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Quais efeitos do isolamento social durante a pandemia de COVID-19 no desenvolvimento de crianças matriculadas em uma turma de 3/4 anos, na educação infantil da Rede Municipal de Belo Horizonte? Universidade do Estado de Minas Gerais Pedagogia-EaD - NFVI Projeto de Intervenção Pedagógica Grazielle Cristina Pinheiro Dias Hedme Márcia Pereira de Abreu Lisia Maura Lopes Guerra Nadia Luciana Pinto Madeira Wellerson Onofre Olímpio Introdução Em 2020, o mundo foi surpreendido por uma pandemia causada pelo vírus batizado de COVID19. Na tentativa de reduzir a disseminação do Coronavírus, a OMS indicou que medidas de isolamento social fossem adotadas. Como diversos outros setores da sociedade, as escolas foram orientadas a suspender o atendimento presencial. 1 - A opção pelo uso de termos como ensino a distância e ensino remoto (em vez da terminologia “Educação a Distância - EaD”) se dá pela compreensão de alguns especialistas (Craig, 2020 e o Centro de Inovação para a Educação Brasileira - CIEB) de que a EaD, conforme legislações brasileiras recentes (Decreto no 9.057/2017), deve ser entendida como uma modalidade de ensino mais estruturada, que pressupõe uma organização própria de currículo, materiais de apoio e avaliação, enquanto os esforços atuais têm sido mais pontuais, de reação à crise que se impôs A partir de 19 de março de 2020, as aulas presenciais foram suspensas e apenas em julho de 2020, a prefeitura de Belo Horizonte orientou como o atendimento aos alunos deveria acontecer. As escolas iniciaram então uma nova forma de atendimento às famílias e alunos, o ensino remoto¹ . Na turma que estamos acompanhando, um grupo na plataforma Whatsapp é criado, nele, os alunos e suas famílias passam a ter contato direto com o professor e a escola. Encontros online para a realização de atividades variadas passam a ser realizados semanalmente. Em abril de 2021, uma nova orientação, introduz o ensino híbrido, e algumas crianças voltam a ter contato presencial com a escola. Recorte do tema Os alunos que estamos acompanhando estão matriculadas na Rede Municipal de Educação Infantil de Belo Horizonte, em uma escola localizada na regional Noroeste, com famílias de diferentes níveis socioeconômicos. Nosso trabalho terá foco nas orientações e protocolos adotados para este grupo em específico, atualmente composto por 13 crianças nascidas entre maio de 2017 e outubro de 2018. Fundamentação teórica Nossas observações serão pautadas na BNCC e em teorias do desenvolvimento infantil, protocolos e orientações a respeito da educação básica durante o período de isolamento social e instruções normativas publicadas pela Prefeitura de Belo Horizonte, OMS, entre outros. A criança aprende principalmente através de sua interação com o meio, esse pensamento é defendido por diferentes estudiosos como Vygotsky, Piaget, Walon e esse também é um dos princípios da BNCC. Problematização O desenvolvimento infantil constitui um processo em sequência de maturação neurológica e sensorial, crescimento físico, aquisição de habilidades motoras, cognitivas, afetivas, sociais e de comunicação, tudo iniciando ainda na vida intrauterina e dando continuidade no pós-parto, sendo influenciado por fatores biológicos, ambientais e socioeconômicos. O isolamento social privou e limitou o convívio de crianças e adultos. Durante muitos meses, a orientação foi para que todos ficassem em casa. Os lares se tornaram também ambiente de trabalho e salas de aula, pais e responsáveis assumiram papel de professores. Muitas crianças, por motivos diversos, não tiveram acesso ao ensino remoto e ficaram sem contato algum com a escola. Bolhas de convivência com número reduzido de alunos; Menor tempo de permanência e limitação nos grupos de convivência dentro da escola; Acesso restrito dentro das escolas; Protocolos rígidos de controle sanitário. No final de abril de 2021, alunos da Rede Municipal de Educação Infantil de Belo Horizonte, retornaram ao ensino presencial, através do ensino híbrido, que aconteceu da seguinte forma: Analisar os impactos da pandemia da Covid-19 em uma turma da educação infanti da rede municipal de Belo Horizonte. Objetivo geral Objetivos específicos Verificar como as crianças foram impactadas pelo isolamento social durante a pandemia de COVID-19; Analisar os efeitos imediatos provocados neste contexto. Levantamento e análise do histórico escolar das crianças; Questionários; Entrevistas com professores, alunos e seus responsáveis; Atividades realizadas em sala. Procedimentos metodológicos Referências: GIL, A. C.. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: , 2017. v. 1. 174p. LÜDKE, Hermengarda Alves Ludke Menga; ANDRÉ, Marli . Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. 2. ed. Rio de Janeiro: EPU, 2013. 112p. MOREIRA, Herivelto; CALLEFE, Luiz Gonzaga . Metodologia da Pesquisa para o Professor Pesquisador. 1. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006. v. 1. 225p . Guizzo, Bianca Salazar, et al. “A reinvenção do cotidiano em tempos de pandemia”. Educação e Pesquisa, vol. 46, 2020, p. e238077. DOI.org (Crossref), doi:10.1590/s1678-4634202046238077. Paula, Selvita Maria de. “REFLEXÕES SOBRE EDUCAÇÃO INFANTIL EM TEMPOS DE PANDEMIA DO COVID-19”. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, vol. 7, no 3, abril de 2021, p. 9. DOI.org (Crossref), doi:10.51891/rease.v7i3.779. Honnef, Cláucia, et al. “Educação infantil em tempos de pandemia: as mini-histórias como ferramentas de apoio às famílias”. Olhar de Professor, vol. 24, abril de 2021, p. 1–10. DOI.org (Crossref), doi:10.5212/OlharProfr.v.24.16064.034. Diante das buscas e pesquisas científicas mundial sobre o CORONAVÍRUS, mais especificamente sobre ISOLAMENTO SOCIAL entre crianças de 3 a 5 anos, não há uma literatura específica para o tema proposto, objeto desse trabalho. O tema encontra-se inserido em estudos, pesquisas, orientações para esclarecimentos no contexto da pandemia.