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USO DE PLANTAS NA RECUPERAÇÃO DE SOLOS CONTAMINADOS A recuperação de solos contaminados é um desafio ambiental significativo em todo o mundo devido à poluição por diversos agentes, como metais pesados, pesticidas e produtos químicos industriais. Uma abordagem promissora e sustentável para mitigar os efeitos da contaminação do solo é o uso de plantas, um processo conhecido como fitorremediação. Este método envolve o cultivo de plantas que possuem a capacidade natural ou são geneticamente modificadas para absorver, acumular ou degradar contaminantes do solo. A fitorremediação pode ser realizada de várias formas, dependendo do tipo de contaminante presente no solo. Plantas hiperacumuladoras são aquelas que têm a capacidade de absorver grandes quantidades de metais pesados como cádmio, chumbo, zinco, entre outros, através de suas raízes. Essas plantas não apenas absorvem os metais do solo, mas também os transportam para cima através do caule e os acumulam em suas partes aéreas, facilitando sua remoção do ambiente contaminado. Além das plantas hiperacumuladoras, existem as plantas que são capazes de degradar compostos orgânicos, como pesticidas e hidrocarbonetos, através de processos como a fitorremediação estimulada por microrganismos associados às raízes das plantas. Este método combina as habilidades das plantas para promover o crescimento de microrganismos benéficos que degradam os contaminantes orgânicos no solo, resultando na descontaminação gradual ao longo do tempo. A escolha das espécies vegetais adequadas para a fitorremediação depende das condições específicas do solo contaminado, como pH, textura e tipo de contaminante. Por exemplo, solos ácidos podem favorecer o crescimento de certas plantas adaptadas a essas condições, enquanto solos alcalinos podem requerer diferentes estratégias de escolha de plantas. Além disso, fatores climáticos e de disponibilidade hídrica também influenciam na eficiência da fitorremediação, pois afetam o crescimento e a saúde das plantas utilizadas no processo.