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LISTA - ENTROPIA - ITAÚ

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Entropia
Propriedades FundamentaisAula 15
 
Simétrico Pré-Universitário – Turma Saúde 10 – Especialista em Medicina ou Odontologia – www.simetrico.com.br 
1 - INTRODUÇÃO 
O objetivo desse material é fazer com que o estudante saiba 
quando a famosa Entropia S aumenta, diminui ou permanece 
constante em transformações gasosas, de forma clara, prática e 
objetiva sem se preocupar muito em explicar o que é entropia. 
 
A expressão abaixo determina a variação de entropia S 
ocorrida quando uma amostra gasosa troca calor a uma 
temperatura constante T, numa transformação reversível: 
S = 
T
Q
 (eq1) 
onde: 
Q = calor trocado no processo a uma temperatura constante T 
T = temperatura Kelvin constante em que ocorreu a troca de calor 
S = SF  Si = variação de entropia S ocorrida no processo. 
 
A seguir, o estudante aprenderá cinco propriedades práticas sobre 
entropia que o farão acertar com tranqüilidade questões sobre 
esse tema no vestibular: 
 
Propriedade P1 : 
Sempre que uma amostra gasosa receber calor (Q > 0) numa 
transformação (reversível), sua entropia AUMENTARÁ. 
Matematicamente: 
Q > 0  S > 0  S 
 
Propriedade P2: 
Sempre que uma amostra gasosa ceder calor (Q < 0) numa 
transformação (reversível), sua entropia DIMINUIRÁ. 
Matematicamente: 
Q < 0  S < 0  S 
 
Propriedade P3: 
Sempre que uma amostra gasosa NÃO TROCAR CALOR 
(Q = 0, processo adiabático) numa transformação (reversível), 
sua entropia permanecerá constante. 
 Matematicamente: 
Q = 0  S = 0  S = constante 
 
Embora a expressão eq1 só seja matematicamente válida 
quando a temperatura T permanecer constante durante a troca de 
calor Q, ainda assim as propriedades 1, 2 e 3 da entropia 
permanecem válidas em qualquer situação. Enquanto nada for dito 
em contrário, todas as transformações gasosas serão admitidas 
reversíveis. Adiante, o aluno aprenderá o que é uma 
transformação reversível e o que é uma transformação irreversível. 
 
EXEMPLO RESOLVIDO 1: 
Em cada uma das transformações gasosas AB, BC e CA, diga se 
a entropia do gás aumenta, diminui ou permanece constante. 
 
Resolução do prof Renato Brito: 
Lembre-se: 
Se o gás receber calor  sua entropia S aumenta (P1) 
Se o gás ceder calor  sua entropia S diminui (P2) 
Se o gás não trocar calor  sua entropia S não se altera (P3) 
Analisemos a seguir, rapidamente, cada caso mostrado no 
diagrama P x V dessa questão: 
Processo AB – expansão isobárica 
 Nesse processo a temperatura do gás aumenta T (consegue 
visualizar as isotérmicas ?  ) 
 Qp = n.Cp.(TF  Ti), como T aumentou, teremos Qp > 0, o gás 
recebe calor nesse processo, portanto sua entropia S aumenta 
(propriedade 1). 
 
Processo BC – resfriamento isovolumétrico 
 Nesse processo, a temperatura do gás diminui T , assim como 
a sua energia interna U (consegue visualizar as isotérmicas ? 
 ). 
 Qv = n.Cv.(TF  Ti), como T diminuiu, teremos Qv < 0, o gás 
cede calor nesse processo, portanto sua entropia S diminui 
(propriedade 2). 
 
Processo CA – Compressão adiabática 
 Nesse processo reversível, o gás não troca calor (Q = 0). 
Assim, sua entropia permanece constante (propriedade 3). 
 
 
Variação de Entropia em mudanças de Estado Físico 
A variação da entropia também pode ser considera durante 
processo de mudança de estados físicos (reversíveis). A entropia 
da água, por exemplo, aumenta tanto quando ela recebe calor 
tanto durante um processo de fusão quanto num processo de 
vaporização (P1). 
 
 
 
Por outro lado, a entropia da água, diminui tanto quando ela cede 
calor durante um processo de liquefação quanto num processo de 
solidificação (P2). 
Física
 
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2 - ENTROPIA NO CICLO DE CARNOT 
Vejamos como se comporta a Entropia S duma amostra gasosa, 
ao percorrer o famoso Ciclo de Carnot : 
1
2
4 3
P
V
T1 = T2 = Tquente
T3 = T4 = Tfria
 
Processo 12 
O gás recebe calor da fonte quente  Entropia S aumenta (P1) 
Processo 23 
Expansão Adiabática  Entropia S constante (propriedade P3) 
Processo 34 
O gás cede calor para a fonte fria  Entropia S diminui (P2) 
Processo 41 
Compressão Adiabática  Entropia S constante (P3) 
 
Assim, representando a seqüência fechada de transformações 
gasosas 12341 que o gás sofre no ciclo de Carnot no 
plano S x T (entropia versus temperatura), encontraremos o 
diagrama a seguir: 
 
1
2
4 3
P
V
T1 = T2 = Tquente
T3 = T4 = Tfria
 
 
Propriedade 4: 
Uma outra propriedade importante da variável de estado Entropia 
S é que, assim como a Energia Interna U, sua variação 
S = SF  Si independe do caminho seguido pelo gás na 
transformação gasosa (reversível) que ele descreveu ao evoluir 
do estado inicial de entropia Si para o estado final de entropia SF. 
EXEMPLO RESOLVIDO 2: 
Uma amostra gasosa evoluirá do estado inicial A para o estado 
final B através de transformações gasosas 1, 2 e 3 distintas 
mostradas a seguir: 
P
V
A
B
1
2
3
 
A respeito da variação de entropia S sofrida pelo gás nesses 
processos, pode-se afirmar que: 
a) |S1| > |S2| > |S3| 
b) |S1| < |S2| < |S3| 
c) |S2| < |S1| < |S3| 
d) |S2| = |S1| = |S3| 
 
Resolução do prof Renato Brito: 
A resposta correta é o item d. Afinal, a variação da entropia 
SAB = SB  SA sofrida pelo gás numa transformação AB 
genérica tem um valor que independe do caminho seguido pelo 
gás nessa transformação reversível (propriedade 4): 
|S2| = |S1| = |S3| 
O mesmo vale para a variação da energia interna U do gás 
nesse processo AB, isto é: 
|U2| = |U1| = |U3| 
 
Propriedade 5 (conseqüência direta da propriedade 4): 
 
A variação da entropia em qualquer transformação gasosa fechada 
(qualquer ciclo termodinâmico) é nula, isto é: 
S ciclo = SF  Si = 0 
Justificativa: Ora, sendo um processo fechado, o estado inicial 
coincidirá com o estado final, portanto a entropia inicial será igual à 
entropia final SF = Si , consequentemente: 
S ciclo = SF  Si = 0 
 
 
EXEMPLO RESOLVIDO 3: 
No ciclo termodinâmico abaixo, a variação de entropia no processo 
AB vale SAB = + 1400 J/K. Pede-se determinar a variação da 
entropia nas transformações BC e CA 
Física
 
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Resolução do prof Renato Brito: 
 
Da propriedade 5, sabemos que a variação da entropia do gás num 
ciclo termodinâmico qualquer é nula, isto é: 
S ciclo = SAB + SBC + SCA = 0 (eq2) 
Sabemos também que SCA = 0, visto que se trata de uma 
transformação adiabática (Q = 0, S = 0, veja propriedade P3). 
Assim, sendo SAB = + 1400 J/K, substituindo na relação eq2, 
vem: 
S ciclo = SAB + SBC + SCA = 0 
+ 1400 J/K + SBC + 0 = 0  SBC = 1400 J/K 
 
EXEMPLO RESOLVIDO 4: 
Considere o ciclo Otto a abaixo: 
adiabática
adiabática
 
Em cada uma das etapas AB, BC, CD e DA, diga se a 
entropia S e a temperatura T aumenta, diminui ou permanece 
constante. Em seguida, represente esse mesmo ciclo Otto no 
plano S x T (entropia versus temperatura). 
Resolução do prof Renato Brito: 
A
B
D
C
P
V
adiabática
adiabática
 
Etapa AB: 
Expansão adiabática (Q = 0), Entropia permanece constante 
(S = constante, propriedade P3) 
Adicionalmente, por ser uma expansão adiabática, o gás se 
expande sem trocar calor, gastando parte da sua energia interna 
no processo de expansão. Assim, sua energia interna diminui U , 
sua temperatura T  diminui. 
 
Etapa BC 
Resfriamento a volume constante, a temperatura do gás diminui 
(T) nessa etapa porque ele cede calor para o ambiente. Assim, 
a sua entropia S diminui nessa etapa (S,propriedade P2). 
 
Etapa CD: 
Compressão adiabática (Q = 0), Entropia permanece constante 
(S = constante, propriedade P3). 
Adicionalmente, por ser uma compressão adiabática, o gás é 
comprimido sem trocar calor, recebendo energia em forma de 
trabalho. Essa energia recebida é adicionada ao seu conteúdo de 
energia interna U, aumentando a mesma U. Assim, se a sua 
energia interna U aumenta, sua temperatura T  aumenta nessa 
etapa. 
 
Etapa DA 
Aquecimento a volume constante, a temperatura do gás aumenta 
(T) nessa etapa porque ele recebe calor do ambiente. Assim, a 
sua entropia S aumenta (S) nessa etapa (propriedade P1). 
 
Assim, representando a seqüência fechada de transformações 
gasosas ABCDA que o gás sofre no ciclo Otto no plano 
S x T (entropia versus temperatura), encontraremos o diagrama a 
seguir: 
S
T
AB
C
D
 
 
3 – VARIAÇÃO DE ENTROPIA EM TRANSFORMAÇÕES 
IRREVERSÍVEIS – O CASO DA EXPANSÃO LIVRE 
É importante ressaltar que a expressão abaixo só determina a 
variação de entropia S ocorrida num sistema, durante uma certa 
transformação, caso esta seja uma transformação reversível : 
S = 
T
Q
 (eq1) 
Em outras palavras, a expressão acima não é válida para 
transformações irreversíveis. Uma famosa transformação gasosa 
irreversível chama-se a EXPANSÃO LIVRE de um gás. 
Considere um recipiente de paredes rígidas (recipiente de volume 
constante) e adiabáticas (não permitem trocas de calor através 
delas), dividido em duas partes por uma fina película. Numa das 
partes coloca-se uma certa massa de gás perfeito, enquanto na 
outra faz-se vácuo. Se, subitamente, a película se rompe, o gás 
Física
 
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expande-se através da região de vácuo, realizando um processo 
denominado expansão livre. 
 
 
 
 
Apesar de o gás estar se expandindo, nesse caso, ele não está 
fazendo força contra ninguém durante a sua fase de expansão, por 
estar se expandindo contra o vácuo, isto é, contra o vazio. Assim, a 
expansão livre é o único caso de expansão em que o gás não 
realiza trabalho. Afinal, para haver realização trabalho, devemos 
ter o ponto de aplicação da força sofrendo um deslocamento na 
direção da referida força. Durante a expansão livre, a fronteira do 
sistema gasoso se expande sem fazer força sobre o ambiente, o 
que configura uma NÃO REALIZAÇÃO DE TRABALHO ( = 0) . 
Essa expansão trata-se de um processo irreversível. Afinal, o 
gás não evolui de forma bem ordenada, passando por vários 
estados de equilíbrio até atingir o estado final. Ao contrário, ele se 
expande caoticamente, de forma desordenada, até ocupar todo o 
vácuo do compartimento vizinho. 
Adicionalmente, durante a expansão do gás, as paredes 
adiabáticas do cilindro (paredes isolantes térmicas) impedem que 
ocorram trocas de calor entre o sistema gasoso e o ambiente que o 
cerca, de forma que a expansão será adiabática (Q = 0). 
Ah, profinho, já que é 
uma transformação 
adiabática, então Q = 0, 
assim, a variação da 
entropia S será igual a 
zero, né ?
 
Claudete, você caiu numa ARMADILHA famosa: tentou aplicar a 
expressão abaixo para calcular a variação de entropia S numa 
transformação irreversível : 
 S = 
T
Q
 (eq1) 
Entretanto, a expressão acima SÓ É VÁLIDA EM TRANSFOR-
MAÇÕES REVERSÍVEIS. 
Na verdade, como a Expansão Livre trata-se de uma expansão 
adiabática IRREVERSÍVEL, a entropia do sistema gasoso 
AUMENTA. 
PROPRIEDADE 6: 
Todo processo que ocorre espontaneamente na natureza é 
irreversível. Em todos os processos IRREVERSÍVEIS, a entropia 
do sistema AUMENTA. (2ª lei da Termodinâmica) 
Num sistema de corpos ISOLADO, isto é, que não interage com 
mais ninguém, enquanto ele tiver evoluindo, sua entropia sempre 
AUMENTA até que ele atinja o equilíbrio. Logicamente, quando o 
equilíbrio do sistema for atingido, sua entropia passa a ser 
CONSTANTE. (2ª lei da Termodinâmica) 
 Qualquer processo de dissipação de energia mecânica em calor 
por atrito é irreversível. Quando, por exemplo, uma caixa 
escorrega ao longo de um solo áspero até parar, sua energia 
mecânica é convertida em calor através do atrito. Esse processo 
é irreversível, afinal, não há como a energia térmica ser 
novamente convertida em energia mecânica, fazendo a caixa ir 
ganhando velocidade às custas do resfriamento do sistema 
caixa+solo. Como esse processo de dissipação de energia 
mecânica é irreversível, a entropia do sistema caixa+solo 
AUMENTA. 
 Considere um corpo A com uma temperatura TA em contato 
térmico com um corpo B que está a uma temperatura TB. 
Supondo que TA > TB, ocorrerá, espontaneamente, uma 
transferência de calor de A para B. Admitiremos que todo o calor 
cedido por A seja absorvido por B, isto é, admitindo o sistema 
esteja isolado e, portanto, só haja interações internas. 
 
Sistema isolado trocando calor internamente 
Seja Q uma quantidade de calor muito pequena cedida por A e 
recebida por B num intervalo de tempo tão pequeno que permite 
considerar as temperaturas TA e TB constantes durante essa 
transferência. A variação de entropia sofrida pelo corpo A, nesse 
processo, é dada por : 
 SA = 
A
Q
T

 (eq2) 
onde o sinal negativo indica que o calor foi cedido pelo corpo A 
(e portanto a entropia de A diminuiu nesse processo). Como 
essa mesma quantidade de calor entra no corpo B, sua variação 
de entropia é dada por: 
 SB = 
B
Q
T

 (eq3) 
O sinal positivo indica que a entropia de B aumentou nesse 
processo. A variação de entropia do sistema isolado 
considerado é dada pela soma algébrica das relações eq2 e 
eq3: 
Ssistema = SA + SB = 
A
Q
T

 + 
B
Q
T

 
 Ssistema = A B
B A
Q.(T T )
T .T

. (eq4) 
Como a temperatura TA é maior que TB, concluímos, a partir de 
eq4, que: 
 S > 0 (eq5) 
isto é, que a entropia do sistema ISOLADO A+B aumentou 
durante esse processo de transferência interna de calor. 
Logicamente que, quando os corpos atingirem o equilíbrio 
térmico, cessam as trocas de calor internas e teremos TA = TB, o 
que implica S = 0, de acordo com a relação eq4. Ou seja, 
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quando o sistema atinge o equilíbrio, sua entropia passa a ser 
constante. 
A relação eq5 indica uma formulação alternativa para a 
Segunda Lei da Termodinâmica: 
A variação de entropia de um sistema isolado é 
sempre positiva, isto é, a entropia do sistema 
sempre AUMENTA enquanto ele ainda não tiver 
atingido o equilíbrio (2ª lei da Termodinâmica). 
É claro que, quando o sistema atinge o equilíbrio termodinâmico, 
sua entropia estaciona e permanece constante. 
Conforme a relação eq4, a transferência de calor entre dois 
corpos A e B só é reversível caso eles estejam praticamente à 
mesma temperatura (TA  TB  Ssistema  0 ), isto é, se a 
transferência de calor for literalmente isotérmica. 
 Ssistema = A B
B A
Q.(T T )
T .T

. (eq4) 
 
Uma transformação reversível é uma transformação idealizada que 
não pode ser realizada com precisão no mundo real. Trata-se de 
uma abstração teórica útil para o estudo dos processos 
termodinâmicos. 
Num processo reversível, o sistema evolui de um estado de 
equilíbrio inicial A para um estado de equilíbrio final C, de forma 
tão gradual e suave (processo denominado quase-estático), que 
cada um dos estados intermediários (como o estado B na figura 
abaixo) pode ser, aproximadamente, admitido como um estado de 
equilíbrio. Em cada um dos estados intermediários, o sistema 
apresenta variáveis termodinâmicas (pressão e temperatura)bem 
definidas, sem turbulências nem perturbações internas. 
Um processo quase-estático é um processo tão lento quanto o 
movimento do ponteiro das horas num relógio. Qualquer desavisado 
é capaz de jurar que o ponteiro das horas encontra-se estático, mas 
na verdade o movimento dele é apenas quase-estático . 
P
V
A
C
Transformação reversível 
(linha contínua)
B
 
Dizemos então que, num processo reversível, o sistema passa de 
um estado de equilíbrio inicial a um estado de equilíbrio final 
através de uma sucessão de estados de equilíbrio intermediários. 
Um processo reversível, em geral, é um processo controlado 
externamente. O sistema evolui sempre em equilíbrio, desde o 
estado inicial até o estado final, e o sentido em que ele evolui pode 
ser prontamente invertido a qualquer momento, conforme o 
interesse do controlador externo. 
Considere, por exemplo, um sistema composto de água e gelo em 
equilíbrio térmico a 0 oC, sob pressão de 1atm. Se um operador 
externo introduzir, de forma lenta e gradual, 80 cal no sistema de 
tal modo que suas condições térmicas nunca se afastem daquelas 
prevalecentes no equilíbrio, exatamente 1g de gelo será 
transformado em água, a 0 oC. Posteriormente, por vontade do 
operador externo, as mesmas 80 cal poderão retornar lentamente 
ao ambiente, e o processo de fusão será revertido, resultando no 
congelamento de 1g de água. O sistema foi lentamente levado, 
portanto, do estado A ao C e trazido gradualmente de volta 
novamente de C para A, sem mudança no sistema ou no seu meio. 
Ambos, o sistema e o meio, recuperam seus valores iniciais de 
pressão, temperatura e volume e conteúdo de energia. De fato, 
pode-se dizer que essas condições definem um processo 
reversível. 
Mas profinho, como como 
saberei, por exemplo, se 
uma transformação gasosa 
é ou não é reversível, 
assim, só olhando ?
 
Claudete, toda transformação gasosa que pode ser representada 
por uma linha contínua nos diagramas de estado PxV, PxT, VxT 
etc.. é uma transformação gasosa REVERSÍVEL. 
O fato da linha ser contínua indica que o gás evolui por todos os 
estados de equilíbrio (todos os pontos da linha), desde o estado 
inicial até o estado final, o que caracteriza uma transformação 
reversível. 
 
Observação: dizemos que um gás encontra-se em equilíbrio 
termodinâmico quando ele apresenta as mesmas propriedades 
termodinâmicas como pressão, temperatura, densidade etc em 
toda a sua extensão. Somente quando um gás encontra-se em 
equilíbrio termodinâmico, suas variáveis de estado pressão e 
temperatura são bem definidas e estão relacionadas pela equação 
de Claperon P.V = n.R.T. Quando, por exemplo, comprimimos um 
gás bruscamente, ele se torna turbulento e não-uniforme, ficando 
sua pressão e temperatura temporariamente indefinidas (o que 
nos impede de fazer uso da equação de estado P.V = n.R.T), até 
que ele volte a atingir novamente o estado de equilíbrio 
termodinâmico. Assim, vemos que, quando um gás não se 
encontra em equilíbrio termodinâmico, não há como representá-lo 
num diagrama de estado visto que seus parâmetros pressão P e 
temperatura estão indefinidos até que o gás volte a um estado de 
equilíbrio termodinâmico. 
Durante uma expansão livre, mostrada na página 349, por 
exemplo, o gás só se encontra em equilíbrio termodinâmico apenas 
na situação inicial (antes da película se romper) e na situação final 
(quando ele já se encontra uniformemente espalhado em todo o 
Física
 
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recipiente). No decorrer dessa expansão, porém, o gás evolui de 
forma turbulenta e caótica, não havendo uma uniformidade de 
temperatura e pressão em toda a extensão do mesmo, podendo 
haver maior agitação térmica em uma parte do gás que em outra 
(não encontra-se em equilíbrio termodinâmico), tornando 
indefinidas a sua temperatura T e pressão até que o mesmo atinja 
o estado final de equilíbrio. 
Por esse motivo, não há como representar essa expansão livre (ou 
qualquer outra transformação gasosa irreversível) por uma 
trajetória bem definida num diagrama de estados, podendo ser 
grosseiramente visualizada apenas como mostra a figura a seguir: 
 
Uma outra característica da expansão livre que confirma o seu 
caráter irreversível é que ele ocorre de forma descontrolada, ao 
contrário dos processos reversíveis, não sendo possível inverter o 
sentido da sua evolução a qualquer momento. Em outras palavras, 
uma vez iniciado, o processo evolui até o final, quando finalmente o 
sistema volta a atingir um estado de equilíbrio termodinâmico. 
 
Sua pergunta está exatamente em nosso contexto. Observe o 
gráfico acima, Claudete. Será que há como se definir a 
temperatura de um gás quando este se encontra turbulento e 
caótico, como ocorre durante uma expansão livre ? 
Ora, conforme acabei de lhe explicar, para se definir a temperatura 
e a pressão de um gás, é preciso que ele se encontre em um 
estado de Equilíbrio Termodinâmico, o que não ocorre durante a 
expansão livre. Durante esse processo, a temperatura do gás 
permanece indefinida, assumindo um valor bem definido apenas no 
início e no término da expansão, quando o gás encontra-se em 
Equilíbrio Termodinâmico. 
De fato, as temperaturas inicial e final do gás são iguais entre si, na 
expansão livre, mas isso não suficiente para que possamos 
classificá-la como uma transformação isotérmica, visto que, para 
tal, a temperatura do gás deve permanecer bem definida e 
constante durante todo o processo. Durante a expansão livre, a 
temperatura do gás é indefinida e, portanto, não esse processo não 
pode ser classificado como isotérmico. 
PROPRIEDADE 7: 
Toda transformação gasosa representada por uma linha contínua, 
num diagrama de estado P x T, V x T, P x V etc.. é uma 
transformação gasosa reversível. 
Assim, conforme vimos, o caráter irreversível da Expansão Livre 
permite garantir que a ENTROPIA DO SISTEMA AUMENTA 
S > 0 nesse processo. Sendo um processo irreversível, a 
expressão eq1 abaixo não é válida: 
S = 
T
Q
 (eq1) 
A entropia aumenta em qualquer transformação irreversível, 
independente de ser adiabática, isotérmica, isovolumétrica etc.. 
Já numa expansão adiabática (Q = 0) reversível, a expressão eq1 
é válida. Assim: 
Q = 0  S = 
T
Q
 = 0  S = 0  S = constante 
Ou seja, apenas em processos adiabáticos reversíveis (expansão 
ou compressão) a entropia S do sistema permanece constante. 
 
EXEMPLO RESOLVIDO 5: 
Considere a transformação reversível de uma certa quantidade de 
gelo em água. O calor latente de fusão é igual a 80 cal/g. Calcule a 
variação de entropia s de um bloco de gelo de 50g que converte 
totalmente em água a 0 oC (273 kelvins). 
 
Solução: 
Admitindo que o calor latente Q = m.lF tenha sido fornecido ao gelo 
de forma reversível, temos: 
Fm.LQ 50 g. (80 cal/g)
s 14,65 cal / K
T T 273 K
     
Assim, vemos que a entropia do gelo aumentou 14,65 cal/K nesse 
processo. 
 
4 - A ENTROPIA E O SENTIDO DA PASSAGEM DO TEMPO 
Os processos termodinâmicos que ocorrem na natureza são todos 
processos irreversíveis. Estes processos são aqueles que 
ocorrem num sentido, mas não ocorrem em sentido contrário. É 
importante perceber que o sentido da passagem do tempo, nos 
processos da natureza é sempre o sentido em que a ENTROPIA 
AUMENTA. Para esclarecer, considere as Figuras A e B abaixo. O 
ovo cru se transformou em ovo frito, ou o contrário ? 
Figura A Figura B 
Logicamente que o ovo cru se transforma num ovo frito, mas o 
processo inverso de um ovo frito voltar a se transformar no ovo cru 
original não ocorre. Curiosamente, nada impede que esse 
processo do ovo frito voltar a ser o ovo cru ocorra, mas ele 
simplesmente não ocorre na natureza. 
 
Física
 
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(2ª lei da Termodinâmica) 
Osentido do aumento da entropia, nos processos naturais, é 
sempre o sentido direto da passagem do tempo. Em outras 
palavras: 
tB > tA  SB > AS 
 
 
 
 
 
Figura C Figura D 
Da mesma forma, um copo de cristal pode se estilhaçar, mas seus 
estilhaços jamais se juntam novamente recompondo o copo 
original. Curiosamente, embora nada impeça que esse processo 
inverso ocorra na natureza, ele simplesmente não ocorre. Esses 
fatos intrigantes são a base da 2ª lei da Termodinâmica 
interpretada à luz do conceito de Entropia. Como a figura D ocorreu 
na natureza após a figura C, a entropia do sistema aumenta no 
sentido CD, ou seja: 
tD > tC  SD > SC 
5 - A ENTROPIA E A DESORDEM DE UM SISTEMA 
As figuras E, F e G abaixo mostram instantes da implosão de um 
prédio. Embora as imagens estejam dispostas fora da ordem 
temporal de acontecimento dos eventos, o leitor sabe, 
indubitavelmente, a sequência correta de ocorrência dos fatos. 
A entropia de um sistema também está relacionada ao grau de 
DESORDEM em que ele se encontra. É fácil perceber que a 
Figura G mostra o sistema mais bem ordenado: o prédio todo 
montado. A desordem aumenta gradativamente no sentido GEF, 
atingindo seu maior grau na Figura F. O mesmo ocorre à entropia 
do sistema, que também aumenta no sentido GEF, atingindo seu 
maior valor no estado final F. Novamente, o sentido do aumento 
da entropia (da desordem) é o sentido direto da passagem do 
tempo durante a implosão do prédio. 
 
 Figura E Figura F Figura G 
O processo de implosão é um processo irreversível, por não ser 
controlado. Não há como implodir o prédio aos poucos, 
gradativamente e, a qualquer momento, inverter o sentido dos 
acontecimentos. Uma vez iniciada a implosão, ela evolui rápida e 
descontroladamente até o estado final de máxima entropia. 
(2ª lei da Termodinâmica) 
Os processos termodinâmicos que ocorrem na natureza são 
todos espontâneos e são todos processos irreversíveis. A 
entropia do sistema AUMENTA em todos eles. 
Imagine uma caixa contendo um gás (Figura H). Admita que 
inicialmente todo o gás esteja disposto de forma bem organizada, 
concentrado apenas num canto da caixa (Figura H). Congele o 
tempo e observe. 
 
 Figura H Figura I 
Agora descongele o tempo, libere o sistema e o deixe evoluir. 
O gás, por si só, evoluirá de forma a se espalhar uniformemente 
por toda a caixa (Figura I). O sistema evoluiu de uma configuração 
mais organizada (moléculas do gás concentradas apenas num 
canto da caixa) para uma mais desordenada (as moléculas do gás 
caoticamente espalhadas por toda a caixa). 
Mais uma vez, o sistema evoluiu espontaneamente no sentido em 
que a entropia (desordem) do sistema aumentou, passando do 
estado H para o estado I de máxima entropia. Nada impede que 
todas as moléculas do gás voltem espontaneamente a se 
concentrar apenas num canto da caixa, mas esse fato 
simplesmente não ocorre na natureza. Esses fatos intrigantes são 
a base da 2ª lei da Termodinâmica interpretada à luz do conceito 
de Entropia. 
 
 
 
Claudete, é normal que o estudante, à primeira vista, faça essa 
pequena confusão, achando que o sistema com distribuição mais 
uniforme é o mais organizado, mas, se o leitor refletir um pouco 
mais, perceberá que isso não faz muito sentido. 
Por exemplo, qual o Guarda-Roupa mais organizado ? 
Guarda-Roupa 1 Guarda-Roupa 2 
Um guarda roupa em que todas 
as calças ficam exclusivamente 
na parte debaixo e todas as 
camisas ficam apenas na parte 
de cima. 
Um guarda roupa onde 
calças e roupas são 
guardadas aleatoriamente. 
 
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409
Qual a estante mais organizada ? 
Estante 1 Estante 2 
Uma estante em que todos os 
DVDS ficam apenas na parte de 
cima e todos os CDS ficam 
exclusivamente parte debaixo. 
Uma estante em que os 
CDS e DVDs são 
guardados aleatoriamente 
em qualquer prateleira. 
Assim, o que é mais organizado ? Guardar todas as moléculas do 
gás exclusivamente num canto da caixa (Figura H), deixando o 
resto da caixa vazio ? Ou deixar as moléculas se espalharem 
aleatoriamente, ocupando toda a caixa ? 
Com essa breve análise, fica fácil entender que o guarda-roupa 1 
é mais ordenado que o guarda-roupa 2, ou seja, tem menor 
entropia que o guarda-roupa 2. Da mesma forma, a estante 1 tem 
menor entropia que a estante 2, assim como o estado H tem menor 
entropia que o estado I. 
 
Figura J Figura L Figura M 
A seqüência de imagens acima mostra algumas gotas de tinta 
preta se difundindo no seio da água contida numa taça. No 
começo, distinguimos claramente a tinta preta da água (estado 
ainda organizado, baixa entropia). Gradativamente, o sistema vai 
evoluindo para uma configuração mais caótica (mais 
desorganizada) até que, após alguns minutos, o sistema atinge um 
estado de máxima entropia (água e tinta se tornam indistinguíveis, 
formando uma fase única). A entropia aumenta durante todo esse 
processo de difusão. 
O processo contrário seria curioso. Já imaginou se, de repente, a 
tinta preta da Figura M começasse a se separar da água, de tal 
forma que fosse ficando cada vez mais perceptível onde está a 
tinta preta e onde está a água ? O sistema fosse ficando cada vez 
mais organizado evoluindo de acordo de trás para frente, na ordem 
M LJ ??!!!! 
Nada impede que esse processo ocorra no sentido invertido 
M LJ mas ele, simplesmente não ocorre. 
Processos irreversíveis são assim: o sistema evolui caoticamente 
(de forma aleatória e imprevisível visto que você não consegue 
prever o percurso que a tinta preta fará) até atingir o estado de 
equilíbrio final (máxima entropia). Processos irreversíveis ocorrem 
apenas num sentido preferencial mas simplesmente não ocorrem 
no sentido contrário. O sentido único em que eles acontecem é 
sempre aquele no qual a Entropia do sistema aumenta. 
Embora não saibamos porque a natureza se comporta dessa 
forma, estabelecendo um sentido preferencial para a ordem de 
acontecimento de alguns eventos, nos acostumamos a esse 
comportamento e, assim, criamos uma formulação alternativa para 
a segunda Lei da Termodinâmica relacionada a esse fato: 
 
 
 
(2ª lei da Termodinâmica com base no conceito de entropia) 
"Todo sistema natural, quando deixado livre (isolado, sem 
intervenção externa), evolui para um estado de máxima 
desordem, correspondente a uma entropia máxima." 
 
6 - A ENTROPIA E A DISPONIBILIDADE DE ENERGIA 
Considere dois corpos A e B com temperaturas TA e TB, tais que 
TA > TB. É possível extrair energia útil desse sistema devido a 
essa diferença de temperatura, construindo uma máquina térmica 
utilizando, como fontes quentes e fria, os corpos A e B 
respectivamente. 
 
Entretanto, se, em vez disso, colocarmos os corpos A e B em 
contato direto entre si, o calor será trocado diretamente entre eles 
de forma irreversível até que eles atinjam a temperatura de 
equilíbrio comum aos dois. Note que, com isso, o conteúdo de 
energia do sistema ainda é o mesmo de antes, entretanto, não há 
mais como se tirar proveito da diferença de temperatura inicial que 
havia no sistema para extrair energia útil dele. 
Com isso, vemos que o AUMENTO da ENTROPIA ocorrida no 
sistema isolado, embora não altere o seu conteúdo de energia, 
está associada a um aumento da parcela dessa energia 
indisponível para realização de trabalho útil. Em linhas gerais, 
quando a entropia de um sistema isolado sofre um aumento S 
num processo reversível, a uma temperatura T, uma quantidade de 
energia T.S se torna indisponível para realização de trabalho 
útil. 
Imaginemos que uma caixa de ferro de massa M esteja se 
deslocando sobre uma superfície lisa com energia cinética total 
150 J, sendo que, desses 150 J, considere que 50 J sejam energia 
cinética internaassociada ao movimento microscópico caótico de 
vibração dos átomos de ferro da caixa (energia interna U 
proporcional à temperatura da caixa), ao passo que os 100 J 
restantes de energia cinética (macroscópica e ordenada) estejam 
associados ao movimento próprio dessa caixa ao longo do solo, a 
famosa M.v2 / 2. 
Durante o movimento dessa caixa, esses 100J de energia cinética 
(macroscópica e ordenada) estão disponíveis, por exemplo, para 
realizar trabalho comprimindo uma mola que eventualmente 
estivesse no caminho da caixa. Esses 100J constituem a parcela 
de energia disponível dessa caixa (energia nobre, energia útil). 
A parcela dos 50 J de energia cinética microscópica e desordenada 
constitui uma forma de energia menos nobre (térmica), 
indisponível, por exemplo, para ser usada na compressão de uma 
mola. Você não espera, por exemplo que, ao colocarmos uma 
caixa de ferro quente parada encostada numa mola, a caixa 
espontaneamente vá esfriando e sua energia térmica seja usada 
para comprimir a mola espontaneamente, espera ? 
Admita, agora que essa caixa, subitamente, colida inelasticamente 
com uma parede (colisão bate-gruda) e toda a energia cinética 
macroscópica (100J) seja convertida em energia interna (calor) 
aumentando a temperatura da caixa, que agora encontra-se 
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410
parada. Em outras palavras, considere que toda a sua energia 
mecânica tenha sido convertida em energia térmica. 
 
Ora, sua energia cinética total continua valendo 150 J, sendo que 
agora toda essa energia está presente no sistema na forma de 
energia térmica (energia cinética microscópica de vibração dos 
átomos, energia pouco nobre, caótica), de forma que a caixa não 
possui mais energia (mecânica) disponível para realizar trabalho, 
por exemplo, para comprimir uma mola. Você não espera, por 
exemplo que, ao colocarmos uma caixa de ferro quente parada ao 
lado de uma mola, a caixa espontaneamente vá esfriando e sua 
energia térmica seja usada para comprimir a mola, espera  ? 
Nesse processo de colisão inelástica, a energia térmica do sistema 
aumentou, a entropia do sistema aumentou (aumento da 
desordem) e, mais uma vez houve um aumento da parcela de 
energia indisponível do sistema (energia térmica que passou de 
100J para 150 J). 
Mais uma vez, vemos que o AUMENTO da ENTROPIA ocorrida no 
sistema isolado, embora não altere o seu conteúdo de energia (sua 
energia total vale 150 J antes e após a colisão), esse aumento de 
entropia está associado à degradação de parte dessa energia, 
tornando-a indisponível para a realização de trabalho útil. 
Aumento da 
entropia do 
sistema
Aumento da parcela de 
energia indisponível do 
sistema
 
Em linhas gerais, quando a entropia de um sistema isolado sofre 
um aumento S (num processo reversível), a uma temperatura T, 
uma quantidade de energia T.S se torna indisponível para 
realização de trabalho útil. 
Por mais abstrato que esse fato lhe pareça, aceite-o. A abstração 
dessa tema Entropia é inevitável. Entretanto, lembre-se, estamos 
sendo treinados apenas para acertar toda e qualquer questão que 
envolva esse conteúdo no vestibular, portanto, devo lhe passar o 
máximo de informações úteis possível. Entretanto, fazer com que 
todo esse cabedal de informações faça sentido 100% em nossas 
mentes já constitui uma tarefa à parte e quase impossível quando 
se trata de assuntos como Entropia. 
Assim, vamos à primeira e mais humilde tarefa: acertar as 
questões de Vestibular que tratam desse tema  ! 
 
 
 
 
 
 
Física
 
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Pensando em Casa
Pensando em Casa
 
 
Questão 01 
Em cada uma das transformações gasosas AC, CB e BA, diga se 
a entropia S do gás aumenta, diminui ou permanece constante. 
 
 
 
Questão 02 
Em cada uma das transformações gasosas AC, CB e BA da 
questão anterior, diga se a temperatura do gás aumenta, diminui 
ou permanece constante. 
 
Questão 03 
A partir dos resultados das questões 1 e 2, assinale a opção que 
melhor representa o ciclo termodinâmico da questão 1, quando 
representado num diagrama S x T (entropia versus temperatura) : 
 
 a) 
 
 b) 
 
 
 c) 
 
 d) 
 
 
Questão 04 
Ainda sobre o enunciado da questão 1, se a variação da entropia 
no processo BA vale SBA = + 1500 J/K, o prof Renato Brito 
pede que você determine: 
a) S do ciclo ACBA 
b) S do processo AC 
c) S do processo CB 
 
Questão 05 
Assinale a transformação gasosa reversível abaixo em que a 
entropia S do gás permanece constante: 
a) expansão isobárica 
b) compressão isotérmica 
c) aquecimento isovolumétrico 
d) compressão isobárica 
e) expansão adiabática. 
Questão 06 
(UFC 2006.2 – Medicina Sobral) O ciclo Otto é uma representação 
idealizada (os diferentes processos são todos reversíveis) de um 
motor de combustão interna de um automóvel. 
 
Dentre os diagramas, volumes versus entropias, apresentados 
abaixo, assinale aquele que melhor representa o ciclo Otto. 
 a) 
 
 b) 
 
 c) 
 
 d) 
 
 e) 
 
 
Questão 07 
Considere as mudanças de estado físico (reversíveis) sofridas por 
uma amostra de água de massa constante. A respeito da entropia 
S desse sistema aquoso, podemos afirmar que: 
 
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412
a) ela aumentou na transformação I e diminuiu na transformação II 
b) ela aumentou na transformação II e diminuiu na transformação I 
c) ela aumentou em ambas as transformações 
d) ela diminuiu em ambas as transformações 
e) ela permanece constante visto que a massa do sistema não se 
altera 
 
Questão 08 
(UECE 2008.1 2ª fase) Um bloco de gelo de massa 136,5 g funde-
se reversivelmente a temperatura de 0 oC. Sabendo-se que o calor 
latente de fusão do gelo e 333 kJ / kg, a variação da entropia do 
bloco de gelo, em J/K, e: 
a) 166,5 
b) zero 
c) 273,0 
d) 122,5 
 
Questão 09 
Assinale a transformação gasosa abaixo em que a entropia S do 
gás permanece constante: 
a) expansão isobárica 
b) aquecimento isovolumétrico 
c) compressão isobárica 
d) expansão adiabática irreversível 
e) compressão adiabática reversível 
 
Questão 10 
(UFCG 2008.1) Em relação à entropia, é correto afirmar que: 
a) em um processo irreversível, ela pode ser maior ou igual a zero. 
b) em um processo reversível é menor que zero. 
c) Seu aumento em um sistema isolado, para um processo 
irreversível, está relacionado com a perda de oportunidade de 
realizar trabalho. 
d) não se altera na expansão livre de um gás perfeito. 
e) sua mudança em um sistema, de forma reversível, de um 
estado inicial a um outro final depende da natureza do caminho 
percorrido. 
 
Questão 11 
(CEFET 2008.1) Um gás ideal, em equilíbrio termodinâmico no 
estado A, sofre uma expansão adiabática reversível, atingindo o 
estado de equilíbrio B e, em seguida, passa por uma compressão 
irreversível, voltando ao estado inicial A. Analise as afirmativas 
seguintes: 
I. A entropia do sistema (gás mais vizinhança) aumentou após a 
compressão B → A; 
II. A entropia do gás aumentou após o ciclo A → B →A; 
III. A energia interna do gás aumentou após a expansão A → B; 
IV. A energia interna do gás é a mesma antes e após o ciclo A → 
B → A. 
São verdadeiras: 
a) I e II b) III e IV c) I e IV 
d) II e III e) II e IV 
 
Um sistema composto de n mols de um gás está originalmente 
com Po, Vo, To. O gás é aquecido a volume constante até 2To, em 
seguida permite-se a sua expansão, a temperatura constante, até 
2Vo e, finalmente, permite-se que ele resfrie a pressãoconstante 
até To. Sendo R a constante dos gases, responda as questões 11 
e 12. 
 
Questão 12 
A variação da energia interna U do gás, nesse processo, vale: 
a) n.R.To b) on.R.T
2
 c) o3.n.R.T
2
 
d) 2n.R.To e) 0 
 
Questão 13 
A variação da entropia S do gás, nesse processo, vale: 
a) n.R b) 
n.R
2
 c) 
3.n.R
2
 
d) 2n.R. e) 0 
 
Questão 14 
Considere um sistema fechado isolado composto por um número 
igual de moléculas de dois gases inertes distintos. As figuras 
abaixo mostram dois instantes A e B distintos desse sistema. 
 
Instante A 
 
Instante B 
a) Em qual dos instantes o sistema apresenta maior organização ? 
b) Em qual dos instantes o sistema apresenta maior entropia ? 
c) Qual a ordem temporal dos instantes A e B mostrados ? 
 
Questão 15 
Segundo a Teoria da Evolução, a vida na Terra começou com 
seres unicelulares bastante simples e, com o passar do tempo, foi 
ficando cada vez mais complexa, cada vez mais organizada e, 
portanto, com uma entropia cada vez MENOR. A Teoria da 
Evolução não contradiz a Segunda Lei da Termodinâmica ? 
 
Questão 16 
(CEFET 2007.2) O bloco mostrado na figura parte com velocidade 
v0 e é desacelerado pela força de atrito até o repouso. Considere 
o sistema como (bloco + piso). Sobre a situação descrita, é correto 
afirmar que: 
 
a) a energia interna do piso aumenta. 
b) a energia interna do sistema diminui. 
c) a transformação de energia mecânica em térmica é reversível. 
d) a entropia do sistema é constante. 
e) a entropia do piso diminui. 
 
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Questão 17 
Marque Verdadeiro ou Falso conforme seus conhecimentos: 
a) Em todo processo reversível, a entropia do sistema permanece 
constante; 
b) Em todo processo irreversível, a entropia do sistema sempre 
aumenta enquanto ele não atingir o equilíbrio termodinâmico; 
c) Em qualquer transformação adiabática, a entropia do sistema 
sempre permanece constante; 
d) Durante a expansão livre, são nulas a variação da entropia e a 
variação da energia interna do sistema; 
e) Quando misturamos água quente e gelo no interior de uma 
caixa de isopor e tampamos, a entropia do sistema aumentará; 
f) Quando botamos uma colher quente num recipiente fechado 
contendo água fria, com o passar do tempo, a entropia da colher 
entropia diminui, a entropia da água aumenta e a entropia do 
sistema isolado água+colher aumenta; 
g) A variação de entropia num processo reversível pode ser 
negativa; 
h) A variação de entropia num processo espontâneo (ou 
irreversível) pode ser negativa; 
i) O rendimento de uma hidrelétrica é limitado pelo rendimento do 
ciclo de Carnot; 
j) É possível esfriar a cozinha deixando a porta da geladeira e do 
congelador aberta a noite toda; 
k) É possível converter integralmente energia mecânica em calor; 
l) É possível converter integralmente calor em energia mecânica; 
m) A variação de entropia do gás num ciclo Rankine é nula; 
n) Quando água líquida é convertida em gelo, sua entropia 
aumenta. 
 
Questão 18 
Marque verdadeiro V ou falso F a respeito dos seus conhecimentos 
sobre Entropia: 
a) Observe as figuras abaixo. Na natureza, é comum a 
transformação física “copo inteiro” “copo quebrado”, mas você 
nunca verá essa transformação física ocorrer no sentido 
contrário (copo quebrado copo inteiro). Todos os processos 
naturais são denominados irreversíveis, significando dizer 
que eles só ocorrem num sentido (AB) mas nunca ocorrem no 
sentido contrário (BA). Em todos os processos naturais a 
Entropia do Sistema AUMENTA (SB > SA). 
 
 
 
 
 
Estado A Estado B 
b) Assim, do exposto, vemos podemos associar o aumento da 
Entropia, em processos naturais (irreversíveis), ao sentido da 
passagem do tempo. Observando as imagens a seguir, é fácil 
estabelecer a ordem temporal correta em que o processo 
ocorreu, por coincidir com o sentido do AUMENTO da entropia 
do Sistema: tE < tC < tD  SE < SC < SD. Vemos também 
que o aumento da Entropia do Sistema está associado ao 
aumento da Desordem. 
 
 
 Figura C Figura D Figura E 
c) Uma caixa foi lançada ao longo do solo áspero e vai 
gradativamente freando até parar. Durante esse processo, 
energia mecânica (energia cinética organizada) vai sendo 
transformado em energia interna (energia térmica, energia 
cinética desordenada, caótica, microscópica). Ou seja, a caixa 
vai freando na medida em que vai se aquecendo. Ao final, a 
caixa parada encontra-se quente. 
 
Agora imagine o processo acontecendo no sentido contrário (de 
trás para frente): a caixa que encontrava-se quente e parada 
vai, por si só, gradativamente, esfriando e adquirindo energia 
cinética crescente, à medida em que sua energia térmica 
(energia cinética interna desordenada) vai se transformando em 
energia mecânica (energia cinética organizada). Esse processo 
contrário não viola a conservação de energia, mas ainda assim 
ele não ocorre na natureza. Por que motivo ? Se ele ocorresse, 
a entropia do Sistema Diminuiria !!! A natureza proíbe processos 
naturais que ocorrem com diminuição da Entropia do Sistema. 
Em todos os processos naturais, a entropia do sistema 
AUMENTA, são processos de mão única, irreversíveis.  
d) Todo processo em que ocorre transformação de energia 
mecânica em calor, pela ação do atrito, é irreversível. A 
Entropia do Sistema sempre aumenta nesses processos. 
e) Quando misturamos água quente com água fria, o sistema evolui 
gradativamente até obtermos água morna. Esse processo é 
irreversível, visto que ele não acontece no sentido contrário, isto 
é, água morna não se separa novamente, em água quente e 
água fria. A Entropia do sistema aumenta durante a sua 
evolução até o Equilíbrio térmico. Após atingido o equilíbrio 
térmico, a entropia do sistema permanece constante. 
f) É possível converter integralmente energia mecânica (energia 
cinética organizada) em calor (energia térmica, energia cinética 
desordenada, caótica, microscópica); 
g) É possível converter integralmente energia térmica (energia 
cinética desordenada, caótica, microscópica) em energia 
mecânica (energia cinética organizada). 
 
Questão 19 (Simulado Turma Saúde 10 – 2008) 
Com respeito aos seus conhecimentos sobre Termodinâmica, 
assinale a alternativa incorreta: 
a) A variação da Entropia de um gás, ao completar o Ciclo 
Rankine, é nula. 
b) Em todo processo irreversível, a entropia do sistema aumenta. 
c) Em todo processo adiabático, a entropia do sistema permanece 
constante. 
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d) Durante a Expansão Livre de um gás, apesar de não haver 
realização de trabalho, a entropia do sistema gasoso aumenta. 
e) Numa mistura gasosa contendo os gases O2, H2 e N2 em 
equilíbrio térmico, apesar das moléculas terem energias 
cinéticas médias iguais entre si, as velocidades (quadráticas) 
médias das moléculas satisfazem a relação VH2 > VN2 > VO2 
 
Questão 20 
(CEFET 2008.2) Considere as afirmativas abaixo, que se referem a 
processos reversíveis em um gás ideal: 
I. A entropia é constante em um processo isotérmico. 
II. A entropia é constante em um processo adiabático. 
III. A entropia é constante em um processo isobárico. 
É(são) correta(s): 
a) apenas I 
b) apenas II 
c) apenas III 
d) apenas I e II 
e) apenas I e III 
 
Questão 21 (Expansão Livre) 
(UECE 2009.1) Imagine um sistema termicamente isolado, 
composto por cilindros conectados por uma válvula, inicialmente 
fechada. Um dos cilindros contêm um gás perfeito, mantido à 
pressão de 1 atm, e no outro, tem-se vácuo. Abrindo-se a válvula: 
a) o gás se expande e, assim, sua temperatura diminui. 
b) a entropia do sistema se mantém constante, pois não há troca 
de calor. 
c) a entropia do sistema aumenta, porque o processoé irreversível. 
d) a energia interna do gás diminui, porque sua pressão diminui. 
 
Questão 22 (Expansão Livre) 
(ITA-SP) Na expansão livre de um gás ideal, quando ele passa de 
um volume Vi para um volume VF, pode-se afirmar que essa 
expansão pode ser descrita por: 
a) Uma expansão isotérmica. 
b) Uma expansão adiabática irreversível, na qual a temperatura no 
estado de equilíbrio final é a mesma que a no estado inicial. 
c) Uma expansão isobárica 
d) Um processo isovolumétrico. 
e) Uma expansão adiabática reversível, na qual a temperatura no 
estado de equilíbrio final é a mesma que a no estado inicial. 
Questão 23 
Uma amostra gasosa evoluirá do estado inicial A para o estado 
final B através de transformações gasosas 1, 2 e 3 distintas 
mostradas a seguir: 
 
A respeito da variação de entropia S sofrida pelo gás nesses 
processos, pode-se afirmar que: 
a) |S1| > |S2| > |S3| b) |S1| < |S2| < |S3| 
c) |S2| < |S1| < |S3| d) |S2| = |S1| = |S3| 
Questão 24 ( Carnot no Plano S x T ) 
Considere o ciclo de Carnot abaixo representado no diagrama 
Pressão x Volume. 
1
2
4 3
P
V 
 O diagrama S(entropia) versus T(temperatura) que melhor 
representa o ciclo acima é: 
a) 
 
b) 
 
c) 
 
d) 
 
e) 
 
 
 
 
Gabarito 
Comentado 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anual 2012 
 
Prof Renato Brito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Física
 
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418 
 
Capítulo 15 - ENTROPIA – PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS 
 
1) AC: S constante (propriedade P3); 
CB: S diminui (P2); 
BA: S aumenta (P1) 
2) AC: T diminui ; 
CB: T diminui ; 
BA: T aumenta 
3) D 
4) a) Sciclo = 0, propriedade P5 
 b) SAC = 0, propriedade P3 
 c) SBA =  1500 J/K 
5) E 
6) C 
 
7) A 
8) letra A, veja o Exemplo Resolvido 5, página 399 
9) E 
10) Letra C. Leia sobre Entropia e Disponibilidade de Energia - página 401 - para melhor compreender a resposta. 
11) Resposta C. 
Comentário: 
I. A entropia do sistema (gás mais vizinhança) aumentou após a compressão B → A (V) 
Sim, visto que o processo foi irreversível, conforme o enunciado. 
II. A entropia do gás aumentou após o ciclo A → B →A (F) 
Sendo a entropia uma função de estado, como o estado inicial coincide com o estado inicial, a variação da entropia é nula na 
transformação cíclica, mesmo que parte dela seja irreversível. 
III. A energia interna do gás aumentou após a expansão A → B; (F) 
Numa expansão adiabática reversível, o gás se expande às custas de uma parte da sua energia interna, que acaba sofrendo um 
decréscimo. O gás não troca calor nesse processo. A energia usada para expandir vem da sua energia interna, ou seja, da sua 
temperatura. 
IV. A energia interna do gás é a mesma antes e após o ciclo A → B → A. (V) 
Sendo a Energia interna U uma função de estado, como o estado inicial coincide com o estado inicial, a variação da energia 
interna U é nula na transformação cíclica. 
12) E 
13) E 
14) a) B, b) A, c) BA 
15) A resposta se encontra na formulação da segunda lei que afirma que a entropia de um sistema ISOLADO aumenta (caso ele ainda 
não esteja em equilíbrio termodinâmico) ou permanece constante (caso o equilíbrio termodinâmico já tenha sido atingido). Entretanto, 
sistemas ISOLADOS não trocam energia, nem matéria com o exterior, diferentemente dos seres vivos, que se alimentam diariamente, 
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419 
evacuam, recebem e cedem calor permanentemente. Os seres humanos não são sistemas isolados, portanto a formulação da 
segunda lei da Termodinâmica à luz do conceito de Entropia não se aplica aos seres vivos. 
16) .Resposta:A 
Comentário: 
a) a energia interna do piso aumenta (V) 
Sim, parte da energia mecânica vai ser convertida em calor, que é transferida parte para o piso, parte para a caixa, aumentando 
a temperatura de ambos e, conseqüente-mente, a energia interna de ambos caixa e piso. 
b) a energia interna do sistema diminui (F) 
ela aumenta 
c) a transformação de energia mecânica em térmica é reversível. (F) 
todo processo termodinâmico que envolve atrito dissipando energia mecânica em calor é irreversível. 
d) a entropia do sistema é constante (F) 
a entropia do sistema aumenta, visto que o processo de dissipação de energia mecânica em calor é irreversível. 
e) a entropia do piso diminui. (F) 
a entropia do sistema aumenta 
17) a) F, ela aumenta quando o sistema recebe calor e diminui quando ele cede calor. 
b) V 
c) F, só se for adiabático reversível. No caso da expansão livre, por exemplo, a entropia aumenta por ser adiabático irreversível 
d) F, S > 0, entropia aumenta 
e) V 
f) V, veja eq2, eq3 e eq4, página 397. 
g) V 
h) F, sendo irreversível, S > 0 sempre, a entropia aumenta. 
i) F, somente o rendimento das máquinas térmicas é limitado pelo princípio de Carnot, como as máquinas a vapor, termelétricas etc. 
j) F, veja questão 33, item C, pagina 372. 
k) V, é o que ocorre quando freiamos um carro. 
L) F, se isso fosse possível, o rendimento seria dessa máquina térmica seria de 100%, todo calor da fonte quente seria convertido 
em trabalho sem rejeitar nada para a fonte fria, isso violaria a 2ª lei da Termodinâmica. 
m) V, Sciclo = 0 para qualquer ciclo, veja propriedade 5, página 395. 
n) F 
 
18) a) V 
b) V 
c) V 
d) V 
e) V 
f) V. Um exemplo disso é a caixa do item c. 
g) F. Imagine uma máquina térmica que recebesse 100J de energia térmica (calor) da fonte quente e utilizasse 100% dessa energia 
na forma de trabalho, rejeitando 0 J de energia térmica para a fonte fria. Essa máquina teria rendimento 100%, violando a 2ª lei da 
Termodinâmica em sua abordagem com base no rendimento das máquinas térmicas. Assim, embora seja possível converter 100% 
de Energia mecânica em calor (energia térmica), o processo contrário é impossível ! 
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19) C 
20) B, note que o enunciado já garante que se trata de uma transformação reversível, portanto, não há polêmica . 
21) C 
22) B. Você quer saber por que não pode ser a letra A ?  Leia a página 399. A afirmativa A dessa questão é exatamente a pergunta 
que a Claudete na página 399 me fez e que expliquei com detalhes a ela. Leia lá . 
23) D 
24) C 
 
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Capítulo 15 - ENTROPIA – PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS 
 
1) AC: S constante (propriedade P3); 
CB: S diminui (P2); 
BA: S aumenta (P1) 
2) AC: T diminui ; 
CB: T diminui ; 
BA: T aumenta 
3) D 
4) a) Sciclo = 0, propriedade P5 
 b) SAC = 0, propriedade P3 
 c) SBA =  1500 J/K 
5) E 
6) C 
 
7) A 
8) letra A, veja o Exemplo Resolvido 5, página 399 
9) E 
10) Letra C. Leia sobre Entropia e Disponibilidade de Energia - página 401 - para melhor compreender a resposta. 
11) Resposta C. 
Comentário: 
I. A entropia do sistema (gás mais vizinhança) aumentou após a compressão B → A (V) 
Sim, visto que o processo foi irreversível, conforme o enunciado. 
II. A entropia do gás aumentou após o ciclo A → B →A (F) 
Sendo a entropia uma função de estado, como o estado inicial coincide com o estado inicial, a variação da entropia é nula na 
transformação cíclica, mesmo que parte dela seja irreversível. 
III. A energia interna do gás aumentou após a expansão A → B; (F) 
Numa expansão adiabática reversível, o gás se expande às custas de uma parte da sua energia interna, que acaba sofrendo um 
decréscimo. O gás não troca calor nesse processo. A energia usada para expandir vem da sua energia interna, ou seja, da sua 
temperatura. 
IV. A energia interna do gás é a mesma antese após o ciclo A → B → A. (V) 
Sendo a Energia interna U uma função de estado, como o estado inicial coincide com o estado inicial, a variação da energia 
interna U é nula na transformação cíclica. 
12) E 
13) E 
14) a) B, b) A, c) BA 
15) A resposta se encontra na formulação da segunda lei que afirma que a entropia de um sistema ISOLADO aumenta (caso ele ainda 
não esteja em equilíbrio termodinâmico) ou permanece constante (caso o equilíbrio termodinâmico já tenha sido atingido). Entretanto, 
sistemas ISOLADOS não trocam energia, nem matéria com o exterior, diferentemente dos seres vivos, que se alimentam diariamente, 
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evacuam, recebem e cedem calor permanentemente. Os seres humanos não são sistemas isolados, portanto a formulação da 
segunda lei da Termodinâmica à luz do conceito de Entropia não se aplica aos seres vivos. 
16) .Resposta:A 
Comentário: 
a) a energia interna do piso aumenta (V) 
Sim, parte da energia mecânica vai ser convertida em calor, que é transferida parte para o piso, parte para a caixa, aumentando 
a temperatura de ambos e, conseqüente-mente, a energia interna de ambos caixa e piso. 
b) a energia interna do sistema diminui (F) 
ela aumenta 
c) a transformação de energia mecânica em térmica é reversível. (F) 
todo processo termodinâmico que envolve atrito dissipando energia mecânica em calor é irreversível. 
d) a entropia do sistema é constante (F) 
a entropia do sistema aumenta, visto que o processo de dissipação de energia mecânica em calor é irreversível. 
e) a entropia do piso diminui. (F) 
a entropia do sistema aumenta 
17) a) F, ela aumenta quando o sistema recebe calor e diminui quando ele cede calor. 
b) V 
c) F, só se for adiabático reversível. No caso da expansão livre, por exemplo, a entropia aumenta por ser adiabático irreversível 
d) F, S > 0, entropia aumenta 
e) V 
f) V, veja eq2, eq3 e eq4, página 397. 
g) V 
h) F, sendo irreversível, S > 0 sempre, a entropia aumenta. 
i) F, somente o rendimento das máquinas térmicas é limitado pelo princípio de Carnot, como as máquinas a vapor, termelétricas etc. 
j) F, veja questão 33, item C, pagina 372. 
k) V, é o que ocorre quando freiamos um carro. 
L) F, se isso fosse possível, o rendimento seria dessa máquina térmica seria de 100%, todo calor da fonte quente seria convertido 
em trabalho sem rejeitar nada para a fonte fria, isso violaria a 2ª lei da Termodinâmica. 
m) V, Sciclo = 0 para qualquer ciclo, veja propriedade 5, página 395. 
n) F 
 
18) a) V 
b) V 
c) V 
d) V 
e) V 
f) V. Um exemplo disso é a caixa do item c. 
g) F. Imagine uma máquina térmica que recebesse 100J de energia térmica (calor) da fonte quente e utilizasse 100% dessa energia 
na forma de trabalho, rejeitando 0 J de energia térmica para a fonte fria. Essa máquina teria rendimento 100%, violando a 2ª lei da 
Termodinâmica em sua abordagem com base no rendimento das máquinas térmicas. Assim, embora seja possível converter 100% 
de Energia mecânica em calor (energia térmica), o processo contrário é impossível ! 
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19) C 
20) B, note que o enunciado já garante que se trata de uma transformação reversível, portanto, não há polêmica . 
21) C 
22) B. Você quer saber por que não pode ser a letra A ?  Leia a página 399. A afirmativa A dessa questão é exatamente a pergunta 
que a Claudete na página 399 me fez e que expliquei com detalhes a ela. Leia lá . 
23) D 
24) C 
 
	aula 93 - Termodinamica 2008_entropia
	gab entropia

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