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Avaliação de Impactos Ambientais de uma ETE É notório o aumento da preocupação com o meio ambiente ao longo dos anos, apesar de se apresentar como pauta de discussão de forma tardia. De acordo com Adilson (2021), a preocupação ambiental é resultante da revolução industrial, uma vez que, quando em alta, os grandes centros industriais agrediram o meio ambiente de forma direta. Se tratando de novas edificações funcionais, deve-se ter hoje uma total certeza que de fato esta nova instalação não agredirá o meio em que será implantada. Para esta finalidade existem órgãos e entidades nacionais que atuam neste segmento de legislação, avaliando, instigando e mitigando a redução dos impactos negativos no meio ambiente. O PNMA, sendo uma política de preservação do meio ambiente, rege em seus termos as entidades principais que temos hoje no país, como o Ministério do Meio Ambiente e o IBAMA. Para o caso de uma nova instalação sendo esta uma Estação de tratamento de esgoto, deve-se levantar uma AIA para apresentação ao órgão ambiental competente a fim de se obter a licença ambiental e seu pleno funcionamento, sempre em harmonia com as diretrizes de preservação ambiental do PNMA. Diante do primeiro objetivo, é de responsabilidade da direção ou de algum setor responsável pela ETE, o agendamento de uma reunião para o alinhamento das nuances do funcionamento da estação. Para esta reunião é possível a realização do método AD Hoc, que consiste na integração dos diversos setores técnicos que compõem todo o escopo de funcionamento da ETE, para o levantamento de programas e planos com objetivo de reduzir os impactos negativos no meio ambiente com base no ponto de vista da comissão multidisciplinar. Portanto, cabe aos funcionários específicos de cada área o apontamento das questões relacionadas ao funcionamento da ETE. Uma vez levantado os pontos de impactos ambientais, é preciso que se crie meios, programas e planos para a redução ou abolição dos impactos no meio ambiente. Em nosso caso, a estação de tratamento de esgoto, quando em seu funcionamento previsto, degradará o meio ambiente em diversas vertentes, sendo a maior delas as emissões de matéria nociva, seja em forma de gases ou efluentes líquidos. Estes impactos, quase que em sua totalidade, ocorrerão caso a tecnologia empregada seja falha ou escassa de entendimento técnico. Para tanto podemos indicar um dos pontos chaves para mitigação dos impactos, sendo este a criação de um setor de manutenção, onde engenheiros e/ou técnicos possam manter o funcionamento do maquinário e dos processos da ETE de forma contínua e eficiente. Levando em conta que muitos resíduos da ETE surgirão mesmo com a melhor tecnologia empregada, devemos ter portanto planos para o descarte de tais matérias nocivas de forma legal e sustentável. É indiscutível que o meio ambiente requer atenção com ajuda de leis e programas. Uma vez implantadas em uma organização, a tendência é estimular o comportamento em demais instituições. Entretanto deve-se salientar que as políticas internas da organização necessitam estar alinhadas com a ética de preservação do meio ambiente, caso contrário, uma falsa iniciativa buscando somente a licença de operação ou até mesmo a aceitação social, sempre estará fadada a cometer os erros grotescos que precisamos evitar. No caso de uma estação de tratamento de esgoto, a qual impactará diretamente a sociedade com o seu produto final, o acompanhamento da operação se torna de suma importância. Mantendo os programas indicados pela comissão multidisciplinar mencionada no método AD Hoc, e criando um EIA para o acompanhamento dos impactos ambientais, a organização com seus ideais atrelados ao PNMA trilhará caminhos sustentáveis abrindo margem para inovação e preservação ambiental. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA n° 1, de 23 de janeiro de 1986. Critérios básicos e diretrizes gerais para avaliação de impacto ambiental. Brasília, 1986. MACHADO,Telma; BATISTA, João. Introdução a Avaliação de Impactos Ambientais. Vitória - ES, 2021. MOURA, Luiz Antônio Abdalla de. Qualidade e gestão ambiental: sustentabilidade e ISO14001. 7. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2023. E-book. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br. Acesso em: 14 mar. 2024.