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Capítulo 9 
 
Acionamento e Proteção 
em Instalações 
Elétricas 
 
 
 
 
 
 
 
9.1 Distribuição de energia 
elétrica em baixa tensão 
 
 
Ocorre para a grande maioria dos 
consumidores: 
 prédios residenciais; 
 estabelecimentos industriais; 
 estabelecimentos agropecuários e 
hortigrangeiros; 
 trailers, campings, marinas e análogos; 
 canteiro de obras, feiras, locais de 
exposição e outras instalações temporárias. 
 
 
De modo geral, o fornecimento de energia 
elétrica para os consumidores residenciais, 
comerciais e industriais, urbano ou rural, 
com carga instalada até 75 kW, ocorre 
através da conexão às redes aéreas de 
distribuição secundárias. 
 
As cargas com consumos superiores a 75 kW 
são atendidas na tensão primária de 
distribuição, cujo valor é da ordem de 15 kV, 
enquanto que a tensão secundária pode ser de 
220 ou 380 V (tensão de linha), com frequência 
nominal de 60 Hz. 
 
 
Exemplificando, nas áreas de concessão das 
empresas do Grupo CPFL Energia e que contempla 
a cidade de Campinas-SP, têm-se tensões 
secundárias nominais de 127/220 V (Ufase/Ulinha), 
exceto nas cidades de Lins e Piratininga, 
onde as tensões são de 220/380 V. 
 
Os consumidores atendidos por esta 
concessionária são classificados em uma das 
seguintes categorias: 
 
Categoria A - Monofásico - Fase e Neutro 
 
 
 
 
Categoria B - Bifásico - Duas Fases e Neutro 
 
 
 
 
 
 
Categoria C - Trifásico - Três Fases e Neutro 
 
 
 
 
 
Os consumidores de energia elétrica devem 
estar atentos às especificidades de cada 
concessionária, buscando atender aos 
requisitos existentes nas respectivas normas 
técnicas para que o uso da energia elétrica 
ocorra, principalmente, de forma segura. 
 
 
 Padrão adotado pela empresa 
BANDEIRANTE ENERGIA S.A. 
 
 
 
TRIÂNGULO (DELTA) COM NEUTRO 
 
Tensão de fase / Tensão de linha 
115 / 230 V 
120 / 240 V 
 
 
ESTRELA COM NEUTRO 
 
Tensão de fase / Tensão de linha 
127 / 220 V 
 
 
 
NO LIVRO TEXTO 
HÁ OUTRAS INFORMAÇÕES 
SOBRE OS 
TIPOS DE CARGAS, 
POTÊNCIAS E 
NÍVEIS DE TENSÃO 
 
 
 
 
9.2 Normas e regulamentos 
 ABNT NBR 5410:2004 [Instalações elétricas de 
baixa tensão] abrange tanto as instalações 
elétricas novas como a reforma das já 
existentes. 
 
 ABNT NBR IEC 60050-826:1997 [Vocabulário 
eletrotécnico internacional - Instalações 
elétricas em edificações] define termos 
relacionados a instalações, permanentes ou 
temporárias, de utilização de energia 
elétrica, em edificações para uso 
residencial, comercial, industrial, em 
locais de afluência de público e outros 
locais equivalentes. 
 
 
 NR-10 [Norma Regulamentadora n.º 10] - 
Segurança em Instalações e Serviços em 
Eletricidade - regulamentada pelo 
Ministério do Trabalho e Emprego - 
estabelece os requisitos e condições 
mínimas objetivando a implementação de 
medidas de controle e sistemas preventivos, 
de forma a garantir a segurança e a saúde 
dos trabalhadores que, direta ou 
indiretamente, interajam em instalações 
elétricas e serviços com eletricidade. 
 
 
Em 26 de junho de 2006, foi promulgada a lei 
nº 11.337, que determina a obrigatoriedade 
de as edificações possuírem sistema de 
aterramento e instalações elétricas 
compatíveis com a utilização de condutor-
terra de proteção, bem como torna 
obrigatória a existência de condutor-terra 
de proteção nos aparelhos elétricos. 
Devem ser instaladas tomadas com o terceiro 
contato correspondente a este condutor. 
 
http://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.337-2006?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2011.337-2006?OpenDocument
 
 
 
O condutor-terra de proteção, ou 
simplesmente condutor de proteção (PE), é 
definido pela norma ABNT NBR IEC 60050-
826:1997 e corresponde a um quinto condutor 
na instalação elétrica, destinado a 
interligar eletricamente todas as massas; 
terminais de aterramento; eletrodos de 
aterramento; etc. 
 
 
 
 
A opção PEN corresponde a se ter um mesmo 
condutor com as funções PE e Neutro. Esta 
norma também define termos relacionados a 
instalações, permanentes ou temporárias, de 
utilização de energia elétrica, em 
edificações para uso residencial, comercial, 
industrial, em locais de afluência de 
público e outros locais equivalentes. 
IMPORTANTE: 
LEIAM NO ITEM 9.3 DO LIVRO TEXTO INFORMAÇÕES 
PERTINENTES AO ATERRAMENTO DAS INSTALAÇÕES 
ELÉTRICAS E RESPECTIVOS ESQUEMAS DE 
ATERRAMENTO. 
 
 
 
9.4 Choque elétrico 
 
É o efeito fisiológico resultante da 
passagem de uma corrente elétrica através do 
corpo humano. 
 
No estudo da proteção contra choques 
elétricos devem-se considerar três elementos 
fundamentais: 
 parte viva 
 massa 
 elemento condutor estranho à instalação. 
 
A parte viva de um componente ou de uma 
instalação é a parte condutora que apresenta 
diferença de potencial em relação à terra. 
É comum associar-se às linhas elétricas a 
expressão “condutor vivo”. 
 
A massa de um componente ou de uma 
instalação é a parte condutora que pode ser 
tocada facilmente e que normalmente não é 
viva, mas que pode tornar-se viva em 
condições defeituosas. 
 
 
Exemplo de massa: 
carcaça metálica de uma máquina de lavar 
roupa ou de uma geladeira. 
 
Um elemento condutor estranho à instalação é 
aquele material condutor que não faz parte 
da instalação. 
É o caso, p.ex., de: 
 elementos metálicos usados na construção 
de prédios; 
 das canalizações metálicas de gás, água, 
aquecimento, etc.. 
 
 
 
Os choques elétricos em uma instalação 
elétrica podem ser causados por dois tipos 
de contatos: 
 
 contatos diretos, que são os contatos de 
pessoas ou animais com partes vivas sob 
tensão; 
 
 contatos indiretos, que são os contatos 
de pessoas ou animais com massas que ficam 
sob tensão devido a uma falha de isolação. 
 
Em qual delas se tem contato indireto e 
contato direto? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No caso do chuveiro elétrico, é contato 
indireto ou contato direto? 
 
 
 
 
A água é capaz de desviar corrente da 
resistência para a carcaça ou para outras 
partes da instalação hidráulica e assim, 
quando o ser humano tocar no registro, 
poderá sofrer um choque elétrico. 
Outra possibilidade de choque elétrico, é o 
eventual contato da fase com a carcaça do 
chuveiro. 
 
 
 
9.5 Padronização de Plugues e Tomadas 
Atendendo a todas as especificações de 
segurança, qualidade e padronização, a Norma 
NBR 14136:2002, determina que devem ser 
instaladas as tomadas e plugues 2P+T. 
 
 
 
(a) 
 
 
(b) acima 10 A e abaixo 20 A 
 
LEIAM NO LIVRO TEXTO INFORMAÇÕES PERTINENTES A 
ESTE PADRÃO DE TOMADA. 
Vídeo: ABNT NBR 14136 - Tomadas e Plugues 
 
http://www.youtube.com/watch?v=V3tTEZcT8qg
 
9.6 Dispositivos de Acionamento 
 
CONCEITO GENÉRICO: 
CHAVE é um dispositivo de comando que na 
posição aberta isola um equipamento ou um 
circuito da rede elétrica e, na posição 
fechada, garante a passagem de corrente 
elétrica. 
 
TIPOS DE CHAVES: 
unipolar - uma fase 
 
bipolar - duas fases 
 
 
 
tripolar - três fases 
 
 
 
 
INTERRUPTOR 
É uma chave manual capaz de conduzir e 
interromper correntes sob condições normais 
do circuito. 
Um interruptor deve ter capacidade de 
corrente suficiente para suportar a corrente 
nominal do circuito por tempo indeterminado 
e também, transitoriamente, corrente de 
curto-circuito. 
Um curto-circuito caracteriza-se por uma 
ligação entre dois ou mais pontos de um 
circuito cuja impedância é praticamente nula 
(a magnitude da corrente assume valores 
elevadíssimos). 
 
TIPOS DE INTERRUPTORES: 
 
Tipo Simples 
 
 
ESQUEMA PADRÃO 
Interruptor simples
Lâmpada
F
N
 
 
Para comandar uma ou mais luminárias de um 
único local. 
Video: Interruptor Simpleshttp://www.youtube.com/watch?v=S6UHeaoW7ws&feature=related
 
 
Tipo Paralelo 
 
 
ESQUEMA PADRÃO 
Lâmpada
F
N
B
A
C
A
B
C
Interruptores paralelos 
Operando aos pares, possibilita ligar ou 
desligar, de somente dois locais diferentes, 
a mesma luminária. Útil em escadas e 
corredores residenciais ou em salas com 
acesso por mais de uma porta. 
Vídeo: Interruptor Paralelo 
http://www.youtube.com/watch?v=N4FiWlOW-QI&feature=related
 
 
Tipo Intermediário 
 
 
ESQUEMA PADRÃO 
Lâmpada
F
N
B
A
C
A
B
C
Interruptores paralelos
Interruptor intermediário 
Em situações nas quais um mesmo ponto de luz 
será comandado de mais de dois lugares 
diferentes, devem ser instalados em cada 
extremidade do circuito um interruptor 
paralelo e nas demais posições um 
interruptor intermediário. Útil em escadas e 
corredores de prédios. 
Vídeo: Interruptor Intermediario 
http://www.youtube.com/watch?v=KZ1ifHXFVQc&feature=channel
 
 
QUAL A DIFERENÇA? 
Interruptor simples
Lâmpada
F
N
 
 
 
ATENÇÃO 
 
Seja qual for o tipo do interruptor, ele 
deve interromper sempre o condutor fase e 
nunca o condutor neutro em uma instalação. 
Esta precaução garante um reparo na 
luminária sem riscos de choque elétrico 
desde que se tenha certeza que o interruptor 
está de fato na posição desliga, pois caso 
contrário, deve-se em favor da segurança 
pessoal, desligar o respectivo disjuntor no 
quadro de distribuição. 
 
Sensor de presença e fotocélula 
 
Sensor de presença é um dispositivo 
eletrônico que detecta seres vivos ou 
objetos em movimento (por exemplo, 
automóvel) dentro do seu raio de ação e 
acende uma ou mais lâmpadas conectadas a 
ele. Após algum tempo, as lâmpadas são 
desligadas pelo próprio sensor. 
 
Sem dúvida é um dispositivo muito útil 
tanto em residências, condomínios como nas 
indústrias que ao utilizarem tecnologia 
inteligente para economizar energia elétrica 
também contribuem positivamente para com o 
meio ambiente. 
 
LEIAM NO LIVRO TEXTO MAIS DETALHES SOBRE 
ESTE TIPO DE DISPOSITIVO 
 
 
 
Chave de Faca Sem Porta-Fusíveis 
 
 
 
É uma chave manual cujo contato móvel é 
constituído por duas ou três lâminas 
articuladas em uma das extremidades, 
enquanto que a outra extremidade encaixa em 
contato fixo para energizar um circuito. 
 
Sua principal utilização é a interrupção de 
circuitos quando se requer uma manutenção 
mais ampla. 
 
Em geral, a CHAVE DE FACA deve ser aberta 
sem carga no circuito pois, dependendo da 
intensidade da corrente, um arco voltaico se 
formará entre as lâminas e os contatos 
fixos, podendo causar danos tanto ao usuário 
como à própria chave. 
 
CONTATOR 
 
 
 
 
 
 
CONTATOR 
É uma chave eletromagnética que possibilita 
o acionamento à distância de equipamentos 
cujas intensidades de corrente ultrapassam 
valores nominais em interruptores do tipo: 
simples, paralelo ou intermediário. 
 
COMO FUNCIONA? 
 
 
 
9.7 Dispositivos de Proteção 
 
 
Fusível 
 
 
Constitui-se de um condutor que funde, 
interrompendo a corrente, toda vez que ela 
ultrapassa a intensidade para a qual foi 
dimensionado. 
 
ATENÇÃO: 
Sua atuação é instantânea somente em 
situações de curto-circuito. 
 
Tipos de fusíveis: 
 
 
Cartucho 
 
 
 
 
 
 
Diazed 
 
 
 
 
 
 
 
NH 
 
 
 
 
 
 
Disjuntor 
 
 
 
 
O mais usado na indústria e em residências é 
o disjuntor em caixa moldada, que é montado 
em uma caixa de material isolante, podendo 
ser unipolar, bipolar ou tripolar. 
 
 
ATENÇÃO: 
Sua atuação é instantânea somente em 
situações de curto-circuito. 
 
 
Dispositivo DR 
 
O dispositivo à corrente diferencial-
residual, conhecido como dispositivo DR ou 
simplesmente DR, tem a função de proteção 
contra choques elétricos, evitando que 
correntes perigosas circulem através do 
corpo humano, interrompendo automaticamente 
e no menor tempo possível a energia elétrica 
daquele ponto. 
Essencialmente, o DR funciona com um 
sensor que avalia as correntes que entram e 
saem no circuito. Sendo as duas de mesmo 
valor, porém com direções contrárias em 
relação à carga, para o DR a corrente total 
é nula. Se houver uma alteração devido a uma 
fuga de corrente à terra, este valor não 
será nulo e o DR provoca o desligamento do 
respectivo circuito. 
 
Instalações Elétricas - PROCOBRE 
(vídeos sobre Aterramento, Instalações Elétricas e DR) 
 
http://www.youtube.com/user/procobre
 
 
LEIAM NO LIVRO TEXTO O CONTEÚDO DO ITEM: 
 
 
9.8 Orientações do Corpo de Bombeiros para o 
“Programa Casa Segura” - “Prevenção contra 
Choques e Curtos Circuitos” 
 
 
 
LEIAM TAMBÉM NO ITEM 9.9 DO LIVRO TEXTO: 
INFORMAÇÕES e COMPARAÇÕES SOBRE LÂMPADAS DE 
USO POPULAR

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