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1 Universidade Federal de Santa Catarina Departamento de Engenharia Elétrica Eletrônica Básica Laboratório 1 Objetivos Verificar a resposta em frequência do amplificador inversor e do integrador com perdas. Introdução • Integrador com Perdas O integrador com perdas é apresentado na figura 1. Considerando-se um amplificador operacional ideal pode-se mostrar que: ( ) ( ) ( ) o c i c V s K H s V s s ω ω = = + (1) onde ( )1 F I c F F K R R R Cω = − = (2) Assumindo s = jω então K é o ganho em corrente contínua (DC), e ωc é a frequência (angular) de corte ou de meia potência, isto é, a frequência na qual a amplitude decai para 1/ 2 do valor em DC. Vo + - Vi RfRi Cf Figura 1. Integrador com perdas. 2 • Medidas de Defasagens Um osciloscópio de duplo traço permite que dois sinais periódicos sejam observados simultaneamente. A diferença de fase entre dois sinais senoidais pode ser facilmente medida de duas formas diferentes: 1. Medição do tempo (divisões na tela do osciloscópio) entre a ocorrência de cruzamentos por zero (ou outro ponto de referência como, por exemplo, o pico máximo ou mínimo). 2. Observação da curva de Lissajous. No primeiro procedimento (Figura 2) a diferença de fase entre os dois sinais senoidais pode ser calculada através de uma regra de três: número de divisões de um ciclo completo 2 (ou 360 ) número de divisões da defasagem π θ ↔ ° ↔ (3) de forma que número de divisões da defasagem 2 número de divisões de um ciclo completo θ π= × (4) No segundo procedimento utiliza-se o modo X-Y do osciloscópio, onde um dos canais é associado à varredura horizontal e o outro à varredura vertical. As figuras visualizadas na tela do osciloscópio serão elipses cuja forma e inclinação dependem do ângulo de defasagem entre os dois sinais. A Figura 3 mostra a combinação dos dois sinais e a elipse resultante. O sinal VH(t) é utilizado como referência (fase 0°). A medida a é a amplitude do sinal VV(t) no instante de tempo em que ocorre o valor máximo (de pico positivo) de VH(t) enquanto que a medida b é a amplitude máxima (de pico positivo) do sinal VV(t). Definindo: ( ) ( )senVV t b tω φ= ⋅ + (5) então, para t = 0 temos ( )sen 0a b ω φ= ⋅ ⋅ + (6) e portanto ( )arcsen a bφ = (7) ou seja, a defasagem entre ambos os sinais pode ser calculada através dos valores a e b (ou múltiplos destes, por exemplo 2a e 2b). 3 Figura 2. Medidas de defasagem no tempo. Figura 3. Medidas de defasagem utilizando o modo XY. Pré-Relatório 1. Apresente a sequência de passos para obtenção da equação 1. 2. Determine a expressão literal para a magnitude (em dB) da equação 1 (G(ω) = 10⋅log10(H(ω)⋅H * (ω))). 3. Determine a expressão literal para a fase da equação 1. 4. Para ambas as configurações, amplificador inversor e integrador com perdas: (a) apresente a equação numérica (substituição dos valores dos componentes na expressão literal); (b) calcule e apresente sob a forma de tabela os valores de magnitude (em dB) e fase (em graus) para as seguintes freqüências: 0, 10, 20, 50, 100, 200, 500, 1000, 5000, 10000 Hz. Assuma que o amplificador operacional é ideal, RI = 10 kΩ, RF = 100 kΩ e CF = 6,8 nF. Deixe espaço nas tabelas para a confrontação com os resultados experimentais. 5. Trace os resultados obtidos no item anterior em papel monolog. Utilize folhas separadas, para cada configuração, para que seja possível, posteriormente, a comparação com os resultados experimentais. 4 6. Determine teoricamente a frequência de corte de ambas as configurações (em Hz). 7. No caso do integrador com perdas assume-se que para T << RFCF (onde T = 1/f é o período do sinal) o circuito comporta-se como um integrador ideal. Observando a curva de magnitude você saberia dizer o motivo? 8. A implementação do circuito apresentado na Figura 1 sem o componente RF é chamada de integrador Miller. Porque não a utilizamos na prática? Laboratório • Estudo do Amplificador Inversor 1. Monte o amplificador inversor (Figura 1 sem o capacitor CF) com os seguintes componentes LM 741, RI = 10 kΩ e RF = 100 kΩ. 2. Aplique vI(t) = 0,5 V (DC) e meça vo(t). Verifique se o resultado prático confere com o teórico esperado. Este item serve apenas para verificar se a configuração foi montada adequadamente. 3. Com o gerador de função acoplado à entrada e ajustado para produzir estímulos senoidais (utilize uma amplitude que não acarrete saturação ou distorções na saída do circuito), faça a medição da magnitude e da fase para os valores de frequência avaliados no pré-relatório. Preencha a tabela e trace o gráfico de forma sobreposta ao resultado teórico (utilize outra cor). Os resultados do experimento prático concordam com a teoria? Houve alguma discrepância significativa? Você poderia explicar o motivo? • Estudo do Integrador com Perdas 1. Monte o integrador com perdas (Figura 1) com os seguintes componentes LM 741, RI = 10 kΩ, RF = 100 kΩ e CF = 6,8 nF. Para tanto, basta adicionar o capacitor à configuração inversora. 2. Com o gerador de função acoplado à entrada e ajustado para produzir estímulos senoidais (utilize uma amplitude que não acarrete saturação ou distorções no sinal de saída), faça a medição da magnitude e da fase para os valores de frequência avaliados no pré-relatório. Preencha a tabela e trace o gráfico de forma sobreposta ao resultado teórico (utilize outra cor). Os resultados do experimento prático concordam com a teoria? Houve alguma discrepância significativa? Você poderia explicar o motivo?