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1 165 Capítulo 2Capítulo 2 Forças IntermolecularesForças Intermoleculares ee Estados Físicos da MatériaEstados Físicos da Matéria 166 Ti po s de In te ra cç õe s Ti po s de In te ra cç õe s Tipos de Interacções Ligações Primárias (possuem energia da ligação da ordem de 200-800 kJ/mol): 1. Iónicas e Metálicas ⇒⇒⇒⇒ conduzem à formação de agregados de dimensão macroscópica. 2. Covalentes ⇒⇒⇒⇒ conduzem à formação de agregados de dimensão microscópica : as moléculas. (Excepção: cristais covalentes como o diamante ou a sílica) 2 167 Ti po s de In te ra cç õe s Ti po s de In te ra cç õe s Ligações Secundárias ou Ligações Intermoleculares – são as forças atractivas entre as moléculas e responsáveis pelos desvios ao comportamento de gás perfeito. Estas forças asseguram a existência dos estados condensados da matéria (líquido e sólido). (possuem energia da ligação da ordem de 10-50 kJ/mol) e dependem: ⇒da intensidade das ligações intermoleculares em jogo (indicação dada pela temperatura de fusão e ebulição); ⇒⇒⇒⇒ do comportamento dos compostos em todos os casos em que seja importante afastar e/ou aproximar moléculas umas das outras (dissolução de compostos moleculares). 168 Ti po s de In te ra cç õe s Ti po s de In te ra cç õe s Ligações Intramoleculares – mantêm os átomos de uma molécula unidos. As forças intramoleculares estabilizam as moléculas individuais, enquanto as forças intermoleculares são as principais responsáveis pelas propriedades volúmicas da matéria (p.e., o ponto de fusão e de ebulição). Forças IntermolecularesForças Intermoleculares mais fracas Forças IntramolecularesForças Intramoleculares Em geral: 3 169 Ligações Intermoleculares 1. Efeito do Ponto de Fusão Gases Raros Nº Atómico Ponto de Ebulição (ºC) He 2 -268,8 Ne 10 -245,7 Ar 18 -185,7 Kr 36 -153,1 Xe 54 -107,9 Ti po s de In te ra cç õe s Ti po s de In te ra cç õe s 170 Ponto de Ebulição aumenta Ponto de Ebulição aumenta com o nº atómico ( > nº de electrões ⇒⇒⇒⇒ > volume atómico) Moléculas Apolares (µµµµ=0) Nº de Electrões Ponto de Ebulição (ºC) H2 2 -252,6 N2 14 -195,7 O2 16 -182,8 Ti po s de In te ra cç õe s Ti po s de In te ra cç õe s Aumento da intensidade das forças intermolecularesAumento da intensidade das forças intermoleculares 4 171 2. Efeito do Momento Dipolar, µµ (diferença de electronegatividade entre dois átomos) Compostos Nº de Electrões µ/ Debye Ponto de Ebulição (ºC) Isobuteno (CH3) 3CH 34 0 -10 Isobutileno (CH3) 2C=CH2 32 0,49 -6 Trimetilamina (CH3) 3N 34 0,67 +5 Ti po s de In te ra cç õe s Ti po s de In te ra cç õe s Momento Dipolar aumenta Momento Dipolar aumenta Aumento da intensidade das forças intermolecularesAumento da intensidade das forças intermoleculares 172 Para explicar os desvios do comportamento dos gases reais relativamente aos gases ideais van der Waals admitiu a existência de forças atractivas entre as moléculas. As forças atractivas intermoleculares entre átomos classificam- se em dois grandes grupos: • Ligações de van der Waals (fracas) • Ligações de Hidrogénio (fortes) Interacções de Keesom (1912) Interacções de Debye (1920) Interacções de London (1930) Exigem a presença de moléculas polares Ti po s de In te ra cç õe s Ti po s de In te ra cç õe s Interacções de van der WaalsInteracções de van der Waals 5 173 InteracçõesInteracções dede KeesomKeesom ouou Forças Dipolo-Dipolo, são forças que actuam entre moléculas polares, i.e., entre moléculas que possuam momentos dipolares. Tendo em conta possível orientação preferencial dos dipolos e a temperatura (> T ⇒⇒⇒⇒ < a possibilidade de orientação preferencial), obtém-se a Energia de Interacção de Keesom: kT 2 2 2 1 6r 1 3 2 KE µ×µ ××−= (válida no sistema CGS, centímetro, o grama e o segundo) Li ga çõ es d e V an d er W aa ls Li ga çõ es d e V an d er W aa ls 174 Energia de Interacção de Keesom depende dos momentos dipolaresmomentos dipolares e da temperaturatemperatura . Li ga çõ es d e V an d er W aa ls Li ga çõ es d e V an d er W aa ls •• AumentaAumenta comcom oo aumentoaumento dosdos momentosmomentos dipolaresdipolares;; •• DiminuiDiminui comcom oo aumentoaumento dede TT (interacções(interacções atractivasatractivas ee repulsivasrepulsivas vãovão sese tornandotornando prováveisprováveis ee iguais)iguais).. O éter dimetílico (CH3OCH3) possuí momento dipolar, ferve a -25ºC enquanto que o propano (CH3CH2CH3), com aproximadamente a mesma massa molar, com momento dipolar desprezável ferve a -45ºC. Exemplo: 6 175Li ga çõ es d e V an d er W aa ls Li ga çõ es d e V an d er W aa ls Forças Ião-Dipolo, são forças que ocorrem entre um ião (catião ou anião) e uma molécula polar. Forças Ião-Ião, são forças que envolvem as energias mais elevadas. Estas interacções são especialmente importantes em cristais iónicos. Interacção ião-dipolo 176 ((11)) ((22)) EE11 Criando um Dipolo Induzido em (2); µi2=δ×d. ((11)) ((22)) dd Li ga çõ es d e V an d er W aa ls Li ga çõ es d e V an d er W aa ls InteracçõesInteracções dede DebyeDebye ou Dipolo Permanente (1) – Dipolo Induzido (2) -- A molécula polar (1) interactua com a molécula apolar de simetria esférica. 7 177Li ga çõ es d e V an d er W aa ls Li ga çõ es d e V an d er W aa ls As nuvens electrónicas das moléculas apolares são atraídas (ou repelidas) por moléculas polares na sua vizinhança que tenham o centro de carga positiva (ou negativa) orientada no sentido das moléculas apolares. Estes dipolos induzidos interactuam, em média, com as moléculas polares como se tratassem de um dipolo permanente. Efeito responsável pela solubilidade de gases não polares como o O2, N2 ou CO2 em água. 178Li ga çõ es d e V an d er W aa ls Li ga çõ es d e V an d er W aa ls Caso de uma molécula polar e outra não polar (dipolo da primeira polariza a nuvem electrónica da segunda) Como por exemplo, a interacção criada entre a molécula de HCl (dipolo permanente) e a molécula de benzeno (dipolo induzido). MomentoMomento DipolarDipolar InduzidoInduzido -- é tanto maior quanto > for a intensidade do campo eléctrico e mais deformável for a nuvem electrónica da molécula (2). Resulta da separação das cargas positivas e negativas no átomo neutro (ou molécula apolar) devido à proximidade de um ião ou de uma molécula apolar. ((11)) ((22)) 8 179 Verifica-se a existência entre uma proporcionalidade entre o momento dipolar induzido, µi2, e o campo eléctrico, E : Ei 2 rr ×α=µ (válida no sistema CGS, centímetro, o grama e o segundo) α - traduz a maior ou menor facilidade com que a nuvem electrónica de uma molécula se deforma pela acção de um campo eléctrico. Li ga çõ es d e V an d er W aa ls Li ga çõ es d e V an d er W aa ls α é a polaridade (constante de proporcionalidade) 180 PolarizabilidadePolarizabilidade aumentaaumenta ⇒⇒ AumentoAumento dada nuvemnuvem electrónicaelectrónica (nº(nº dede electrões)electrões).. Gases Raros Nº Atómico α×1024 (cm3) He 2 0,203 Ne 10 0,392 Ar 18 1,63 Kr 36 2,46 Xe 54 4,01 Li ga çõ es d e V an d er W aa ls Li ga çõ es d e V an d er W aa ls Outros factores que influenciam a polarizabilidade são: - o arranjo molecular (a disposição dos electrões); - o tipo de orbitais que “ocupam”. 9 181Li ga çõ es d e V an d er W aa ls Li ga çõ es d e V an d er W aa ls 6r 2 DE 2iµ×α −= (válida no sistema CGS, centímetro, o grama e o segundo) Energia de Interacção de Debye depende dos momentos momentos dipolaresdipolares e da polarizabilidadepolarizabilidade . Da interacção entre Dipolo Permanente (1) – Dipolo Induzido (2) resulta uma energia de interacção que depende da orientação do dipolo (1) ⇒ a Energia de Interacção de Debye obtém-se fazendoa média para todas as orientações possíveis do dipolo (1): 182 6r 2 21 6r 2 12 DE µ×α + µ×α −= (válida no sistema CGS, centímetro, o grama e o segundo) A formação de dipolos induzidos é independente da existência prévia de um dipolo permanente pelo que as moléculas polares exibirão simultaneamente Neste caso, a Energia de Interacção de Debye é dada por: Li ga çõ es d e V an d er W aa ls Li ga çõ es d e V an d er W aa ls Interacção de Keesom e de DebyeInteracção de Keesom e de Debye 10 183 Orientação dos dipolos permitindo uma resultante atractiva entre eles ⇒ Abaixamento da energia potencial.⇒⇒ ⇒⇒ ⇒⇒ ⇒⇒ Ligação entre 2 átomosLi ga çõ es d e V an d er W aa ls Li ga çõ es d e V an d er W aa ls InteracçõesInteracções dede LondonLondon ouou Dipolo Induzido (1) – Dipolo Induzido (2) -- Existentes em moléculas apolares. Conhecidas como as mais Fracas das Ligações Intermoleculares. a) Os movimentos electrónicos nos 2 átomos deixam de ser independentes b) Ao aproximarmos 2 átomos um do outro (cada um com o seu momento dipolar instantâneo ) 184 Li ga çõ es d e V an d er W aa ls Li ga çõ es d e V an d er W aa ls Quanto maior é a molécula (raio atómico), maior a distorção momentânea Maiores as Forças de Dispersão de LondonMaiores as Forças de Dispersão de London Energia de Interacção entre as moléculas (1) e (2) é dada por: 6r 21 2I1I2 2I1I3 LE α×α× +× ××−= (válida no sistema CGS, centímetro, o grama e o segundo) I são as energias de ionização e α as polaridades. 11 185 Energia de Interacção de London depende dos polarizabilidade das moléculas envolvidas. C5H12, pentano (líquido fluído) C15H32, pentadecano (líquido fluído) C18H38, octadecano (sólido) Li ga çõ es d e V an d er W aa ls Li ga çõ es d e V an d er W aa ls 186 Importância relativa das Interacções de van der Waals - Interacções de van der Waals corresponde uma energia potencial negativa, EP (Forças atractivas entre as moléculas): 6r a 21 2I1I 2I1I 2 3 12 222 1kT 2 2 2 1 3 2 6r 1 PE −=α×α× + ××+αµ+αµ+ µ×µ ××−= (válida no sistema CGS, centímetro, o grama e o segundo) - Forças repulsivas de Born corresponde uma energia potencial positiva, EB (Forças repulsivas entre as nuvens electrónicas): nr b BE += n constante característica da nuvem electrónica (pode variar entre 5 e 12). Li ga çõ es d e V an d er W aa ls Li ga çõ es d e V an d er W aa ls 12 187 -- InteracçãoInteracção dede DebyeDebye é sempre uma fracção pequena do total; -- InteracçãoInteracção dede LondonLondon são predominantes para moléculas de grandes polarizabilidades, cresce muito rapidamente com o tamanho da molécula. (mesmo para as moléculas francamente polares) -- InteracçãoInteracção dede KeesomKeesom são mais importantes para moléculas de momento dipolar elevado e polarizabilidade baixa, só é importante em moléculas pequenas; Li ga çõ es d e V an d er W aa ls Li ga çõ es d e V an d er W aa ls 188 Moléculas pequenas de polarizabilidade semelhante mas momento dipolar variável. O ponto de ebulição aumenta com o aumento do momento dipolar ⇒⇒⇒⇒ > as interacção de Keesom e Debye. Fórmula α×1024 (cm3) µ (Debye) Teb (K) Isobuteno (CH3)3CH 8,36 0 263 Isobutileno (CH3)2C=CH2 8,36 0,49 267 Trimetilamina (CH3) 3N 8,08 0,67 278 Propano (CH3)2CH2 6,4 0 231 Dimetiléter (CH3)2O 6,0 1,30 248 Li ga çõ es d e V an d er W aa ls Li ga çõ es d e V an d er W aa ls 13 189 Moléculas maiores o efeito do momento dipolar no ponto de ebulição é praticamente desprezável. Fórmula α×1024 (cm3) µ (Debye) Teb (K) 19 0 446 19 1,72 445 19 2,50 453 ClCl ClCl Para CC ll ClCl Meta ClCl Orto ClCl Li ga çõ es d e V an d er W aa ls Li ga çõ es d e V an d er W aa ls 190 Composto Ar CO HI HBr HCl NH3 H2O Momento Dipolar (D) 0 0,12 0,38 0,78 1,03 1,50 1,84 α×1024 (cm3) 1,63 1,99 5,40 3,58 2,63 2,21 1,48 Keesom 0,000 0,0011 0,006 0,164 0,79 3,18 8,69 Debye 0,000 0,002 0,027 0,120 0,24 0,37 0,44 London 2,03 2,09 6,18 5,24 4,02 3,52 2,15 Total 2,03 2,09 6,21 5,52 5,05 7,07 11,30 Li ga çõ es d e V an d er W aa ls Li ga çõ es d e V an d er W aa ls 14 191 Li ga çõ es d e H id ro gé ni o Li ga çõ es d e H id ro gé ni o Como o H é muito pequeno que os outros átomos de ligação é muito maior a tracção de dipolos porque a proximidade dos átomos leva à formação de um certo tipo de transferência de carga. H — F H — F δ+ δ- δ+ δ- Verifica-se uma migração de electrões de H para F LigaçõesLigações (ou(ou Pontes)Pontes) dede HidrogénioHidrogénio -- São ligações onde o átomo de H actua como ponte entre dois átomos electronegativos. 192 Li ga çõ es d e H id ro gé ni o Li ga çõ es d e H id ro gé ni o A força de ligações de H depende da electronegatividade dos átomos envolvidos. É tanto maior quanto mais electronegativos forem os átomos da ligação. 15 193 GrupoGrupo 44AA GrupoGrupo 55AA GrupoGrupo 77AA GrupoGrupo 66AA Li ga çõ es d e H id ro gé ni o Li ga çõ es d e H id ro gé ni o Período P on to d e eb ul iç ão (º C ) Diminuição da massa molar Diminuição do ponto de ebulição -Ângulo A-H ....... B muito próximo de 180º; - Existência na direcção definida pela ligação A-B de uma orbital de B com dois electrões não partilhados; - Simetria da ligação (A igual a B). 194 A ligação de H resulta de duas contribuições: - uma electrostática (δ-, δ+) .......(δ-) ; - outra do tipo ligação covalente deslocalizada. LigaçõesLigações simétricassimétricas (muito(muito energéticas)energéticas) ⇒⇒ maior contribuição das ligações deslocalizadas. LigaçõesLigações assimétricasassimétricas comcom grandesgrandes distânciasdistâncias entreentre AA ee BB (pouco(pouco energéticas)energéticas) ⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒ maiormaior contribuiçãocontribuição dasdas electrostáticaselectrostáticas.. Igualdade entre as forças repulsivas e atractivas é atingida para distâncias H...B maiores ⇒ ângulo mais fechado. Li ga çõ es d e H id ro gé ni o Li ga çõ es d e H id ro gé ni o 16 195 Ligações de Hidrogénio Intramoleculares Resulta do estabelecimento de ligações de H entre dois grupos duma mesma molécula. A existência de factores estereoquímicos impedem a formação de ligações fortes. Comportamento determinado essencialmente pelas interacções de Keesom, Debye e London. A molécula fica ainda com possibilidade de formar ligações de H entre outras moléculas. Porém este nº de ligações (intermoleculares) são menores ⇒ MENOR PONTO DE FUSÃO. ÁcidoÁcido SalicílicoSalicílico Li ga çõ es d e H id ro gé ni o Li ga çõ es d e H id ro gé ni o 196 Ligações de Hidrogénio Intermoleculares Resulta do estabelecimento de ligações de H entre duas ou mais moléculas. Têm um papel decisivo nas propriedades do composto: ponto de ebulição, viscosidade, tensão superfícial, sistema de cristalização, densidade, etc. Isómero doIsómero do Ácido SalicílicoÁcido Salicílico Li ga çõ es d e H id ro gé ni o Li ga çõ es d e H id ro gé ni o 17 197 P ro pr ie da de s do s C om po st os M ol ec ul ar es P ro pr ie da de s do s C om po st os M ol ec ul ar es MiscibilidadeMiscibilidade -- Dois compostos moleculares são completamente miscíveis ou solúveis um no outro quando podem formar misturas, a nível molecular, com qualquer composição. Toda a informação sobre a miscibilidade de 2 compostos pode ser condensada no DIAGRAMA DE FASES. Exemplo da Leitura do Diagrama de Fases:: 198 TensãoTensão SuperficialSuperficial dede umum líquidolíquido (γ) -- é a quantidade de energia necessária para esticar ou aumentar a área dessa superfície de uma unidade. É uma medida intensidade das interacções moleculares. A intensidade das interacções moleculares < com >T 2a |F|= r γ γγ 2adl×=dA×=|ld|×|F=|Trabalho rr ⇓ ⇒⇒2a|=F| ×γ r P ro pr ie da de s do s C om po st os M ol ec ul ar es P ro pr ie da de s do s C om po st os M ol ec ul ar es < tensão superficial 18 199 Impossibilidade que a água apresenta para estabelecer todas as suas ligações por pontes de H. Colocação da molécula de álcool etílico de forma a minimizar as perdas de interacções. P ro pr ie da de s do s C om po st os M ol ec ul ar es P ro pr ie da de s do s C om po st os M ol ec ul ar es 200 Pontos de ebulição de alguns compostos moleculares (prop. dependente quase exclusivamente da intensidade das forças intermoleculares) P ro pr ie da de s do s C om po st os M ol ec ul ar es P ro pr ie da de s do s C om po st os M ol ec ul ar es 19 201 Viscosidade Viscosidade -- Mede a resistência do fluido ao escoamento logo à deformação. Fluido muito viscoso ⇒ flui com dificuldade (c.a., óleo); Fluido pouco viscoso ⇒ flui com facilidade (c.a., água, gases). P ro pr ie da de s do s C om po st os M ol ec ul ar es P ro pr ie da de s do s C om po st os M ol ec ul ar es 202 Fisicamente, viscosidade é definida a partir do perfil de velocidades gerado no fluído quando se escoa. Para mover a placa que está no topo do líquido, de área A, com um gradiente de velocidades (dv/dz), é necessário uma força F que actue na direcção do movimento. Força que é proporcional à área da placa a deslocar e à velocidade da placa (gradiente de velocidades): ⇒⇒ α dz dv× A F ×η= dz dv× A F P ro pr ie da de s do s C om po st os M ol ec ul ar es P ro pr ie da de s do s C om po st os M ol ec ul ar es 20 203 Como calcular o gradiente de velocidades? A fluidez do líquido, o inverso da viscosidade, é proporcional à mobilidade das moléculas no seio do líquido que por sua vez é proporcional ao nº de moléculas cuja Ec > Ea (barreira de energia potencial que a molécula tem de vencer). A fracção destas moléculas (cuja Ec > Ea) obedece uma lei do tipo Maxwell-Boltzman: ⇒⇒ /kT)aexp(-E )aEcf(E α> /kT)a1/exp(-E ηα ⇒⇒ /kT)aexp(-E ×η=η 0 /kTaE) 0 ln( )ln( +η=η P ro pr ie da de s do s C om po st os M ol ec ul ar es P ro pr ie da de s do s C om po st os M ol ec ul ar es 204 A viscosidade < com o > T (implicitamente com a Ea, medida da intensidade das interacções intermoleculares que < com o > T). Cadeias idênticas < viscosidade para moléculas esféricas relativamente a moléculas entrelaçadas. O > cadeia ⇒ > Ea ⇒ > viscosidade; P ro pr ie da de s do s C om po st os M ol ec ul ar es P ro pr ie da de s do s C om po st os M ol ec ul ar es CONCLUSÕES: 21 205 Valores de viscosidade absoluta para alguns líquidos à temperatura de 20ºC. P ro pr ie da de s do s C om po st os M ol ec ul ar es P ro pr ie da de s do s C om po st os M ol ec ul ar es