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TP 610-Transformações Bioquímicas em Alimentos Proteases Profa Hélia 3/10/2017 o Principais Classes de Proteases o Modo de ação o Características o Aplicações Hidrólise enzimática de proteínas + Proteases Proteases e peptidases Peptídeos Proteína Aminoácidos H2O H2O Peptídeo Peptídeo + Hidrólise extensiva 1) Ácido Aspártico protease Quimosina (abomaso de bezerro) Pepsina ( abomaso de bovinos, estômago de suínos) Proteases fúngicas 2) Serina protease Quimotripsina; Tripsina (pâncreas) Alcalase (Bacillus licheniformis) C O O- Classificação de Proteases -OH Classificação de Proteases 3) Cisteína protease Papaína (mamão), Bromelina (abacaxi); Ficina (figo); Calpaínas (músculo bovino) 4) Metaloprotease Carboxipeptidase A (enzima digestiva); Aminopeptidase (enzima digestiva); Neutrase ® (Bacillus amyloliquefaciens); Termolisina (B. thermoproteolyticus - Zn2+ Outras Classes de Proteases 5) Treonina protease Protease de Thermoplasma acidophilum (Archaea) 6) Ácido glutâmico protease Proteases microbianas: Aspergillus niger var. Macrosporus; Scytalidium lignicola, Alicylobacillus sp. CH 2 C O O- CH CH OH 3 Classe 1 Ácido aspártico proteases Proteases que contém 2 resíduos de ácido aspártico no sítio ativo. Endo-enzima ( atuam no meio da cadeia). Maioria são ativas em pH ácido (1 – 6). Quimosina de abomaso ( Asp34, 216 ) Pepsina humana ( Asp32, 215 ) Tipo Fonte Quimosina ou renina abomaso de bezerro Pepsina abomaso de bovinos adultos, estômago de suínos Proteases fúngicas Mucor miehei, Endothia parasitica, Aspergillus oryzae Quimosina de abomasso de bezerro produzida por micro-organismos Levedura geneticamente modificada Ácido aspártico proteases para coagulação do leite Caseínas 80% das proteínas do leite αs1 caseína 38% αs2 caseína 10% κ caseína 36% β- caseína 13% γ caseína 3% Leite Composição do leite Água 86 - 88% Gordura 3 - 6% Proteína 3 - 4% Lactose 5% Fósforo e minerais 0,7% Proteínas do soro 20% das proteínas do leite Albumina do soro imunoglobulinas Lactoferrina Peptonas Ceruloplasmina etc Bioquímica de Alimentos- Eskin e Shahidi , 2015 Micelas de caseína do leite Micela de Caseína Partícula coloidal MM 10.000 e ∅ 30 nm- 300nm. Agregados coloidais altamente hidratados de moléculas de caseínas organizadas ao redor de fosfato de cálcio Microscópio eletrônico Frações de Caseína α- S1- Caseína α- S2- Caseína β- Caseína κ- Caseína Submicelas (12 - 15 nm) Micela de caseína ∅ médio 200nm Proteínas hidrofóbicas estão localizadas na parte interna. Solúvel na presença de íons cálcio. Exerce efeito estabilizante das frações de caseína pela formação de micelas coloidais. K- caseína (169 aa) é uma proteína hidrofílica encontrada na superfície do micela e está mais exposta a ação da protease quimosina. K- caseína Micela de caseína K- caseína Quimosina de abomaso de bezerro pH de atividade pH ótimo = 3,8 Ativa em pH 6,3 - 6,6 Especificidade Rompe ligação peptídica entre fenilalanina- metionina (aa 105 - aa 106) da κ- caseína Vantagem Proteólise Limitada pH Estabilidade 4,8 - 6,0 Temperatura ótima 40°C Quimosina hidrolisa a ligação peptídica entre Phe105-Met106 da κ- caseína. Quimosina ou Renina Glico-macropeptídeo A hidrólise da κ-caseína desestabiliza a micela de caseína causando a modificação da estrutura das proteínas e a formação de p-caseinato de cálcio (coágulo). κ- caseína p - κ- caseína + Coagulação do leite Quimosina Ca2+ Micelas de caseína Glicopeptídeos Agregação ρ-caseinato de cálcio Micelas Caseínas do leite Quimosina p - κ - caseína p- caseinato de cálcio Ca2+ PO4 - Leite coagulado 40 - 42ºC + glicopeptídeos Coagulação do Leite Quimosina •Alta atividade de coagulação do leite. • Baixa atividade proteolítica (adequada para produção de queijo). Coagulação do leite Separação das proteínas do leite coagulado Soro do leite = rico em proteínas solúveis (albuminas, globulinas, etc) e lactose. p-caseínato de Ca2+ Obtenção de quimosina do 4º estomago (abomaso) de bezerro Abomasso Abomaso SecoAbomaso fresco Obtenção de Quimosina Abomaso de Bezerro Corte em tiras Trituração Extração com NaCl 5-10% Adição de ácido bórico, benzoato, sorbato para inibir micro-organismos. Concentração através de ultrafiltração ou osmose reversa COALHO LÍQUIDO Produção de quimosina de bezerro ou camelo por levedura geneticamente modificada Células de estomago Gene da quimosina DNA Plasmídeo recombinante Pichia pastoris Quimosina ou E. coli K12 Características da quimosina de camelo expressa em Pichia pastoris Atividade ótima pH 5,04 e 45 - 50°C Especificidade κ-caseína MM 42 kDa Vantagem Proteólise Limitada Altamente ativa e estável pH 2,5 - 6,5 a 20ºC por 8h Wang et al. - Protein Expression and Purification v. 111, p. 75-81, 2015 Renina microbiana Proteases Fúngicas Endothia parasitica Rhizomucor miehei Proteases fúngicas para coagulação do leite apresentam a vantagem de serem obtidas por fermentação em meios de cultura, evitando abate de bezerros. Produção de Renina Microbiana Rhizomucor miehei, Endothia parasitica 4 - 7 dias a 30ºC Meio semi-sólido 50 g farelo de trigo:água (1:1) Filtrado Extração com 50 mL de água Renina Fúngica purificação Preparações de coagulante de leite Coagulante em póCoagulante líquido Abomasso seco CarlinaTM Danisco , Vinay, França 1700 IMCU/g Quimosina de abomaso de bezerro ou vitelo Coalho de vitelo em pó, Bela Vista Ltda, Santa Catarina, Brasil 97% de quimosina Coalho Bovino BV® , Bela Vista Ltda, Santa Catarina, Brasil (20 - 25g diluído para 1000 litros de leite) 4º estomago de bovinos Contém 80 - 90% de pepsina bovina e 10 - 20% de quimosina bovina. Exemplos de Coagulantes Comerciais ChyMax- M 2500 ( Chr Hansen) 2500 IMCU/g Quimosina expressa em Escherichia coli K-12 Quimosina recombinante pura. Alta capacidade coagulante, desenvolvimento balanceado de flavor e textura. Marzyme 150 MG ; Danisco, Vinay, França 2200 IMCU/g Renina microbiana (Rhizomucor miehei) Exemplo de Coagulantes Comerciais Pepsina Estômago de suínos e bovinos pH ótimo de atividade pH 1 - 2 pH estabilidade pH 5,0 – 5,5 PepsinaC O O H Aplicações Coagulação do leite. Auxiliar de digestão. Preparação de cereais pré-cozidos e alimentos infantis. Obtenção de hidrolisados proteicos. Produção de peptídeos bioativos. Preparação de peptona (meio de cultura). PepsinaC O O H Especificidade Hidrolisa preferencialmente ligações peptídicas envolvendo aminoácidos aromáticos Tyr Try Asp Phe Glu Gosto amargo = Peptídeos hidrofóbicos, com grupos aromáticos volumosos. Peptídeos Amargos •Fenilalanina -Prolina - outros aminoácidos alifáticos •Ala-Leu-Fenil-Glu-Glic-Tir-Prol (encontrado em hidrolisado de caseína). •Gli-Fenil •Leuc-Leuc •Ala-Leuc •Leuc- Ala •Ala-Val •Val- Ala •Fenil -Glic •Glic-Fenil •Fenil -Glic- Fenil- Glic •Fenil - Glic-Glic- Fenil 2 OHC H C O N C C O CH H N 2 CH H C CH 33 Fenilalanina Valina H VALINA Fenilalanina Peptídeos Amargos 2 OHC H C O N C C O CH H N 2 CH H C CH 33 Leucina CH 2 CH CHH C 33 Leucina H 2 OHC H C O N C C O CH H N 2 CH H C CH 33 Fenilalanina Leucina CH 2 H 2 OH C H C O N C C O CH H N 2 CH H C CH 33 Fenilalanina Leucina CH 2 H N C C H O C C N CH Fenilalanina O H CH CHH C 33 Valina Leucina Leucina Leucina LeucinaFenilalanina Fenilalanina Fenilalanina Valina Gosto amargo em queijos Problema comum em queijos gouda, cheddar e outros queijos maturados utilizando-se bactérias. Peptídeos hidrofóbicos de massa molecular 6 kDa, derivados de caseínas, especialmente da região C- terminal de β-caseínas (β- CN f 193 – 209) são muitoamargos. Proteases do envelope celular de bactérias lácticas do gênero Lactococcus sp estão envolvidas na formação de peptídeos amargos. Bioquímica de Alimentos , Eskin e Shahidi, 2015 Proteases de Aspergillus oryzae Aplicações: Hidrólise de proteínas; Obtenção de hidrolisados proteicos; Diminuição da alerginicidade de proteínas; Obtenção de peptídeo bioativos; Produção de alimentos fermentados; Panificação ( Melhoramento da massa); pH ótimo de atividade 5,0- 5,5 Temperatura ótima 55- 60ºC Estável em pH 4,5 Estável em temperaturas inferiores a 45ºC. Aplicações das proteases em massas • Modificações das proteínas do trigo. • Melhora a elasticidade e textura da massa. • Melhora a extensibilidade e simetria • Melhoramento do aroma e da cor (Reação Mailard). Propriedades do Glúten da Farinha de Trigo Ação mecânica Elasticidade Extensibilidade da massa Rede do glúten Aplicação das Proteases Fúngicas em Panificação Protease fúngica hidrolisa parcialmente a rede de glúten e torna a massa elástica e fina para biscoitos, pizza Proteases A massa pode ser esticada muito fina sem despedaçar . Proteases melhora as propriedades de manuseio da massa , elasticidade e textura, diminui o tempo de fermentação Rede do glúten Proteases de Aspergillus oryzae são utilizadas na produção biscoitos doces e bolacha água e sal Melhora a extensibilidade da massa e a simetria. A massa deve ser macia e elástica a fim de prevenir deformação, curvatura, entortamento e encolhimento do biscoito no forno . A impressão de letras e decoração, comum em biscoito requer massa macia e plástica. Melhorador de farinha = protease para biscoito wafer Protease hidrolisa parcialmente as proteínas da farinha melhorando a extensibilidade da massa. Serina Proteases ou Proteases Alcalinas Ativas em pH alcalino pH 7 a 11 Plasmina Sangue Tripsina Pâncreas bovino ou suíno Quimotripsina Pâncreas bovino ou suíno Subtilisina Bacillus sp HO C C C H H H NH2 O OH SERINA Tem grupo hidroxila do aminoácido serina no sítio ativo -OH Plasmina (Protease endógena do leite) • Serina protease importante para a maturação do queijo (camenbert, cheddar). • Atividade ótima em pH 7,5 e a 37ºC. • Estável ao calor. Plasmina o Hidrolisa rapidamente a β –caseína o Hidrolisa 8 ligações peptídicas da α - S2 caseína. o Pouca atuação sobre α - S1 caseína. o Não hidrolisa κ -caseína. Tripsina Hidrolisa principalmente ligações peptídicas no lado carboxiterminal dos aminoácidos Lys e Arg. Tripsina Peptídeos + + Lys Lys Arg COOHH2N H2N COOH Lys Arg COOH COOHH2N H2N Lys Lys Tripsina (Protease Pancreática) Atividade ótima pH 7 – 9 50ºC Aplicações Produção de hidrolisados de proteínas vegetais e de peixe; Obtenção de peptídeos bioativos; Diminuição da alerginicidade de proteínas; Auxiliar de digestão; pH Estabilidade Estável em pH abaixo 6 Em pH > 6 a tripsina é inativada por autodigestão Tripsina é muito estudada porque ativa outras proteases Tripsinogênio Tripsina Tripsina Quimotripsinogênio Quimotripsina Procarboxipeptidase A Carboxipeptidase A Inibidores de Tripsina A tripsina é inativada por algumas proteínas de baixa massa molecular encontradas em alimentos. Soja crua = Inibidor de Kunitz e Bowman Feijão cru Trigo cru Amendoim cru Ervilha crua Inibidores de tripsina em clara de ovo crua Ovomucóide Glicoproteína resistente à desnaturação térmica. Ovoinibidor Inibidor de tripsina e quimotripsina. Quimotripsina Peptídeos + + Phe Tyr Trp COOHH2N H2N COOHPhe Tyr Phe COOH COOHH2N H2N Quimotripsina Hidrolisa ligações peptídicas do lado carboxi-terminal de Phe, Tyr e Trp. Phe Trp + pH Estabilidade Estável em pH 2 – 6 Retém 80% da atividade após 4 h a 37oC em pH 2 – 6 Retém 10% da atividade após 4 h a 37oC em pH 8 – 9 (autodigestão) Quimotripsina ( protease pancreática) Atividade ótima pH 7 – 9 38ºC Hidrolisados Protéicos Proteínas Proteases Hidrólise parcial Hidrolisados Protéicos Melhoria nas propriedades funcionais •Solubilidade •Dispersibilidade • Formação de espuma • Emulsificação Aplicações: alimentos infantis não alergênicos, alimentos geriátricos, bebidas para esportistas, alimentos para dieta. Hidrolisados Protéicos Tabletes de caseína hidrolisada com protease pancreática Proteínas de soro de leite hidrolisadas. Uso : 4 cápsulas, duas vezes ao dia , 30 minutos antes e após atividade física vigorosa. Hidrolisados Proteicos para Crianças e Adultos Indicações: � Adequado para pacientes que não toleram proteínas intactas. � Suplemento para crianças com problemas gastrointestinais. � Intolerância múltipla de proteínas de alimentos. � Mal absorção. Composição: Equivalente a 12% proteína (44% aminoácidos livres, 56% peptídeos de baixa MM; 42% carboidratos, 46% gordura. Alto conteúdo de vitaminas e minerais Alerginicidade • Proteínas do Leite • Soja • Glúten • Ovos • Amendoim • Castanha do Pará Proteínas que causam alergenicidade em crianças e adultos : Entre as pessoas alérgicas às proteínas do leite : 60% alérgicas à caseína 60 - 80% alérgicas a β-lactoglobulina 50 % alérgicas a α-lactoabumina Para crianças com alergias a alimentos e cólicas devido à sensibilidade a proteínas e dificuldade de digestão de gorduras. Alimento de fácil digestão. Hidrolisado de caseína hipoalergênico Proteases Alcalinas • Obtenção de hidrolisados proteicos , peptídeos bioativos; • Aplicação em detergentes hospitalares e domésticos; • Remoção de resíduos de alimentos, sangue, etc; • Lise de proteínas da parede celular de algumas bactérias. Fonte : Bacillus subtilis Atividade ótima pH 7,5 – 9,5 55 - 65ºC Clarificação do meio fermentado de Xanthomonas campestris Xanthomonas campestris 48h a 30 ºC Meio fermentado viscoso (goma xantana) Protease de B. subtilis ou B. licheniformis Lise das células de Xanthomonas campestris Recuperação da goma xantana por precipitação com etanol Meio contendo sacarose Proteases Sulfidrílicas (proteases vegetais) Contém resíduo do aminoácido cisteína no sítio ativo. Papaína Ativa Papaína Inativa Oxidação Redução + Cisteína Papaína Protease sulfidrílica pH ótimo de atividade pH 5 ( gelatina) pH 7 (albumina de ovo e caseína) pH estabilidade Maior estabilidade em pH 5. Instável pH abaixo de 3 e acima de 11. Estabilidade Térmica Bastante estável Perda de 20% da atividade após 30 min a 70ºC em pH 7 Temperatura ótima 60 – 70ºC Papaína Ampla Especificidade Hidrolisa proteínas e peptídeos pequenos Endoenzima Forma peptídeos amargos em leite e hidrolisados protéicos Atividade de síntese Sintetiza polipeptídeos a partir de aminoácidos e peptídeos Extração de Papaína Látex de mamão (Carica papaya ) Hidrólise de proteínas; Síntese de plasteínas; Auxiliar de digestão; Amaciamento da carne Aplicações da Papaína Papaína Quimopapaína Amaciante de Carne Contendo Papaína Papaína hidrolisa o tecido conectivo (colágeno, elastina etc) durante o cozimento da carne. Mistura de sal, papaína , glutamato de sódio e temperos. Bromelina Extraída do caule da planta do abacaxi. Aplicações Tenderização da carne; auxiliar de digestão para uso clínico; hidrólise de proteínas Tabletes de bromelina (auxiliar de digestão) BROMELINA Protease sulfidrílica pH Ótimo de Atividade pH 5 (gelatina ) pH 6 a 8 (caseína) Estabilidade Térmica Razoavelmente estável a 55°C Temperatura Ótima 50° - 60oC pH Estabilidade Estável pH 4 - 10 BROMELINA CARACTERÍSTICAS Endoenzima Hidrolisa preferencialmente ligações peptídicas envolvendo grupos carboxilas de aminoácidos básicos (arginina) e aminoácidos aromáticos (fenilalanina e tirosina) Forma peptídeos amargos na hidrólise de proteínasdo leite. Arg Phe Tyr COOHH2N 2CH 3 3 CHH C CH CH N COOH Peptídeo C Arginina 2 NH NH C CH CH NH CH COOH H N CH 2 OH C H C O N C C O CH N 2 CH H C CH 33 Fenilalanina Leucina CH 2 H N C C H O C C N CH Tirosina O H CH CHH C 33 Valina N C C O 2 CH NH CH CH C NHNH 2 Arginina C OH Aminoácidos aromáticos Aminoácidos básicos Especificidade da Bromelina Bromelina Fenilalanina Tirosina Fenilalanina Tirosina Arginina Arginina Leucina Valina FICINA Características pH ótimo pH 5 - 7,5 pH Estabilidade máxima pH 6 - 8, pH de Estabilidade pH 3,5 - 9 Extraída de Látex de Figo 10-15 g de figo verde contém 100 - 150 mg de ficina. Figo maduro → Perde 10 - 12% da atividade em relação ao figo verde. FICINA Temperatura ótima 62,5° Termoestabilidade inativada a 80°C Ampla especificidade quanto ao substrato Proteases vegetais ( papaína e bromelina= alta atividade proteolítica) Leite + mamão cozido Leite + abacaxi cozido Leite + mamão in natura Leite + abacaxi in natura Proteína hidrolisada Proteína hidrolisada Leite Controle Leite coagulado com Quimosina animal Leite coagulado Renina fúngica Ação de Proteases no Leite 1 2 3 Leite coagulado com pepsina 4 5 6 Leite coagulado e hidrolisado com papaína Leite coagulado e hidrolisado com bromelina Hidrólise extensiva = forma sabor amargo Metaloproteases Íons - Zn2+ Zn2+ Protease ativa Protease inativa MetaloProtease Fonte Íon metálico Carboxipeptidase A humana Zn2+ Protease de bacteriana Bacillus subtilis Zn2+ Zn2+ , Mg2+ , Co+ Fe3+ , Cad2+ , Cu2+ , Ni+ Carboxipeptidases Carboxipeptidase Exoenzima que hidrolisa a ligação peptídica carboxi terminal. peptídeo Aminoácidos livres + + Peptídeo Menor MM COOHH2N H2N COOH Carboxipeptidase A Aplicação: Hidrólise de peptídeos amargos contendo resíduos de aminoácidos aromáticos e hidrofóbicos. + Aminopeptidases Aminopeptidase Exoenzima que hidrolisa a ligação peptídica amino terminal. peptídeo Aminoácidos livres ++ Peptídeo Menor MM COOHH2N H2N COOH+ Pseudomonas fluorescens produtor de metaloprotease e lipase Estocagem de leite cru à baixa temperatura Crescimento de Pseudomonas fluorescens (psicrotrófico) Gelificação do leite e produção de peptídeos amargos. Hidrólise de proteínas e gorduras. Metalo protease de Pseudomonas fluorescens Atividade ótima = pH 6,0 - 6,5 à 37º C Ativa em temperatura de refrigeração = 4ºC – 7ºC Atividade proteolítica dependente de Ca2+. Metalo protease de Pseudomonas fluorescens 70% de atividade residual após tratamento 75ºC por 20 seg. Termoresistentes e não são inativadas por pasteurização (72ºC / 15 seg) e processamento UHT (138ºC/ 2 seg ou 149ºC/ 10 seg). Tipo de Queijo Enzimas adicionadas Fonte Estágio de Adição Cheddar Protease ácida e neutra, lipase, descarboxilase Enzimas animais Coalho Exemplos de adição de enzimas para acelerar a maturação de queijo Gouda Protease Aspergillus oryzae Leite e coalho Cheddar, parmesão Lipase, protease Tecido gástrico de ovelha Leite e coalho Queijo Azul ( Blue Cheese ) Gorgonzola Penicillium roquerfort produz peptidases e lipases importantes para a proteólise e lipólise durante a maturação do queijo. 2 endopeptidase Penicillium roquerfort 3 exopeptidase Efeito de proteases comerciais no desenvolvimento de flavour em queijos Cheddar, após 2 meses de maturação Tipo de Protease Conc. U/g Flavour de queijo Cheddar Escala 0 - 8 Sabor amargo Escala 0 - 4 Outros off flavours Escala 0 - 4 Protease ácida A.oryzae 50 1,8 3,3 1,1 10 2,6 2,8 0,7 2 2,7 2,6 0,4 0,4 2,1 2,2 0,3 0,08 2,2 0,7 0,2 Protease neutra B. subtilis 50 3,1 1,6 0,9 10 3,4 0,7 0,4 2 3,2 0,1 0,2 0,4 2,7 0,1 0,2 Protease alcalina B.licheniformis 2 2,9 3,5 0,0 Pronase S. griseus 2 4,1 0,5 0,6 Controle - 2,4 0,1 0,2 Biossíntese de Aspartame com Termolisina (Metaloprotease) C H C 2 HO C O OH H N C OO CH 2 C C 3 3 COO CH 2CHH N+ O 3C C C H N NH 2 C H CH 2 CHC CH O O 2 O HO Aspartame H O 2 C C HO Termolisina 180 - 200 vezes maior que a sacarose + Benziloxi-carbonil – L-Aspartato Fenilalanina - metil ester Benziloxi-carbonil PRODUTO MATERIAL FUNGO PAÍS Molho de soja Soja , trigo Aspergillus oryzae e Aspergillus soya Japão, Coréia, China Aplicações de fungos proteolíticos em alimentos orientais Misso (pasta de soja) Soja, arroz, cevada Aspergillus oryzae Japão, Coréia, China PRODUTO MATERIAL FUNGO PAÍS Ontjom Farinha de amendoim Neurospora sitophila Indonésia Aplicações de fungos proteolíticos e amilolíticos em alimentos orientais Lao-chao Arroz Rhizopus chinensis China Tempeh Soja Rhizopus oligosporus e Rhizopus sp Indonésia Sufu Soja Actinomucor elegans, Mucor sp China Meitanza Soja Actinomucor elegans Katsoubashi Peixe Aspergillus glaucus Japão Produção de Molho de Soja Fermentado Soja intumescida em água. Aquecida com vapor Trigo torrado e moído Mistura dos grãos Fermentação de Soja e do Trigo Inoculação de Aspergillus oryzae Fermentação de soja e trigo em bandejas (Koji) Aspergillus oryzae produz proteases e amilases que hidrolisam respectivamente as proteínas em aminoácidos e o amido em glicose. Soja e trigo Koji (soja e trigo fermentado) Adição de sal Adição de leveduras Adição de bactérias lácticas tolerantes a sal Fermentação do mosto Shoyu bruto Pasteurização Embalagem Resíduo Molho de soja Shoyu 8 Enzimas da preparação comercial Flavourzyme (Novozymes) obtida de Aspergillus oryzae ATCC42149/RIB 40 Enzima pH ótimo de atividade Temperatura ótima de atividade Leucina aminopeptidase A (LAPA) pH 9,0 (ativa em pH 6,5 a 10) 65ºC Leucina aminopeptidase 2 (LAP2) pH 9,5 ( 50% da atividade em pH 8,5 a 10,5) 50ºC Dipeptidil Peptidase 4 (DPP4) pH 8,5 ( 50% da atividade em pH 7,5 a 9,5) 60ºC Enzimas da preparação comercial Flavourzyme (Novozymes) obtida de Aspergillus oryzae ATCC42149/RIB 40 Enzima pH ótimo de atividade Temperatura ótima de atividade Dipeptidil Peptidase 4 (DPP5) pH 6,0 ( 50% da atividade em pH 5,0 e cerca de 80% da atividade em pH 7,0 65ºC Protease Neutra 1 (NP1) pH 7,0 50ºC Protease Neutra 2 (NP1) pH 5,0 -5,5 60ºC Protease Alcalina pH 7,0 (ativa em pH 6,0 – 10,0) 50ºC α -amilase A Tipo 3 (AMY 3) pH 5,0- 5,5 (50% da atividade em pH 3,0 e 7,0) 50ºC Referências Bibliográficas • Bioquímica de Alimentos Eskin N.A.M., Shahidi,F. 3 ed. Elsevier, 2015 • Food Chemistry – Owen Fennema, 5th edition, 2017 • Enzymes In Food Processing – Nagodawithana, T. Gerald Reed, 1993 • Merz, M. ; Eisle,T.; Berends,P.; Appel, D.; Rabe, S.; Blank, I.; Streeler,T.; Fischer,L. – Flavourzyme, an enzyme preparation with industrial relevance : Automated nive step purification and partial characterization of eight enzymes. Journal of Agricultural and Food Chemistry. V.63, p.5682-5693, 2015