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CC1 Cozinha de festas típicas das Américas

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COZINHA 
DAS AMÉRICAS 
Ana Carolina dos Santos Costa 
Cozinha de festas 
típicas das Américas
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar as principais festividades dos países da América.
 � Associar as preparações às festas típicas dos países da América.
 � Descrever as influências culturais na formação da gastronomia das 
festas típicas.
Introdução
Com a chegada dos navios no continente americano, os colonizadores — 
portugueses, espanhóis, ingleses — trouxeram em suas bagagens todo 
o seu conteúdo cultural, modo de vida, estruturação econômica, artes, 
músicas, danças, religião, cantigas, hábitos alimentares e festividades. 
Muitas de suas festas típicas passaram a fazer parte do calendário anual 
dos povos colonizados e se enraizaram nos costumes locais. 
Algumas dessas festividades mesclam as diversas identidades culturais 
de ameríndios, europeus e africanos, criando um mosaico cultural repleto 
de significados e sabedoria popular. Além disso, muitas festas típicas 
estão associadas a preparações gastronômicas, que enriquecem ainda 
mais tais comemorações. 
Neste capítulo, você estudará sobre as principais festividades típicas 
de alguns países das Américas. Além disso, conhecerá as influências 
culturais e preparações típicas associadas a essas festividades, a fim de 
compreender a riqueza gastronômica de tais comemorações.
1 Principais festas típicas das Américas: 
sua história e influências
A cultura dos países das Américas é marcada por várias festividades, que 
compõem o calendário anual dos países. Na Argentina, por exemplo, existem 
mais de 2.700 festividades por ano, e, dada a sua importância turística e 
cultural, a Secretaria de Turismo criou o Departamento de Festas Populares. 
Entre as festas típicas da Argentina, estão a Via Crucis da Semana Santa, 
que ocorre em Tandil, e a Festa da Semana Santa, que possuem influências 
pré-hispânicas e espanholas misturadas, uma vez que nos rituais cristãos são 
realizadas oferendas à Pachamama, ou Mãe Terra. 
Outra festa popular argentina muito famosa é a Queima dos Bonecos (La 
quema de muñecos), comumente realizada no dia 31 de dezembro, em La Plata. 
Segundo Leite, Caponero e Perez (2010), tal festividade está associada à época 
medieval e aos tribunais da inquisição, em que os bonecos representam pessoas 
ou organizações, em uma paródia teatral que busca dramatizar a realidade 
social. Os autores apontam, ainda, que:
As festas populares envolvem a presença e a participação concreta de um 
determinado coletivo, que se agregam e se articulam em torno de um objeto 
sagrado ou profano gerando identidade. Podem estar associadas à civilidade, 
reproduzindo lutas, rendendo homenagens a heróis ou personalidades; podem 
estar associadas à religiosidade, como as festas litúrgicas ou em homenagem 
aos santos; podem estar ligadas aos ciclos do calendário agrícola, como as 
festas de colheita; podem ser festas folclóricas, festas étnicas ou até mesmo 
festas religiosas e profanas simultaneamente (LEITE; CAPONERO; PEREZ, 
2010, p. 73–74).
O Brasil também possui uma variedade de festas populares, tais como as 
Festas Juninas do Nordeste, o Carnaval, as Festas de Corpus Christi, a Festa 
do Boi Bumbá, em Parintins, ou Círio de Nossa Senhora de Nazaré, que ocorre 
em Belém do Pará. O Círio de Nazaré é a segunda maior festa religiosa do 
mundo, e, devido à sua importância cultural, foi registrada como Patrimônio 
Imaterial Brasileiro (LEITE; CAPONERO; PEREZ, 2010).
Uma festividade importante do Peru é o festival de Corpus Christi, cele-
brado no país desde os tempos coloniais. Esse festival revela o sincretismo 
cultural dessa tradição, em que 15 santos e virgens chegam de diferentes 
lugares à catedral de Cusco, onde tais imagens saúdam o corpo de Cristo. Essa 
festividade é comemorada em todo o Peru desde os tempos coloniais, mas 
atingiu um pico em Cusco. A cerimônia é bem adornada, contempla procissões 
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e toda a cidade é decorada para o festival. À noite, todas as pessoas se reúnem 
em vigília, para comer os pratos típicos da festividade, como o chiriuchu, 
acompanhado de cerveja, chicha e pão de milho. Ao amanhecer, a procissão 
segue para a Plaza Mayor, com as imagens de cinco virgens vestidas com 
roupas ricamente bordadas, além das imagens de quatro santos: San Sebastián, 
San Blas, San José e o apóstolo Santiago, montando um belo cavalo branco 
(LEITE; CAPONERO; PEREZ, 2010). 
O Chile também é rico em festas típicas, muitas delas de cunho religioso e 
com influência espanhola, como a Festa dos Reis, a Festa da Semana Santa, a 
Festa da Cruz de Maio e a Festa de São Pedro e São Paulo. Além disso, há a 
Festa da Tirana, que ocorre em julho, a qual é associada a uma lenda de uma 
princesa indígena, chamada Ñusta Huillac, conhecida como “a tirana”, por seu 
despotismo. Segundo essa lenda, a princesa se apaixonou por um prisioneiro 
português devoto da Virgem do Carmo, que a converteu ao cristianismo 
(LEITE; CAPONERO; PEREZ, 2010). 
A Colômbia é um país com numerosas festas populares, sobretudo reli-
giosas. Algumas destas estão listadas como Patrimônio Cultural Imaterial 
da Humanidade: o Carnaval de Barranquilla, reconhecido em 2003 enquanto 
patrimônio, e o Carnaval de Negros e Brancos e a Procissão de uma semana em 
Popayán, reconhecidos em 2009 enquanto patrimônio (LEITE; CAPONERO; 
PEREZ, 2010). 
O Carnaval de Barranquilla ocorre desde o século XIX, na cidade co-
lombiana de Barranquilla. Tal festejo mistura a festividade católica com 
cerimoniais dos nativos pré-colombianos e a herança musical dos africanos. 
Durante os dias que antecedem a Quaresma, são realizadas danças espanholas, 
congo africano e danças nativas, como a cumbia, revelando-se, assim, uma 
festa típica com tripla fusão cultural: europeia, africana e indígena (LEITE; 
CAPONERO; PEREZ, 2010). 
O Carnaval de Negros e Brancos ocorre anualmente, entre 28 de dezembro 
e 6 de janeiro, na cidade andina San Juan del Pasto, localizada na região 
Sudoeste da Colômbia. Sua origem remonta à fusão das culturas indígenas 
e hispânicas que ocorreu ao longo do tempo. Tal festa estaria associada às 
celebrações das culturas indígenas ao deus da lua, porém, com o passar do 
tempo, foram agregando-se outros elementos da cultura espanhola e, poste-
riormente, da cultura africana à tradição do Carnaval de Negros e Brancos. 
Visualmente, é uma festa bem rica, pois conta com músicas e carruagens 
com gigantescas esculturas construídas pelos artesãos locais. Além disso, as 
pessoas saem às ruas fantasiadas com roupas de época e, em alguns dias, se 
maquiam de negros no penúltimo dia da festividade e de brancos no último 
3Cozinha de festas típicas das Américas
dia, como símbolo de igualdade e união de todos, independentemente de etnia 
ou condição sociocultural (LEITE; CAPONERO; PEREZ, 2010). 
As festas típicas são de fundamental importância na vida e no cotidiano 
das pessoas, por fortalecer as relações sociais, perpetuar suas expressões an-
cestrais, atrair turistas e renda, além de divulgar sua cultura e gastronomia. A 
seguir, serão destacadas algumas das principais festividades típicas de países 
do continente americano que têm grandes marcas gastronômicas com suas 
preparações culinárias típicas, são elas: a Festa de Ação de Graças, a Festa 
do Sol e a Festa dos Mortos.
Ação de Graças
A Ação de Graças (Thanksgiving Day), também conhecida como Dia de Ação 
de Graças, é uma festa tipicamente norte-americana. O Presidente George 
Washington sugeriu a data 26 de novembro como Dia de Ação de Graças, porém 
foi Abraham Lincoln, em 1863, que sugeriu a todos os norte-americanos que 
deixassem de lado a última quinta-feira de novembro como um dia para agra-
decer. No entanto, foi somente em 1941, por decreto do Presidente Roosevelt, 
que essa festividade foi considerada feriado nacional, sendo comemorada na 
4ª quinta-feira do mês de novembro. 
Sua origem estáassociada a duas versões. A primeira indica que esse 
feriado surgiu com um grupo de colonos ingleses que chegaram em Berkeley 
Hundred, na Virgínia. Conforme o grupo, a sua chegada a esse local deveria 
ser um dia de “ação de graças” a Deus. A outra versão, mais detalhada, está 
associada ao agradecimento dado aos nativos norte-americanos por ensinarem 
aos peregrinos como pegar enguias e cultivar milho em Plymouth, Massachu-
setts (UNITED STATES OF AMERICA, 2007, 2016). 
A segunda versão conta ainda que, em 1620, um navio chamado “Mayflower”, 
 com grupos separatistas, havia deixado o porto da Inglaterra rumo ao Novo 
Mundo. Esse grupo desembarcou ao Norte dos Estados Unidos, na região de 
Plymouth, porém, devido ao clima e à geografia da região, teve dificuldades 
em plantar e colher seus alimentos, visto que era composto, em sua maioria, 
por aristocratas, que não tinham habilidade com caça e agricultura. Então, 
alguns índios nativos da tribo Wampanoag ensinaram a esses ingleses suas 
técnicas de cultivo e caça, para que pudessem sobreviver. Em março de 1621, 
alguns índios Wampanoag chegaram ao assentamento dos peregrinos e fizeram 
um acordo com os ingleses para que protegessem suas terras de tribos rivais. 
Em troca, os índios lhes ensinaram a cultivar milho, pescar, colher amêijoas, 
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caçar e coletar frutos da floresta. Em 1621, os ingleses planejaram uma festa 
de agradecimento e convidaram a tribo dos Wampanoag para comemorar, 
com uma fartura de comidas, como peru, carne de veado, abóbora, frutas do 
bosque, amêijoas, peixes, enguias, nozes, pão de milho e outros alimentos. 
Tal banquete foi planejado para agradecer aos índios por ensiná-los a viver 
no deserto e a adquirir e cozinhar esses alimentos, uma vez que sem esses 
ensinamentos, os ingleses não teriam sobrevivido (UNITED STATES OF 
AMERICA, 2007, 2016). 
Portanto, nos Estados Unidos, o Dia de Ação de Graças é um momento de 
tradição e compartilhamento, no qual as famílias se reúnem em uma ceia para 
saborear uma refeição típica e agradecer. O evento principal de qualquer Dia 
de Ação de Graças é o jantar, cuja refeição é farta e repleta de preparações 
específicas. Para muitos, o Dia de Ação de Graças é uma preparação para as 
festas de Natal. É também o momento de realizar ações de caridade, por isso 
muitas organizações servem jantares de Ação de Graças para moradores de 
ruas e populações carentes e enviam cestas de alimentos para idosos e doentes. 
Além disso, no Dia de Ação de Graças, é realizado um desfile em Nova York, 
no qual o Papai Noel aparece, anunciando que o Natal se aproxima (UNITED 
STATES OF AMERICA, 2007, 2016).
Quase todas as culturas do mundo celebram e agradecem por suas co-
lheitas abundantes, e tal festividade está associada à fartura de colheitas. 
No Canadá, também é comemorado o Dia de Ação de Graças, comemorado 
pela primeira vez enquanto festividade oficial em 1879. Entretanto, os povos 
indígenas que habitavam o país já comemoravam o período de colheita de 
outono antes mesmo da chegada dos colonizadores europeus. Somente em 
1957 é que o Dia de Ação de Graças foi proclamado feriado nacional, sendo 
comemorado na 2ª segunda-feira do mês de outubro (MILLS; MCINTOSH; 
BONIKOWSKY, 2019).
O primeiro Dia de Ação de Graças dos europeus no Canadá foi realizado 
por Sir Martin Frobisher, no Ártico Oriental, em 1578. Em comemoração e 
agradecimento à sua chegada na região de Nunavut, os europeus comeram 
uma refeição com carne salgada, biscoitos e ervilhas. Oficialmente, o primeiro 
Dia de Ação de Graças Nacional no Canadá, enquanto evento anual, ocorreu 
em novembro de 1879, inspirado pelo feriado do Dia de Ação de Graças dos 
Estados Unidos, porém a comemoração no Canadá se dá no mês de outubro, 
com a passagem do verão para o outono, quando o clima de outono geralmente 
ainda é passível de atividades ao ar livre (MILLS; MCINTOSH; BONIKO-
WSKY, 2019).
5Cozinha de festas típicas das Américas
No Canadá, o Dia de Ação de Graças está associado à tradição europeia 
de agradecimento aos festivais de colheita. Um símbolo marcante dessa fes-
tividade é o “Corno da abundância”, um chifre cheio de frutas e legumes da 
estação. É também um momento para visitar familiares ou amigos que moram 
longe ou para recebê-los em suas próprias casas, tudo em torno de uma mesa 
farta com uma refeição especial, que inclui peru assado e produtos sazonais, 
como abóbora, espigas de milho e nozes-pecã. Atualmente, a refeição pode 
consistir em outras preparações, principalmente se a família for descendente 
de europeus (MILLS; MCINTOSH; BONIKOWSKY, 2019).
O Dia de Ação de Graças é um feriado oficial em todas as províncias e 
territórios, exceto na Ilha Prince Edward, em New Brunswick e na Nova 
Escócia. As principais diferenças entre as outras províncias tendem a dizer 
respeito aos pratos que são servidos com a refeição. Por exemplo, a torta de 
abóbora é uma sobremesa comum em todo o país, mas também existem favo-
ritos regionais, como as barrinhas de Nanaimo, na Colúmbia Britânica e, as 
tortas de manteiga, em Ontário (MILLS; MCINTOSH; BONIKOWSKY, 2019).
Festa do Sol
A cultura andina tem vários ciclos festivos durante o calendário anual, com 
algumas festividades associadas ao nascimento e à morte do homem, outras 
à produção da semeadura à colheita, outras à celebração da natureza e algu-
mas associadas a práticas religiosas. Entre as festividades comuns no Peru, 
destaca-se a Festa do Sol. A Festa do Sol, em espanhol Fiesta del Sol, ou, 
ainda, na língua inca Inti Raymi, é uma festividade realizada desde os tempos 
da civilização inca, especificamente no período do Império Tahuantinsuyo. É 
uma festa baseada no culto ao Sol, criada em adoração ao deus do Sol (Apu 
Inti), comemorada no mês de junho, sendo considerada a celebração mais 
importante de Cusco. Por serem grandes adoradores do Sol e por suas habi-
lidades e conhecimentos da astronomia, os incas estavam sempre realizando 
cerimônias de adoração ao cosmos, de modo que a Festa do Sol é também 
uma comemoração ao solstício de inverno, ao ano novo solar ou ao início do 
ano novo andino (CÁNEPA KOCH et al., 2011).
A Festa do Sol consiste em uma procissão que se inicia no Qorikancha 
(também chamado de Templo do Sol, no centro da cidade) até o complexo 
arqueológico de Sacsayhuaman, onde os incas faziam sacrifício de lhamas e 
outros animais, prática extinta atualmente. Durante o percurso, são jogadas 
flores, e um grupo de homens usa vassouras de palha para espantar os maus 
espíritos. A celebração conta ainda com uma cerimônia do fogo, na qual todos 
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os fogos da cidade são apagados e reacesos com um novo fogo. Segundo a 
tradição, os cozinheiros são especialistas não apenas em cozinhar, mas em 
manter o fogo entre as cinzas. 
Essa festividade atrai muitos turistas de todo o mundo para a cidade de 
Cusco, para ver os atores e atrizes vestidos com os trajes incas feitos com lã 
de ovelha e alpaca e ouvir os cânticos andinos de adoração ao deus Sol em 
quéchua. Há toda uma encenação teatral, em que mulheres fazem oferendas e 
há simulação de sacrifício de animais. Por sua representatividade e importância 
histórica, social e simbólica, a Festa do Sol ou Inti Raymi, realizada na cidade 
de Cusco, foi considerada Patrimônio Cultural da Nacional, Ato Oficial e 
Cerimônia Ritual Principal de Identidade Nacional pela Lei nº. 27431, de 3 
de março de 2001 (CÁNEPA KOCH et al., 2011).
Festa dos Mortos
A Festa dos Mortos, ou Día de los Muertos, é uma típica festividade me-
xicana que ocorre anualmente ao final de cada mês de outubro e início de 
novembro. Tal festejo tem suas raízes na cultura dos índios pré-colombianos. 
As festividades indígenas em torno da Festa dos Mortos envolvem mais de 
40 tribos diferentes, das quais se destacam: coras, mazahuas, chontales, 
ixiles, cuicatecos, chatinos, huicholes, mayos, tlapanecos, triques, zapotecos, 
yaquis, chichimecas-jonaz, choles,huastecos, ixcatecos, jacaltecos, mixtecos, 
entre outras tribos. Apesar de essa festividade ocorrer em dias específicos, 
alguns grupos tendem a comemorá-la por todo o mês de novembro, como os 
chontales, da região de Tabasco (DRUMOND; VIEIRA; ABRITTA, 2018; 
DENIS RODRÍGUEZ; HERMIDA MORENO; HUESCA MÉNDEZ, 2012).
No México, a Festa do Dia dos Mortos é uma das festividades mais impor-
tantes, pois a morte tem um significado importante para as culturas indígenas. 
Para essas culturas, é um período para refletir sobre a vida e a morte, e os 
festejos incluem diversas cerimônias, rituais, produção de altares, comidas, 
decoração, sendo considerada uma celebração ainda viva no tempo. O elemento 
mais representativo dessa festa é o altar dos mortos, o qual é montado como 
uma representação simbólica do céu e da terra, contendo panos com cores 
específicas, imagens, velas, flores e muita comida como oferenda aos mortos 
(DRUMOND; VIEIRA; ABRITTA, 2018; DENIS RODRÍGUEZ; HERMIDA 
MORENO; HUESCA MÉNDEZ, 2012). Em 2008, a Unesco inscreveu as 
festas indígenas dedicadas aos mortos na lista de Representativa de Patrimônio 
Cultural Imaterial da Humanidade (DRUMOND; VIEIRA; ABRITTA, 2018; 
DENIS RODRÍGUEZ; HERMIDA MORENO; HUESCA MÉNDEZ, 2012).
7Cozinha de festas típicas das Américas
Segundo a história contada pelos povos pré-hispânicos, a morte é o início 
de uma viagem ao reino dos mortos sem carne (Mictlan ou Xiomoayan), o 
equivalente ao inferno para os espanhóis. A viagem até esse reino dura quatro 
dias, e, durante o trajeto, o visitante oferece presentes aos senhores de Mic-
tlan, Mictlantecuhtli (senhor dos mortos) e sua companheira, Mictecacíhuatl 
(senhora dos habitantes do recinto dos mortos), e, em seguida, passa por um 
tempo de quatro anos até retornar para Mictlan, para, depois, seguir para o 
local de seu descanso eterno. 
Antes da colonização espanhola, os índios não conheciam a conotação 
religiosa católica dessa festividade, nem acreditavam na ideia de céu e inferno, 
ou punição e recompensa. Para os nativos pré-colombianos, o local de seu 
descanso era determinado por seu comportamento em vida. Havia paraísos 
para aqueles que morreram em circunstâncias relacionadas à água, para os 
mortos em combate, os cativos massacrados e as mulheres mortas durante o 
parto, bem como para aqueles que morreram de morte natural. Além disso, 
havia um reino especial para as crianças, onde existia uma árvore cujos galhos 
pingavam leite para alimentá-las (DRUMOND; VIEIRA; ABRITTA, 2018; 
DENIS RODRÍGUEZ; HERMIDA MORENO; HUESCA MÉNDEZ, 2012).
Após a invasão espanhola no México, durante o século XVI, foi introduzido 
o cristianismo no país e, com isso, o terror da morte e do inferno como algo 
ruim, como punição. Como as tradições indígenas eram muito fortes, houve, 
então, um sincretismo e uma mistura das tradições católicas aos costumes 
locais, processo comumente observado em diversas culturas das Américas. 
Assim, com a introdução do catolicismo no país, imagens de santos, arcos de 
flores e procissões foram incluídos nos rituais e nas cerimônias. Este sincre-
tismo marca a Festa do Dia dos Mortos no México, uma mistura de heranças 
indígenas e europeias que reflete o multiculturalismo do país (DRUMOND; 
VIEIRA; ABRITTA, 2018; DENIS RODRÍGUEZ; HERMIDA MORENO; 
HUESCA MÉNDEZ, 2012).
2 Gastronomia das festas típicas
A existência de preparações exclusivas de certas festividades envolve toda 
uma cadeia de pessoas, que vai desde a produção (plantio e colheita), passando 
pelas mãos das cozinheiras (em sua maioria mulheres), até a degustação final, 
em que existem normas sociais a serem respeitadas. Nesse contexto, as co-
Cozinha de festas típicas das Américas8
midas típicas funcionam como mediadoras para possibilitar relações e trocas 
socais (CÁNEPA KOCH et al., 2011). A seguir, serão apresentadas algumas 
preparações típicas de festividades de países das Américas.
Refeição do Dia de Ação de Graças
A refeição tradicional do Dia de Ação de Graças (Figura 1) é composta por 
peru assado, purê de batatas, batatas-doces, legumes, molho de cranberry e 
torta de abóbora, ou seja, uma refeição composta por alimentos tradicionais 
norte-americanos, que valorizam os alimentos nativos da América do Norte. 
Todavia, apesar de a mesa ser composta por tais alimentos, cada família tem 
sua tradição e forma de prepará-los, de modo que diferentes tradições fami-
liares, diferentes etnias e sabores regionais deixam a refeição desse dia única 
e distinta. Os símbolos gastronômicos dessa festividade são: peru, milho, abó-
boras e molho de cranberry, os quais são desenhados em decorações e cartões 
comemorativos (LAROUSSE, 2005; UNITED STATES OF AMERICA, 2016).
Figura 1. Jantar tradicional da Festa de Ação de Graças.
Fonte: Mass Badge (2019, documento on-line).
9Cozinha de festas típicas das Américas
O peru é tão tradicional para essa festa que o feriado costuma ser chamado 
de “Dia do Peru”. O peru clássico deve ser recheado, temperado com sal e 
pimenta e untado com manteiga. Após assado, é servido inteiro, regado com 
o molho da tradição familiar, e decorado com pão de milho, folhas de sálvia, 
uva e frutos silvestres. Os recheios podem variar de estado para estado. Em 
Massachusetts, por exemplo, o recheio tradicional é composto por pão de milho, 
linguiça cozida, airelles, salsão, cebola, maçã picada ou compota de maçã, 
pimenta-do-reino, sal, açúcar, manjerona, tomilho, sálvia e suco de limão. Em 
Arkansar, o recheio do peru também leva pão de milho, porém acrescenta-se 
caldo de galinha, ovos e algumas ervas. Já em Minnesota, o pão de milho é 
substituído por arroz selvagem, ao passo que, em Nova York, o recheio leva 
damascos, Grand Marnier, fígado, coração de peru, linguiças, cebolas e ervas 
(LAROUSSE, 2005; UNITED STATES OF AMERICA, 2007, 2016).
A torta de abóbora é a sobremesa mais consumida do Dia de Ação de 
Graças. A massa dessa torna é feita com manteiga, banha, trigo e água, e o 
recheio é composto por abóbora, canela, noz-moscada, ovos, açúcar, leite e 
creme de leite fresco (ABRIL COLEÇÕES, 2010). Também não pode faltar 
o molho de cranberry agridoce, ou geleia de cranberry. 
Cranberry é uma fruta tipo baga pequena e azeda, de coloração vermelha-escura, que 
cresce em Massachusetts e em outros estados da Nova Inglaterra. Há muito consumidas 
pelos índios, que as chamavam de “ibimi”, que significa “baga amarga”, tais frutas eram 
utilizadas com outros fins, como medicinais, para tratar infecções e para tingir tecidos 
(UNITED STATES OF AMERICA, 2016, documento on-line).
Cozinha de festas típicas das Américas10
Os acompanhamentos do peru são inúmeros, porém os mais clássicos são 
batatas-doces cozidas, legumes verdes como brócolis, couve-de-bruxelas, 
espinafre ou vagem, tudo acompanhado de milho e cranberry, fruta típica 
do Norte dos Estados Unidos. Podem também estar presentes pêssegos em 
calda, trazendo uma mistura de sabores e texturas para a refeição de Ação de 
Graças (LAROUSSE, 2005).
No Nordeste dos Estados Unidos, pela proximidade com o Canadá, 
a refeição pode incluir o peru coberto com xarope de bordo de Vermont e pão 
decorado com castanhas, alecrim e tomilho. Em Baltimore, devido à influência 
alemã na cidade, um acompanhamento típico é o chucrute. Na região Meio-
-Oeste dos Estados Unidos, os acompanhamentos do peru podem incluir arroz 
selvagem, feijão verde, molho de cranberry com cerejas e pudim de caqui. 
Já na região Sudoeste, há influência norte-americana, mexicana e espanhola, 
por isso os acompanhamentos apresentam bastante tempero, sendo eles: pão de 
milho, batata-doce cristalizada com marshmallows, pasta de chile e cominho, 
pimentões verdes, torta de limão, torta de nozes ou torta de batata-doce, no 
lugar da tradicional torta de abóbora, refletindo também os gostos e hábitos 
do sul do país. No Oeste do país, por sua vez, a marca é o sabor fresco dos 
ingredientes, sendo o peru temperado com alho, sálvia, tomilho e cogumelos 
selvagens, além de avelãs.Tal diversidade revela a riqueza dos ingredientes 
e das influências culturais presentes na gastronomia dos Estados Unidos 
(LAROUSSE, 2005; UNITED STATES OF AMERICA, 2016).
Comidas de festas típicas peruanas
Chiriuchu — em quéchua, “chiri” significa frio, e “uchu”, picante —, denomi-
nada como “frio picante”, é uma comida típica do Peru, cuja origem remonta 
aos tempos dos incas. Essa preparação peruana é composta por cuy, frango, 
pimentão rococó, queijo fresco, charque, linguiça ou chouriço, milho branco 
e cochayuyo, sendo considerada uma preparação importante na festividade do 
Corpus Christi peruano. Tal preparação apresenta complexidade de sabores 
e riqueza de ingredientes, que vão desde a costa até as montanhas e a selva. 
Em geral, é acompanhada com aguardente de cana e ervas, sendo consumida 
fria, daí o nome “frio picante” (CÁNEPA KOCH et al., 2011).
11Cozinha de festas típicas das Américas
O cochayuyo é uma alga marinha (Durvillaea antarcticaque), geralmente encontrada 
em abundância nas areias das praias chilenas e peruanas. É reconhecido por sua forma 
em faixas longas, que chegam a 15 metros, e por sua coloração marrom, cujo caule é 
utilizado na culinária chilena e peruana. Atualmente, o cochayuyo é considerado um 
“superalimento”, devido às suas propriedades medicinais. Apresenta um sabor salgado, 
sendo bastante consumido pelas comunidades indígenas como substituta de carne, 
devido ao seu alto valor proteico. Na culinária, o cochayuyo é consumido de diversas 
formas, como geleia, empanadas, ceviche, churrascos, purê, croquetes e até em risotos 
de cochayuyo. Contudo, sua preparação mais comum é em forma de ensopados, como 
ingrediente principal do charquicán e do chiriuchu.
Outro prato especial comum em vários contextos festivos, principalmente na 
Festa do Sol, é a pachamanca (Figura 2), uma preparação composta por milho, 
tubérculos, feijão e carnes. Para prepará-la, algumas pedras são aquecidas 
por horas e é cavado um buraco na terra, onde tais pedras são dispostas. Em 
seguida, os produtos são colocados, de acordo com o tempo de cozimento: 
primeiro as batatas, seguidas das carnes de carneiro, porco e aves, sendo 
colocada por cima uma cobertura huacatay. Por último, são adicionados 
feijões, milhos e batata-doce com cobertura de marmaquilla e alfafa. O fogo 
de terra é coberto com folhas, para que nem calor, nem a fumaça escapem, e 
o processo de cocção dura aproximadamente 1 hora. Essa preparação também 
é comum no domingo de Páscoa, no Dia das Mães, nos feriados nacionais e 
na Festa da Herranza (CÁNEPA KOCH et al., 2011).
Huacatay, cujo nome científico é Tagetes minuta, é uma erva também chamada de 
calêndula mexicana, ou menta negra peruana. Originário da América do Sul, o huacatay 
é uma das principais ervas aromáticas utilizadas na gastronomia peruana. Pode ser 
utilizado no preparo de molhos, como o molho pesto, em substituição ao manjericão, 
ou, ainda, como uma pasta para ser utilizada em preparações, como o tradicional ocopa 
(molho elaborado com pimentões, cebola, huacatay e farinha de bolacha).
Cozinha de festas típicas das Américas12
As bebidas também estão presentes em festividades peruanas e desempe-
nham um papel fundamental nas relações entre o homem e o mundo sagrado. 
O destaque vai para a chicha, bebida originária desde os tempos da civilização 
inca, a qual é consumida durante cerimônias religiosas como agradecimento 
aos deuses, especialmente os Apus (Cerros) e a Mãe Terra (Pachamama). A 
chicha de jora é uma bebida fermentada preparada com milho branco; já a 
chicha roxa não é fermentada, sendo composta por milho roxo, gotas de limão, 
maçã, abacaxi, marmelo, açúcar e água, tudo fervido junto. A chicha roxa é 
a bebida não fermentada mais popular atualmente no Peru, sendo consumida 
quente ou fria (CÁNEPA KOCH et al., 2011).
Figura 2. Pachamanca.
Fonte: Peru... (2018, documento on-line).
13Cozinha de festas típicas das Américas
Comidas típicas da Festa dos Mortos
As comidas típicas da Festa dos Mortos mexicana são cheias de aromas, 
cores e sabores diferentes, apresentando um significado simbólico no altar 
dos mortos. Entre as preparações que não podem faltar no altar, estão o pan 
de muerto, os doces de abóbora, os doces de alfenim, os tamales, os moles, 
o arroz com leite, entre outras (DRUMOND; VIEIRA; ABRITTA, 2018; 
DENIS RODRÍGUEZ; HERMIDA MORENO; HUESCA MÉNDEZ, 2012).
O pan de muerto (Figura 3) é o pão típico da Festa dos Mortos mexicana. 
Esse pão apresenta algumas variações, dependendo da região, pode ser banhado 
em açúcar ou gergelim e conter ingredientes especiais, como raspas de casca de 
laranja, chá de anis e chá de flor de laranjeira. No entanto, os ingredientes bá-
sicos são: farinha, sal, açúcar, manteiga, ovos e fermento. O que há em comum 
entre todos, independentemente das variações de ingredientes, é a decoração 
em cruz, feita com a própria massa, representando as divindades astecas e 
simbolizando os ossos dos mortos (DRUMOND; VIEIRA; ABRITTA, 2018; 
DENIS RODRÍGUEZ; HERMIDA MORENO; HUESCA MÉNDEZ, 2012).
O doce de abóbora, normalmente servido em pratos de barro, é feito com 
abóbora cozida misturada com piloncillo, canela e goiabada. O doce de alfenim 
(Figura 3) é preparado desde os tempos coloniais, porém, na festividade do 
Dia dos Mortos, é preparado com açúcar, água e limão, moldado em forma de 
caveira e caixões, pintados e decorados com chocolate, amêndoas, mel e doces. 
Os tamales são uma preparação tradicional mexicana presente na festa do Dia 
dos Mortos. Eles preparados à base de milho e são recheados com pimentão, 
moles, feijão ou frango, similar a uma pamonha, podendo ser doce, salgada 
ou picante (DRUMOND; VIEIRA; ABRITTA, 2018; DENIS RODRÍGUEZ; 
HERMIDA MORENO; HUESCA MÉNDEZ, 2012).
Cozinha de festas típicas das Américas14
Figura 3. Pan de muerto e doce de alfenim típicos da Festa dos 
Mortos.
Fonte: Ozimek (2019, documento on-line).
Entre as bebidas da Festa dos Mortos mexicana, destacam-se o atole e o 
champurado. O atole é uma bebida de origem pré-hispânica à base de milho, 
que pode ser aromatizada com chocolate, morango, baunilha ou goiaba. Já o 
champurrado é similar ao chocolate quente, sendo feito à base de chocolate, 
açúcar, piloncillo, leite e fubá de milho. Possui muitas variações, podendo con-
ter essências como baunilha, ervas, hortelã, licor e marshmallow (DRUMOND; 
VIEIRA; ABRITTA, 2018; DENIS RODRÍGUEZ; HERMIDA MORENO; 
HUESCA MÉNDEZ, 2012).
15Cozinha de festas típicas das Américas
Outro doce típico dessa festa é o doce de tejocote. Tejocote é uma fruta 
tipicamente mexicana, de coloração amarelada, sabor doce, cujo nome vem de 
nahuatl texócotl. A preparação desse doce é simples: as frutas são cozinhadas 
com açúcar, água e canela até que os tejocotes estejam amolecidos e um mel 
seja formado (DRUMOND; VIEIRA; ABRITTA, 2018; DENIS RODRÍGUEZ; 
HERMIDA MORENO; HUESCA MÉNDEZ, 2012).
Outra preparação típica é o mucbipollo, um frango preparado ao estilo maia, 
enterrado em forno de chão. Esse frango é preparado com pimenta moída, 
epazote, alho assado, tomate picado, sal, manteiga, achiote e feijão. Segundo 
a tradição maia, ele deve ser preparado uma noite antes do Dia dos Mortos, e 
o primeiro frango cozido é aquele que é colocado no altar dos mortos, onde 
as famílias o comem e o compartilham com prazer (DRUMOND; VIEIRA; 
ABRITTA, 2018; DENIS RODRÍGUEZ; HERMIDA MORENO; HUESCA 
MÉNDEZ, 2012).
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12 fev. 2020.
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Cozinha de festas típicas das Américas16
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