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TRATAMENTO TÉRMICO Introdução ● Os romanos descobriram que o ferro poderia ficar mais duro. Isso ocorre quando o ferro é aquecido durante um tempo e depois resfriado em água e sal. Com isso, deuse o início ao processo de tratamento térmico. ● Consiste em aquecer e resfriar para que uma peça para que ela atinja as propriedades físicas desejadas (dureza, elasticidade, ductilidade, resistência à tração, etc.), sem que se modifique o estado físico do metal. Procedimentos do tratamento térmico (aço) ● Ajustar a temperatura do forno de acordo com o tipo de material da peça. ● Coloca a peça no forno e fica por um determinado tempo para adquirir as propriedades desejadas. ● Forno é desligado e a peça é retirada, deixando resfriar em temperatura ambiente. As mudanças nas propriedades mecânicas do material dependem de três fatores: ● Temperatura de aquecimento; ● Velocidade de resfriamento; ● Composição química do material. Isso determina se ele será mais resistente, mole, elástico, etc. ● Antes do tratamento é necessário conhecer as características do aço. Estrutura cristalina ● Oxidação do ferro gusa > aço em estado líquido > aço em estado sólido. ● Na solidificação, os átomos que compõem o aço se agrupam em estruturas geométricas (células unitárias). ● As células unitárias vão se multiplicando e se juntando, formando uma rede cristalina. ● Quando essas células unitárias se juntam, formam um agregado de cristais irregulares, chamados de grãos. ● Ferro em baixa temperatura tem estrutura CCC (cúbica de corpo centrado). ● Ferro em alta temperatura tem estrutura CFC (cúbica de face centrada). OBS.: Tratamento térmico também serve para baixar a dureza do aço. Constituintes do aço ● Importante conhecer antes de fazer o tratamento térmico. ● Grãos claros (sem carbono = ferrita) e escuros (com carbono = perlita). ● Baixo teor de carbono (grãos claros e quase sem carbono), médio teor de carbono (mais grãos escuros). ● Quanto mais carbono, mais duro o aço (grãos escuros = mais resistentes, duros). ● Qual o aço mais duro? Agora o Ananías pegou o Caio… ● Ferrita tem estrutura CCC, onde os átomos de carbono tem dificuldade de se acomodarem, contendo pouco teor de carbono (máx = 0.025% átomos de C). ● Perlita também tem ferrita na sua estrutura. ● Perlita = sequências de lâminas claras (ferrita) e escuras (cementita). ● Cementita = 12 átomos de Fe e 4 de C. ● É possível melhorar as propriedades do aço adicionando Ni, Mo, Tg, W, Cr, etc, durante a sua fabricação. ● Aço vitaminado = aço enriquecido com um elemênto químico. ● Temperatura ambiente: perlita, ferrita e cementita. ● Zona crítica: zona onde a perlita e ferrita estão se transformando em austenita (predominância de ferrita e austenita). ● Na zona crítica, as células unitárias de CCC passam a ser CFC. ● Apresenta menor resistência e boa tenacidade. ● Não é magnética. ● Aquecimento: ferrita + perlita > ferrita + austenita > austenita ● Resfriamento (lento): austenita > austenita + ferrita > ferrita + perlita ● O aço resfriado bruscamente (na salmoura), cria um novo tipo de grão, mais duro (martensita). Tensões Internas ● Recozimento = recristalização encruamento=/ ● Tensões internas > remédio = tratamento térmico. ● Para o aço ficar mais mole, mais macio, ele não pode conter tensões internas. ● Tensões internas tem diversas causas. ● Surgem já na sua fabricação. ● Na solidificação, ele resfria com velocidade diferente na superfície e no núcleo, dando origem a grãos com formas diferentes entre sí. ● As diferenças de tamanho provocam tensões na estrutura do aço. ● Elas também surgem em processos de fabricação à frio. ● Na prensagem da chapa, os grãos são deformados e empurrados pelo martelo. ● Na laminação, os grãos são comprimidos uns com os outros. ● Grãos deformados não possuem a mesma resistência que grãos normais. ● Tensões internas podem causar empenamento, corrosão ou ruptura. Recozimento subcrítico ● Tratamento térmico para alívio de tensões ● Peça é aquecida lentamente até uma temperatura abaixo da zona crítica. ● Tensões são aliviadas sem alterar a estrutura do material (ferrita e perlita não se transformam em austenita). ● Depois de um tempo, a o forno é desligado e a peça é resfriada ali mesmo. ● Alivia tensões interna que surgem na solidificação do aço, trabalhos de deformação a frio, soldagem, usinagem e quando submetido a grandes esforços. Normalização ● Temperaturas muito acima da zona crítica, os graus de austenita crescem além da conta. ● Deixando o aço logo acima da zona crítica por muito tempo também provoca esse efeito. ● Uma granulação grosseira (grande), torna o material quebradiço, alterando suas propriedades. ● Trincas também se propagam com mais facilidade. ● Para evitar isso, usase a normalização. ● O aço é levado com uma temperatura acima da zona crítica e fica por umas 3 horas. ● Depois o forno é desligado e o aço é resfriado lentamente em uma bancada. ● Resultado: estrutura de grãos finos, distribuidos homogeinamente. Recozimento (pleno): ● Vários processos de fabricação é necessári que o aço esteja macio. ● Por esse tratamento, é possível diminuir sua dureza, aumentar ductilidade, melhorar capacidade de usinagem e ajustar tamanho do grão. ● Elimina irregularidades de tratamentos térmicos ou mecânicos sofrido antes. ● Aço aquecido acima da zona crítica, e depois de um tempo, o forno é desligado e a peça é resfriada ali mesmo. ● Aços mais duros tem alto teor de carbono e certo arranjo cristalino (muita cementita). ● Recozimento não basta para baixar a dureza. Tempera ● Processo que aumenta a dureza do aço. ● Confere uma vida mais longa a ferramenta, resistindo melhor a desgastes e deformações. ● Aquecimento do aço acima da zona crítica. ● Fica na temperatura durante o tempo necessário para os grãos se tornarem todos em austenita. ● Resfriamento brusco: peça retirada do fogo e mergulhada em água. ● Temperatura cai de 850ºC para 20ºC em praticamente um instante. ● Austenina não tem tempo de se transformar em ferrita, perlita ou cementita. ● Se transforma diretamente em martensita. ● Esse resfriamento produz uma deformação na estrutura formada, criando uma tensão no material, aumentando a dureza. Cuidados no resfriamento: ● Resfriamento brusco pode causar choque térmico na peça, gerando trincas, empenamentos, deformações, etc. ● Dependendo da composição química do aço, seu resfriamento deve ser menos brusco (mergulho no óleo, jato de ar). Revenido ● Boa resistência a choques e alongamentos > têmpera cria uma série de tensões internas que prejudicam essas propriedades. ● Depois da têmpera, a peça vai para o forno a temperatura abaixo da zona crítica. ● Peça é retirada do forno e resfriada normalmente ao ar. ● É aplicado em peças que já passaram pela têmpera, a fim de corrigir o excesso de dureza, aliviando ou removendo as tensões internas. Infelizmente, logo agora que o Caio está fervendo, o Ananias dá um stop nessa parte da matéria da P1.