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1 165 Capítulo 3 TERMODINÂMICA QUÍMICA 166 Termodinâmica é a ciência que trata • do calor e do trabalho • das características dos sistemas • das propriedades dos fluidos termodinâmicos Te rm od in âm ic a Q uí m ic a 2 167 Sadi Carnot 1796 - 1832 James Joule 1818 - 1889 Rudolf Clausius 1822 - 1888 Wiliam Thomson Lord Kelvin 1824 - 1907 Emile Claupeyron 1799 - 1864 Alguns ilustres pesquisadores que construíram a termodinâmica Te rm od in âm ic a Q uí m ic a 168 Sistema + Vizinhança = UNIVERSO de TRANSFORMAÇÃO Te rm od in âm ic a Q uí m ic a Vizinhança do sistema - o que fica fora da fronteira http://www.mhhe.com/physsci/chemistry/animations/chang_7e_esp/enm1s3_4.swf 3 169 Sistema Aberto – há troca de matéria e energia com o exterior. Sistema É a parte do Universo que é objecto de trabalho. Sistema Fechado – não há troca de matéria mas há troca de energia com o exterior. Sistema Isolado – não há troca de matéria nem energia com o exterior. Te rm od in âm ic a Q uí m ic a 170 • Deslocamento de um corpo contra uma força que se opõe ao deslocamento • Expansão de um gás que empurra um pistão • Reação química que gera corrente elétrica Trabalho P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a 4 171 Mecânico De Estiramento Gravitacional Expansão Expansão superfícial Eletroquímico δw = Fext dl δw = k l dl δw = mg dl δw = - Pext dV δw = γ dA δw = DV dQ = I DV dt Fext = força externa l = deslocamento kl = tensão l = deslocamento m = massa g = constante gravitacional l = deslocamento Pext = pressão externa V = volume γ = tensão superficial A= área DV = diferença de potencial Q = quantidade de eletricidade I = corrente elétrica t = tempo Trabalho P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a 172 Pode ser modificada • fazendo trabalho no sistema (compressão do gás) • sem envolver trabalho, mas calor: aquecimento ⇒ aumento de P ⇒ aumento da energia do sistema Energia do Sistema É a capacidade de gerar trabalho. P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a 5 173 Fronteiras adiabáticas a) processo endotérmico T b) processo exotérmico T Uma fronteira que não permite a transferência de energia sob forma de calor. P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a 174 c) Processo endotérmico : o sistema absorve energia na forma de calor d) Processo exotérmico : o sistema liberta energia na forma de calor 2H2 (g) + O2 (g) → 2H2O (l) + Energia H2O (g) → H2O (l) + Energia Fronteiras diatérmicas T= cte Energia + 2HgO (s) → 2Hg (l) + O2 (g) Energia + H2O (s) → H2O (l) P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a 6 175 Fronteiras diatérmicas P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a E ne rg ia Calor dado pelo sistema E ne rg ia Calor absorvido pelo sistema para a vizinhança da vizinhança Exotérmico Endotérmico 176 Energia Interna: U Função de estado: depende do estado no qual o sistema está, não do modo que chegou ∆U = Ufinal - Uinicial • Variável extensiva • Unidade SI para Calor , Trabalho e Energia Interna é Joule (J) 1 J = 1 kg m2 s-2 ∆U em geralmente expressa em kJ mol-1P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a 7 177 Nasceu em Salford - Inglaterra Contribuição de James Joule 1839 Experiências: trabalho mecânico, eletricidade e calor . 1840 Efeito Joule : Pot = RI 2 1843 Equivalente mecânico do calor ( 1 cal = 4,18 J) 1852 Efeito Joule-Thomson : decréscimo da temperatura de um gás em função da expansão sem realização de trabalho externo. As contribuições de Joule e outros levaram ao surgimento de uma nova disciplina: a Termodinâmica Lei da Conservação de Energia 1a Lei da Termodinâmica P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a 178 1ª Lei da Termodinâmica A energia pode ser convertida de uma forma em outra, mas não pode ser criada ou destruída. ∆Esistema + ∆Evizinhança= 0 P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a ∆Esistema = - ∆Evizinhançaou C3H8 + 5O2 → 3CO2 + 4H2O Formação de CO2 Reacção Química Exotérmica Energia química perdida na combustão = Energia ganha pela vizinhança Sistema Vizinhança 8 179 1ª Lei da Termodinâmica A variação de energia interna (U) de um sistema fechado é igual à soma da quantidade de calor fornecido (ou retirado) ao sistema e da quantidade de trabalho efectuado sobre (ou realizado pelo) sistema. ∆U = q + w Sistema isolado ⇒ (q = 0, w = 0) e ∆U = 0 (U = cte) P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a 180 Discussão sobre as convenções a partir da perspectiva da vizinhança a partir da perspectiva do sistema Trabalho de Expansão ∫−= f i V V PdVw∫= f i V V PdVw A Energia Interna de um sistema que efectua o trabalho diminu i (Pilla) (Atkins) A vizinhança “ganha” energia sob forma de trabalho O sistema “cede” energia sob forma de trabalho w de expansão w de expansão O SISTEMA PRODUZ TRABALHO ∆U = q + w∆U = q - w P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a 9 181 ∫−= 2V 1V PdVw Trabalho feito pelo Sistema O trabalho é dado por: Não é função de estado: ∆w = wfinal - winicial a) a P = cte VP1V2VPw ∆−= −×−= Expansão ∆V > 0 ⇒ -P∆V <0 ⇒ wsis < 0 P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a w = F×d w = -P ×∆V wdF3d 2d F VP =×=×=× 182 PV = nRT ⇒ P= nRT/V Expansão V2 > V1 ⇒ ln V2 /V1 > 0 ⇒ wsist < 0 Trabalho feito pelo Sistema b) Para um gás perfeito o trabalho realizado na ∆V em condições de reversibilidade ∫−= 2V 1V PdVw 2 1 1 2 P P lnTRn V V lnTRnw ×××−=×××−= P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a 10 183 ∆U = qv Trabalho feito pelo Sistema Para uma transformação que se dá a volume constante (∆V=0) e w=0 P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a 184 Calor Específico e Capacidade Calorífica P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a Calor específico (c) de uma substância é a quantidade de calor (q) necessária para aumentar a temperatura de uma grama de substância em um grau Celsius. Capacidade calorífica (C ou Cp) de uma substância é a quantidade de calor (q) necessária para aumentar a temperatura de uma quantidade (m) de substância em 1ºC. Como se relacionam: c = C/m Calor (q) absorvido ou libertado: q = m c ∆t ⇒ q = C ∆t ∆t = tfinal - tinicial 11 185 Calorimetria a volume constante Medida de ∆U Não sai nem entra calor. qsis = qágua + qcal + qreac qsis = 0 qreac = - (qágua + qcal) qágua = mc∆t qcal = Ccal∆t P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a 186 Capacidade calorífica qv = Cv ∆T vT U vC ∂ ∂= P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a 12 187 Se V ≠ cte Uma parte do calor recebido pelo sistema retornas às vizinhanças sob forma de trabalho. P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a Entalpia, H A grande maioria das transformações químicas dão-se todavia, em contacto com o meio exterior e portanto a P= cte. Nestas condições o sistema químico realiza só trabalho exterior e torna-se conveniente definir uma nova função termodiâmica, H. ∆U = q + w É uma função de estado. 188 dH = dU + d(PV) dH = dq + dw + P×dV + V×dP Se w é de expansão dw = - PdV dH = dq + VdP a) Se aquecimento a P = cte dH = dqp ∆H = qp Entalpia : calor fornecido para fazer um trabalho de expansão a P = cte P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a Η = U + PV com ∆H = ∆U+P×∆V Entalpia, H 13 189 P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a E ne rg ia Exotérmico: libertação de calor pelo sistema E ne rg ia Endotérmico: absorção de calor pelo sistema Reacção Exotérmica Hprodutos < Hreagentes ∆H < 0 Reacção Endotérmica Hprodutos > Hreagentes ∆H > 0 ∆H = H (produtos) – H (reagentes) Entalpia, H 190 ∆H e ∆U são geralmente muito semelhantes em sólidos e líquidos. b) Em gases ∆H = ∆U + ∆n×(RT) P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a ∆H = ∆U+P×∆V como P×∆V= ∆n×(RT) Entalpia, H 14 191Calorimetria a pressão constante Medida de ∆H P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a Não sai nem entra calor. qsis = qágua + qcal + qreac qsis = 0 qreac = - (qágua + qcal) qágua = mc∆t ∆H = qreac qP = CP ∆T P P T H C ∂ ∂= 192 P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a Equações Termoquímicas O ∆H é negativo ou positivo? O sistema absorve calor Reacção Endotérmica ∆H > 0 6,01 kJ são absorvidos por cada 1 mole de gelo que derrete a 0ºC e 1 atm. H2O (s) → H2O (l) ∆H = 6,01 kJ E nt al pi a Calor absorvido da Vizinhança para o sistema 15 193 P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a Equações Termoquímicas O ∆H é negativo ou positivo? O sistema liberta calor Reacção Exotérmica ∆H < 0 890,4 kJ são libertados por cada 1 mole de metano que sofre combustão a 25ºC e 1 atm. E nt al pi a Calor libertado da vizinhança para o sistema CH4 (g) + 2O2 (g) → CO2 (g) + 2H2O (l) ∆H = -890,4 kJ 194 P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a Equações Termoquímicas 1. Os coeficientes estequiométricos referem-se sempre ao número de moles da substância H2O (s) → H2O (l) ∆H = 6,01 kJ 2. Se a reacção for invertida, o sinal de ∆H muda H2O (l) → H2O (s) ∆H = - 6,01 kJ 3. Se se multiplicar ambos os lados da equação por um factor n, o ∆H terá que ser multiplicado por esse factor n. 2 H2O (s) → 2 H2O (l) ∆H = 2× 6,01 kJ 16 195 P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a Equações Termoquímicas 4. Os estados físicos dos reagentes e produtos têm de ser especificados nas equações termoquímicas. H2O (s) → H2O (l) ∆H = 6,01 kJ H2O (l) → H2O (g) ∆H = 44,0 kJ 196 P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a Comparação entre ∆H e ∆U 2Na (s) + 2H2O (l) → 2NaOH (aq) + H2 (g) ∆H = -367,5 kJ/mol ∆U = ∆H - P∆V P∆V = 1 atm x 24,5 L = 2,5 kJ ∆U = -367,5 kJ/mol – 2,5 kJ/mol = -370,0 kJ/mol a 25ºC, 1 mole H2 = 24,5 L a 1 atm 17 197 P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a 198 P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a Valores Energéticos dos Alimentos e outras Substâncias C6H12O6 (s) + 6O2 (g) →6CO2 (g) + 6H2O (l) ∆H = -2801 kJ/mol 1 cal = 4,184 J 1 Cal = 1000 cal = 4184 J Química em Acção Os rótulos nas embalagens dos alimentos revelam o conteúdo calórico do alimento que se encontra no seu interior. 18 199 P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a Entalpia de formação padrão (∆Hºf) é o calor posto em jogo quando se forma uma mole de composto a partir dos seus à pressão de 1 atm. A entalpia padrão de formação dos elementos na sua forma mais estável é zero. ∆Hºf (O2) = 0 ∆Hºf (O3) = 142 kJ/mol ≠ 0 Entalpia de Formação e de Reacção Padrão ∆Hºf Medida foi feita nas condições padrão (1 atm). Formação ∆Hºf (C, grafite) = 0 ∆Hºf (C, diamante) = 1,90 kJ/mol ≠ 0 Para aplicação é conveniente definir uma escala de entalpias em relação a um nível zero. 200 P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a 19 201 P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a Entalpia de reacção padrão (∆Hºreac) é a entalpia de uma reacção que ocorre a 1 atm. Entalpia de Formação e de Reacção Padrão aA + bB → cC + dD ∆Hºreac= [c∆Hºf (C) + d∆Hºf (D)] - [a∆Hºf (A) + b∆Hºf (B)] ∆Hºreac= Σn∆Hºf (produtos) – Σm∆Hºf (reagentes) 202 P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a Entalpia de Formação e de Reacção Padrão Como calcular ∆Hºreac? 1. Método Directo: Aplica-se a compostos que podem ser facilmente sintetizados a partir dos seus elementos. C(grafite) + O2 (g) → CO2 (g) ∆Hºreac = -393,5 kJ/mol S(ortorrômbico) + 3F2 (g) → SF6 (g) ∆Hºreac= ∆Hºf (CO2,g) – [∆Hºf (C, grafite) + ∆Hºf (O2, g)] = - 393,5 kJ/mol – 0 kJ/mol – 0 kJ/mol 4P(branco) + 5O2 (g) → P4O10 (g) C (grafite) + 2S(ortorrômbico) → CS2 (g) 20 203 P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a Entalpia de Formação e de Reacção Padrão 2. Método Indirecto: Aplica-se em casos em que os compostos não podem ser sintetizados directamente a partir dos seus elementos, quando as reacções são lentas ou quando ocorrem reacções laterais. Lei de HESS: Quando os reagentes são convertidos em produtos, a variação de entalpia é a mesma quer a reacção ocorra num só passo ou em vários. Nestas condições é possível definir variações de entalpia de reacção para diversas reacções químicas, designando-se a variação de entalpia por entalpia de formação, combustão, hidrogenação, dissolução, diluição, neutralização, etc., consoante o tipo de transformação química a que se refere. 204 P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a Entalpia de Formação e de Reacção Padrão 21 205 P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a Entalpia de Formação e de Reacção Padrão 206 P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a Entalpia de Solução e de Diluição Entalpia de solução (∆Hsol) é o calor gerado ou absorvido quando uma certa quantidade de soluto se dissolve numa certa quantidade de solvente. ∆Hsol= Hsol – Hcomponentes Entalpia de dissolução (∆Hdil) é o calor gerado ou absorvido quando o processo associado é um processo de diluição. 22 207 P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a Processo de dissolução do NaCl Passo 1 Passo 2 Na+ e Cl- iões no estado gasoso Na+ e Cl- iões no estadosólido Na+ e Cl- hidratados Calor de solução ∆Hsol= 4 kJ/mol ∆Hsol = Passo 1 + Passo 2 = 788 – 784 = 4 kJ/mol Energia de rede - a energia necessária para separar 1 mol de composto iónico sólido em iões gasosos. 208 P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a Para uma reacção de dissociação de uma molécula diatómica a ∆H corresponde à Energia de Ligação dessa molécula. Em moléculas poliatómicas verifica-se uma apreciável constância na energia das suas ligações pelo que para cada ligação a sua energia pode considerar-se aproximadamente constante e independente da molécula. As energias de ligação permitem determinar, de modo aproximado, as entalpias de formação de diversos compostos. (Há mais de 1 milhão de compostos orgânicos cujas entalpias de formação se podem determinar a partir do conhecimento de 25 energias de ligação) 23 209 P rim ei ra L ei d a Te rm od in âm ic a Para alguns compostos as suas fórmulas de estrutura não são adequadamente representadas por uma única fórmula de estrutura e nessas condições há uma diferença entre a entalpia de formação calculada através das energias de ligação da estrutura mais representativa e a entalpia de formação do composto medido experimentalmente. Esta diferença é designada por Energia de Ressonância. 210S eg un da e T er ce ira L ei s da T er m od in âm ic a Entropia • A água a descer por uma colina • O açúcar a dissolver-se numa chávena de café • A 1 atm, a água congela abaixo de 0ºC e o gelo derrete acima de 0ºC • Calor é transmitido objecto quente para outro frio • Um gás expande-se num recipiente em vácuo • O ferro exposto a oxigénio e água forma a ferrugem Espontâneo Não espontâneo 24 211S eg un da e T er ce ira L ei s da T er m od in âm ic a Processos Espontâneos e Não Espontâneos Espontâneo Não espontâneo 212S eg un da e T er ce ira L ei s da T er m od in âm ic a Uma diminuição de entalpia numa reacção significa que a reacção é espontânea? 25 213S eg un da e T er ce ira L ei s da T er m od in âm ic a Entropia (S) é a medida da desordem do sistema. ordem ∆S = Sf - Si Se a alteração do estado inicial para o final resulta num aumento de desordem S desordem S Sf > Si ∆S >0 Para qualquer substância, o estado sólido é mais ordenado que o estado líquido que por sua vez é mais ordenado que o estado gasoso Ssólido < Slíquido << Sgás H2O (s) → H2O (l) ∆S > 0 É uma função de estado. 214S eg un da e T er ce ira L ei s da T er m od in âm ic a Processos que levam a um aumento de entropia (∆S > 0) http://www.mhhe.com/physsci/chemistry/chang7/esp/folder_structure/en/m4/s1/index.htm26 215S eg un da e T er ce ira L ei s da T er m od in âm ic a Como é que varia a entropia do sistema para cada um dos seguintes processos? (a) Condensação de vapor de água ↓ desordem ↓ S (∆S < 0) (b) Formação de cristais de sacarose numa solução supersaturada ↓ desordem ↓ S (∆S < 0) (c) Aquecimento de hidrogénio gasoso 60ºC a 80ºC ↑ desordem ↑ S (∆S > 0) (d) Sublimação de gelo seco ↑ desordem ↑ S (∆S > 0) 216S eg un da e T er ce ira L ei s da T er m od in âm ic a 2ª Lei da Termodinâmica Numa transformação irreversível a entropia total aumenta enquanto que num processo reversível a entropia total mantém-se constante. A entropia é dada por: onde Ω é o número de microestados do sistema no espaço de fase, i.e., no espaço de coordenadas posicionais (x, y, z) e de coordenadas de quantidade de movimento (px, py, pz). S = R ln Ω 27 217S eg un da e T er ce ira L ei s da T er m od in âm ic a 2ª Lei da Termodinâmica Processo espontâneo: Processo de equilíbrio: ∆Suniv = ∆Ssis + ∆Sviz > 0 ∆Suniv = ∆Ssis + ∆Sviz = 0 218S eg un da e T er ce ira L ei s da T er m od in âm ic a Variação de Entropia de um Sistema (∆Ssis) A entropia padrão de uma reacção (∆Sº ) é a variação de entropia para uma reacção que ocorre a 1 atm e 25ºC. aA + bB → cC + dD ∆Sºrea = [ cSº(C) + dSº(D) ] - [ aSº(A) + bSº(B)] ∆Sºrea = ΣnSº (produtos) – ΣmSº (reagentes) 28 219S eg un da e T er ce ira L ei s da T er m od in âm ic a • Se uma reacção produz mais moléculas de gás que as que consome , ∆Sº > 0. • Se o número total de moléculas de gás diminui, ∆Sº < 0. • Se não há uma alteração no número total de moléculas de gás, então ∆Sº pode ser positiva ou negativa mas terá um valor pequeno. Variação de Entropia de um Sistema (∆Ssis) Quando gases são produzidos (ou consumidos) Qual é o sinal da variação de entropia na seguinte reacção? 2Zn (s) + O2 (g) →2ZnO (s) O número total das moléculas gasosas diminui, ∆S <0. 220S eg un da e T er ce ira L ei s da T er m od in âm ic a Variação de Entropia de um Sistema (∆Ssis) Processo Exotérmico ∆Sviz > 0 Processo Endotérmico ∆Sviz < 0 29 221S eg un da e T er ce ira L ei s da T er m od in âm ic a 3ª Lei da Termodinâmica A entropia de uma substância perfeitamente cristalina é zero à temperatura absoluta de zero graus. O aumento de S com T indica que a entropia será mínima a 0K. S = R ln Ω Ω = 1 S = 0 222S eg un da e T er ce ira L ei s da T er m od in âm ic a Energia de Gibbs, G (ou Energia Livre) Para um processo a temperatura constante: ∆G = ∆Hsis -Τ∆Ssis ∆G < 0 A reacção é espontânea no sentido directo. ∆G > 0 A reacção não espontânea na forma escrita. Será espontânea no sentido inverso. ∆G = 0 A reacção está em equilíbrio. Mede o grau de espontaneidade do sistema. 30 223S eg un da e T er ce ira L ei s da T er m od in âm ic a Energia de Gibbs, G (ou Energia Livre) Energia livre padrão de uma reacção (∆Gºreac) é a variação de energia livre de uma reacção quando ocorre em condições padrão. aA + bB → cC + dD ∆Gºreac = [ c∆Gºf(C) + d∆Gºf(D) ] - [ a∆Gºf(A) + b∆Gºf(B)] ∆Gºrea = ΣnGºf (produtos) – ΣmGºf (reagentes) 224S eg un da e T er ce ira L ei s da T er m od in âm ic a Energia de Gibbs, G (ou Energia Livre) Energia livre padrão de formação (∆Gº) é a variação de energia livre que ocorre quando 1 mole de um composto é formado dos seus elementos nos seus estados padrão. ∆Gº de qualquer elemento no seu estado mais estável é zero. 31 225S eg un da e T er ce ira L ei s da T er m od in âm ic a Energia de Gibbs, G (ou Energia Livre) 226S eg un da e T er ce ira L ei s da T er m od in âm ic a Energia de Gibbs, G (ou Energia Livre) ∆Hº = 177,8 kJ ∆Sº = 160,5 J/K ∆Gº = ∆Hº – T∆Sº a 25ºC, ∆Gº = 130,0 kJ ∆Gº = 0 a 835ºC CaCO3 (s) → CaO (s) + CO2 (g) Pressão de Equilíbrio do CO 2 32 227S eg un da e T er ce ira L ei s da T er m od in âm ic a Energia Livre de Gibbs e o Equilíbrio Químico ∆G = ∆Gº + RT lnQ onde R é a constante dos gases (8,314 J/Kmol) T é a temperatura absoluta (K) Q é o quociente da reacção No equilíbrio ∆G = 0 e Q = K 0 = ∆Gº + RT lnK ⇒ ∆Gº = - RT lnK 228S eg un da e T er ce ira L ei s da T er m od in âm ic a Energia Livre de um sistema reaccional vs extensão de uma reacção Reacção espontânea ∆G<0 ∆G>0 (A) REACÇÃO ESPONTÂNEA ∆G<0 33 229S eg un da e T er ce ira L ei s da T er m od in âm ic a Energia Livre de Gibbs e as Mudanças de Estado Equilíbrio dinâmico Velocidade de evaporação Velocidade de condensação V el oc id ad e Tempo ∆Gº = 0 = ∆Hº – T∆Sº O(g)2H O(l)2H J/K 109 K 373 kJ 40,79 T ∆H ∆S === 230S eg un da e T er ce ira L ei s da T er m od in âm ic a Energia Livre de um sistema reaccional vs extensão de uma reacção Reacção não espontânea ∆G<0 ∆G>0 (B) REACÇÃO NÃO ESPONTÂNEA ∆G>0 34 231S eg un da e T er ce ira L ei s da T er m od in âm ic a Alanina + Glicina → Alanilglicina ∆Gº = +29 kJ K < 1 ATP + H2O + Alanina + Glicina → ADP + H3PO4 + Alanilglicina E ne rg ia L iv re ∆Gº = -2 kJ K > 1