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INCIDENTE DE ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE (art. 287 a 293)
(CF) Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo
órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder
Público
Súmula Vinculante nº 10: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão
fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
Não há necessidade de pedido das partes para que haja o deslocamento do incidente de
inconstitucionalidade para o pleno do tribunal. Isso porque é dever de ofício do órgão fracionário esse
envio, uma vez que não pode declarar expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo
do poder público, nem afastar sua incidência, no todo ou em parte. [Rcl 12.275 AgR, rel. min. Ricardo
Lewandowski, j. 22-5-2014, P, DJE de 18-6-2014.]
‐ Órgão competente: Conselho Especial
‐ arguida nos julgamentos perante o Conselho Especial, Câmara ou Turmas
‐ será rejeitada a arguição de inconstitucionalidade quando já houver pronunciamento do
Conselho Especial do Tribunal de Justiça ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre
a questão
‐ quorum de dois terços para iniciar sessão
‐ a arguição será decidida por maioria simples
‐ se a alegação for rejeitada, prosseguir‐se‐á o julgamento; se for acolhida, lavrar‐se‐á o
acórdão, e os autos serão submetidos ao Conselho Especial
‐ a inconstitucionalidade será declarada por maioria absoluta, computando‐se o voto do
presidente
(STF) É desnecessária a submissão de demanda judicial
à regra da reserva de plenário na hipótese em que a
decisão judicial estiver fundada em jurisprudência do
Plenário do STF ou em súmula deste Tribunal, nos termos
dos arts. 97 da CF e 481, parágrafo único, do CPC. [ARE
914.045 RG, rel. min. Edson Fachin, j. 15-10-2015,
P, DJE de 19-11-2015, Tema 856.]
INCIDENTE DE ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA (art. 294‐301)
Órgão competente: Câmara de Uniformização
É admissível:
I ‐ quando o julgamento de recurso, de remessa necessária ou de processo de
competência originária envolver relevante questão de direito, com grande
repercussão social, sem repetição em múltiplos processos;
II ‐ quando ocorrer relevante questão de direito a respeito da qual seja
conveniente a prevenção ou a composição de divergência entre câmaras ou turmas
cíveis.
* Não será admitida a arguição quando a questão de direito tiver sido objeto de decisão em
julgamento de casos repetitivos.
‐ O relator proporá, de ofício ou a requerimento das partes, do Ministério Público ou da
Defensoria Pública, que seja o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência
originária julgado pela Câmara de Uniformização.
‐ A decisão do relator quanto à apresentação da proposta de instauração do incidente será
irrecorrível.
‐ A proposta será submetida pelo relator ao órgão colegiado ao qual competir o
conhecimento do processo.
‐ Acolhida a proposta, será lavrado acórdão e remetidos os autos à Câmara de Uniformização
para o julgamento. Rejeitada a proposta, prosseguir‐se‐á no julgamento.
‐ O acórdão proferido pela Câmara de Uniformização vinculará todos os juízes e órgãos
fracionários do tribunal, exceto quando houver revisão da tese em qualquer das hipóteses
previstas na legislação processual.
INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS (art. 302‐311)
‐ Órgão competente: Câmara de Uniformização
‐ O pedido de instauração do incidente será dirigido ao presidente do tribunal:
I ‐ pelo juiz ou relator, por ofício;
II ‐ pelas partes, por petição;
III ‐ pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública, por petição.
‐ Feita a distribuição à Câmara de Uniformização, o relator levará o incidente para o juízo
colegiado de admissibilidade, lavrando‐se o respectivo acórdão.
‐ Admitido o incidente, o relator suspenderá os processos pendentes, individuais ou coletivos,
que tramitam na Justiça do Distrito Federal, inclusive no sistema dos juizados especiais.
‐ Cessa a suspensão se o incidente não for julgado no prazo de 1 (um) ano, salvo decisão
fundamentada do relator em sentido contrário.
EXCEÇÃO E DO INCIDENTE DE IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO (art. 312‐317)
‐ Órgão competente: Conselho Especial
‐ o relator e o revisor declarar‐se‐ão impedidos nos próprios autos.
‐ Os demais desembargadores verbalmente.
‐ A arguição de impedimento ou de suspeição suspenderá o processo até o julgamento do
incidente.
EXCEÇÃO DE VERDADE (art. 318‐319)
‐ Órgão competente: Conselho Especial
‐ admitida em ações penais originárias.
GRAÇA, INDULTO E ANISTIA (art. 320)
‐ decidida pelo Tribunal nos processos de sua competência originária
‐ o pedido de anistia, de graça ou de indulto poderá ser efetuado por petição do condenado,
de qualquer pessoa do povo, do Conselho Penitenciário ou do Ministério Público.
‐ Presidente atuará como relator.
‐ pode ser requerido pelo condenado, MP, Conselho Penitenciário ou qualquer do povo.
‐ o condenado pode recusar a comutação da pena.
SÚMULA (art. 330‐337)
‐ Órgão competente: Conselho Especial, à Câmara de Uniformização ou à Câmara Criminal.
‐ pode ser proposta por qualquer desembargador ou, de ofício, pela Comissão de
Jurisprudência
‐ proposta será encaminhada à Comissão de Jurisprudência
‐ aprovação da súmula depende do voto da maioria absoluta do Conselho Especial, da
Câmara de Uniformização ou da Câmara Criminal
‐ todos os enunciados da súmula, os posteriores adendos ou as emendas, datados e
numerados em ordem contínua, serão publicados três vezes seguidas no Diário da Justiça
Eletrônico.
NÃO EXISTE SÚMULA DE TURMAS (cíveis e criminais) E DE CÂMARAS CÍVEIS
REVISÃO DA SÚMULA
‐ poderá ser proposta por qualquer desembargador ou pela Comissão de Jurisprudência
‐ o procedimento de revisão será instaurado sempre que a matéria for decidida de modo
diverso na sistemática de julgamento de casos repetitivos e no incidente de assunção de
competência.
INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA
(art. 338‐343)
‐ Órgão competente: órgão julgador originário
‐ sempre que possível distribuído ao respectivo relator
‐ o relator poderá indeferir de plano o incidente:
I ‐ quando manifestamente incabível a sua instauração;
II ‐ quando a petição não descrever fatos e fundamentos jurídicos que autorizam a
desconsideração da personalidade jurídica;
III ‐ quando manifestamente improcedente a desconsideração da personalidade
jurídica.

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