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Staphylococcus aureus e suas características

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Staphylococcus aureus
GÊNERO STAPHYLOCOCCUS
• Cocos Gram +, pequenos 
com cerca de 0,5-1,0 µm
• Arranjados em forma de 
cacho
• Anaeróbios facultativos
• Exigem aminoácidos para 
o seu desenvolvimento
• Necessitam de vitaminas 
do complexo B
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GÊNERO STAPHYLOCOCCUS
• Catalase +
• Mesófilos
• Toleram NaCl
• Habitat: animais e 
seres humanos. 
• São comensais ou 
patogênicos
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♦ Espécies
- S. aureus
- S. hycus
- S. intermedius
- S. epidermidis
- S. saprophyticus
- S. warneri
- S. hominis
- S. xylosus 
Coagulase negativa
Coagulase positiva
♦ Família: Staphylococcaceae
Staphylococcus – Fatores de Virulência Staphylococcus epidermidis
• Segunda espécie mais importante do gênero
Staphylococcus.
• Faz parte da flora normal da pele e da mucosa de seres
humanos.
• Não produzem coagulase . Resistência a antimicrobianos.
• Apresentam muitos fatores de adesão, sendo importantes
patógenos hospitalares podendo causar infecções
especialmente em pacientes que fazem uso de dispositivos
plásticos (cateter, próteses).
• Outras infecções: bacteremia (cateteres infectados),
infecções cutâneas, oculares (pós-cirúrgcas), peritonit e,
etc.
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♦ não são bons competidores
Staphylococcus aureus
♦ cocos Gram positivos
♦ sem esporos
♦ cápsula
♦ reservatório
INFLUÊNCIA DE FATORES QUÍMICOS E FÍSICOS
♦ temperatura
- multiplicação: 7 a 48ºC
ótima: 30 a 40ºC
- produção de toxinas: 10 a 46ºC
ótima: 30 a 35ºC
INFLUÊNCIA DE FATORES QUÍMICOS E FÍSICOS
♦ temperatura
♦ pH
- multiplicação: 4,0 a 9,8
ótima: 6,0 a 7,0
- produção de toxinas: variável
INFLUÊNCIA DE FATORES QUÍMICOS E FÍSICOS
♦ temperatura
♦ pH
♦ aw
- multiplicação: a partir de 0,83 (0,86)
ótima: 0,99
- produção de toxinas: a partir de 0,86
- produção de toxinas: 10% se pH > 5,45
INFLUÊNCIA DE FATORES QUÍMICOS E FÍSICOS
♦ temperatura
♦ pH
♦ aw
♦ NaCl
- multiplicação: até 20%
INFLUÊNCIA DE FATORES QUÍMICOS E FÍSICOS
♦ temperatura
♦ pH
♦ aw
♦ NaCl
♦ açúcar 
- 30 a 40% inibe o crescimento
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3
INFLUÊNCIA DE FATORES QUÍMICOS E FÍSICOS
♦ temperatura
♦ pH
♦ aw
♦ NaCl
♦ açúcar 
♦ atmosfera
- multiplicação e produção de toxinas:
aero ou anaerobiose
INFLUÊNCIA DE FATORES QUÍMICOS E FÍSICOS
♦ temperatura
♦ termorresistência
♦ pH
♦ aw
♦ NaCl
♦ açúcar 
♦ atmosfera
♦ resistência a agentes químicos
- telurito
- cloreto de mercúrio
- polimixina
- neomicina
CONDIÇÕES PARA:
CRESCIMENTO:CRESCIMENTO:
�Temperatura: entre 7oC e 
48oC. Ótimo entre 35oC e 
37oC
�pH: 4,0-9,8. Ótimo entre 
6,0-7,0
�A.a: mínimo 0,86
�NaCl até 20%
ENTEROTOXINAENTEROTOXINA.
Produção ocorreProdução ocorre:
� Temperatura: entre 13oC e 
40oC. Ótimo entre 33oC e 
38oC
� pH: 5,15-9,0.
� A.a: mínimo 0,90. 
� NaCl até 10%
TOXINAS
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ENTEROTOXINA
• Secretada durante a fase de crescimento!!
• População deve alcançar entre 10 5-106 UFC/g para 
produção suficiente no alimento
• Atua no estômago, estimulando o centro do vômito
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♦ Toxina A
♦ Toxina B
♦ Toxina C
♦ Toxina D 
♦ Toxina E
♦ Toxina G
CARACTERÍSTICAS DAS ENTEROTOXINAS
- ligações simultâneas ao
CMH de classe II na APC e
aos receptores de células T,
sem a presença de antígenos
específicos.
febre alta,
vômito, diarréia e
disfunções
hepáticas e
renais
liberação
maciça
citocinas
prostaglandinas
♦ ação
♦ Toxina A
♦ Toxina B
♦ Toxina C
♦ Toxina D 
♦ Toxina E
♦ Toxina G
CARACTERÍSTICAS DAS ENTEROTOXINAS
♦ superantígenos 
♦ ação
♦ ação emética
♦ ação diarréica
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♦ Toxina A
♦ Toxina B
♦ Toxina C
♦ Toxina D 
♦ Toxina E
♦ Toxina G
CARACTERÍSTICAS DAS ENTEROTOXINAS
♦ superantígenos 
♦ ação
♦ resistentes à tripsina, pepsina
♦ Toxina A
♦ Toxina B
♦ Toxina C
♦ Toxina D 
♦ Toxina E
♦ Toxina G
CARACTERÍSTICAS DAS ENTEROTOXINAS
♦ superantígenos 
♦ ação
♦ resistentes à tripsina, pepsina
♦ dose mínima para produção: 10 5 UFC
CARACTERÍSTICAS DA 
TOXI-INFECÇÃO 
� Pi Incubação curto:
� 2-4 h
� Náuseas
� Vômitos 
� Dores abdominais e 
musculares
� Febre ocasional
� Curso: 6-24 h
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ALIMENTOS ENVOLVIDOS
No alimento S. aureus é 
mau competidor com 
outras bactérias!
Necessita de uma 
vantagem competitiva
• Teor elevado de sal
• ex: presunto, salame
• População bacteriana 
reduzida
• ex: após cocção ou 
tratamento térmico
• Contaminação natural 
elevada
• ex: leite de vacas com 
mastite
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�Humanos: 
ferimentos ou 
portadores
�Animais: matéria 
prima
�Equipamentos: 
contaminados ou 
colonizados
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FONTES DE S. AUREUS : PREVENÇÃO DO S. aureus
• Identificar os pontos de 
risco
• Eliminar os riscos
• Monitorar o sistema
Contagens
• altas: deficiência 
sanitária
• baixas: destruição
Tempo de geração:
• 37oC :0,5 h
• 21oC :1,7 h
• 10oC:18 h
Estocar produto:
• abaixo de: 10 oC 
• acima de: 45 oC
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5
PREVENÇÃO DO S. aureus
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Agar Baird Parker
1. Catalase +
2. Catalase -
1 2
S. aureus – Identificação
Teste da coagulase
coagulase + coagulase - = SCN
S. aureus – Identificação
Coagulase negativa
Coagulase positiva
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6
Teste da coagulase
coagulase + coagulase - = SCN
- xilose
- sacarose
- trealose
- manitol
- maltose
- O/F
S. aureus – Identificação
- Fator Clumping
- VP
LEGISLAÇÃO
Portaria RDC 
02/02/01
Pesquisa de 
Estafilococcos
Coagulase +
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LISTERIOSE
SURTOS DE LISTERIOSE
ANO PAÍS ALIMENTO CASOS MORTES
1981 Canadá Repolho 51 22
1983 EUA Leite past. 49 13
1983-87 Suiça Queijo 122 18
1985 EUA Queijo 142 48
1994 EUA Achocolatado 66 *
1995 França Queijo 37 *
1998/99 Finlândia Manteiga 25 *
2000/01 EUA Queijo 13 *
2001 Japão Queijo 84 *
2001 Suécia Queijo 48 *
2002 Canadá Queijo 2 *
2007 EUA Leite past. 5 03
2011 EUA Melão 123 21
DISTRIBUIÇÃO
• Já foi encontrada em espécies de 37 mamíferos;
• 17 espécies de pássaros;
• Em peixes e crustáceos;
• 1 a 10 % da população: portadores intestinais;
• Já foi isolada de diversos ambientes: vegetação, terra, ração 
animal, esgoto e água;
(FORSYTHE, 2002)
CARACTERÍSTICAS
• Bastonetes;
• Gram +;
• Não esporogênicos;
• Anaeróbios facultativos;
• Atividade de água ótima: próxima de 0,97;
• Móvel (flagelos peritríquios),
• Crescimento: 0 °C a 42 °C; pH: 6,0- 8,0;
• Menos sensível ao calor quando comparada a Salmonella;
• Capacidade de multiplicação em temperaturas de 
refrigeração
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7
• É resistente a condições ambientais;
• É resistente aos efeitos do congelamento e secagem;
• A 4 °C sobrevive por mais de 100 dias em concentrações
entre 10,5% e 30,5% de NaCl;
• Células jovens: forma lisa, assemelhando-se a pequenos
difteróides;
• Mede de 0,4 µm a 0,5 µm de diâmetro e comprimento
de 0,5 µm a 2, 0 µm;
• Catalase positiva e oxidase negativa;
(F
(FORSYTHE, 2002; FRANCO; LANDGRAF, 2008; BARROS, 2005)
CARACTERÍSTICAS LISTERIOSE
� Invasiva 
- grupos de risco: imunocomprometidos, idosos, gestantes
- L. monocytogenes ingerida – coloniza o intestino
- infecções graves (SNC, septicemia)
- gestantes: aborto, infecções no feto, nascimento 
prematuro
� Não invasiva 
- não afeta grupos populacionais específicos
- gastroenterite febril, dores cabeça e musculares
Patogênese
ingestão do alimento
invasão para sangue fígado, SNC e placenta
- bacteremia
- natimorto
- morte 
neonatal
- meningites
- abcessos cerebrais
- encefalites
- hepatite
- abcessos
- endocardites 
- pericardites
- miocardite
- pleuropulmonares
- osteomielite
- peritonite
- coleocistite
adesão à mucosa intestinal
- GI
♦ Dose infectante
?
- alguns surtos: < 10 2 UFC/g
- outros: > 10 6 UFC/g
♦ Período de incubação
- 2 dias a 6 semanas
♦ Taxa de portadores
- 5 a 10% da população
Fatores de Virulência
• Adesão e Invasão
- Internalinas (InlA e InlB)
- adesão ao E- caderin
Fatores de Virulência
• Adesão e Invasão
• Hemolisinas
- Listeriolisina O (LLO)
- lisa a vesícula fagocítica no interior da célula 
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8
Fatores de Virulência
• Adesão e Invasão
• Hemolisinas
- Listeriolisina O (LLO)
- Fosfolipase C (PC- PLC)
- hidrolisa a maioria dos fosfolipídeos
Fatores de Virulência
• Adesão e Invasão
• Hemolisinas
- ListeriolisinaO (LLO)
- Fosfolipase C (PC- PLC)
- Fosfatidilinositol – Fosfolipase C (Pi – PLC)
- hidrolisa o fosfatidilinositol 
Fatores de Virulência
• Adesão e Invasão
• Hemolisinas
• Motilidade baseada na actina
- act A: estimula proteínas do hospedeiros que
participam da formação dos filamentos de
actina.
- proteínas do hospedeiros: profilina e Arp
- Solo
- Vegetação
- Esgotos 
- Efluentes de abatedouros e 
de plantas processadoras de 
aves
- Água
- Mamíferos
- Plantas processadoras de carnes e 
derivados
- Geladeiras
- Aves dométicas e silvestres
- Peixes, moluscos, crustáceos e rãs
- Plantas processadoras de leite e 
derivados
- Carrapatos
ALIMENTOS X LISTERIOSE
Queijos: 
maturação pode eliminar: acidez + baixa Aw + competição
Frescos: sem efeito
Refrigeração: aumenta riscos
Refrigeração + Atmosferas Modificadas: fator maior de 
risco
CHROMagar Listeria
Palcam
Oxford
Chromogenic 
Listeria agar
(Oxoid) 
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Isolamento e Identificação
25g + 225 mL de caldo LEB ou Fraser
30ºC/24 e 48h
Plaqueamento em meio seletivo
Identificação das cepas características
35ºC/48h
BASTONETES GRAM POSITIVOS
CATALASE POSITIVA
Legislação RDC Nº 12
- ausência em 25 g para queijos de alta umidade 
EUA
TOLERÂNCIA ZERO

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