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31/10/2017 1 ADITIVOS ALIMENTARES Profa. Adriana Pavesi Arisseto Bragotto Faculdade de Engenharia de Alimentos – UNICAMP Departamento de Ciência de Alimentos 2017 TA-611 INTRODUÇÃO Prática realizada há séculos: sal, açúcar, ervas, enxofre Benefícios tecnológicos são inegáveis Avanço polêmico alcançado pela indústria de alimentos Preocupação pública constante quanto aos riscos toxicológicos DEFINIÇÕES Ingrediente: Qualquer substância empregada na fabricação ou preparação de um alimento e que permanece no produto final, ainda que de forma modificada. Qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos, sem propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento. O que é um aditivo alimentar? Portaria nº 540, de 27 de outubro de 1997: Aprova o Regulamento Técnico: Aditivos Alimentares - definições, classificação e emprego. SVS/MS - Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. DEFINIÇÕES ConservaçãoConservação • Conservador • Antioxidante • Acidulante • Regulador de acidez • Sequestrante SensorialSensorial • Corante • Edulcorante • Aromatizante • Realçador de sabor • Estabilizante de cor Tecnologia de fabricação Tecnologia de fabricação • Emulsificante • Estabilizante • Espessante • Agente de corpo • Gelificante • Agente de firmeza • Umectante • Antiumectante • Espumante • Antiespumante • Glaceante • Melhorador de farinha • Fermento químico DEFINIÇÕES Sistema elaborado pelo Comitê do Codex Alimentarius sobre Aditivos Alimentares (CCFA) para estabelecer internacionalmente a identificação dos aditivos alimentares nas listas de ingredientes como alternativa à declaração do nome específico do aditivo. International Numbering System (INS) DEFINIÇÕES 31/10/2017 2 International Numbering System (INS) DEFINIÇÕES Classe Aditivo (ISN) Corantes (100-199) Tartrazina (102); licopeno (160) Antioxidantes (300-399) BHT (321); ácido ascórbico (300) Estabilizantes (400-499) Gomas (410-415) Conservadores (200-299) Nitritos (249-250); ácido benzoico (210) • Naturais: Substâncias isoladas de plantas comestíveis ou outro material vivo. Ex: alginato, agar, carragena, lecitina, pectinas... • Sintéticos: Idênticos ao natural: Substâncias existentes na natureza, mas para as quais a síntese química é mais viável. Ex: ácido ascórbico, β-caroteno... Artificiais: Substâncias não existentes na natureza e que são obtidas somente sinteticamente. Ex: sacarina, BHA... DEFINIÇÕES DEFINIÇÕES Coadjuvante de tecnologia É toda substância, excluindo os equipamentos e os utensílios utilizados na elaboração e/ou conservação de um produto, que não se consome por si só como ingrediente alimentar e que se emprega intencionalmente na elaboração de matérias-primas, alimentos ou seus ingredientes, para obter uma finalidade tecnológica durante o tratamento ou fabricação. Deverá ser eliminada do alimento ou inativada, podendo admitir-se no produto final a presença de traços de substância, ou seus derivados. DEFINIÇÕES Coadjuvante de tecnologia 1 – Catalizador 2 - Fermento Biológico 3 - Agente de Clarificação/Filtração 4 - Agente de Coagulação 5 - Agente de controle de microrganismos 6 - Agente de floculação 7 - Agente e suporte de imobilização de enzimas 8 - Agente de lavagem e/ou descascamento 9 - Agente de resfriamento/Congelamento por contato 10 - Agente degomante 11 - Enzima ou preparação enzimática 12 - Gás propelente, gás para embalagens 13 - Lubrificante, agente de moldagem ou desmoldagem 14 - Nutriente para leveduras 15 - Resina de troca iônica, membranas e peneiras moleculares 16 - Solvente de extração e processamento 17 - Agente de inibição enzimática antes da etapa de branqueamento 18 - Detergente PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE USO A necessidade tecnológica do uso de um aditivo deve ser justificada sempre que proporcionar vantagens de ordem tecnológica e não quando estas possam ser alcançadas por operações de fabricação mais adequadas ou por maiores precauções de ordem higiênica ou operacional 1. Necessidade tecnológica A autorização de uso de um aditivo em alimentos pressupõe a realização de uma avaliação toxicológica adequada (inclusive substâncias naturais) 2. Segurança PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE USO IDA = Ingestão diária aceitável 31/10/2017 3 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE USO Avaliação toxicológica PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE USO Avaliação toxicológica Tipos de IDA: • Numérica • Não alocada • Não especificada ou não limitada • De grupo • Temporária • Aditivos BPF: Possuem IDA não especificada ou não limitada (devem ser utilizados de acordo com as Boas Práticas de Fabricação) – quantum satis RDC n. 45, de 03 de novembro de 2010: Dispõe sobre aditivos alimentares autorizados para uso segundo as Boas Práticas de Fabricação (BPF). PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE USO Casos particulares • Aromatizantes: Não possuem IDA (baixas concentrações e uso auto- limitante). RDC nº 2, de 15 de janeiro de 2007: Regulamento técnico sobre aditivos aromatizantes. Os aditivos devem atender às exigências de pureza estabelecidas pelo JECFA ou pelo Food Chemical Codex e ser autorizados pela autoridade sanitária nacional 3. Regulamentação Especificar os aditivos para as diferentes categorias de alimentos Especificar as funções para as quais serão utilizados Especificar os limites máximos PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE USO PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE USO O uso dos aditivos deve ser restrito/limitado a alimentos específicos, em condições específicas e ao menor nível para alcançar o efeito desejado 4. Restrição PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE USO 31/10/2017 4 • Evidências ou suspeita de que o aditivo não é seguro para consumo pelo homem • Interferir sensível e desfavoravelmente no valor nutritivo do alimento (ex: sulfito destrói tiamina) • Usado para encobrir falhas no processamento e/ou nas técnicas de manipulação (ex: conservadores x condições sanitárias) • Encobrir alteração ou adulteração da matéria-prima ou do produto já elaborado (ex: substância para aumentar a viscosidade de leite adulterado com água) • Induzir o consumidor a erro, engano ou confusão 5. Proibição PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE USO ASPECTOS TOXICOLÓGICOS CORANTES • Inorgânicos: dióxido de titânio, óxido de ferro, ouro, prata • Naturais/Sintéticos idêntico ao natural: urucum, antocianinas, betalaínas, clorofilas, caramelo, β- caroteno, riboflavina • Artificiais: azo, trifenilmetano, xantenos, índigo CORANTES Amaranto, ponceau 4R, vermelho 40, azorrubina, tartrazina, amarelo crepúsculo R-N=N-R Amarelo manteiga (aminoazobenzeno) Tartrazina (azobenzeno) Azo CORANTES Amarelo manteiga Aminoazobenzenos são convertidos a aminas heterocíclicas no organismo: potencial carcinogênico e genotóxico. Teve seu uso descontinuado. Azo Tartrazina Corante amarelo usado desde 1916. Possui toxicidade muito baixa, não mutagênico e não carcinogênico. Tem sido associado a reações alérgicas e asma em alguns indivíduos hipersensíveis. CORANTES Azo Resolução - RDC nº 340, de 13 de dezembro de 2002 31/10/2017 5 CORANTES Eritrosina • Corante róseo do grupo xanteno • Baixa toxicidade aguda e baixa absorção • Molécula poli-iodada • Alterações no funcionamento da tireoide • Carcinogenicidade (tireoide) – 4% dieta em ratos machos • Efeito secundário, não genotóxico CORANTES Caramelo • Obtido pelo aquecimento de açúcares na presença ou não de ácidos, bases e sais • Sem efeitos adversos observados • Processo amônia (III) e sulfito-amônia (IV): 4-metilimidazol (4-MEI) • IARC – grupo 2B • Câncer de pulmão: não genotóxico • JECFA (especificação): máximo de 200-250 mg/kg (no corante) nãorepresenta um problema EDULCORANTES • Naturais/sintéticos idênticos ao natural: sorbitol, manitol, xilitol, glicosídeos de esteviol • Artificiais: acessulfame de potássio, aspartame, ciclamato, sacarina, sucralose, neotame EDULCORANTES Ciclamato Poder adoçante 30x maior que a sacarose, não produz gosto residual metálico. Sacarina Poder adoçante 300x maior que a sacarose, produz gosto residual metálico. Geralmente utilizados em combinação (10:1) para potencialização do gosto doce e redução do gosto metálico residual. Sacarina e ciclamato EDULCORANTES • Não é metabolizada pelo organismo • Câncer de bexiga somente em ratos • Nenhum estudo epidemiológico positivo • IARC: grupo 3 • Considerada segura para o homem nos níveis utilizados Sacarina + Ciclamato Câncer na bexiga (1970s) • Metabolizado a cicloexilamina (inibição da espermatogênese) • Câncer de bexiga em diversas espécies (altas doses) • Promotores de câncer (não genotóxico) • IARC: grupo 3 Sacarina e ciclamato EDULCORANTES • Poder adoçante 100-200x maior que a sacarose, não produz gosto residual metálico. • Olney et al. (1996): relação entre consumo de aspartame e tumor cerebral Aspartame 31/10/2017 6 EDULCORANTES Metanol: baixa quantidade para produzir efeito tóxico Ácido aspártico: aminoácido não essencial Fenilalanina: preocupação para portadores de fenilcetonúria Aspartame EDULCORANTES https://www.youtube.com/watch?v=SU3U31m5_Z0 REALÇ. DE SABOR • Ácido glutâmico: presente naturalmente em alimentos (ex: cogumelos, tomate) • Confere o gosto umami Kwok (1968): Síndrome de Restaurante Chinês Caracterizada por um conjunto de sintomas (dor de cabeça, fraqueza, sonolência, palpitações) relatados após consumo de refeições chinesas Glutamato (MSG) REALÇ. DE SABOR Diversos estudos, incluindo investigações do tipo duplo-cego placebo- controlado (Yang et al., 1997; Geha et al., 2000) não mostram nenhuma associação plausível nem a existência de uma subpopulação sensível ao MSG • Toxicidade aguda muito baixa (13-19 g/Kg em roedores) • Ensaios de toxicidade sub-crônica e crônica sem efeitos adversos • IDA não especificada ou não limitada Glutamato (MSG) CONSERVADORES • Naturais: nisina, natamicina, lisozima • Sintéticos: propionatos, sorbatos, benzoatos, sulfitos, nitratos e nitritos CONSERVADORES • Usado desde 1890 • Alimentos e bebidas com pH < 4,5 • Reações de hipersensibilidade ocasionais (não conclusivo) • Baixa toxicidade • 90% excretado na forma de ácido hipúrico pela urina • DL50 (oral) = 2,0-2,7 g/kg pc • IDA = 0-5 mg/kg pc (JECFA, 1996) Benzoatos 31/10/2017 7 CONSERVADORES • Formação de benzeno em refrigerantes � IARC: grupo 1 � Efeitos carcinogênicos na medula óssea, sangue e tecidos relacionados � Não há dose segura de ingestão OH● Benzoatos CONSERVADORES 77 amostras: <0,08 to 10,84 μg/kg 3 amostras acima de 5 μg/kg; 1 amostra acima de 10 μg/kg • Concentração de benzoato • Tempo • Temperatura • Cu2+ e Fe2+ • Luz • Light/Diet • Formação de benzeno em refrigerantes Benzoatos CONSERVADORES • Usados desde 1664 • Ativos contra bolores, leveduras e bactérias • Vinhos, frutas desidratadas, batata frita congelada • Inibem a reação de Maillard • Oxidação a sulfato (sulfito oxidase) no fígado � eliminação na urina • Asma em indivíduos sensíveis (~1,5% asmáticos) • IDA = 0,7 mg/kg pc (JECFA, 1998) Sulfitos CONSERVADORES • Usados há séculos para a cura de produtos cárneos Bactérias Cor Oxidação Aroma Nitratos e nitritos CONSERVADORES Nitrato (NO3 -) Nitrito (NO2 -) Nitrito (hambúrguer de calabresa) mg/kg Redução Adicionado 150 - Após processamento 64,0 58% Após cozimento 52,2 65% Fonte: Arisseto, 2003. Nitratos e nitritos CONSERVADORES Fonte: Arisseto, 2003. • Estocagem: congelada • Nitrito medido após após descongelamento e tratamento térmico 150 mg/kg de NaNO2 50 mg/kg de NaNO2 Nitratos e nitritos 31/10/2017 8 CONSERVADORES NO2 - NO (óxido nítrico) NO3 - (nitrato) HNO2 (ácido nitroso) M io gl o b in a Óxidos de nitrogênio (N2O3, N2O4) Nitroso-mioglobina Nitroso-hemocromo Compostos N-nitrosos Compostos contendo S e N Grupos NH Nitratos e nitritos CONSERVADORES Compostos N-nitrosos Ó xi d o s d e n it ro gê n io (N 2 O 3 , N 2 O 4 ) sã o fo rt es ag en te s n it ro sa n te s ca p az es d e n it ro sa r: Aminas Amidas Ureia Carbamatos O H R O H NH2 O R OR’ Nitrosaminas Nitrosamidas Nitrosureia Nitrosocarbamatos Nitratos e nitritos CONSERVADORES Sais de nitrato (300 mg/kg) Sais de nitrito (150 mg/kg) Nitrato residual Nitrito residual Nitrosaminas Nitratos e nitritos CONSERVADORES Nitratos • Relativamente não tóxicos e não carcinogênicos • IDA = 0-3,7 mg/kg pc expressa como íon nitrato (2002) Toxicidade 10% 85% 5% Nitratos e nitritos CONSERVADORES Plasma (NO3 -) Saliva (NO3 -) 25% Nitrito (NO2 -) 20% Bactérias redutoras Bioconcentração (10x) Toxicidade Excreção urinária 75% • Nitratos são rapidamente absorvidos no estômago e secretados no plasma • Aproximadamente 5-7% do nitrato absorvido é secretado na saliva Nitratos e nitritos CONSERVADORES Nitritos Toxicidade • Mais tóxicos que nitratos • Não carcinogênicos • IDA = 0-0,07 mg/kg pc expressa como íon nitrito (2002) 15-25% 2,2% ns 70-80% Nitratos e nitritos 31/10/2017 9 CONSERVADORES Toxicidade Metahemoglobinemia Formação endógena de nitrosaminas (estômago) NO2 - NO N2O3 N2O4 Nitratos e nitritos CONSERVADORES Metahemoglobinemia Hemoglobina Porfirina (heme) Nitratos e nitritos CONSERVADORES Metahemoglobinemia Hemoglobina (Hb) Fe(II) H2O Oxidação Metahemoglobina (Mhb) Fe(III) H2O Oxidação Redução (NADPH metemoglobina redutase) Oxihemoglobina (OHb) Fe(II) O2 Desoxigenação Oxigenação NO: Agente oxidante que leva à formação de metahemoglobina (Mhb) Nitratos e nitritos CONSERVADORES Metahemoglobinemia • Mhb é produzida normalmente, em níveis de 1 a 3% em indivíduos normais • Crianças (< 3 anos) são 40-50% mais susceptíveis a metahemoglobinemia pela deficiência na produção da enzima que converte Mhb à Hb � Papinhas de vegetais que contêm altos níveis de NO3 - � Alto pH do estômago (facilita a conversão de NO3 - a NO2 -) Nitratos e nitritos CONSERVADORES Metahemoglobinemia Nível de Mhb Efeito A partir de 10% Redução no transporte de oxigênio A partir de 20% Cianose e hipóxia A partir de 50% Morte Tratamento: oxigenação, azul de metileno e ácido ascórbico Nitratos e nitritos CONSERVADORES Nitrosaminas • No alimento (pré-formada): nitrito usado como aditivo (principal via de exposição) • No estômago (endógena): nitrito residual do alimento + nitrito proveniente da redução de nitrato na boca Agente nitrosante Amina Nitrosamina N2O3, N2O4 (óxidos de nitrogênio) Nitratos e nitritos 31/10/2017 10 CONSERVADORES Nitrosaminas Forma nitrosaminas instáveis (ex: nitrosaminoácidos) Forma nitrosaminas estáveis Forma nitrosaminas estáveis (lentamente) Nitratos e nitritos CONSERVADORES Nitrosaminas Radicais arila (aromáticos) Radicais alquila (alcanos) ~300 nitrosaminas conhecidas!!! Nitratos e nitritos CONSERVADORES Metabolismo Nitrosaminas Absorvidas pelo TGI Hidroxilação ↓ (nitrosamina primária + aldeído ou cetona) Tautomerização Nitratos e nitritos CONSERVADORES Toxicidade Nitrosaminas • 90% das nitrosaminas conhecidas já demonstraram potencial carcinogênico em animais, além de propriedades mutagênicas e teratogênicas • Carcinógenos secundários/indiretos • IARC: grupos 2A e 2B • Induzem a formação de tumores em órgãos específicos • Não há dose segura de ingestão Nitratos e nitritos CONSERVADORES Estudos epidemiológicos Nitrosaminas • Alguns estudos têm indicado relação positiva entre a ingestão de nitrosaminas e o risco de desenvolvimento de diversos tipos de câncer � Consumo excessivo de bacon → câncer de bexiga � Consumo excessivode carnes curadas → câncer de estômago � Consumo excessivo de carnes curadas durante a gravidez → tumor cerebral infantil IARC (2015): Classificação de carnes processadas no Grupo 1 (carcinógeno humano) Nitratos e nitritos CONSERVADORES Nitrosaminas Nitroso-dimetilamina Nitroso-pirrolidina Nitroso-piperidina Nitroso-tiazolidina NMOR Nitroso-morfolina NDEA Nitroso-dietilamina NDBA Nitroso-dibutilamina Et Et Bu Bu Nitrosaminas voláteis Nitratos e nitritos 31/10/2017 11 CONSERVADORES Nitroso-prolina Nitroso-tiazolidina-4- ácido carboxílico Nitroso-sarcosina Nitroso-2-metil-tiazolidina-4- ácido carboxilíco Nitroso-hidroxiprolina Nitrosaminas Nitrosaminas não voláteis (nitrosaminoácidos) Nitratos e nitritos CONSERVADORES Alimento Concentração média (µg/kg) NDMA NPYR NPIP NDEA NDBA Bacon frito 1,0 7,1 - 0,2 0,2 Linguiça defumada 0,91 0,28 0,18 2,4 0,43 Linguiça frita e cozida 0,32 - 0,07 1,8 0,23 Presunto 0,14 0,12 0,25 0,03 0,09 Salsicha 1,5 - 0,25 3,0 0,21 Fonte: Habermeyer & Eisenbrand (2009). Nitrosaminas Ocorrência em carnes curadas Nitratos e nitritos CONSERVADORES Fonte: Prof. Felix Reyes. Nitrosaminas Bacon (100°C < T < 150 °C) NPYR NPRO Prolina Pirrolidina Rota favorecida entre 175 e 200 °C Nitratos e nitritos CONSERVADORES Nitrosaminas Fatores importantes para a reação pKa ≈ 3,4 Nitrito Ácido nitroso 2 NO2 – + 2H+ 2 HNO2 N2O3 + H2O2 HNO2 Anidrido nitroso Mirvish (1970). J Natl Cancer Inst 44(3):633-639 2 3 4 5 6 pH Ta xa d e fo rm aç ão pHótimo = 3,0-3,5 • A taxa de formação de nitrosaminas é maior em pH de 2 a 4 • A taxa de formação de nitrosaminas é proporcional ao quadrado da concentração de nitrito Ilustrações: Prof. Juliano Bicas Nitratos e nitritos CONSERVADORES Nitrosaminas • Aminas fracamente básicas: maior nitrosação • Temperatura: ocorre lentamente em temperatura ambiente, mas duplica a cada aumento de 10 °C • Inibidores: ácido ascórbico (reage rapidamente com nitrito, formando ácido dehidroascórbico e NO) Fatores importantes para a reação ↓ 75% Redução dos níveis de nitrito Aumento dos níveis de ascorbado Nitratos e nitritos CONSERVADORES Nitrosaminas Outras fontes de nitrosaminas • Queijos: uso de sais de nitrato • Alimentos defumados: óxidos de nitrogênio (N2O3, N2O4) formados com a queima da madeira (sem adição de NO2 -) • Cerveja: secagem do malte por chama direta - promove a formação de óxidos de nitrogênio por combustão (sem adição de NO2 -) • Vegetais: uso de agrotóxicos contaminados com nitrosaminas • Fontes não alimentares: mamadeiras, chupetas, tabaco, cosméticos, medicamentos… Nitratos e nitritos 31/10/2017 12 Contaminantes formados no processamento PRÓXIMA AULA