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Avaliação de Impacto Ambiental - Edvaldo Baptista Filho

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Avaliação de Impactos Ambientais de uma ETE
É notório o aumento da preocupação com o meio ambiente ao longo dos
anos, apesar de se apresentar como pauta de discussão de forma tardia. De acordo
com Adilson (2021), a preocupação ambiental é resultante da revolução industrial,
uma vez que, quando em alta, os grandes centros industriais agrediram o meio
ambiente de forma direta.
Se tratando de novas edificações funcionais, deve-se ter hoje uma total
certeza que de fato esta nova instalação não agredirá o meio em que será
implantada. Para esta finalidade existem órgãos e entidades nacionais que atuam
neste segmento de legislação, avaliando, instigando e mitigando a redução dos
impactos negativos no meio ambiente.
O PNMA, sendo uma política de preservação do meio ambiente, rege em
seus termos as entidades principais que temos hoje no país, como o Ministério do
Meio Ambiente e o IBAMA. Para o caso de uma nova instalação sendo esta uma
Estação de tratamento de esgoto, deve-se levantar uma AIA para apresentação ao
órgão ambiental competente a fim de se obter a licença ambiental e seu pleno
funcionamento, sempre em harmonia com as diretrizes de preservação ambiental do
PNMA.
Diante do primeiro objetivo, é de responsabilidade da direção ou de algum
setor responsável pela ETE, o agendamento de uma reunião para o alinhamento das
nuances do funcionamento da estação. Para esta reunião é possível a realização do
método AD Hoc, que consiste na integração dos diversos setores técnicos que
compõem todo o escopo de funcionamento da ETE, para o levantamento de
programas e planos com objetivo de reduzir os impactos negativos no meio
ambiente com base no ponto de vista da comissão multidisciplinar. Portanto, cabe
aos funcionários específicos de cada área o apontamento das questões
relacionadas ao funcionamento da ETE.
Uma vez levantado os pontos de impactos ambientais, é preciso que se crie
meios, programas e planos para a redução ou abolição dos impactos no meio
ambiente. Em nosso caso, a estação de tratamento de esgoto, quando em seu
funcionamento previsto, degradará o meio ambiente em diversas vertentes, sendo a
maior delas as emissões de matéria nociva, seja em forma de gases ou efluentes
líquidos.
Estes impactos, quase que em sua totalidade, ocorrerão caso a tecnologia
empregada seja falha ou escassa de entendimento técnico. Para tanto podemos
indicar um dos pontos chaves para mitigação dos impactos, sendo este a criação de
um setor de manutenção, onde engenheiros e/ou técnicos possam manter o
funcionamento do maquinário e dos processos da ETE de forma contínua e
eficiente.
Levando em conta que muitos resíduos da ETE surgirão mesmo com a
melhor tecnologia empregada, devemos ter portanto planos para o descarte de tais
matérias nocivas de forma legal e sustentável.
É indiscutível que o meio ambiente requer atenção com ajuda de leis e
programas. Uma vez implantadas em uma organização, a tendência é estimular o
comportamento em demais instituições. Entretanto deve-se salientar que as políticas
internas da organização necessitam estar alinhadas com a ética de preservação do
meio ambiente, caso contrário, uma falsa iniciativa buscando somente a licença de
operação ou até mesmo a aceitação social, sempre estará fadada a cometer os
erros grotescos que precisamos evitar. No caso de uma estação de tratamento de
esgoto, a qual impactará diretamente a sociedade com o seu produto final, o
acompanhamento da operação se torna de suma importância.
Mantendo os programas indicados pela comissão multidisciplinar mencionada
no método AD Hoc, e criando um EIA para o acompanhamento dos impactos
ambientais, a organização com seus ideais atrelados ao PNMA trilhará caminhos
sustentáveis abrindo margem para inovação e preservação ambiental.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA n° 1, de 23 de janeiro
de 1986. Critérios básicos e diretrizes gerais para avaliação de impacto ambiental.
Brasília, 1986.
MACHADO,Telma; BATISTA, João. Introdução a Avaliação de Impactos Ambientais.
Vitória - ES, 2021.
MOURA, Luiz Antônio Abdalla de. Qualidade e gestão ambiental: sustentabilidade e
ISO14001. 7. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2023. E-book. Disponível em:
https://plataforma.bvirtual.com.br. Acesso em: 14 mar. 2024.

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