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Aula 13 vibrio, campilo, agua e plano de amostragem alunos

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30/10/2017
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Dra. Nathália Cristina Cirone Silva
Família Vibrionaceae
• Vibrio cholerae
• V. parahaemolyticus
• V. vulnificus
• V. fluvialis
• V. mimicus
Vibrio
- Clássico: 5ª e 6ª pandemias
- El Tor: sétima pandemia
• Biotipos do 
•sorogrupo O1
http://www.microbes-edu.org/glossaire/glossaire.html
Cólera
Poesia : O Cólera
Euclides da Cunha
O Cólera
O seu olhar cheio de morte e dor !
E passa e passa e passa ...as tumbas pálidas
Só têm uma guarida- a Eternidade –
E deliram e morrem na ebriedade
Da loucura – da febre e do pavor !... 
Euclides da Cunha
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS
• bastonetes Gram negativos curvos
• móvel por flagelo polar
• sem esporos
Vibrio cholerae HABITAT
• encontrados, principalmente, em ambientes aquáticos
• ingestão de água ou alimentos contaminados crus ou mal cozidos
• contato com o ambiente aquático
TRANSMISSÃO
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CARACTERÍSTICAS ANTIGÊNICAS
• Antígeno O
- Hikojima (A, B e C)
• Sorogrupo 
O1
- três frações de Ag, que permitem diferenciar 3 sorotipos
-sorogrupo O1...............O139
- Inaba (A e C)
- Ogawa (A e B)
- Clássico
- El Tor
- Clássico
- El Tor
- Clássico
- El Tor
SOROTIPOS BIOTIPOS
Características Biotipos
Clássico El Tor
Sensibilidade à polimixina Sensível Resistente 
Aglutinação de hemáceas de 
galinhas
- +
• Biotipos do 
•sorogrupo O1
PATOGENICIDADE DO SOROGRUPO O1
- diarréia aquosa profusa
- náuseas
- vômitos
- morte por desidratação grave
FATORES DE VIRULÊNCIA
• adesinas
• protease: degrada vários tipos de proteínas (fibronectina, lactoferrina)
• flagelo
• Ace: Toxina Colérica Acessória
• Toxina colérica
• Zot: rompe junção das células epiteliais 
SOROGRUPO NÃO O1
• otite
• gastrenterites
• infecções do trato respiratório
• infecções do trato urinário
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DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Fezes, vômito ou swab retal
Enriquecimento
em água
peptonada
5-8h/35ºC
Semeadura
direta em
TCBS
16-18/35ºC
Ágar TCBS
16-18/35ºC
Colônias suspeitas (amarelas)
- identificação bioquímica
- aglutinação com soro anti O1
- Elisa (para toxina)
- PCR (para toxina)
- sonda genética (para toxina)
- hidratação oral ou endovenosa
- antibióticoterapia: tetraciclina
TRATAMENTO
Vibrio parahaemolyticus
Gastrentérica: período médio de incubação: 15h (4-96h)
Auto-limitada: média de 3 dias em imunocomprometidos
Infecções de ferimentos: podendo resultar em fascite necrotizante
Septicemia fatal: pacientes imunocomprometidos(rara)
Associado à produção de hemolisina tdh resistente ao calor.
A hemolisina age no epitélio intestinal formando poros causando diarréia 
secretória.
Os isolados clínicos produzem hemólise em Agar Wagatsuma (Kanagawa)
Fatores de virulência
- Família: Spirillaceae
Características Gerais
- 18 espécies
- bastonetes Gram negativos curvos
- flagelo polar
- cápsula
- cresce melhor a 42° do que a 35°
- microaerofilia - 5 a 7% O2
- 5 a 10% CO2
-infecção pelo consumo de água ou alimentos contaminados.
-não persiste no ambiente por muito tempo.
-trato intestinal, órgãos reprodutores e cavidade oral de animais de sangue quente.
Ecologia
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♦ insuficiência de dados para estimar a real incidência das infecções humanas.
♦ poucos laboratórios clínicos incluem a investigação de Campylobacter nos exames de
rotina.
Campilobacteriose no Brasil
♦ número pequeno de laboratórios de pesquisa desenvolvendo trabalhos com esta bactéria.
♦ não há notificação compulsória.
♦ não há Programas de Vigilância para campilobacteriose.
Fatores de Virulência
- CadF (Campylobacter adhesion to fibronectin) 
• proteína situada na membrana externa da bactéria que media a ligação da
bactéria com a célula hospedeira.
Fatores de Virulência
- CadF (Campylobacter adhesion to fibronectin) 
- JlpA (jejuni lipoprotein A) 
• lipoproteina de superficie que também media adesão da bactéria às células
epiteliais.
- LOS (lipooligossacarídeo) 
Fatores de Virulência
- CadF (Campylobacter adhesion to fibronectin) 
- JlpA (jejuni lipoprotein A) 
• A semelhança da estrutura de LOS com os gangliosídeos do hospedeiro, leva a produção de
Ac que apresentam reação cruzada com essas estruturas, sendo a base patológica para para a
associação da infecção por C. jejuni e a Síndrome de Guillain-Barre.
- LOS (lipooligossacarídeo) 
Fatores de Virulência
- CadF (Campylobacter adhesion to fibronectin) 
- JlpA (jejuni lipoprotein A) 
- Flagelo 
• auxilia a penetração da bactéria no muco
- LOS (lipooligossacarídeo) 
Fatores de Virulência
- CadF (Campylobacter adhesion to fibronectin) 
- JlpA (jejuni lipoprotein A) 
- Flagelo 
- CiaB (Campylobacter invasion antigen) 
• auxilia no processo de invasão 
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- LOS (lipooligossacarídeo) 
Fatores de Virulência
- CadF (Campylobacter adhesion to fibronectin) 
- JlpA (jejuni lipoprotein A) 
- Flagelo 
- CiaB (Campylobacter invasion antigen) 
- CDT (Cytolethal distending toxin) 
- parece agir na indução de citocinas inflamatórias
- alternativamente, ou em adição, pode ativar resposta imune celular, como linfócitos
- LOS (lipooligossacarídeo) 
Fatores de Virulência
- CadF (Campylobacter adhesion to fibronectin) 
- JlpA (jejuni lipoprotein A) 
- Flagelo 
- CiaB (Campylobacter invasion antigen) 
- CDT (Cytolethal distending toxin) 
- Enterotoxina (CJT) 
- letalidade baixa: 0,1%
- febre com confusão mental ou delírio
- diarréia aguda profusa, que pode evoluir para disenteria sanguinolenta com muco.
1. Enterite aguda
Patogenicidade
- dores abdominais severas
- duração de 2 a 7 dias
- raramente evolui para septicemia
- dose infectante: 500 células
Veículos de transmissão
- carne de frango crua ou mal cozida.
- leite cru.
- água contaminada.
- contaminação cruzada de alimentos prontos para o consumo.
- animais de estimação
Isolamento e Identificação
25g + 225 mL de caldo Bolton ou Preston
42ºC/24 e 48h
Abeyta-Hunt-Bark Agar
Modified Campylobacter Blood-Free Selective Agar Base
Campy Blood Agar 
Campy Food
Plaqueamento em meio seletivo
Catalase positiva
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Microbiologia da água e planos 
de amostragem
Nathália Cirone
Principais contaminantes causadores 
de doença
• Top 10 causadores de surtos pelo sistema público de 
distribuição de água dos EUA
– Giardia
– Legionella
– Norovírus
– Shigella
– Campylobacter
– Cobre
– Salmonella
– Hepatite A
– Cryptosporidium
– E. coli
OMS: Problemas com água
• Quase 1 bilhão de pessoas não têm acesso a uma água
potável
• Doenças diarréicas: até 1 milhão de mortes anuais 
atribuíveis à água insalubre, saneamento e higiene
• Cólera: mais de 50 países ainda relatam cólera à OMS
• Esquistossomose: cerca de 260 milhões de infectados
• Milhões pessoas expostos a níveis inseguros de 
ocorrência natural de arsênico e fluoreto
Quais são as leis?
• PORTARIA MS Nº 2.914 - 2011 (Ministério da
Saúde)
“Dispõe sobre os procedimentos de controle e
de vigilância da qualidade da água para
consumo humano e seu padrão de
potabilidade.”
Quais são as leis?
• RDC 275 - Regulamento técnico de 
características microbiológicas para água 
mineral natural e água natural.
Parâmetros
• Escherichia coli/ ou coliformes 
termotolerantes 
• Coliformes totais
• Enterococos
• Pseudomonas aeruginosa
• Clostrídios sulfito redutores ou Clostridium
Perfringens
• Contagem de bactérias heterotróficas
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Coleta de amostras
• Frascos:
– Usar frascos com tampa a prova de vazamento, 
estéreis,
– O frasco de coleta não deve ser totalmente 
preenchido (máximo ¾ da capacidade)
– Para coleta de água clorada, adicionar agentes 
redutores, como tiossulfato de sódio (S2O3Na2) 
para neutralizar o cloro residual (0,1 ml de solução 
de sol. de tiossulfato a 10% por100 ml de água)
Técnica da Membrana Filtrante ou Millipore de Filtração por Membrana
� método utilizado para água, alimentos líquidos e bebidas
� utiliza membranas de diferentes materiais � Millipore fabricada a partir de acetato de
celulose com tamnho do poro regular e inferiorao tamanho das bactérias, diâmetro do
poro 0,45 ou 0,22µ (mais utilizados)
� Procedimento
ANÁLISE DE ÁGUA
Plano de amostragem
• Justificativa da amostragem microbiológica:
• Saúde Pública: muitos alimentos são veículos de 
micro-organismos patogênicos (Salmonella, 
Shigella, S. aureus, V. cholerae, C. perfringens, B. 
cereus, C. botulinum, Listeria monocytogenes, 
Campylobacter jejuni).
• Econômico: proliferação de micro-organismos 
deteriorantes (Pseudomonas, Flavobacterium, 
Clostridium estertheticum, Zygosaccharomyces).
Conceitos
• m: é o limite inferior (mínimo) aceitável. E o valor que separa 
qualidade satisfatória de qualidade marginal do produto. Valores 
abaixo do limite "m" são desejáveis. E o limite que, em um plano de 
3 classes, separa o lote aceitável do produto ou lote com qualidade 
intermediaria aceitável.
• M: em um plano de 3 classes, M separa o lote com qualidade 
intermediaria aceitável do lote inaceitável. Valores acima de M são 
inaceitáveis.
• n: é o numero de unidades a serem colhidas aleatoriamente de um 
mesmo lote e analisadas individualmente.
• c: é o numero máximo aceitável de unidades de amostras com 
contagens entre os limites de m e M (plano de 3 classes). Nos casos 
em que o padrão microbiológico seja expresso por "ausência", c e 
igual a zero, aplica-se o plano de 2 classes.
Conceitos
• Lote: todas as unidades do produto que tenham sido 
produzidos, manuseadas e armazenadas em um 
períodos limitados nas condições uniformes.
• Amostra indicativa: é a amostra composta por um 
número de unidades amostrais inferior ao estabelecido 
em plano amostral constante na legislação especifica.
• Amostra representativa: é a amostra constituída por 
um determinado numero de unidades amostrais 
estabelecido de acordo com o plano de amostragem.
• Unidade amostral: porção ou embalagem(ns) 
individual(is) tomadas para ensaio, de forma aleatória 
de uma partida do produto.
ICMSF2001 Condiçãodeuso/consumodoproduto
reduz mantém aumenta
Úteis,contaminantes em
geral,reduzem a vida útil
Cont.total,Bolores e leveduras
Aumenta a vida útil
n=5 c=3
Não altera
n=5c=2
Reduz a vida útil
n=5c=1
Indicadores:perigo
Indireto e baixo
Coliformes,Enterobacteriaceae
reduzoperigo
n=5 c=3
nãoaltera
n=5 c=2
Aumenta o 
perigo
n=5 c=1
Perigomoderado:risco
direto,distrib.Limitada
A.aureus,B.cereus,C.perfringens
n=5 c=2 n=5c=1 n=10 c=1
Perigosério:graves/
Risco de vida,dur.moder.
Salmonella,Shiguella,Vibrio
n=5 c=0 n=10 c=0 n=20 c=0
Perigo severo:risco vida,
Seqüela crônica,dur.Longa
C.botulinum
n=15 c=0 n=30 c=0 n=60 c=0
Planos de amostragem:
importância da escolha do plano adequado
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� Classes: definem o estado de aceitação do produto.
� Produto aceito: é aquele que atende todas as especificações
� Produto provisoriamente aceito: é aquele cujas especificações 
estão em uma posição intermediária entre os limites de aceitação 
e rejeição
� Produto rejeitado: é aquele que não atende as especificações.
Recomendações da ICMSF
Definições
São aqueles cujos processos decisórios estão baseados na 
verificação se um produto atende ou não atende uma especificação.
Aceitável m Inaceitável
Programas de controle de duas 
Classes: 
Exemplo:
�Especificação: ausência de micro-organismos patogênicos(defeito grave);
�Amostra positiva: é aquela em que uma unidade apresenta micro-
organismo patogênico (amostra defeituosa grave);
�Amostra negativa: é aquela em que nenhuma unidade apresenta micro-
organismo patogênico;
�Processo decisório:
•Amostra positiva: não atende => rejeitar
•Amostra negativa: atende => aceitar;
Programas de controle de duas 
Classes: 
DEFINIÇÃO
São aqueles cujos processos decisórios estão baseados na verificação se um
produto atende ou não atende uma especificação, ou se atende
provisoriamente, quando a característica avaliada se encontra entre os
limites de aceitação e de rejeição.
Programas de controle de três 
Classes: 
Aceitável m Marginal M Inaceitável
RDC n 12
• RESOLUÇÃO RDC Nº 12, DE 02 DE JANEIRO DE 
2001
REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE PADRÕES 
MICROBIOLÓGICOS PARA ALIMENTOS
• OBJETIVO: Estabelecer os Padrões
Microbiológicos Sanitários para Alimentos
especificados no Anexo I e determinar os critérios
para a Conclusão e Interpretação dos Resultados
das Analises Microbiológicas de Alimentos
Destinados ao Consumo Humano especificados
no Anexo II.
Âmbito de aplicação
• Este Regulamento se aplica aos alimentos destinados 
ao consumo humano.
• Excluem-se matérias-primas alimentares e os produtos 
semielaborados, destinados ao processamento 
industrial desde que identificados com os seguintes 
dizeres: "inadequados para o consumo humano na 
forma como se apresentam" ou "não destinados para o 
consumo humano na forma como se apresentam“.
• Excluem-se deste Regulamento os produtos 
alimentícios e as toxinas de origem microbiana, como 
as micotoxinas, para os quais existem padrões 
definidos em legislação especifica.
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RDC 12/2001
• ANEXO I: Padrões Microbiológicos Sanitários 
para Alimentos: A tolerância é máxima e os 
padrões são mínimos para os diferentes 
grupos de produtos alimentícios, constantes 
no presente anexo, para fins de registro e 
fiscalização de produtos alimentícios.
• ANEXO II: Conclusão e interpretação dos 
resultados das analises microbiológicas de 
alimentos destinados ao consumo humano.
RDC 12/2001
• Amostragem, coleta, acondicionamento, transporte 
para análise microbiológica de amostras de produtos 
alimentícios devem obedecer:
– Codex Alimentarius; "International Commission on 
Microbiological Specifications for Foods" (I.C.M.S.F.); 
"Compendium of Methods for the Microbiological 
Examination of Foods”
– "Standard Methods for the Examination of Dairy Products" 
da American Public Health Association “(APHA); 
– "Bacteriological Analytical Manual" da “Food and Drug
Administration”, editado pela “Association of Official 
Analytical Chemists” (FDA/AOAC), 
– outras metodologiasinternacionalmente reconhecidas.
RDC 12/2001
• Coleta das amostras:
– embalagens originais não violadas, observando a 
quantidade minima de 200g ou 200mL por unidade 
amostral. 
– Produto a granel ou porções não embaladas na 
origem: deve-se cumprir as Boas Praticas de Colheita.
– Exceções para os casos relacionados a elucidação de 
DTA, e de rastreamento de micro-organismos 
patogênicos. No caso de investigação de DTA devem 
ser colhidas as sobras dos alimentos efetivamente 
consumidos pelo(s) afetado(s).
Alimento Micro-organismos n c m M Referência
Frutas branqueadas ou 
cozidas, inteiras ou 
picadas, estáveis a
Temperatura ambiente,
refrigeradas ou 
congeladas, Consumidas 
diretamente; passa, com ou 
sem adição de açúcar ou 
mel; desidratadas,
secas(excluídas as 
passas), liofilizadas, com 
ou sem adição
de açúcar ou mel, 
incluindo
as cristalizadas ou 
glaceadas e
similares); polpa de frutas
Concentradas ou não, com 
ou
sem tratamento térmico,
refrigeradas ou
Coliformes a 45oC/g 5 2 10 102
RDC 12
Salmonella sp/25g 5 0 Aus -
Alimento Micro-organismos n c m M Referência
especiarias, condimentos e
temperos prensados ou
flocados ou em pó com 
adição de outros 
ingredientes ou não
Coliformes a 45ºC/g 5 2 10 102
RDC 12
Salmonella sp/25g (mL) 5 0 Aus -
Alimento Micro-organismos n c m M Referência
carnes resfriadas, ou 
congeladas, "in natura", de 
bovinos, suínos e outros 
mamíferos (carcaças inteiras 
ou fracionadas, 
quartos ou cortes); carnes 
moídas; miúdos de bovinos, 
suínos e outros mamíferos 
Salmonella sp/25g 5 0 Aus -
RDC 12
carnes resfriadas, ou 
congeladas, "in natura", de 
aves (carcaças inteiras, 
fracionadas ou 
cortes) 
Coliformes a 45oC/g 5 3 5x103 104
produtos cárneos crus, 
refrigerados ou congelados 
(hamburgueres, almôndegas, 
quibe e similares); produtos 
a base de sangue e erivados 
"in natura"; 
embutidos frescais ( 
lingüiças cruas 
e similares) 
Coliformes a 45oC/g 5 3 5x102 5x103
Estaf.coag.positiva/g5 2 103 5x103
C. sulfito redutor a
460C/g
5 2 5x102 3x103
Salmonella sp/25g 5 0 Aus -
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Alimento Micro-organismos n c m M Referência
a) produtos prontos ou instantâneos 
que serão consumidos após adição de
líquidos, por crianças acima de 1 ano 
de
idade, incluindo os alimentos de 
transição e de seguimento, exceção 
dos produtos
comercialmente
estéreis
Coliformes a 350C/g (mL) 5 2 3 20
RDC 12
Coliformes a 45oC/g (mL) 5 1 - 1
Estaf.coag.positiva/g(mL) 5 2 10 5x10
B.cereus/g (mL) 5 2 102 5x102
Salmonella sp/25g (mL) 10 0 aus -
produtos prontos ou instantâneos que 
serão consumidos com ou sem adição 
de líquidos, por bebês de até 1 ano
de idade, a exceção dos prematuros,
incluindo as fórmulas
infantis, exceto os que receberam 
tratamento térmico em embalagens
herméticas
Coliformes a 350C/g (mL) 5 2 10
Coliformes a 45oC/g (mL) 5 0 Aus -
Estaf.coag.positiva/g(mL) 5 0 Aus -
B.cereus/g (mL) 5 1 10 102
Salmonella sp/25g (mL) 10 0 Aus -
fórmulas infantis
para prematuros,
exceto os que
receberam tratamento
térmico em
embalagens
herméticas
Coliformes a 350C/g (mL) 5 1 10
Coliformes a 45oC/g (mL) 5 0 Aus -
Estaf.coag.positiva/g(mL) 5 0 Aus -
B.cereus/g (mL) 5 1 10 5x10
Salmonella sp/25g (mL) 10 0 Aus -
PORTARIA MS Nº 2.914 - 2011
• Art. 2°Esta Portaria se aplica à água destinada ao 
consumo humano proveniente de sistema e 
solução alternativa de abastecimento de água.
• Não se aplica à água mineral natural, à água 
natural e às águas adicionadas de sais, destinadas 
ao consumo humano após o envasamento, e a 
outras águas utilizadas como matéria-prima para 
elaboração de produtos
PORTARIA MS Nº 2.914 - 2011
• I - água para consumo humano: água potável destinada 
à ingestão, preparação e produção de alimentos e à 
higiene pessoal, independentemente da sua origem;
• II - água potável: água que atenda ao padrão de 
potabilidade estabelecido nesta Portaria e que não 
ofereça riscos à saúde;
• III - padrão de potabilidade: conjunto de valores 
permitidos como parâmetro da qualidade da água para 
consumo humano, conforme definido nesta Portaria;
(1) Valor Máximo Permitido. (2) Indicador de contaminação fecal. (3) 
Indicador de eficiência de tratamento. (4) Indicador de integridade do 
sistema de distribuição (reservatório e rede).
PORTARIA MS Nº 2.914 - 2011
• Art. 28. A determinação de bactérias heterotróficas deve ser realizada como um dos 
parâmetros para avaliar a integridade do sistema de distribuição (reservatório e 
rede).
– § 1º A contagem de bactérias heterotróficas deve ser realizada em 20% (vinte por cento) 
das amostras mensais para análise de coliformes totais nos sistemas de distribuição 
(reservatório e rede).
– § 2º Na seleção dos locais para coleta de amostras devem ser priorizadas pontas de rede e 
locais que alberguem grupos populacionais de risco à saúde humana.
– § 3º Alterações bruscas ou acima do usual na contagem de bactérias heterotróficas devem 
ser investigadas para identificação de irregularidade e providências devem ser adotadas 
para o restabelecimento da integridade do sistema de distribuição (reservatório e rede), 
recomendando-se que não se ultrapasse o limite de 500 UFC/mL.
RDC 275 - Regulamento técnico de 
características microbiológicas para água 
mineral natural e água natural. 
22/09/2005. Anvisa
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• Amostra indicativa: é a amostra composta por um número de 
unidades amostrais inferior ao estabelecido para a amostra 
representativa. 
• Amostra representativa: é a amostra constituída por um 
número de unidades amostrais estabelecido na Tabela 1. 
• Unidade amostral: porção ou embalagem(ns) individual(is) 
tomadas para ensaio, de forma aleatória de uma partida do 
produto. 
Definições – RDC 275
• n: é o número de unidades da amostra representativa a 
serem coletadas e analisadas individualmente. 
• c: é o número aceitável de unidades da amostra 
representativa que pode apresentar resultado entre os 
valores "m" e "M". 
• m: é o limite inferior (mínimo) aceitável. É o valor que 
separa qualidade satisfatória de qualidade marginal do 
produto. Valores abaixo do limite "m" são desejáveis. 
• M: é o limite superior (máximo) aceitável. Valores acima de 
"M" não são aceitos. 
Definições RDC 275
Tabela 1 - Características microbiológicas para Água Mineral Natural e Água 
Natural. 
Microrganismo
(em 100ml)
Amostra 
indicativa limite
Amostra representativa
n c m M
Escherichia coli/ ou 
coliforme 
termotolerantes 
ausência 5 0 --- Ausência
Coliformes totais <1,0 UFC; <1,1 
NMP ou 
ausência 
5 1
<1,0 UFC; 
<1,1 NMP ou 
ausência 
2,0 UFC ou 
2,2 NMP
Enterococos <1,0 UFC; <1,1 
NMP ou 
ausência 
5 1
<1,0 UFC; 
<1,1 NMP ou 
ausência 
2,0 UFC ou 
2,2 NMP
Pseudomonas
aeruginosa
<1,0 UFC; <1,1 
NMP ou 
ausência 
5 1
<1,0 UFC; 
<1,1 NMP ou 
ausência 
2,0 UFC ou 
2,2 NMP
Clostrídios sulfito 
redutores ou 
Clostridium
perfringens
<1,0 UFC; <1,1 
NMP ou 
ausência 
5 1
<1,0 UFC; 
<1,1 NMP ou 
ausência 
2,0 UFC ou 
2,2 NMP
• Amostra indicativa 
– A amostra é condenada (rejeitada) quando for constatada a presença 
de Escherichia coli ou coliformes termotolerantes ou quando a 
contagem dos demais grupos microbianos for maior que o limite 
estabelecido para amostra indicativa. 
– Ações
– Efetuada a análise da amostra representativa
Interpretação dos resultados
• Amostra representativa 
– Quando realizar?
– avaliação de partida 
– suspeita ou com identificação de problemas 
– informações sobre as possíveis fontes de problema
– planos estatísticos com maior poder de discriminação 
de falhas
Interpretação dos resultados
• Aprovação
– ausência de Escherichia coli ou coliformes termotolerantes em todas 
as unidades da amostra representativa; 
– nenhuma unidade da amostra representativa apresentar contagem 
dos demais grupos microbianos maior que "M"; 
– no máximo uma unidade da amostra representativa apresentar 
contagens entre os valores "m" e "M".
Interpretação do resultado
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