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1/2 Cientistas descobrem os segredos genéticos da navegação de aves O flycatcher de barriga amarela (Empidonax flaviventris) é um pequeno insetoívoro da família tirano flycatcher que não pode produzir a proteína criptomocro. As aves se reproduzem na América do Norte e migram para o sul do México e América Central no inverno. Crédito da imagem: Carl von Ossietzky- Universit't Oldenburg Os pesquisadores têm desvendado os segredos por trás de como as aves migratórias navegam com notável precisão em grandes distâncias. Uma equipe de cientistas liderada pelo Dr. Corinna Langebrake e Prof. - Dr. Dr. (em inglês). Miriam Liedvogel, da Universidade de Oldemburgo, e do Instituto de Pesquisa Aviária “Vogelwarte Helgoland” fez avanços significativos na compreensão desse fenômeno. As aves migratórias usam uma “vavase” natural em seus olhos, o que os ajuda a detectar os campos magnéticos da Terra. Esta bússola é pensado para ser uma proteína específica chamada criptocromo 4, encontrada nas retinas das aves. 2/2 Os estudos recentes da equipe, incluindo o mais recente publicado na revista Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences, forneceram mais informações sobre essa intrigante característica biológica. Os pesquisadores analisaram a composição genética de mais de 360 espécies de aves, que vão desde pequenos pardais de canções até o kiwi exótico. Eles descobriram mudanças significativas no gene que produz o criptocromo 4, mostrando que esse gene evoluiu de maneira diferente em várias espécies de aves. Algumas aves, como os robins, que são conhecidos por suas longas viagens migratórias, têm uma versão altamente sensível dessa proteína, permitindo que eles sintam campos magnéticos de forma mais eficaz do que aves como galinhas ou pombos, que não migram. Em contraste, outras espécies de aves, como papagaios, beija-flores e algumas aves tropicais conhecidas como Tyranni, perderam completamente esse gene. Isso levanta questões fascinantes sobre se essas aves desenvolveram um mecanismo diferente para navegar ou se podem controlar sem um sentido magnético. O estudo também comparou o criptocromo 4 a outras proteínas relacionadas envolvidas na regulação do relógio interno das aves. Essas proteínas permaneceram praticamente inalteradas através da evolução, destacando seu papel crucial na manutenção dos ritmos diários essenciais para todas as espécies de aves. No entanto, o criptocromo 4 evoluiu variadamente, sugerindo que se adaptou para atender aos desafios ambientais específicos enfrentados por diferentes aves. Um aspecto intrigante da pesquisa é o estudo de aves que não possuem criptocromo 4. Os Tyranni, por exemplo, apesar de alguns serem migrantes de longa distância, não têm essa proteína. Isso apresenta uma oportunidade única para explorar métodos alternativos de navegação ou para confirmar se essas aves podem realmente navegar sem um sentido magnético. Olhando para o futuro, a equipe de pesquisa planeja aprofundar as habilidades de orientação magnética dessas aves para entender melhor a função do criptocromo 4 e sua importância na migração de aves. Esta pesquisa em andamento não só lança luz sobre o mundo fascinante da navegação de aves, mas também nos ajuda a apreciar a complexa interação entre a genética e o comportamento na vida selvagem. Fonte: KSR. https://dx.doi.org/10.1098/rspb.2023.2308