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Produção de Enzimas e outros Metabólitos TA 610 - Transformações Bioquímicas em Alimentos Fontes de Enzimas Comerciais Vegetais Animais Micro-organismos 1) Enzimas Vegetais Tipo Fonte Malte de cevada (α-amilase, β- amilase, proteases) Cevada germinada Papaína Látex do mamão) Bromelina Caule do abacaxi Ficina Látex do figo Peroxidase Raiz forte 2) Enzimas Animais Tipo Fonte Enzimas pancreáticas (α-amilase, proteases, lipases) Pâncreas suíno, bovino, etc pâncreas Abomasso Fígado Quimosina ou Renina Estomago de bezerro, ovelhas, cabra, camelo, etc Pepsina Estomago de suínos e bovinos Catalase Fígado bovino 3) Enzimas Microbianas Enzimas Extracelulares α - amilases Bacillus subtilis, Bacillus licheniformis, Aspergillus oryzae, etc Glicoamilases Aspergillus niger, Rhizopus sp, etc Pectinases Aspergillus niger Invertases Saccharomyces cerevisiae, Aspergillus niger, etc Proteases Bacillus subtilis, Bacillus licheniformis, etc Lipases Rhizomucor miehei; Geotrichum candidum, Penicillium roquefort ,etc Nucleases Penicillium citrinum Ligada à célula e extracelular Pululanase Klebsiella sp Enzima Intracelular Glicose isomerase Streptomyces sp β-galactosidase Kluyveromyces lactis, Kluyveromyces marxianus 3) Enzimas Microbianas Frutas, raízes, fígado, pâncreas, etc As amostras podem ser suspensas em tampão ou congeladas em nitrogênio líquido. Waring Blender Extração de Proteínas e Enzimas de Vegetais e Animais Enzimas Vegetais Livres e Ligadas Fruta ou Vegetal + Água ou Tampão Homogeneização em liquidificador ou Waring blender Suco ou sobrenadante Enzimas livres ou solúveis (polifenoloxidase, peroxidase solúveis) Centrifugação 10.000 x g , 5ºC Resíduo (polpa) Enzimas ligadas à parede celular (polifenoloxidase, peroxidase ligadas) Produção Comercial de Papaína Coleta do látex que flui por 1 ou 2 minutos. Incisões no mamão verde, no período da manhã Purificação Secagem Papaína Papaína bruta Obtenção de Bromelina Caule da planta Extrato bruto Prensagem 2 volumes de Etanol resfriado -5ºC Bromelina bruta 10.000 x g 5ºC Secagem Célula vegetal Protoplastos Lise Celular Macerozyme (celulases, pectinases, hemicelulases, glucanases, etc Solução hipotônica Lise enzimática de células vegetais Obtenção de Quimosina Animal Abomaso de bezerro Corte em tiras Trituração Extração com NaCl 5-10% (Ácido bórico, benzoato e sorbato para Inibição de micro-organismos) Concentração através de ultrafiltração ou osmose reversa Quimosina Fontes de Micro-organismos: Amostras de solo, resíduos de alimentos, caldo de cana, água de rios, mares, fontes termais, etc. Produção de Enzimas Microbianas Isolamento de Micro-organismos Produtores de Enzimas Água + solo, frutas, vegetais, caldo de cana- de-açúcar, etc 30ºC 37ºC Isolamento de Micro- organismos Amilolíticos Halo incolor ao redor da bactéria produtora de α-amilase Halo azul ao redor da bactéria produtora de enzima amilolítica desramificante isoamilase. Agar Nutriente + Amilopectina Adição de solução de iodo-KI Isolamento de Micro-organismos Produtores de Proteases Halo de hidrólise da caseína ao redor das colônias produtoras de proteases Meio contendo caseína + sais Meio de cultura contendo sacarose Isolamento de Micro-organismos Produtores de Gomas (polissacarídeos) Produção de Goma Xanthana extracelular por Xanthomonas campestris Xantana polissacarídeo formado de cadeia principal de glucana (glicoses unidas por ligações β 1,4) e cadeias laterais de resíduos de (α- 3→1) manose, (β- 2→1)-D- ácido glucurônico e (β -4→1) manose (alternados). O O O CH OH CH OH OH OH H C OH O O O 2 3 2 O O COOH OH OH OH OH OH OH O O O O OH n Xanthomonas campestris Usado como espessante, gelificante, estabilizante em sucos, molhos para salada, etc β 1,4 Aplicações da Goma Xantana Goma xantana como estabilizante de suco de caju Suco de caju com separação de fases Estabilizante de molhos para saladas Produção do polissacarídeo gelana por fermentação da bactéria Sphingomonas elodea O O O O O O O CH2 O C CH 3 O O C HHO CH2OH C O C O OH OHOH OH OH OH OH CH 3 CH 2 OH Gelana O ramnoseglicose glicose Ác. glucurônico Usado como espessante, gelificante, estabilizante em sucos, molhos para salada, etc Gelana = Polímero de unidades repetitivas de glicose-ácido glucurônico-glicose -ramnose Suco de goiaba 5 a 10% de inóculo Produção de Enzimas e Outros Metabólitos de Micro-organismos 10 L 20.000 L Fermentador de Planta Piloto Fermentador Industrial Biossíntese de Proteínas ou Enzimas DNA Transcrição Tradução ProteínamRNA Transcrição Tradução Transcrição do DNA em mRNA e Biossíntese de Proteínas Proteína DNA mRNA mRNA tRNA codon Ribossomo Anti codon Amino ácidos t RNA Expressão gênica e fatores que afetam a concentração celular de uma proteína ou enzima DNA GENE 1- Iniciação da transcrição 2- Processamento pós- transcricional do mRNA Transcrito primário de RNA mRNA 3- Estabilidade do RNA Proteína 4- Regulação da tradução ou síntese proteica 5- Modificação da proteína Aminoácidos Proteína modificada 6- Transporte da proteína 7- Degradação da proteína Genes Constitutivos Enzimas das Vias Metabólicas Centrais (Via Embden Meyerhoff, Ciclo de Krebs, etc), são expressas em teor mais ou menos constante pelas células de uma espécie ou organismo. Regulação da Expressão de Genes Enzimas constitutivas são produzidas o tempo todo. Glicose Glicose 6 P Frutose 6 P Frutose 1, 6 P Gliceraldeido - 3 P Dihidroxiacetona - P 1, 3 - Difosfoglicerato 3 - Fosfoglicerato 2 2 2 - Fosfoglicerato Fosfoenolpiruvato Piruvato 2 2 2 Lactato AT P ATP ATP ATP ADP NAD NADH NADH NAD AD P ADP ADP 2 - H O 2 Glicogênio Glicose 1 P PiHexocinase Fosfoglicose isomerase Fosfofrutocinase Aldolase Triose fosfato isomerase Gliceraldeido 3 fosfato desidrogenase Fosfogliceratocinase Fosfogliceratomutase Enolase Piruvatocinase Lactato desidrogenase Sequências Regulatórias Genes transcritos como uma unidade Promotor Operador B Sítios de ligação para proteínas que ativam ou reprimem a transcrição a partir do promotor DNA A C Sequências regulatórias Operon de bactérias Sítio de ligação do ativador Sítio de ligação do repressor Regulação da Expressão de Genes Repressão de Genes: Produtos gênicos (metabólitos) diminuem a concentração em resposta a um sinal molecular. Excesso de metabólito: Ocorre repressão dos genes que codificam enzimas que catalisam a biossíntese de triptofano. Alta concentração de triptofano. Bactéria não sintetiza o aminoácido triptofano Regulação da Expressão de Genes Enzimas induzíveis são aquelas que aumentam a concentração em resposta a presença de indutor. Escherichia coli produz β - galactosidase Indução de Genes Meio de cultura contendo indutor lactose Meio de cultura sem lactose E. coli não produz β - galactosidase gene Padrões Comuns de Regulação da Iniciação da Transcrição do DNA Repressor Operador Desligado Ligado Sinal Molecular DNA gene Promotor a) Regulação negativa Sinal molecular provoca a dissociação do repressor do DNA, induzindo a transcrição mRNA Dissociação do repressor do DNA Enzima gene Padrões Comuns de Regulação da Iniciação da Transcrição Operador Desligado Ligado Sinal Molecular DNA gene Promotor a) Regulação negativa Sinal molecular provoca a ligação do repressor ao DNA, inibindo a transcrição mRNA repressor Ligação do repressor ao DNA Enzima b) Regulação Positiva Sinal molecular provoca a dissociação do ativador do DNA, inibindo a transcrição mRNA Ativador Ligado Desligado Sinal molecular Sítio de ligação do ativador gene gene Dissociação do ativador do DNA EnzimaDesligado Ligado b) Regulação Positiva Sinal molecular provoca a ligação de ativador do DNA, induzindo a transcrição Sinal Molecular Ativador mRNA RNA polimeraseDNA gene gene Enzima Composição celular de micro-organismos Célula bacteriana 70% = água 30% = massa seca 92% = Consiste de Food Biotechnology, 1995 Massa seca Porcentagem Composição 92 % C, O, H , N 7- 8% P, S, K+, Na+, Mg 2+, Ca 2+, Cl-, Fe 2+ Elementos traços Co+, Zn 2+, Mo, Cu2+, Mn2+, Ni+ , Se Requerimento de nutrientes para o crescimento celular de micro- organismos o Fontes de carbono e energia o Fontes de nitrogênio o Íons inorgânicos o Fatores de crescimento o Água o Agentes Redutores Fontes de carbono e energia Organismos Autotróficos: Utilizam CO2 Algas, cianobactérias, bactérias anaeróbicas fotossintéticas, bactéria quimolitoautotrófica. Fixação de Dióxido de carbono Ciclo de Calvin- Benson Formação de 2 moléculas de gliceraldeído 3P , via carboxilação de ribulose 1,5 difosfato. 3 CO2 + 6 NADPH + 9 ATP D- frutose -6P + NADPH + 9 ADP + 8 Pi Fontes de carbono e energia utilizadas por organismos heterotróficos como fungos e bactérias o Amido o Melaço o Extrato de malte o Soro de leite, o Glicose, maltose, lactose, sacarose, etc Pequena quantidade de carbono pode ser fixada por reações de carboxilação envolvendo fosfoenolpiruvato e piruvato. Fontes de nitrogênio Fontes de nitrogênio são requeridas para a síntese de proteínas e ácidos nucleicos. Sais de amônio: sulfato de amônio; Citrato de amônio; Fosfato de amônio Nitrato; Peptídeos, Aminoácidos; Proteína hidrolisada (peptona, triptona ); Ureia; Água de maceração de milho; Extrato de levedura; etc COOH O CH 2 C CH2 COOH COOH 2CH C 2CH COOH HH N 2 Vias de assimilação de amônia NH3 L- glutamato desidrogenase Ácido L- glutâmico Ácido α -cetoglutárico NADPH + H+ NADP+ Concentrações de NH3 > 1mM Grupo amino do ácido glutâmico pode ser transferido para outros ceto-ácidos por transaminação Ácido α -cetoglutárico + HH N C 2 CH C 2CH COOH 2 2 NH O H NADPH + + NADP + COOH 2CH C 2CH COOH HH N 2 COOH O CH 2 C CH2 COOH 2 Vias de assimilação de amônia Ácido L- glutâmicoGlutamina ATP- L- glutamato sintase Concentrações de NH3 < 1mM Transferência do grupo amino para outros ceto-ácidos por transaminação e formar outros aminoácidos Requerimento de íons inorgânicos P, S, K+, Na+, Mg 2+, Ca 2+, Cl-, Fe 2+ Co+, Zn 2+, Cu2+, Mn2+, Ni+ , Se, Mo, etc Substratos complexos geralmente contem íons metálicos para o crescimento microbiano. Em meios de cultura mínimo ou meio definido, os íons inorgânicos devem ser adicionados. Requerimento de fatores de crescimento Escherichia coli pode sintetizar todos os precursores ou constituintes celulares requeridos para crescimento se glicose, sulfato de amônio e íons inorgânicos são supridos. Para muitas bactérias e fungos um ou mais nutrientes específicos podem ser requeridos ou estimulam o crescimento. Fatores de crescimento: aminoácidos, ácidos graxos, bases purina, bases pirimidinas e vitaminas. Extrato de levedura ( fonte de vitaminas do complexo B); Extrato de carne; Extrato de malte; Infusão de cérebro e coração (BHI) Componentes de meios de cultura ricos em nutrientes Produção da Enzima em Diferentes Fases de Crescimento Fase Log ou Exponencial Morte celular Fase Lag N ú m er o d e cé lu la s ( L o g ) Fase estacionária Tempo de fermentaçãoEnzima produzida na fase exponencial Enzima produzida na fase estacionária Cinética de Crescimento de Micro-organismos Enzima produzida na fase de morte celular (autólise) Produção da Enzima durante Crescimento Celular Fase Log ou Exponencial Morte celular Fase LagN ú m er o d e cé lu la s ( L o g ) Fase estacionária Tempo de fermentação Enzima 1 produzida na fase exponencial pode apresentar um pico de atividade. Enzima 2 produzida na fase exponencial pode permanecer ativa durante a fase estacionária (desejável). Enzima 1 Enzima 2 Dependendo da estratégia de adição de substrato a fermentação submersa pode ser dividida em: • Batelada • Batelada alimentada • Fermentação contínua Produção de Enzimas por Fermentação Submersa Injeção de ar Agitação (200 rpm) Termostato (30ºC) Massa celular Sobrenadante 24 h a30ºC 1 vvm Todos os componentes do meio são adicionados na cuba do fermentador e esterilizados. A fermentação em batelada pode não ser ideal para a produção da enzima ou de um metabólito quando ocorre a repressão catabólica devido a presença de glicose. 1) Fermentação em Batelada Centrifugação a 10.000 x g a 5ºC Massa Celular Sobrenadante Injeção de ar 1 vvm Agitação 200 rpm Termostato 30ºC 2)Batelada Alimentada Alguns compostos são adicionados em pequenas quantidades em diferentes intervalos de tempo durante a fermentação para atingir as necessidades metabólicas do crescimento da cultura. Batelada Alimentada O substrato é mantido em concentração mínima por adição intermitente para evitar repressão da síntese ou inibição. Rendimento dos metabólitos (enzima, aminoácidos, ácidos orgânicos, antibióticos) na fermentação em batelada alimentada muitas vezes é superior ao método de batelada. Solução de glicose O meio nutriente líquido esterilizado é adicionado continuamente enquanto um volume equivalente é retirado. Fatores que devem ser monitorados : Agitação, oxigênio dissolvido, pH, temperatura. 3) Fermentação contínua: Classificação das Enzimas Microbianas quanto a Localização ou Excreção 1)Extracelulares (são sintetizadas e excretadas) 2)Intracelulares (citosol) 3)Ligadas à célula (espaço periplásmico) Enzimas ligadas à célula Enzimas extracelulares Intracelulares extracelulares Obtenção de Enzimas Microbianas Sobrenadante = enzimas extracelulares Massa Celular Enzimas ligadas à células Enzimas intracelulares Composição do Meio de cultivo Pectina 15g Glicose 15 g NaNO3 2g KH2PO4 1g KCl 0,5g MgSO47H2O 0,5g FeSO4 7H2O 0,01g Água destilada 1L Produção de Enzimas Pectinolíticas Extracelulares de Aspergillus oryzae por Fermentação submersa Produção Máxima de Enzimas a 30ºC 24h 48h 96h - Poligalacturonase Pectina-liase - Pectinametilesterase 1 Pectinametilesterase 2 Produção de Enzimas Extracelulares por Fermentação de Fungos Substrato Farelo de Trigo 20 g Farelo de trigo: H2O [proporção 1:1 (p:v)] 30oC, 72 h Extração com 100mL de água destilada Filtrado = Extrato enzimático bruto Produção de Enzimas por Fungos Aspergillus niger Aspergillus niger Invertases, Lipases, Pectinases, Celulases, Glicoamilases, Invertases, Tanases, Asparaginases, etc Produção de Enzimas por Fungos Rhizopus sp Proteases, Glicoamilase, etc Penicillium sp Proteases, Lipases, Pectinases, Nucleases, etc Mucor miehei Renina microbiana Mucor pusillus Aspergillus oryzae Proteases, Amilases, Asparaginases,etc Produção de α-amilase de Aspergillus oryzae por diferentes métodos Unidades Atividade �Vermiculita (cultura sólida) � Farelo de trigo ● Cultura líquida em superfície ○- Frascos agitados - Cultura submersa 2 4 6 dias Maior produção de α - amilase através de cultivo em farelo de trigo (meio sólido) do que em meio líquido (cultura submersa). Produção de enzimas em frascos Erlenmeyer contendo farelo de trigo (meio sólido) Fermentação em estado sólido em tambores ou cilindros com pás rotativas O aumento da escala na fermentação estado sólido é complexo . O rendimento de enzima é muitas vezes maior do que na fermentação submersa. Fermentação em bandejas Extração de Enzimas Microbianas Ligadas à Célula e Intracelulares Bactérias, fungos e leveduras apresentam paredecelular com diferente estrutura e composição Bacillus sp Aspergillus niger Saccharomyces cerevisiae Principais constituintes da parede celular de micro- organismos Procarióticos Gram Positivo Peptídeoglucana, ácido teicóico Gram Negativo Peptídeoglucana, lipopolissacarídeos Arquea Pseudo- peptídeoglucana, glicoproteína, polissacarídeo, proteína Eucarióticos Fungos Quitina e outros polissacarídeos. (Alguns apresentam celulose) Parede Celular de Bactéria Gram + Peptídeo glucano Bacillus subtilis 0,8 µm (diâmetro) Membrana Plasmática Parede Celular de Bactérias Gram – Peptídeo-glucano Escherichia coli 0,5 µm (diâmetro) Espaço periplasmático Lipo-polissacarídeo -proteína Membrana plasmática Extração de Pululanase Ligada à Célula Suspensão da Massa Celular em solução 0,1% de dodecil sulfato de sódio Centrifugar a amostra a 10.000 x g durante 10 minutos a 5oC Dialisar o sobrenadante em água destilada 5o C Pululanase ligada à célula 5oC - 10 oC durante 15 –24 horas. Produção de Pululanase Extracelular e Ligada a célula a 28ºC Pululanase ligada à celula Pululanase extracelular Massa celular pH Consumo de amilopectina Pululanase extracelular = Centrifugar o meio após 40- 50h 10 20 30 40 50 60 70 80 horas Pululanase ligada a célula = Centrifugar o meio após 10-15 h pH Métodos de Lise Celular Lise Enzimática Ultrasonicação Lise Mecânica Alta Pressão- Atrito Células ou tecidos Lise Mecânica Atrito Lise Enzimática de Bactérias • Lisozima (extraída da clara de ovo) hidrolisa as ligações β -1,4 glicosídicas do mucopeptídeo da parede celular de bactérias. Bactérias Gram+ são mais susceptíveis à lisozima do que Bactérias Gram - . Dosagem de Lisozima : 500 U/mL Peptídeo glucano Aplicação de Lisozima em Lacticínios Clostridium tyrobutyricum é formador de esporos e pode não ser totalmente eliminado com a pasteurização. A lisozima destrói as células vegetativas e também inibe o crescimento de esporos no queijo. Aplicação de lisozima Controlar defeitos na textura (formação rachaduras e buracos irregulares) em queijos, devido a fermentação butírica (Clostridium tyrobutyricum). Enzymes in Food Technology- Robert J. Whitehurst, Barry A.Law, 2002 Queijos Gouda, Danbo, Grana Padano, Emmental e outras variedades de queijos duros e semi-duros. Unidades de Mananaproteínas Membrana Celular Unidades de Glucana Quitina β-1,6 Glucana β-1,3 Glucana Mananaproteínas Cadeia N-glicosídica Cadeia O-glicosídica Enzimas periplásmica Membrana plasmática quitina Parede Celular de Levedura Leveduras Lise Enzimática Lise Química Lise Mecânica Lise Enzimática da Parede Celular de Leveduras, Formação de Protoplastos e Lise Celular Protoplastos de células de Kluyveromyces marxianus var. bulgaricus. Tempo 0” - controle Lise de protoplastos de células Kluyveromyces marxianus var. bulgaricus. Tempo 30” após adição de água destilada ao meio Lise de protoplastos de células Kluyveromyces marxianus var bulgaricus. Tempo 40” após adição de água destilada ao meio Aplicações potenciais de enzimas líticas de bactérias que lisam leveduras Preparação de protoplastos, fusão de células e transformação de leveduras Extração de pigmentos de leveduras vermelhas . Pré-tratamento para rompimento mecânico de leveduras com Dyno Mill. Produção de extrato de levedura. Obtenção de enzimas intracelulares, lipídeos e polissacarídeos. Lise Celular em Moinho de Bolas - Dyno Mill • A câmara contém um eixo com discos que auxilia a rotação das pérolas de vidro. • As pérolas de vidro rompem as células por uma combinação de grande atrito e impacto com as células . Lise Mecânica de Células Microbianas • Câmara Horizontal preenchida com 80- 85% de pérolas de vidro . DYNO MILL Moinho de bolas Dyno Mill • Útil para rompimento de fungos e micro-organismos filamentosos (menos susceptível a entupimento). É eficiente para rompimento de células das bactérias : Streptococcus mutans, Streptococcus haemolyticus, Staphylococcus aureus e Micrococcus lysodeikticus. Lise de Escherichia coli em Dyno Mill Bombear a suspensão de células 30 - 60% em tampão, resfriada a 0 - 5o C Velocidade de 4 - 6 litros /h Tempo de residência de 1 - 2 minutos. Câmara com 80% do volume com pérolas de vidro de 0,2 mm de diâmetro. Velocidade de rotação do disco a 10 m/seg. jaqueta refrigerada a -20oC. Obtenção de 65 - 85% de lise celular. Homogeneizador de Alta Pressão Homogeneizadores de alta pressão lisam a célula pela prensagem da suspensão celular e liberação repentina da pressão. Homogeneizador Manton Gaulin Prensa francesa Homogeneizadores de Alta Pressão Mini DeBee Laboratory Prensa Francesa Homogeneizador de alta pressão Pressão Homogeneizador Manton Gaulin 6.000 - 8.000 psi Prensa Francesa 20.000 - 40.000 psi Mini DeBee Laboratory Homogenizer 45.000 psi Susceptibilidade Relativa das Células ao Rompimento Ultra Sonicação Agitação Prensa Congelamento - Prensa Células animais 7 7 7 7 Esporos 1 2 1 Micélio 6 1 5 Leveduras 3,5 3 4 2,5 Gram + cocos 3,5 2 3 2,5 Gram - Bastonete e cocos 6 5 6 6 Gram + Bastonete 5 4 5 4 Estimativa do Mercado Global de Produtos obtidos por Fermentação 2008 e 2013 8.000 7.000 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 0 2008 2013 1 Aminoácidos 2 3 Enzimas industriais Ácidos Orgânicos 4 5 Vitaminas 6 Antibióticos Polissacarídeos ( Xanthana) 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 U S $ M ilh õe s 7,9 bilhões5,4 bilhões 4,9 bilhões ~2,5 bilhões ~ 4 bilhões 1 2 3,2 bilhões 2 11 3 3 Estimativa do Mercado Global de Produtos obtidos por Fermentação 2008 a 2013 2008 US$ 2013 US$ Aumento anual Mercado Global 15,9 bilhões 22,4 bilhões 7,0% Aminoácidos 5,4 bilhões 7,8 bilhões 7,6% http:www.bccresearch.com/report/FOD020.ht ml Enzimas industriais 3,2 bilhões 4,9 bilhões 8,9% Mercado Global de Enzimas Industriais 2014 US$ 4,6 bilhões 2015 US$ 4,9 bilhões 2016 US$ 5,0 bilhões Previsão de aumento de 4,7 % de aumento anual (2016 - 2021) 2021 US$ 6,3 bilhões http:www.bccresearch.com Mercado de enzimas Enzimas Aplicação 2016 2021 Enzimas para Alimentos (carboidrases , proteases e lipases) Bebidas, alimentos processados, lacticínios, panificação e confeitaria US$ 2,94 bilhões Enzimas para ração animal (fitases, proteases e carboidrases) Ração animal (ruminantes, suínos, aves e animais aquáticos) US$ 842,9 milhões US$ 1428,8 milhões (ano 2022) Enzimas técnicas (celulases, amilases, protease, lipases) Bioetanol, papel & polpa, têxteis & couro, processamento de amido e outras aplicações US$ 1,27 bilhões 2015 2020 * Mercado global de ingredientes para fermentação (alimentos , bebidas/ ingredientes para fermentação) US$ 24,3 bilhões US$ 35,1 bilhões Mercado global e tecnologias de enzimas para biocombustíveis US$ 652,1 milhão US$ 1 bilhão * Taxa de crescimento anual de 7,7% Mercado Global de Enzimas Enzimas Especiais Enzimas para Alimentos e Bebidas Enzimas para Detergentes e Bioetanol 40% Enzimas Industriais Enzimas para indústrias farmacêutica, diagnóstico Fonte: Freedonia Group, 2007 57% 43% 60% Enzimas para alimentos, bebidas, rações animais e outras aplicações 45% Novozymes 30% Danisco 14% DMS Fonte= Chemical Week, v.170, nº20. 2008 Outras Empresas Produtoras de Enzimas para Alimentos Chr Hansen AB Enzymes Amano Enzymes Cargill Mercado de Enzimas para Alimentos e Bebidas US$ 800 milhões /ano 2009 1) Lacticínios Fontes : Freedonia and Frost & Sullivan World Enzymes 2) Panificação 3) Outros alimentos e Bebidas US% 1,2 bilhões em 2011 Aumento anual de 8% Mercado de Enzimas para Lacticínios Maior mercado de enzimas para alimentos.Enzimas para produção de queijos e remoção de lactose em leite. Previsão de Crescimento de Mercado Moderado Segundo mercado de enzimas: Enzimas para Panificação Segmento que tem crescido cerca de 7,2% por ano 2003 € 32,7 milhões α- amilases Xilanases Lipases Proteases 2010 € 53,3 milhões Fonte Frost & Sullivan 3º Mercado de Enzimas Enzimas para Bebidas Fermentadas Malte de cevada Enzimas : α- amilases , β-amilases, glicoamilases, proteases, carboxipeptidases, β- glucanases, etc Cevada germinada Optimisation of culture conditions and development of a novel fed-batch strategy for high production of β- galactosidase by Kluyveromyces lactis You, S.P.; Wand, X.N.; Qi,W.; Su, R.X.; He, Z.M. International Journal of Food Science and Technology , v. 52, 1887- 1893, 2017 Estudo sobre a otimização das condições para alta produção de β-galactosidase por Kluyveromyces lactis Produção de of β-galactosidase por Kluyveromyces lactis em frascos agitados Meio de cultura inicial ( g/L) 20g lactose 3 g de extrato de levedura 3 g de extrato de malte 3 g peptona Ajustado para pH 7,0 Kluyveromyces lactis CICCI 1773 100 mL 500mL 20h a 30ºC 200rpm 500mL 5% de inóculo 30ºC 200rpm Massa celular (β-galactosidase) 100 mL Efeito de diferentes fontes de carbono na produção de β-galactosidase (enzima constitutiva) por K. lactis CICCI 1773 β - ga la ct os id as e (U /m L) Controle Galactose = maior produção de β - galactosidase Galactose é muito mais cara que a lactose. Lactose foi escolhida como fonte de carbono β - Galactosidase (U/mL) Biomassa (mg células seca /mL) Efeito de sais na produção de β-galactosidase por K. lactis CICCI 1773 β - ga la ct os id as e (U /m L) Na2HPO4. 12H2O FeSO4 MgSO4 Aumentaram a atividade de β-galactosidase. Na2CO3 2g/L MgSO4 0,6g/L FeSO4 0,06g/L Na2HPO4. 12H2O 4g/L CaCl2 2g/L (NH2)2SO4 3g/L pH 8,49 pH Extrato de levedura (g/L) Efeito do pH e concentração de extrato de levedura na produção de β -galactosidase β - ga la ct os id as e (U /m L) Efeito da temperatura e concentração de extrato de levedura na produção de β -galactosidase Temperatura 27,68 ºC Extrato de levedura (g/L) Temperatura ºC β - ga la ct os id as e (U /m L) Meio de cultura e condições otimizadas para produção de β-galactosidase por K. lactis CICCI 1773 Lactose 20g/L Peptona 5g/L Extrato de levedura 12 g/L Extrato de malte 5g/L Na2HPO4. 12H2O 3,58g/L MgSO4 0,6g /L FeSO4 0,06g /L pH 8,48 Temperatura 27,6ºC Tempo (h) � Lactose �β-galactosidase • Produtividade B io m as sa ( m g m as sa s ec a/ m L β - ga la ct os id as e U /m L P ro du tiv id ad e (U / m L/ h) pH 5,74 pH 6,46 Aumento do pH , associado ao consumo de lactose Tempo (h) Cinética de produção de β –galactosidase em fermentador de 7 L e variação de pH (Fermentação em Batelada) �Biomassa Efeito da adição da lactose durante a fermentação de K. lactis CICCI 1773 e produção de β-galactosidase Tempo (h) Tempo (h) � Lactose B io m as sa ( m g m as sa s ec a/ m L β - ga la ct os id as e U /m L • P ro du tiv id ad e (U / m L/ h) � β-galactosidase Fase 1 Fase 2 Adição de 100 mL de solução 400g/L de lactose �Biomassa • Produtividade (Fermentação em Batelada Alimentada) Produção de β – galactosidase por K. lactis CICCI 1773 Tempo de fermentação Biomassa (mg massa seca/ mL) Atividade máxima de β - galactosidase Frasco Erlenmeyer 22h 6,85 Batelada (reator 7L) 22h 5,83 41,37 Batelada Alimentada (adição de lactose) (reator 7L) 22h 10,28 111,61 Regulamentação de uso de enzimas em alimentos As cepas de micro-organismos utilizadas para obtenção de preparações de enzimas alimentares devem ser não patogênicas e não tóxicas Deve ser realizada uma avaliação geral de segurança para cada preparação enzimática destinada a ser utilizada em alimentos ou processamento de alimentos. 1. Concentração de chumbo inferior a 5 mg/kg. (Determinado por absorção atômica); 2. (ii) Critérios microbiológicos: Salmonella spp.: ausente na amostra de 25 g, 3. Coliformes totais: não mais de 30 por g, Escherichia coli: ausente na amostra de 25 g, 4. Atividade antibiótica: Ausente em preparações de fontes microbianas. Pureza das preparações enzimáticas JECFA (Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives) Enzimas para alimentos α-amilase, Glicoamilase, Celulase, Glicose oxidase, Catalase Pectinase Lipase Aspergillus niger α-amilase, Protease Aspergillus oryzae α-amilase, Protease Bacillus subtilis Invertase Saccharomyces cerevisiae (panificação e cervejaria) Lactase Kluyveromyces lactis; Candida pseudotropicalis Enzimas para alimentos • Renina geneticamente modificada de abomaso de bezerro expressa em Escherichia coli K12; • Kluyveromyces marxianus var. lactis; • Aspergillus niger var. awamori • Endothia parasitica, • Mucor pusillus Lindt • Mucor miehei Cooney et Emerson • Aspergillus oryzae (gene da protease aspártica de Rhizomucor miehei Cooney et Emerson ) Proteases para coagulação do leite para queijo Enzimas para alimentos Bromelina (Ananas comosus e Ananas bracteatus) Hidrólise de proteínas e polipeptídeos Ficina ( Ficus) Papaína (Carica papaya L.) Lipase animal de abomaso de bezerro, ovelha Hidrólise de acilglicerol Lipase de Rhizopus niveus Interesterificação de gorduras e óleos Esterase-lipase de Mucor miehei var. Cooney et Emerson Produção de aromas em queijos, óleos, gorduras e óleos e produtos de leite Asparaginase de Aspergillus oryzae Diminuição da formação de acrilamida Transglutaminase de Streptomyces mobaraensis Reestruturação de carne, panificação Enzimas consideradas GRAS para uso específicos Glicose isomerase • Streptomyces olivaceus, • Streptomyces olivochromogenes • Streptomyces rubiginosus, • Actinoplane missouriensis, • Bacillus coagulans Isomerização de glicose para frutose C C C CH OH C C H O H H H H OH OH OH HO 2 2 HO OH OH H H H O C C CH OH C C CH OH 2 Glicose isomerase Glicose Frutose Enzimas consideradas GRAS para uso específicos Catalase de fígado bovino Decompor peróxido de hidrogênio Protease pancreática de bovinos e suínos Hidrólise de proteína e polipeptídeos Pepsina de suínos Hidrólise de proteína Tripsina de pâncreas de bovinos e suínos Hidrólise de proteína Aminopeptidase de Lactococcus lactis Desenvolvimento de flavor em queijo cheddar Referências FAO - Food and Agriculture Organization of the United Nations, Expert Committee on Food Additives. Summary and Conclusions, 64th Meeting, 2006. Disponível em: ttp://www.who.int/ipcs/food/jecfa/summaries/en/summ ary_report_64_ final.pdf. Acesso em: 25 de setembro de 2012. FAO/WHO. Biotechnology and Food Safety, Report of a Joint FAO/WHO Consultation. FAO Food and Nutrition Paper 61. Rome, Italy, 1996 FAO/WHO. Safety aspects of genetically modified foods of plant origin, Report of a Joint FAO/WHO Expert Consultation on Foods Derived from Biotechnology. Geneva, Switzerland, 2000. JECFA Expert Committee on Food Additive-General Specifications and Considerations for Enzyme Preparations used in Food Processing. Disponível em: http://www.fao.org/ag/agn/jecfa- additives/docs/enzymes_en.html.