAMBROS TELLI TDE2: ANÁLISE DA COMBUSTÃO DE UMA MISTURA COMBUSTÍVEL AUXILIADO POR SOFTWARE ACOMB5: 70% DE CARVÃO MINERAL E 30% DE CAVACO DE EUCALIPTO GRUPO 1: FELIPE MINKS LEONARDO DA ROCHA SANTOS NÍCOLAS GENESINI RAMPON PEDRO DE OLIVEIRA ARENDT Caxias do Sul Junho 2024 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 6 2 METODOLOGIA ................................................................................................................. 7 3 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 12 4 REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 13 LISTA DE TABELA Tabela 1 - Dados Lb x Gases de combustão ................................................................ 7 Tabela 2 - Dados Lb x TAC (°C) ................................................................................... 8 Tabela 3 - O2 % x Lb % ................................................................................................ 9 Tabela 4 - Perda de Potência (%) ............................................................................... 10 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - % mássico dos gases x Lb ........................................................................... 8 Figura 2 - Temp. Adiabática de chama x Lb .................................................................. 9 Figura 3 - % O2 x Lb ................................................................................................... 10 Figura 4 - Perda de Potência (%) ................................................................................ 11 LISTA DE SIGLAS Lb Porcentagem De Ar Teórico H2O Água O2 Gás Oxigénio CO2 Dióxido De Carbono / Gás Carbónico N2 Gás Nitrogénio SO2 Dióxido De Enxofre TAC Temperatura Adiabática Da Chama Tg Temperatura Do Gás De Combustão Ps Potência De Saída Pe Potência De Entrada 1 INTRODUÇÃO O fenômeno da combustão é obtido através da reação química de uma mistura de ar e combustível a fim de produzir calor e trabalho. No presente estudo é esmiuçada a simulação da mistura constituída de 70% de carvão mineral e 30% de cavaco de eucalipto, utilizando para tal o software AComb5. Palavras-chave: Análise de combustível, combustão e ar teórico, carvão mineral, cavaco de eucalipto. 2 METODOLOGIA Utilizando o software AComb5 escolheu-se os combustíveis individualmente e especificou-se as quantidades de cada um para a análise dentro de suas propriedades, sendo estas de 70 kg/h de Cavaco de Eucalipto e 30 kg/h de Carvão Mineral, ambos em base úmida com teor mássico. Para o ar teórico foi adotada a mistura de 20,9% de O2 79,1% de N2. Para a primeira análise alterou-se o percentual de ar teórico – Lb- para que os valores dos gases de combustão fossem recalculados pelo programa. A análise realizada teve início com Lb a 100%, sendo acrescentado intervalos de 10%, indo até 200%. Segundo Lagemann (2016), quando se consegue combustão completa dos reagentes com o ar teórico, os produtos resultantes não contêm oxigênio. Sabemos, experimentalmente, que a combustão completa não é alcançada, a menos que a quantidade de ar fornecida seja maior que a quantidade teórica necessária. Pode ser observado, na Tabela 1, que o aumento da porcentagem de ar teórico na mistura resultou em melhor queima do combustível, visto que a porcentagem de gás carbônico nos gases de combustão diminuiu. No gráfico da Figura 1, também é demonstrado a alteração dos produtos da combustão em função do acréscimo de ar. Tabela 1 - Dados Lb x Gases de combustão Lb x Gases % H2O % O2 % N2 % CO2 % SO2 % 100 8,19 0 70,07 21,45 0,27 110 7,61 1,61 70,8 19,7 0,25 120 7,11 2,99 71,42 18,22 0,23 130 6,68 4,17 71,96 16,95 0,22 140 6,31 5,2 72,43 15,84 0,2 150 5,98 6,1 72,83 14,87 0,19 160 5,69 6,9 73,2 14,01 0,18 170 5,44 7,61 73,52 13,24 0,17 180 5,21 8,25 73,81 12,56 0,16 190 5 8,82 74,07 11,94 0,15 200 4,81 9,34 74,3 11,38 0,14 Figura 1 - % mássico dos gases x Lb Na segunda análise, mudou-se novamente a porcentagem de ar teórico, da mesma forma que a etapa anterior, para colher os dados da temperatura adiabática. Segundo Garcia (2002), a temperatura adiabática de chama pode ser controlada pela quantidade de excesso de ar que é utilizada, a qual possui a tendência de queda quanto maior for a porcentagem de excesso de ar. Ou seja, quanto mais pobre for a combustão, menor será a temperatura de chama. Observa-se que o aumento da porcentagem de ar teórico resultou na diminuição da temperatura adiabática de chama, conforme apresentado na Tabela 2, posteriormente visualizado sua evolução no gráfico da Figura 2. Tabela 2 - Dados Lb x TAC (°C) Lb TAC (°C) 100 2020,3 110 1902,1 120 1800,1 130 1710,9 140 1632,2 150 1562,2 160 1499,4 170 1442,2 180 1391,4 190 1344,5 200 1301,7 0 20 40 60 80 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 % G á s e s % Ar teórico, Lb H2O O2 N2 CO2 SO2 Figura 2 - Temp. Adiabática de chama x Lb Para a terceira analise foi alterado a base para seco volumétrico e a porcentagem de saída do gás oxigênio para 0%, sendo acrescido de 3% em 3% até atingir 15%. Nota-se na queima do combustível, que quando houver mais gás oxigênio na saída, é porque contém um excesso % de ar teórico como observado na Tabela 3 e no gráfico da Figura 3. Tabela 3 - O2 % x Lb % O2% Lb % 0 100 3 119,62 6 149,01 9 197,87 12 295,14 15 583,31 1200 1400 1600 1800 2000 2200 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 T A C ( °C ) % Ar teórico, Lb TAC Figura 3 - % O2 x Lb Na quarta análise foi mudado a base para úmido mássico e alterado os valores de temperatura do gás, iniciando com 160 °C e acrescentando 20 °C até chegar em 300 °C, para obter os valores de potência de saída e entrada a fim de verificarmos a sua porcentagem de perda. De acordo com os dados apresentados na Tabela 4, a perda de potência fica maior com o aumento da temperatura do gás de combustão. Essa evolução pode ser acompanhada no gráfico da Figura 4. Tabela 4 - Perda de Potência (%) TG (°C) PS (Kw) Pe (Kw) Perda% 160 79,94 406,47 19,66 180 85,43 406,47 20,77 200 90,95 406,47 22,37 220 96,49 406,47 23,74 240 102,07 406,47 25,11 260 107,67 406,47 26,48 280 113,3 406,47 27,87 300 118,96 406,47 29,26 0 100 200 300 400 500 600 700 0 3 6 9 12 15 % A r te ó ri c o , L b % de O2 BASE SECO VOLUMETRICA LB Figura 4 - Perda de Potência (%) 0 5 10 15 20 25 30 35 160 180 200 220 240 260 280 300 % d e p e rd a n o s gá se s Tg (°C) 3 CONCLUSÃO A atividade utilizando o software Acomb5 possibilita o conhecimento do comportamento do combustível em questão, 70 kg/h de Carvão Mineral e 30 kg/h de Cavaco de Eucalipto, em função da alteração dos parâmetros de ar teórico. O que possibilita a análise da temperatura adiabática de chama, perdas energéticas nos produtos da combustão e alterações na composição dos produtos em virtude do percentual de ar teórico. Para a mistura do caso estudado, observa-se que ao aumentar o percentual de ar teórico, resulta no efeito contrário na emissão de dióxidos de carbono e dióxidos de enxofre. Ao analisar a Temperatura Adiabática de Chama versus o percentual de ar teórico, nota-se que o aumento do percentual de ar teórico se faz necessário para diminuir a temperatura adiabática da chama pois, devido ao fato desta ficarum pouco acima de 2020 °C, se o percentual de ar teórico for 100%. O que tornaria o projeto da câmera de combustão complexa para suportar temperaturas elevadas. Outro ponto a ser observado, é que com o a aumento do O2 temos o aumento do ar teórico na forma exponenciais. Já ao reduzir a temperatura dos gases de combustão é reduzido de forma quase que linear o percentual de perda de energia. Em suma por meio desta atividade, com a utilização do softwate Acomb5, nota-se a influência do ar teórico no processo de combustão. 4 REFERÊNCIAS GARCIA, Roberto. Combustíveis e Combustão Industrial. Editora Interciência, 2002 LAGEMANN, Virgílio. Combustão em Caldeiras Industriais. Editora Interciência, 2016