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AVALIAÇÃO FISICO FUNCIONAL E IMAGINALOGIA

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Prévia do material em texto

FERNANDA VICENZI PAVAN
ORGANIZADOR
JULIANA DALCIN DONINI E SILVA
AVALIAÇÃO 
FÍSICO 
FUNCIONAL E 
IMAGINOLOGIA
Coordenador(a) de Conteúdo 
Juliana Dalcin Donini e Silva
Projeto Gráfico e Capa
Arthur Cantareli Silva
Editoração
Alan Diego Hordina; Edinei Tomelin; 
Laura Janke; Lilian Andreia Hasse 
Design Educacional
Vanessa Graciele Tibúrcio
Revisão Textual
Graziele Bento Porto; 
 Ariane Andrade Fabreti
Ilustração
Eduardo Aparecido Alves
Fotos
Shutterstock e Envato
Impresso por: 
Bibliotecária: Leila Regina do Nascimento - CRB- 9/1722.
Ficha catalográfica elaborada de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Núcleo de Educação a Distância. PAVAN, Fernanda Vicenzi.
Avaliação Físico Funcional e Imaginologia / Fernanda Vicenzi Pavan; 
organizador: Juliana Dalcin Donini e Silva. - Florianópolis, SC: Arqué, 2024.
272 p.
ISBN papel 978-65-6083-749-2
ISBN digital 978-65-6083-748-5
1. Avaliação 2. Físico 3. Funcional 4. Imaginologia 5. EaD. I. Título. 
CDD - 796.077 
EXPEDIENTE
FICHA CATALOGRÁFICA
N964
02511560
RECURSOS DE IMERSÃO
ACESSE AQUI ESTE 
MATERIAL DIGITAL!
Utilizado para temas, assuntos ou con-
ceitos avançados, levando ao aprofun-
damento do que está sendo trabalhado 
naquele momento do texto. 
APROFUNDANDO
Uma dose extra de 
conhecimento é sempre 
bem-vinda. Aqui você 
terá indicações de filmes 
que se conectam com o 
tema do conteúdo.
INDICAÇÃO DE FILME
Uma dose extra de 
conhecimento é sempre 
bem-vinda. Aqui você 
terá indicações de livros 
que agregarão muito na 
sua vida profissional.
INDICAÇÃO DE LIVRO
Utilizado para desmistificar pontos 
que possam gerar confusão sobre o 
tema. Após o texto trazer a explicação, 
essa interlocução pode trazer pontos 
adicionais que contribuam para que 
o estudante não fique com dúvidas 
sobre o tema. 
ZOOM NO CONHECIMENTO
Este item corresponde a uma proposta 
de reflexão que pode ser apresentada por 
meio de uma frase, um trecho breve ou 
uma pergunta. 
PENSANDO JUNTOS
Utilizado para aprofundar o 
conhecimento em conteúdos 
relevantes utilizando uma lingua-
gem audiovisual.
EM FOCO
Utilizado para agregar um con-
teúdo externo.
EU INDICO
Professores especialistas e con-
vidados, ampliando as discus-
sões sobre os temas por meio de 
fantásticos podcasts.
PLAY NO CONHECIMENTO
PRODUTOS AUDIOVISUAIS
Os elementos abaixo possuem recursos 
audiovisuais. Recursos de mídia dispo-
níveis no conteúdo digital do ambiente 
virtual de aprendizagem.
4
ACESSE AQUI ESTE 
MATERIAL DIGITAL!
U N I D A D E 1
PARA QUÊ, QUANDO, COMO E O QUE AVALIAR: AVALIAÇÕES DA COLUNA 8
U N I D A D E 2
AVALIAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES PERIFÉRICAS 44
U N I D A D E 3
FICHAS DE ANAMNESE: INSTRUMENTOS PARA AVALIAR A FUNÇÃO FÍSICA 80
U N I D A D E 4
AVALIAÇÃO FÍSICO-FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO – ANÁLISE DA POSTURA, DO 
MOVIMENTO, DO TÔNUS MUSCULAR E DA SENSIBILIDADE 102
U N I D A D E 5
AVALIAÇÃO FÍSICO-FUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO – ESCALAS DE AVALIAÇÃO 
EM NEUROLOGIA 132
U N I D A D E 6
GROSS MOTOR FUNCTION CLASSIFICATION SYSTEM (GMFCS)/AVALIAÇÃO DO 
DESENVOLVIMENTO MOTOR 162
U N I D A D E 7
OBTENÇÃO DO HISTÓRICO DO PACIENTE, MECÂNICA RESPIRATÓRIA, INSPEÇÃO 
ESTÁTICA E INSPEÇÃO DINÂMICA 186
U N I D A D E 8
PALPAÇÃO DE TÓRAX E TRAQUEIA, PERCUSSÃO E AUSCULTA PULMONAR 218
U N I D A D E 9
MANOVACUOMETRIA, VENTILOMETRIA, PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO, 
ESPIROMETRIA E IMAGINOLOGIA 240
5
CAMINHOS DE APRENDIZAGEM
UNIDADE 1
MINHAS METAS
PARA QUÊ, QUANDO, 
COMO E O QUE AVALIAR: 
AVALIAÇÕES DA COLUNA
Saber como, quando e por que avaliar.
Descrever os componentes de uma avaliação físico-funcional da coluna.
Saber como realizar uma avaliação físico-funcional da coluna.
Compreender a importância da imaginologia como meio auxiliar na avaliação.
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 1
8
INICIE SUA JORNADA
Estudante, seja bem-vindo(a) ao seu processo de construção do conhecimento 
sobre avaliação fisioterapêutica, tema que é um dos mais aguardados durante a 
jornada acadêmica e que vai te acompanhar durante toda sua formação e depois 
dela, sendo parte fundamental na sua prática profissional. Neste tema, o enfoque 
da avaliação será para o sistema musculoesquelético e osteoarticular, de que 
maneira contribuem para estabelecer o diagnóstico cinético-funcional dado pelo 
profissional fisioterapeuta, definição dos objetivos do tratamento e do plano te-
rapêutico, prognóstico e os resultados desejados. 
A arte de avaliar o paciente envolve conhecimento teórico-prático com treino 
de habilidades, a capacidade de atribuir associações entre o que se ouve como 
relato da história clínica que você adquire a partir da anamnese. A anamnese é 
o termo que usamos para nos referir à entrevista que fazemos com o paciente no 
nosso primeiro contato com ele(a), com um universo de informações que traze-
mos com base no nosso conhecimento prévio adquirido por meio da experiência. 
Esse momento da escuta ativa, em que o paciente ou um cuidador/familiar re-
lata a história clínica é a base para a construção do seu raciocínio clínico e tomada 
de decisões. A partir desta entrevista, será possível conhecer quem é seu paciente. 
A anamnese começa pela coleta das informações pessoais, que possuem extrema 
relevância para identificar desde o início características importantes deste(a) pa-
ciente, como a idade e sua ocupação, pois muitas doenças ou disfunções muscu-
loesqueléticas e osteoarticulares podem estar relacionadas com a fase da vida que 
o paciente está e também com o tipo de atividade profissional que ele desenvolve. 
As doenças ocupacionais constituem um grupo multivariado de doenças ou 
lesões causadas por movimentos repetitivos, posicionamentos incorretos, manu-
tenção de posturas ao longo do tempo de maneira estática, excesso de transporte 
de peso ou transporte com compensações posturais, as quais, são apenas alguns 
exemplos de condições que dentro da sua realidade ou da sua família você pode 
ter em algum momento ouvido relato ou experimentado. 
Essa conversa inicial poderá ser decisiva para você estabelecer uma cons-
trução do que será avaliado fisicamente neste(a) paciente, como será realizada 
a avaliação em relação aos procedimentos e instrumentos que poderão ser ne-
cessários, e que serão aplicáveis a um segundo momento neste processo, que é 
o exame físico. 
UNICESUMAR
9
TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Neste tema, você estudará todas as etapas envolvidas no processo de avaliação usa-
das pelo profissional fisioterapeuta. Para te auxiliar a construir seu raciocínio clínico, 
vamos definir quais etapas são essas que você utilizará no seu momento de avaliação. 
Olá, estudante! Neste momento do seu aprendizado, iremos direcioná-lo(a) para um 
podcast. Preparamos este conteúdo sobre o tema de Princípios da avaliação física e 
funcional: coluna vertebral, para que você possa agregar mais informações ao seu co-
nhecimento dentro da atuação do profissional fisioterapeuta. Neste podcast, além da 
abordagem sobre o processo de avaliação, também apresentaremos dados estatísti-
cos epidemiológicos de alterações muito comuns que acometem a coluna vertebral, 
demonstrando a importância de uma avaliação detalhada e com embasamento teó-
rico-prático. Não deixe de ouvir e aprofundar seu conhecimento! Recursos de mídia 
disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
PLAY NO CONHECIMENTO
VAMOS RECORDAR?
Neste conteúdo, você está aprendendo sobre como, quando e por que realizar uma 
avaliação físico-funcional do sistema osteoarticular e musculoesquelético. Então, para 
você conseguir elaborar um raciocínioclínico, é importante que você saiba como 
estruturar uma avaliação e descrever os componentes de uma avaliação físico-
funcional da coluna, ombro, cotovelo, punho, mão, quadril, joelho, tornozelo e pé. 
Pensando nas estruturas do sistema osteoarticular e musculoesquelético, vamos 
recordar quais são elas? O sistema osteoarticular e musculoesquelético são 
formados por ossos, músculos, articulações, tendões, ligamentos e cápsula articular. 
A importância deste conhecimento é devido à presença de alguma doença ou 
lesão que pode ser a causa da queixa principal do(a) paciente, como exemplo, uma 
torção do tornozelo que é denominada como entorse. Em um quadro clínico onde 
o paciente possui entorse, ele pode apresentar vários sinais e sintomas devido 
à lesão. Dentre eles, destacam-se, a presença de edema, hematoma e dor. De 
acordo com a gravidade da lesão, uma ou mais estruturas do sistema osteorticular 
e musculoesquelético pode estar comprometida. Em caso de entorse, o paciente 
pode apresentar uma fratura associada, que é a quebra de osso, além da ruptura 
parcial ou total de tendão e/ou ligamentos, estiramento muscular. Atletas de alto 
rendimento em época de competição podem ter entorse associada à fratura pelo 
treinamento intenso sem períodos de descanso adequados. 
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1
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
A partir deste momento, você começará a conhecer mais sobre avaliação. Neste 
tema de aprendizagem, você construirá o seu conhecimento sobre avaliação, sua 
importância, como ela é realizada e constituída. 
Você deve compreender que o seu contato inicial com o(a) paciente na ava-
liação é como criar um laço, estabelecer um vínculo de confiança entre pacien-
te-fisioterapeuta, que precisa ser adquirido através de responsabilidade, conhe-
cimento, acolhimento e disponibilidade para ouvir. 
Você já aprendeu que a primeira delas será a anamnese, que é essa entrevista 
feita de primeiro contato. A anamnese é o início desse processo de conhecimento, 
é a primeira etapa da sua avaliação. A anamnese pode ser compreendida como 
sendo uma entrevista entre você e o(a) paciente, cuidador e/ou familiar. Em 
alguns casos, o(a) paciente pode apresentar ausência da fala ou não conseguir se 
expressar com profundidade sobre seu problema e história, sendo muitas vezes 
necessária a presença de um acompanhante, principalmente em casos de pa-
Veja a importância de você precisar saber sobre os sistemas corporais, e com 
profundidade. Então, para que você consiga realizar uma avaliação de qualidade, é 
necessário saber a localização e a função de cada uma dessas estruturas. 
A seguir, recordaremos algumas delas que podem estar relacionadas ao 
exemplo citado:
• Ossos: sustentação, movimentação do corpo, proteção de órgãos internos.
• Músculos: produção dos movimentos do corpo, manutenção da postura e da 
posição corporal, geração de calor.
• Articulações: conexão entre os ossos da estrutura esquelética a outros ossos 
e cartilagens.
• Tendões: conexão entre os músculos aos ossos, garantindo o movimento.
• Ligamentos: conexão dos ossos entre si, promovendo estabilidade articular.
• Cápsula articular: membrana que envolve a articulação, reduzindo o atrito.
Nós sugerimos que você revise seu conhecimento básico em anatomia. Você 
pode também utilizar a nossa sugestão a seguir para estudar sobre as estruturas 
anatômicas e as funções da coluna vertebral.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
cientes pediátricos ou idosos. Ela é constituída por duas etapas, a identificação 
do(a) paciente através da coleta das informações pessoais; e uma segunda parte 
que é a sua história clínica. 
A identificação deste(a) paciente conta com a coleta de nome, idade, endere-
ço, escolaridade, ocupação, telefone de contato e o diagnóstico clínico ou hipótese 
diagnóstica, quando ainda não existe um diagnóstico fechado pelo médico(a) 
responsável. É bastante importante ter a identificação deste profissional para 
possível contato, visto que, sabemos que a integralidade do cuidado envolve na 
maioria das vezes, a atuação de uma equipe multidisciplinar. 
Um exemplo sobre a situação trazida é a presença de dor, o afastamento do tra-
balho, do convívio social ou restrições na realização das suas próprias atividades 
de vida diárias (AVDs), que pode resultar em problemas emocionais, como a de-
pressão e a ansiedade, e desta forma, a necessidade de acompanhamento médico 
e psicológico, pois muitas vezes o resultado da sua sessão de fisioterapia ou da 
evolução do tratamento podem estar abaixo do esperado porque o(a) paciente 
não está com a saúde mental equilibrada, influenciando em diversos aspectos da 
sua vida, incluindo também sua melhora física. 
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1
Você já parou para pensar nisso? De que o conceito de saúde proposto pela OMS 
(Organização Mundial de Saúde) se refere a uma sensação completa de bem-estar 
físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças ou enfermidades? Então, 
quanto mais informações você coletar neste seu primeiro contato com o(a) paciente 
será valioso para você nas próximas etapas da construção da sua avaliação. 
Após a aquisição das informações pessoais, passamos para uma próxima etapa, 
que é a história clínica. Essa história clínica, podemos entender exatamente como 
destinada a conhecer todos os aspectos clínicos que trouxerem esse(a) paciente até 
você. A história clínica tem início pela queixa principal do paciente, que embora 
grande parte dos(as) pacientes tenham vários sintomas e manifestações clínicas, 
a queixa principal, como ela própria se expressa, é de tudo o que você pode estar 
sentindo ou de todas as suas condições, o que mais te incomoda? Qual a principal 
razão de ter me procurado? E assim, você começa a de fato, entrar no universo 
deste(a) paciente. Muitas vezes, esse(a) paciente pode apresentar não apenas um, 
mas um conjunto de sintomas e manifestações clínicas, e desta forma, é importante 
para o profissional fisioterapeuta traçar um plano de tratamento para contemplar 
todos os objetivos de tratamento, e, além disso, por onde começar. Após a queixa 
principal, seguimos conhecendo de maneira mais aprofundada esse(a) paciente. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
 Na sequência, são coletadas informações sobre a história atual da condição des-
te(a) paciente que denominamos como história da doença atual, que expressa 
o que ele(a) possui no momento da avaliação, e na sequência a história pregressa, 
que é tudo o que ele apresenta relacionado à sua condição atual ou não. A história 
da doença atual, momento em que o(a) paciente relata seu problema a você e 
conta sobre sua doença ou disfunção, como ocorreu, o tempo que a possui, como 
está se sentindo e apresenta os sintomas com as manifestações clínicas presente 
no dia da avaliação inicial. Após a história da doença atual, é importante conhecer 
a história da doença pregressa, que está relacionada a dados deste(a) paciente 
referentes a essa condição atual ou não, compreendendo outras doenças que já 
teve ou algum fator que possa contribuir com o quadro clínico atual. Além da his-
tória da doença atual e pregressa, também faz parte da história clínica a história 
familiar. A história familiar também tem grande relevância na anamnese, pois 
pode apresentar informações importantes diretamente relacionadas à doenças 
hereditárias, mas também para conhecer o perfil familiar. Em determinadas si-
tuações, o quadro clínico do(a) paciente pode ter relação com alguma doença ou 
disfunção de origem genética e hereditária. Além destas partes, a história sobre 
medicamentos, hábitos de vida diária, doenças associadas, e histórico de exames 
complementares, poderão auxiliá-lo(a) na sua avaliação. 
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4
Uma próxima etapa na construção da sua avaliação é o exame físico, que 
é realizado após a anamnese. O exame físico permitirá descrever e detalhar a 
condição clínica do(a) paciente. Inicialmente, é feita a coleta dos sinais vitais, 
seguida da inspeção, palpação, percussão e vibração, quando necessárias, e a 
utilizaçãode testes específicos para avaliar amplitude de movimento, força mus-
cular e avaliação postural. Em muitas situações, o profissional fisioterapeuta pode 
selecionar outras avaliações que sejam pertinentes de acordo com cada paciente, 
daí a importância da avaliação específica. 
 A avaliação dos sinais vitais incluem a mensuração da pressão arterial, 
temperatura, frequência cardíaca e frequência respiratória. Na sequência, as 
próximas etapas incluem a inspeção, que pode ser dividida em estática e dinâ-
mica. A inspeção consiste na observação do(a) paciente. Realiza-se a inspeção 
estática, que permite observar coloração, presença de edemas, hematomas, 
cicatrizes, alterações posturais. A inspeção dinâmica, é quando o(a) paciente é 
solicitado(a) a realizar um movimento, que podemos usar os seguintes exem-
plos: levantar-se e se sentar, a marcha. O’Sullivan e Schmitz (2004) sugerem 
que a palpação venha logo após a observação. 
Para que você possa obter um resultado fidedigno da palpação é imprescin-
dível que você tenha um conhecimento vasto de anatomia e faça uma abordagem 
sistemática. Todas as estruturas de uma superfície corpórea devem ser palpadas 
antes de se palpar outra superfície. O lado não envolvido deve ser examinado 
primeiro para servir de modelo normativo para comparação. A avaliação deve 
ser consistente e minuciosa. Você deve estar se perguntando: “mas, o que devo 
palpar?”, você deve palpar ossos, tecidos moles e pele, alterando a pressão tátil 
conforme estruturas a serem palpadas. Por exemplo, você usará de pressão leve 
para palpar a pele, porém, usará de pressão mais forte para palpar ossos. 
Se o(a) paciente apresentar outras doenças associadas podem ser realiza-
das adicionalmente a ausculta pulmonar e/ou cardíaca, percussão ou vibra-
ção. Além destas etapas tradicionais que constam em uma avaliação, testes 
específicos podem ser muitas vezes necessários e exames de imagem para 
traçar uma visão integral deste(a) paciente, para que consiga concluir o seu 
diagnóstico cinético-funcional e estabelecer seus objetivos e protocolo de 
tratamento. Dentre eles, podemos destacar, avaliação da força muscular, da 
amplitude de movimento e da postura.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Neste momento da sua aprendizagem, nós falaremos sobre avaliações da coluna 
vertebral, que é considerada a base de sustentação corporal, e que é uma parte do 
corpo humano que é bastante utilizada nas AVDs e no trabalho, estando relaciona-
da com diversas doenças e alterações devido à sobrecarga e posturas inadequadas.
Você pode se perguntar: quais seriam os objetivos de se realizar uma avaliação 
na prática cotidiana do profissional fisioterapeuta. Segundo O’Sullivan e 
Schmitz (2004) e Porter (2005), os objetivos de se realizar uma avaliação 
musculoesquelética e osteoarticular são:
• Determinar a presença ou ausência do comprometimento envolvendo músculos, 
ossos e articulações.
• Identificar os tecidos específicos que estão causando o comprometimento.
• Identificar os fatores que predispuseram ou emergiram a partir da desordem.
• Ajudar a formular objetivos do plano terapêutico, resultados desejados e 
intervenções fisioterapêuticas apropriados.
• Determinar adaptações e indicar, quando necessário, equipamentos de órtese 
e prótese para melhorar a habilidade funcional nas atividades cotidianas, 
ocupacionais e recreativas.
• Verificar a efetividade do tratamento fisioterapêutico.
Tão importante quanto saber por que o fisioterapeuta deve avaliar o(a) paciente, 
é saber quando avaliar. Identificar os principais objetivos e razões da avaliação 
são essenciais para estabelecer desde o diagnóstico cinético-funcional, bem como 
definir objetivos de tratamento de curto, médio e longo prazo que se espera atin-
gir ao longo da reabilitação. 
Uma pergunta importante que você pode perguntar no momento da anamnese 
é: “que resultados você espera com a fisioterapia?” Conhecer as expectativas do(a) 
paciente pode permitir ao fisioterapeuta discutir e acordar os objetivos de tratamento 
com ele(a), para que construam esse caminho no processo da reabilitação juntos. 
Para saber quando o(a) paciente deve ser avaliado, Porter (2005) sugere al-
guns momentos diferentes, conforme apresentados a seguir:
 ■ No primeiro contato com o paciente: é de extrema importância realizar 
uma avaliação inicial para determinar os problemas do paciente e esta-
belecer um plano de tratamento.
1
1
 ■ Durante o tratamento: é muito apropriado realizar a avaliação enquanto 
se realiza o tratamento, para certificar-se de qualquer melhora ou declínio 
nas condições do paciente e perceber o momento que ela ocorre.
 ■ Antes de cada tratamento: o paciente deve ser reavaliado utilizando-se 
marcadores objetivos e subjetivos de forma a perceber a eficácia da in-
tervenção fisioterapêutica.
 ■ No início de cada novo tratamento: para determinar a duração dos efeitos 
do tratamento ou dos efeitos que outras atividades possam ter sobre os 
sinais e sintomas do paciente.
SINAIS OU SINTOMAS COMO BANDEIRAS VERMELHAS 
SINALIZADORAS 
O fisioterapeuta é considerado um profissional de saúde de primeiro contato, 
e atuar nesta posição torna importante que na sua avaliação inicial faça uma 
investigação sobre a presença de red flags (bandeiras vermelhas). As red flags 
podem ser conceituadas como sinais ou sintomas que sugerem a presença de 
alterações em um ou mais sistemas do corpo deste(a) paciente e que podem estar 
relacionados com os problemas relatados durante a conversa inicial. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Qual a relevância de serem avaliadas as red flags, você pode se perguntar? 
E a resposta utilizando como base as diretrizes é a identificação das red flags 
como recomendação com objetivo de excluir patologias específicas e visualizar 
se há presença de fatores de riscos associados, como infecções, câncer ou fraturas 
(HENSCHKE; MAHER; REFSHAUGE, 2008). Então, acrescentar as red flags no 
seu processo de avaliação pode ser útil para chegar com maior precisão ao seu 
diagnóstico cinético-funcional. 
O QUE E COMO AVALIAR?
Você já aprendeu sobre os objetivos e momentos de quando se deve avaliar o(a) 
paciente, certo? Agora vamos dar seguimento levando você a continuar cons-
truindo seu conhecimento em avaliação. Vamos retomar as etapas da avaliação, 
mas agora incluindo o que e como o profissional fisioterapeuta avalia. Para isso, 
vamos pensar no seguinte caso clínico: Mulher, 70 anos, com queixa principal 
de dor no ombro direito há 1 mês e diagnóstico clínico de bursite após consulta 
médica. A paciente apresenta dor e limitação de movimento ao exame físico. 
Com base no que você aprendeu até agora sobre avaliação, inicialmente de-
ve-se realizar a anamnese com essa paciente, que é a entrevista, para começar a 
primeira etapa da avaliação, seguida da coleta da sua história clínica e demais 
informações sobre estilo de vida, presença de doenças associadas e um ponto 
importante, é saber se ela tem algum exame complementar realizado. A partir 
daí o fisioterapeuta dará sequência ao exame físico, avaliando os sinais vitais 
e os testes específicos. Neste caso em especial, a paciente sente dor, e você em 
algum momento da sua vida, pode já ter experimentado algum quadro de dor, 
ou até mesmo, em situações diferentes, como em uma queda, ao se chocar com 
algum móvel ou maçaneta da porta, que nos faz quase instantaneamente levar 
uma das mãos ao local da dor. Você deve ter se imaginado em uma situação pa-
recida com essas ou até mais complexa. Agora, busque trazer à sua memória, as 
características desta dor, se ela era em pontada, queimação, em que período ou 
em que atividade ela se intensificava ou reduzia. É assim que você deve também 
questionar seus pacientes, buscando adquirir o maior número de informações 
possíveis a respeito dos seus sintomas e manifestações clínicas. 
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De acordo com a Associação Internacional do Estudo da Dor (IASP), a dor 
pode ser definida como uma experiência sensoriale emocional desagradável as-
sociada a dano tecidual real ou potencial, ou descrita em termos de tal dano. A dor 
pode ser classificada em relação à duração e ao tipo. Em relação à duração, pode ser 
dividida em dor de curta duração ou crônica. A dor de curta duração, pode servir 
como um sinal de alerta para o corpo e pode ser aplicada aos exemplos acima como 
a batida de uma parte do corpo em um objeto. A dor crônica é considerada como 
uma dor prolongada, com duração igual ou superior a três meses (BRASIL, 2012). 
Quanto ao tipo, a dor pode ser dividida em: dor nociceptiva e não nocicep-
tiva. A dor nociceptiva surge a partir de estímulos sensíveis a temperatura e vi-
bração, que é dividida em dor visceral (origem nos órgãos internos, pode indicar, 
por exemplo, uma infecção ou inflamação, neoplasias é descrita como uma dor 
profunda, subjetiva e pode causar náuseas, aumento da pressão arterial e palidez) 
e a dor somática (origem na pele, músculos, articulações, ossos ou ligamentos, 
pode indicar uma queimadura na pele, fratura óssea, ruptura de tendões). 
Já a dor não nociceptiva não está associada a estímulos sensíveis, é produzida 
por disfunções nas células nervosas, dividida em dor neuropática (difícil diagnós-
tico, devido a uma etiologia múltipla e variada. Indivíduo pode ter sensações de dor 
em queimadura, formigamento, dormência, causando alterações nos movimentos, 
insônia, depressão) e dor simpática (causada pela hiperatividade da parte simpá-
tica do sistema nervoso que controla o fluxo sanguíneo nos tecidos, frequente após 
fratura ou lesão muscular, com sensação de dor ao redor do local e perifericamente 
aos membros, com temperatura local aumentada) (JANEIRO, 2017). 
UNICESUMAR
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9
TEMA DE APRENDIZAGEM 1
É importante avaliar também a qualidade dos sintomas, por exemplo: “qual 
a intensidade de sua dor?” E você pode ajudá-lo a decifrar de que maneira é essa 
dor: “é uma dor latejante? Você consegue mostrar o local exato da sua dor?”. 
DE QUE FORMA E O QUE USAMOS PARA REALIZAR A 
AVALIAÇÃO DO PACIENTE?
A escala visual analógica da dor (EVA) é bastante utilizada na prática clínica 
do fisioterapeuta em pacientes que referem na sua entrevista a presença de dor. 
É uma escala numérica de 0 a 10, sendo que 0 corresponde a nenhuma dor e 10 
corresponde a pior dor que já passou. Veja na figura a seguir a ilustração da EVA.
Figura 1 – Escala Visual Analógica da Dor (EVA) / Fonte: Tagliolatto e Mitsuushi (2018, p. 54).
Descrição da Imagem: escala Visual Analógica da Dor (EVA), corresponde a uma escala numérica de mensuração 
da dor, em que 0 corresponde a nenhuma dor e 10 corresponde a pior dor que já passou.
Outra opção é o Questionário de dor McGill, separados em grupos de A a T, 
sendo o grupo A que sugere distúrbios vasculares; grupos B a H sugerem dis-
túrbios neurogênicos; grupo I sugere distúrbios musculoesqueléticos e grupos J 
a T sugerem transtornos emocionais. A pontuação é a soma dos sintomas que o 
paciente preenche: 4 a 8 = normal; 8 a 10 = foco excessivo na dor; 10 a 16 = um 
psicólogo pode ajudar; >16 = provavelmente não tem condições de responder 
aos procedimentos terapêuticos. Veja na figura a seguir como é apresentado o 
Questionário McGill.
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QUESTIONÁRIO DE DOR MCGILL
A. Vibração
Tremor
Pulsante
Latejante
Como batida
Como pancada
F. Fisgada
Puxão
Torção
K. Cansativa
Exaustiva
P. Chata
Incômoda
Desgastante
Insuportável
B. Pontada
Choque 
Tiro
G. Calor
Ardor
Fervente
Em brasa
L. Enjoada
Sufocante
Q. Espalhada
Irradiada
Penetrante
Atravessada
C. Perfurante
Maçante
Brocante
Penetrante
H. Formigamento
Coceira
Ardor
Ferroada
M. Temível
Apavorante
Aterrorizante
R. Aperta
Adormece
Repuxa
Espreme
Rasga
D. Fina
Cortante
Lacerante
I. Indistinta
Sensibilidade 
dolorosa
Dolorida
Intensa
Pesada
N. Castigante
Atormentadora
Cruel
Maldita
Mortal
S. Fria
Gelada
Congelante
E. Beliscão
Aperto
Mordida
Cólica
J. Sensível 
Esticada
Irritante
Fendida
O. Miserável
Enlouquecedora
T. Aborrecida
Nauseante
Agonizante
Pavorosa
Torturante
Quadro 1 – Questionário de dor McGill / Fonte: o autor.
Dando sequência à construção do seu raciocínio aplicado à avaliação, vamos abor-
dar agora alguns testes específicos comuns na prática clínica do fisioterapeuta. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Além da dor, é muito comum o fisioterapeuta também avaliar a amplitude de 
movimento, a força muscular, a postura e as AVDs. A amplitude de movimento 
é avaliada através da goniometria que é feita usando um instrumento chamado 
goniômetro. Chamamos de amplitude de movimento (ADM) a quantidade de 
movimentação de uma articulação. Ele permite realizar a medição dos ângu-
los articulares encontrados no corpo humano. Com essas medidas você pode 
determinar, por exemplo, a presença de disfunções, quantificar as limitações 
encontradas e comparar com avaliações anteriores. 
A força muscular pode ser avaliada através de testes de força muscular: teste 
muscular manual (TMM) e a dinamometria que é realizada por meio do dina-
mômetro. O TMM permite avaliar a capacidade de um músculo desenvolver tensão 
contra uma resistência e o fisioterapeuta utiliza uma escala que mede os graus de 
força muscular. O TMM utiliza o arco do movimento, a gravidade e a resistência 
aplicada manualmente pelo fisioterapeuta para testar e determinar os graus mus-
culares. O dinamômetro é um aparelho que mede força de forma mais objetiva do 
que no teste TMM. Podemos utilizar o dinamômetro de mão, que é usado para 
avaliar a força de preensão do paciente ou medir força do grupo muscular quando 
o paciente exerce força máxima; isométrico mede a força estática do músculo atra-
vés de instruções verbais; isocinético mede força de um grupo muscular durante 
movimento com velocidade constante. 
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GRAUS CRITÉRIOS
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Amplitude de movimento possível completa, contra a gravidade, forte 
resistência manual.
4
Amplitude de movimento completa, contra gravidade, resistência ma-
nual moderada.
3 Amplitude de movimento completa, contra gravidade, sem resistência.
2
Amplitude de movimento possível completa, gravidade minimizada, 
sem resistência.
1 Sem movimento observável, contração muscular palpável, sem resistência.
0 Sem contração muscular observável ou palpável.
Quadro 2 – Graduação de força muscular / Fonte: adaptado de O´Sullivan Schmitz (2004).
O teste TMM é comumente utilizado na nossa prática clínica por ser de fácil 
acesso e sem custos. Para realizá-lo, é preciso posicionar o paciente de modo que 
o músculo ou grupo muscular que está sendo testado se sustente ou se mova con-
tra a resistência da gravidade e passar as instruções para a realização do teste. Por 
exemplo, para testar a força muscular dos músculos extensores da coluna lombar, é 
recomendado que você posicione o paciente em decúbito ventral sobre uma maca, 
estabilizando seus membros inferiores. O paciente tenta manter o tronco suspen-
so em posição horizontal pela ação dos músculos extensores da coluna lombar. 
Se isso for bem tolerado pelo paciente, você ainda pode aplicar uma resistência 
gradual na parte distal da coluna e em uma direção oposta ao torque produzido 
pelo músculo/grupo muscular testado. Lembrando que na avaliação de membros 
superiores (MMSS) e membros inferiores (MMII), o lado contralateral também 
deve ser avaliado como comparativo se um membro apresenta maior grau de força 
do que o outro. O’Sullivan e Schmitz (2004) sugerem uma escala de 0 a 5 para medir 
o grau de força muscular, que você pode conhecer no quadro a seguir:
UNICESUMAR
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
A avaliação das atividades de vida diária deve entrar em sua avaliação. Essas ha-
bilidades dizem respeito às tarefas do dia a dia realizadas para o autocuidado, 
que compreendem: se alimentar, vestir, banhar, caminhar, ir ao banheiro. 
A avaliação postural se faz importante para que possamos observar alinha-
mentos, simetrias, através de vista anterior, posterior, lateral esquerda e direita. 
Após realizados os procedimentos citados,você será capaz de realizar o diagnós-
tico cinético-funcional, diagnóstico realizado pelo profissional fisioterapeuta.
VAMOS APRENDER COMO AVALIAR A COLUNA VERTEBRAL?
Tudo o que você aprendeu até aqui são informações que serão direcionadas a 
regiões específicas do corpo do(a) paciente identificadas pela anamnese e história 
clínica que precisarão ser avaliadas. 
Nós iniciaremos nossa abordagem da avaliação pela coluna vertebral e através 
da inspeção, que pode ser estática ou dinâmica. Para que a coluna seja inspecio-
nada, o(a) paciente precisa estar vestido adequadamente. A observação da coluna 
irá requerer que homens tirem a camisa e que mulheres usem apenas sutiã ou 
top (O’SULLIVAN; SCHMITZ, 2004).
VOCÊ SABE RESPONDER?
Você consegue imaginar como é feita a avaliação da coluna vertebral?
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Os fisioterapeutas utilizam bastante dois instrumentos, um é chamado de fio de 
prumo e o outro é chamado posturógrafo ou simetrógrafo (quadro formado por 
linhas verticais e horizontais). Para a avaliação, o paciente é solicitado a ficar numa 
postura natural, olhando para frente. Esse instrumento facilita para uma melhor 
visualização das disfunções posturais. Tradicionalmente, a avaliação inicia com a 
observação do corpo em três planos: frontal (anterior e posterior), perfil (sagital) 
e horizontal (transversal). A avaliação postural é importante para que possamos 
verificar os desequilíbrios e adequar a postura de cada indivíduo, favorecendo 
uma menor sobrecarga nas articulações, harmonia no sistema musculoesquelé-
tico e prevenindo o aparecimento de alterações na postura ou então informando 
o paciente sobre suas alterações posturais e como melhorá-las (VERDÉRI, 2003).
A coluna lombar e cervical são duas regiões muito comuns de encontrarmos 
alterações. A coluna lombar tem bastante incidência de hiperlordose e curvatu-
ra de escoliose, que são queixas comuns de dor. Realiza movimentos de flexão, 
extensão, rotação e inclinação lateral. É uma região que realiza grandes movi-
mentos, em consequência é a mais acometida com disfunções. Quando uma 
articulação do corpo tem seu movimento diminuído ou cessado, vamos colocar, 
como exemplo, a articulação do quadril, é comum afetar as regiões próximas, 
como a articulação sacroilíaca, as vértebras lombares, as articulações dos joelhos, 
pois são formas de compensar um movimento que está comprometido (HAM-
MOUD et al., 2004). Começar a entender como avaliar a partir da coluna verte-
bral, é importante, porque ela é a base de sustentação do corpo, e está conectada 
aos membros superiores e inferiores, o que reforça a sua visão de que o corpo 
é interligado, por isso é se faz necessário realizar uma boa avaliação postural e 
visualizar o paciente com um todo, não somente no local da queixa.
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Ao avaliar a coluna, na vista anterior e posterior o ponto de referência fixo 
fica entre os calcanhares e na vista lateral levemente anterior ao maléolo lateral. 
O paciente permanece numa postura natural. Devemos nos atentar às seguintes 
situações: a coluna deve estar na vertical e não deve haver rotação, flexão lateral, 
escoliose ou deslocamento. Anteriormente, as espinhas ilíacas anterossuperiores 
devem estar alinhadas horizontalmente e, posteriormente, os ombros, pregas 
da cintura, espinhas ilíacas póstero-superiores, pregas glúteas e pregas do joe-
lho devem estar alinhadas na horizontal. Lateralmente, você deve observar uma 
lordose normal na coluna lombar (PORTER, 2005). Por meio da figura a seguir 
devemos nos atentar para o que será observado em uma avaliação postural/exa-
me da coluna. Para observar a posição lateral, devemos estar atentos à posição da 
linha de gravidade. Isso pode ser facilmente visualizado com um fio de prumo.
Figura 2 – Exame da coluna: (A) Vista posterior e (B) vista lateral / Fonte: adaptado de Porter (2005, p. 31).
Descrição da Imagem: imagens do exame da coluna vertebral em (A) observa-se as estruturas e posicionamen-
to do corpo na vista posterior e em (B) observa-se o posicionamento do corpo em perfil em relação à linha da 
gravidade na vista lateral.
A B
Nível das orelhas
Linhas do pescoço simétricas
Nível dos ombros
Posição dos braços em
relação ao corpo
Posição da coluna ereta
Nível da posição das
cristas ilíacas
Nível da prega glútea
Dobra dos joelhoes
simétricas
Tendão do calcâneo reto
Através do lóbulo da orelha
Através da articulação do
ombro
Através da articulação do
ombro
Através do trocânter maior
Anterior à articulação
do joelho
Anterior ao maléolo lateral
Posição da linha da
gravidade
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Estudante, neste momento, você pode se perguntar: a avaliação da coluna cervical 
segue esse mesmo padrão de avaliação? A resposta é: sim. Os mesmos procedi-
mentos utilizados para avaliar a coluna lombar deverão ser utilizados para a colu-
na cervical. Na inspeção da coluna cervical, você deverá observar se ela mantém 
uma curvatura adequada, se há hiperlordose, retificação ou se há algum desvio 
lateral. Veja a seguir uma figura de uma avaliação da coluna cervical.
Figura 3 – Exame da coluna cervical: (A) alinhamento ideal; (B) postura cifótica-lordótica; (C) postura com o 
dorso plano; (D) postura com deslocamento posterior do dorso / Fonte: adaptado de Kendall et al. (2007).
Descrição da Imagem: na figura observa-se em (A) a postura com alinhamento ideal, em (B) alteração postural 
da coluna vertebral denominada postura cifótica-lordótica,( C) alteração postural da coluna vertebral denominada 
dorso plano e (D) alteração postural da coluna vertebral com deslocamento posterior do dorso. Todas as imagens 
apresentam-se na vista lateral ou perfil. 
Na figura a seguir, você visualizará como realizar a goniometria de flexão da 
coluna cervical. O paciente deverá estar sentado ou em pé, de costas para você. 
Braço fixo do goniômetro: no nível do acrômio e paralelo ao solo, no mesmo 
plano transversal do processo espinhoso da sétima vértebra cervical. Braço mó-
vel: ao final do movimento de flexão da coluna cervical, colocá-lo dirigido para 
o lóbulo da orelha (MARQUES, 2014). 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
O que mais podemos utilizar na avaliação da coluna vertebral?
Muitas vezes, a partir de uma boa anamnese e até mesmo do exame físico, 
poderemos avaliar a necessidade de incluir outros instrumentos de medidas ou 
exames de imagem. O inclinômetro é um tipo de goniômetro que possui um 
transferidor de 360° que se orienta através da ação da gravidade. Possui uma 
faixa autoadesiva que pode ser fixada na articulação, um no processo espinhoso 
de T12 e outro no sacro e então o paciente faz a flexão do tronco para frente e 
para obter o resultado, deve-se subtrair a inclinação da T12 da sacral e os valores 
normais variam de 44 a 66° (GANZALEZ et al., 2014). Outras avaliações com-
plementares que podem ser utilizadas são o Índice de Incapacidade de Oswestry 
(ODI), Questionário de Incapacidade de Roland Morris (RMDQ) e também com 
os testes específicos como o teste de Schöber e o teste do 3° dedo ao chão. Veja 
a seguir uma figura do teste de Schober.
Figura 4 – Colocação do goniômetro para medir a flexão cervical 
Fonte: Marques (2014, p. 64).
Descrição da Imagem: a figura apresenta uma imagem na 
vista perfil ou lateral da colocação do goniômetro para realizar 
o exame de mensuração da flexão cervical. 
Figura 5 – Teste de Schöber / Fonte: Briganó e Macedo (2005, p. 75).
Descrição da Imagem: a figura apresenta uma imagem na vista posterior do Teste de Schöber, em que o terapeuta realiza 
o teste fazendo uso de uma fita métrica paralelamente à coluna vertebral no segmento toracolombar.
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Exames de imagem podem ser necessários para complementar a avaliação da 
condição clínica do paciente. Imaginologia é um termo que se refere ao mé-
todo que usa imagens como meios de diagnóstico. Os exames por imagem são 
utilizados em combinação com o exame físico para determinar um diagnóstico. 
Para que você possa saber quais exames são maisutilizados na prática fisiote-
rapêutica, destacamos: Radiografia Simples (RX), Ressonância Magnética (RM), 
Tomografia Computadorizada (TC), Ultrassonografia (US), Densitometria Óssea 
(DMO). Saibt (2011) afirma que a interpretação de exames complementares na 
prática clínica do fisioterapeuta auxilia na indicação do tratamento e avaliação de 
seus pacientes. Apesar dos exames de imagem terem um valor inestimável para 
os profissionais da saúde, inclusive fisioterapeutas, nada substitui as mãos e o 
olhar apurado de um profissional capacitado. O exame de RX é um dos métodos 
mais utilizados pelo baixo custo e facilidade de realização. O uso da radiografia 
como método de mensurar a amplitude de movimento da coluna lombar é pa-
drão-ouro. Através da radiografia é possível visualizar estruturas ósseas, luxação/
subluxação de articulações, fraturas ósseas, processos degenerativos, patologias 
respiratórias (pneumonia, derrame pleural), alterações posturais (escoliose, hi-
percifose torácica) (SAIBT, 2011). Para melhor visualização do método, observe 
a imagem a seguir:
Figura 6 – Raio-X de coluna / Fonte: Chew, Mulcahy e Há (2016, p.168).
Descrição da Imagem: a imagem descreve à esquerda uma radiografia como método padrão-ouro de mensuração 
da amplitude de movimento do segmento lombar da coluna vertebral na vista perfil ou lateral e uma radiografia 
à direita de tórax, podendo observar-se a coluna vertebral. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
A indicação de número 1 corresponde ao aumento da cifose torácica. O número 
2 corresponde a costela; número 3 corresponde ao pedículo; número 4 corres-
ponde ao processo transverso da vértebra.
O que devemos observar numa imagem de coluna torácica? Presença de simetria 
entre as costelas, posicionamento de órgãos, alterações na coluna vertebral. A TC é fun-
damental para avaliação da coluna óssea, dos tecidos moles e da medula espinal. Numa 
RM é possível demonstrar o aspecto de uma hérnia discal, lesões intrínsecas da medula 
espinal e do tecido ósseo, além de fraturas, cicatrizes e hastes metálicas (MAGEE, 2010). 
Comparando-se os exames de imagem de RX, TC e RM, podemos evidenciar os 
seguintes aspectos: o exame de RX é mais rápido, barato e de fácil realização, porém 
ele não consegue apresentar uma avaliação de tecidos moles. Já a TC é o exame utili-
zado em urgências e emergências, possibilita a visualização de tecido ósseo e moles, 
e em comparação com a RM, ela dentre eles, é a que permite o melhor detalhamento 
das estruturas a serem analisadas, porém é um exame mais caro e demorado.
Na figura a seguir, está representado o exame de Densitometria Óssea. É possí-
vel observar que foi realizado na coluna lombar e no fêmur. Os resultados aparecem 
através de gráficos (como esses da imagem), identificando se está com a densidade 
óssea normal, osteopenia (baixa massa óssea) ou osteoporose. É necessária a combi-
nação de dados da história clínica, exame físico e os exames de imagem, para avaliar 
o risco de osteoporose, principalmente em mulheres pós-menopausa. Fatores de 
risco precisam ser identificados na anamnese, tais como sexo feminino, idade, bai-
xo peso, baixo índice de massa corporal, histórico familiar, menopausa antes dos 
45 anos e história prévia de fratura (RADOMINSKI et al., 2004) e, a partir disso, 
delinear seu exame físico e, se for necessário, a recomendação para que o paciente 
realize exames de imagens para complementar seu diagnóstico.
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Figura 7 – Representação esquemática de exame de densitometria óssea
Fonte: https://commons.wikimedia.org/w/index.php?search=DXA+femoral+neck+&title=Special:Media-
Search&go=Go&type=image. Acesso em: 12 dez. 2023.
Descrição da Imagem: observa-se na figura uma representação de densitometria óssea do segmento lombar 
da coluna vertebral e do fêmur.
Uma boa avaliação é o segredo do tratamento fisioterapêutico efetivo, sem ela, 
os sucessos e fracassos perdem todo o seu valor como experiências de aprendi-
zagem. O’Sullivan e Schmitz (2004) sugerem uma sequência de perguntas que 
podem ser feitas na anamnese, que você pode se basear para construir seu co-
nhecimento em avaliação. 
Veja a seguir como começar e o que perguntar: “o que trouxe você à fisiotera-
pia hoje (queixa principal)?” O(a) paciente deve ter a oportunidade de apresentar 
a história. A partir de então, o(a) fisioterapeuta pode perguntar sobre os sinto-
mas, como começou, se foi de origem súbita ou insidiosa. Deve ser sugerido ao 
paciente com quadro de dor para indicar o local. Você pode perguntar “onde está 
doendo?” ou “você pode mostrar onde dói?”. Essas são perguntas que ajudarão a 
documentar o local dos sintomas. É importante também perguntar como estão os 
sintomas nas últimas 48 horas e não apenas como ele(a) está se sentindo naquele 
momento. Mas, por quê? Para se obter um quadro mais preciso da situação! “Os 
seus sintomas estão melhorando, piorando ou permanecem iguais?” A resposta 
a essa pergunta ajudará o fisioterapeuta a julgar a eficácia do tratamento que já 
está sendo realizado ou do tratamento futuro. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
Vamos lá: se a dor do paciente estivesse piorando nas últimas 48 horas e o tratamento 
estabilizasse essa dor, poderíamos concluir que o tratamento está sendo eficaz. Não se 
pode esquecer de perguntar sobre os tratamentos anteriores: o que já foi tentado, qual/
quais profissionais já trataram o problema, o que o paciente faz para aliviar os sintomas. 
As respostas a essas questões ajudam o profissional fisioterapeuta a decidir se são neces-
sários encaminhamentos adicionais. Um bom profissional fisioterapeuta nunca deve 
presumir que sabe quais questões são importantes para o(a) paciente. Saber o que ele 
espera com o tratamento, como está sua percepção em relação à evolução e quais ativi-
dades ou se há afastamento do trabalho são relevantes para determinar o prognóstico.
Para que a evolução clínica seja mensurada ao longo da reabilitação, serão 
necessárias reavaliações com frequência. A reavaliação pode ser indicada em 
uma mesma sessão, comparando o início com o término do atendimento naquele 
mesmo dia, ou pode ser estipulada para momentos previamente definidos, po-
dendo ser modificados de acordo com a necessidade.
Não existe um cronograma definido e o profissional fisioterapeuta pode defi-
nir seu próprio protocolo de avaliações de acordo com seu plano terapêutico. O 
estabelecimento de objetivos de curto, médio e longo prazo são importantes para 
verificar se os ganhos terapêuticos propostos estão sendo atingidos. E em caso 
negativo, a revisão das condutas e a reavaliação deste(a) paciente são indicadas. 
Caro(a) estudante quer saber mais informações a respeito do que discutimos 
ao longo deste tema de aprendizagem? Acesse a videoaula que preparamos 
para você. Recursos de mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente 
virtual de aprendizagem.
EM FOCO
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NOVOS DESAFIOS
A avaliação faz parte da vida profissional de todo profissional fisioterapeuta, 
independente da sua especialidade ou área de atuação. Estabelecer uma linha de 
raciocínio clínico permitirá elaborar com precisão seu diagnóstico cinético-fun-
cional, objetivos, condutas e estabelecer o prognóstico do(a) paciente. A partir 
do diagnóstico fisioterapêutico, é possível descrever os objetivos com esse 
paciente, que serão seus guias para posteriormente montar seu plano terapêutico. 
Para escrever os objetivos iniciamos com um verbo, por exemplo: preservar, 
restaurar, melhorar e então complementamos com a função a ser trabalhada. Basea-
do nos objetivos descritos, você irá descrever as condutas do seu plano terapêu-
tico (o que será feito com esse paciente, por exemplo: alongamentos, fortalecimen-
tos, manipulações, reeducação postural, reabilitar a marcha) e também estabelecer 
o prognóstico a partir de sua avaliação e das intervenções fisioterapêuticas que 
você realizará, ou seja, uma estimativa de tempo para 
sua evolução dentro do quadro funcional. Lembre-seque os objetivos e condutas mudam de acordo com 
a evolução do paciente , podendo alterá-las caso não 
apresente melhoras ou então avançando conforme o 
tratamento (COFFITO, 2012).
Vamos tentar colocar em prática o que foi abordado neste tema sobre avalia-
ção pelo profissional fisioterapeuta? A seguir será apresentado um caso clínico, e 
o objetivo deste caso é aproximar você da realidade comum à prática diária que 
o profissional fisioterapeuta experimenta no seu ambiente terapêutico. 
Antes de apresentar o caso, é interessante que você recorde dos pontos principais 
abordados até aqui sobre como avaliar um(a) paciente. Traga anotações que você 
possa ter feito ao longo deste conteúdo e busque você ser o(a) avaliador(a). Vamos lá? 
Homem, 30 anos, tem como queixa principal dor na região lombar há cerca de 
dois anos e há seis meses ficou mais intensa. Foi a consulta médica e após exames 
de imagem, seu diagnóstico clínico foi lombalgia. Não faz uso de medicamentos e 
não estava realizando nenhum outro tipo de tratamento. Na observação, percebeu 
pequena cicatriz na região lombar e dor à palpação. Na escala de força muscular, 
grau cinco nos músculos quadrado lombar, reto do abdome, oblíquo externo e 
interno do abdômen, glúteos e isquiotibiais. Realiza os movimentos de forma ativa 
Os objetivos e 
condutas mudam 
de acordo com 
a evolução do 
paciente
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TEMA DE APRENDIZAGEM 1
sem compensação. Na escala visual analógica (EVA) relata grau oito de dor. Na ava-
liação postural observado cabeça anteriorizada, hipercifose torácica, leve aumento 
da curvatura lombar, anteversão pélvica, joelhos em rotação externa e pés cavos. 
A partir disso, o diagnóstico fisioterapêutico foi: dor na região lombar, 
limitando os movimentos de hiperextensão do tronco e flexão de quadril. Os 
objetivos foram: diminuir a dor, aumentar a flexibilidade, melhorar qualidade 
de vida e das funções do dia a dia. 
As condutas realizadas foram: alongamento ativo de piriforme, quadrado 
lombar, paravertebrais e isquiotibiais; exercícios ativos de rotação, flexão e ex-
tensão de tronco e flexão de quadril; exercícios de ponte; fortalecimento dos 
músculos do abdômen e tronco; liberação miofascial da região dorsal; exercícios 
de relaxamento com enfoque na respiração e utilizado aplicação de eletroterapia 
para alívio da dor (ALVES; LIMA; GUIMARÃES, 2014). 
Dessa forma, podemos concluir que através da avaliação fisioterapêutica é 
possível determinar o diagnóstico cinético-funcional, que é dado pelo(a) fisio-
terapeuta e que será definido a partir de um conjunto de informações e testes 
aplicados, caracterizando o perfil de cada paciente. Dentre as várias profissões da 
saúde, a fisioterapia sempre está em constante crescimento. Você poderá utilizar 
a avaliação fisioterapêutica em diferentes cenários de trabalho, como na atenção 
primária à saúde junto à equipe do Núcleo de Apoio à Estratégia Saúde da Família 
e unidades básicas de saúde, em hospitais, clínicas, centros de reabilitação e de 
pesquisa, na fisioterapia domiciliar. 
A população de atendimento é multivariada, desde atuação da fisioterapia 
junto às gestantes, quanto ao bebê, criança, no indivíduo adulto e no idoso. Deve-se 
sempre considerar a fase da vida de cada paciente, seu diagnóstico médico, o 
período da doença que se encontra, bem como a presença de doenças associadas, 
para se ter uma avaliação precisa e efetividade no tratamento.
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1. A imaginologia é um termo que se refere ao método que usa imagens como meios de 
diagnóstico. Serve como opção para orientação de medidas e opções terapêuticas para o 
fisioterapeuta. Explique por que o exame de RX é um dos métodos mais utilizados como 
meio diagnóstico complementar e quais estruturas são possíveis de serem observadas.
2. A avaliação fisioterapêutica é a base de construção de todo o raciocínio clínico envolvido 
na prática do profissional fisioterapeuta. A avaliação bem realizada permite construir um 
plano de tratamento adequado, a partir da definição do diagnóstico cinético-funcional, 
e a partir dele, estabelecer os objetivos de curto, médio e longo prazo de tratamento, as 
condutas que serão realizadas, o prognóstico e utilizar a avaliação para acompanhar a 
evolução clínica. Sabendo da importância da construção de uma avaliação, especifique as 
etapas da avaliação fisioterapêutica.
3. A avaliação musculoesquelética e osteoarticular contribuem para estabelecer o diagnóstico 
cinético-funcional, o prognóstico, o objetivo do plano terapêutico e os resultados desejados. 
Uma boa avaliação é o segredo do tratamento fisioterapêutico efetivo, sem a qual sucessos 
e fracassos perdem todo seu valor como experiências de aprendizagem. Sobre o exposto, 
classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) Antes de começar qualquer exame físico, é necessário obter o máximo de informação 
possível sobre a condição atual e pregressa do paciente, pois ajudarão a direcionar o 
exame a uma área/sistema do corpo.
( ) É importante investigar se o paciente tem doenças associadas e sua história familiar, que 
pode ter relação com sua doença ou condição clínica.
( ) Para avaliar a postura do paciente, não é necessário que tire suas roupas. Uma observa-
ção da coluna, por exemplo, pode ser feita com o paciente vestindo camiseta.
( ) Um procedimento muito utilizado em uma avaliação é a palpação, que envolve apenas 
a observação do(a) paciente estática e dinâmica.
( ) O teste muscular manual utiliza o arco do movimento, a gravidade e a resistência aplicada 
manualmente pelo fisioterapeuta para testar e determinar os graus musculares.
VAMOS PRATICAR
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4. A avaliação fisioterapêutica é essencial para se definir o diagnóstico cinético-funcional. O(a) 
fisioterapeuta deve saber o que avaliar no(a) paciente, mas também saber quando avaliar. 
Identificar os principais objetivos e razões da avaliação são importantes para a construção 
do raciocínio clínico, que vai desde a entrevista do paciente até quais condutas irá realizar 
no seu tratamento. Pensando nestes aspectos, quais itens exemplificam objetivos a seguir 
podem ser aplicáveis para se realizar uma avaliação musculoesquelética e osteoarticular? 
Analise as sentenças e na sequência identifique a alternativa correta.
I - Determinar a presença ou ausência do comprometimento envolvendo músculos, ossos 
e articulações.
II - Não é possível determinar os tecidos específicos que estão causando o comprometimento.
III - Exames de imagem são contraindicados como métodos complementares na avalia-
ção fisioterapêutica.
IV - Ajudar a formular objetivos do plano terapêutico, resultados desejados e intervenções 
fisioterapêuticas apropriados.
V - Verificar a efetividade do tratamento fisioterapêutico.
a) I e II estão corretos.
b) II e III estão corretos.
c) I, III e V estão corretos.
d) II, IV e V estão corretos.
e) I, IV e V estão corretos.
VAMOS PRATICAR
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5. O exame físico é uma das etapas no processo de avaliação do profissional fisioterapeuta, e 
ele inclui um conjunto de avaliações e testes específicos que podem ser indicados para se 
chegar a um diagnóstico cinético-funcional mais preciso e identificar o impacto da doença 
ou disfunção nas AVDs deste(a) paciente. Sobre os exames e testes específicos usados na 
avaliação fisioterapêutica, identifique a alternativa correta a seguir:
a) A avaliação postural se faz importante para que possamos observar alinhamentos, sime-
trias, através de vista anterior, posterior, lateral esquerda e direita. Ela pode ser feita por 
um simetrógrafo. Tradicionalmente, a avaliação inicia com a observação do corpo em três 
planos: frontal (anterior e posterior), perfil (sagital) e horizontal (transversal).
b) A escala visual analógica da dor (EVA) é bastante utilizada na prática clínica do fisiote-
rapeuta em pacientes que referem na sua entrevista a presença de dor. Ela é realizada 
através de um questionário, em são separados em grupos de A a T, sendo o grupo A 
que sugeredistúrbios vasculares; grupos B a H sugerem distúrbios neurogênicos; grupo 
I sugere distúrbios musculoesqueléticos e grupos J a T sugerem transtornos emocionais. 
A pontuação é a soma dos sintomas que o paciente preenche: 4 a 8 = normal; 8 a 10 = 
foco excessivo na dor; 10 a 16 = um psicólogo pode ajudar; >16 = provavelmente não tem 
condições de responder aos procedimentos terapêuticos
c) A amplitude de movimento é avaliada através do TMM. O TMM permite avaliar a capaci-
dade de um músculo desenvolver tensão contra uma resistência e o fisioterapeuta utiliza 
uma escala que mede os graus de força muscular. O TMM utiliza o arco do movimento, 
a gravidade e a resistência aplicada manualmente pelo fisioterapeuta para testar e de-
terminar os graus musculares. 
d) A força muscular pode ser avaliada através da goniometria que é feita usando um ins-
trumento chamado goniômetro. Ele permite realizar a medição dos ângulos articulares 
encontrados no corpo humano. Com essas medidas você pode determinar, por exem-
plo, a presença de disfunções, quantificar as limitações encontradas e comparar com 
avaliações anteriores.
e) O teste TMM é pouco utilizado na nossa prática clínica por ser de alto custo e baixa 
adesão. Para realizá-lo, é preciso posicionar o paciente de modo que o músculo ou 
grupo muscular que está sendo testado se sustente ou se mova contra a resistência da 
gravidade e passar as instruções para a realização do teste.
VAMOS PRATICAR
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REFERÊNCIAS
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VERDÉRI, E. A importância da avaliação postural. Revista Digital, Buenos Aires, v. 8, n. 57, 2003.
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1. O exame de RX é um dos métodos mais utilizados pelo baixo custo e facilidade de realização. 
Através dele é possível visualizar estruturas ósseas, luxação/subluxação de articulações, 
fraturas ósseas, processos degenerativos, patologias respiratórias (pneumonia, derrame 
pleural), alterações posturais (escoliose, hipercifose torácica).
2. 
 • Anamnese
- Identificação do(a) paciente: deve conter os dados pessoais, como nome, idade, en-
dereço, gênero, escolaridade, profissão. 
- História clínica: queixa principal, história da doença atual, história da doença pregressa, 
história familiar, história medicamentosa, história sobre hábitos de vida diária, doenças 
associadas, exames complementares.
• Exame físico: sinais vitais, inspeção, palpação, avaliação da amplitude de movimento, força 
muscular, avaliação postural são avaliações comuns à prática profissional do fisioterapeuta, 
mas além destes, também podem ser utilizados testes específicos, quando necessários. 
Adicionalmente, exames de imagem e/ou complementares podem ser solicitados ou 
interpretados, caso o(a) paciente apresente.
3. Opção B. V – V – F – F – V.
4. Opção E. Texto explicando: II é incorreta, pois a avaliação musculoesquelética e osteoarti-
cular são usadas para identificar os tecidos com alteração. III é incorreta, pois exames de 
imagem são métodos de exames complementares na avaliação do profissional fisioterapeuta 
adicionalmente quando se faz necessário um aprofundamento ou detalhamento da doença 
ou disfunção do paciente.
5. Opção A. Texto explicando: em B a descrição corresponde ao teste McGill, em C está incor-
reto, pois a avaliação está invertida com a D, e em E está incorreto, porque é um dos testes 
mais usados, por ser de fácil aplicação e baixo custo.
CONFIRA SUAS RESPOSTAS
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MEU ESPAÇO
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UNIDADE 2
MINHAS METAS
AVALIAÇÃO DAS 
ARTICULAÇÕES PERIFÉRICAS
Conhecer os princípios da avaliação musculoesquelética e osteoarticular do ombro, coto-
velo, punho, mão, quadril, joelho, tornozelo e pé. 
Desenvolver a habilidade para realizar avaliação postural, goniometria, testes de força 
muscular e testes específicos. 
Aprender sobre uso de exames de imagem e escalas clínicas como métodos auxiliares 
no exame físico para estabelecer o diagnóstico cinético-funcional. 
T E M A D E A P R E N D I Z A G E M 2
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INICIE SUA JORNADA
Caro estudante, iniciaremos esta etapa sobre avaliação fisioterapêutica aplican-
do-a, nesse momento, no estudo das articulações, o que inclui as articulações dos 
membros superiores e dos membros inferiores. Neste conteúdo, você entenderá 
como realizar avaliação musculoesquelética e osteoarticular do ombro, cotove-
lo, punho e mão, os quais constituem as articulações dos membros superiores. 
Também aprenderá como avaliar as articulações dos membros inferiores, que 
incluem a articulação do quadril, joelho, tornozelo e pé. 
Para aprofundar seu conhecimento dentro da prática clínica do profissional fisio-
terapeuta neste universo da avaliação, lhe direcionaremos a um podcast. Prepara-
mos este conteúdo sobre o tema Aspectos da avaliação funcional das articulações 
periféricas em diferentes contextos, para que você agregue mais informações ao 
seu conhecimento dentro da atuação do profissional fisioterapeuta. Recursos de 
mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
PLAY NO CONHECIMENTO
Neste conteúdo,serão abordados, ainda, temas sobre avaliação postural, goniometria, 
testes de força muscular, testes específicos e imaginologia. A construção do diagnós-
tico cinético-funcional é dada a partir de uma avaliação bem realizada, detalhada, 
e que, a partir da anamnese, seleciona quais testes serão feitos e se será necessária a 
solicitação de exames complementares, pois, muitas vezes, os exames de imagem, 
por exemplo, podem ser úteis para corroborar o que foi avaliado no exame físico. 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
VAMOS RECORDAR?
Nesse momento do seu aprendizado, é importante trazer à memória tudo o que 
você se recorda sobre avaliação fisioterapêutica, e listaremos, a seguir, alguns 
tópicos fundamentais, para que os tenha sempre anotado:
• O exame físico envolve vários procedimentos, são eles: palpação, inspeção, 
goniometria, teste de força muscular e testes específicos.
• Por meio da avaliação fisioterapêutica, é possível determinar o diagnóstico 
cinético-funcional (dado pelo fisioterapeuta), os objetivos e condutas bem como 
estabelecer o prognóstico do tratamento. 
• A interpretação de exames complementares na prática clínica do fisioterapeuta 
auxilia na indicação do tratamento e avaliação de seus pacientes.
Para você conhecer um pouco mais a atuação da fisioterapia no processo de 
avaliação, indicamos uma revisão de literatura sobre a relação da musculatura do 
glúteo com a estabilização dinâmica do joelho e como é necessária, para a melhora 
dos sintomas e alterações funcionais, a investigação da eficácia das intervenções 
direcionadas a essas estruturas. Neste artigo de revisão, você poderá ler a respeito 
dos achados de avaliação, sintomas e quais as principais alterações. Recursos de 
mídia disponíveis no conteúdo digital do ambiente virtual de aprendizagem.
DESENVOLVA SEU POTENCIAL
A avaliação das articulações periféricas consiste em avaliar a articulação do om-
bro, cotovelo, punho e mão, quadril, joelho, tornozelo e pé. Inicialmente, come-
çaremos a aprender como avaliar as articulações dos membros superiores por 
meio da avaliação postural. 
Para iniciar a avaliação, o paciente precisa estar despido de forma adequada, 
a fim de que o examinador consiga observar as estruturas. É importante deter-
minar o sentido da avaliação postural: ascendente ou descendente. 
Neste conteúdo, selecionaremos o sentido descendente e começaremos a par-
tir da articulação do ombro, considerada uma das mais complexas, pois permite 
grau mais alto de movimento. É composta por três ossos: a escápula, a clavícula e o 
úmero, além de músculos e tendões. Para que o ombro funcione de maneira ideal, é 
imprescindível a musculatura denominada manguito rotador (supraespinhoso, in-
fraespinhoso, subescapular e redondo menor) estar em boa conexão (MAGEE, 2010). 
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Devido ao seu elevado uso, por exemplo, durante as atividades de vida diária 
(AVD) e em diversas atividades ocupacionais, a articulação do ombro é uma 
articulação que, por sobrecarga e/ou uso excessivo, pode ser suscetível a lesões. 
A mão e o punho são articulações muito ativas da extremidade superior do cor-
po e, com isso, vulneráveis a lesões, sendo comum o aparecimento de doenças 
nessas regiões. A mais frequente das síndromes compressivas é a Síndrome do 
Túnel do Carpo (STC), que é a compressão do nervo mediano no túnel do carpo 
(região que fica entre o punho e mão), causando dor e parestesia (dormência/
formigamento) (OLIVEIRA FILHO; OLIVEIRA, 2017). 
As posturas da coluna e o complexo do ombro devem ser observados com 
o paciente em pé e, também, sentado. Você conseguirá observar se o paciente 
apresenta escoliose, hipercifose ou postura de prostração do queixo, alterações 
que podem afetar a mecânica do ombro. Em uma avaliação postural em vista pos-
terior, os ombros devem estar igualmente nivelados. Se encontrar uma elevação 
do cíngulo escapular, pode ser devido à rigidez ou à hiperatividade no músculo 
elevador da escápula ou das fibras superiores do trapézio e fraqueza nas fibras 
inferiores dele (PORTER, 2005).
Você deve observar a simetria das escápulas, as quais devem repousar sobre a 
parede torácica. Suas margens mediais precisam repousar, aproximadamente, de 50 
a 75 mm laterais à coluna. Os processos dos acrômios devem estar horizontalizados 
ou levemente mais elevados do que o ponto da raiz da escápula (DUTTON, 2010). 
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
Na vista anterior, verifique quaisquer irregularidades da clavícula e articula-
ções esternoclavicular e acromioclavicular resultantes de fraturas prévias ou des-
locamentos. Observe os contornos dos tecidos moles no que se refere à simetria. 
Na vista lateral, você deve observar a posição da cabeça do úmero, essa posição 
não pode passar de um terço anterior ao processo do acrômio. Os braços do 
paciente devem repousar confortavelmente ao lado do corpo, com os polegares 
apontando quase para frente (PORTER, 2005).
Na sequência, passaremos para a articulação do cotovelo. Com o paciente 
em posição anatômica, verifique se a articulação do cotovelo encaixa na depres-
são da cintura, logo acima das cristas ilíacas, se há presença de edema na região, 
cicatrizes ou dores (podem indicar a presença de algum processo inflamatório) 
e fraturas. No caso de cicatrizes, se for uma cicatrização generalizada devido à 
queimadura, é possível haver limitação no movimento (HOPPENFELD, 2016). 
A mão e o punho são regiões que, devido à elevada movimentação, tornam-
-se mais susceptíveis à ocorrência de lesões. Em conjunto com as articulações 
do ombro, cotovelo e punho, é possível que a mão 
alcance quase todas as regiões do corpo. Por meio 
dela recebemos informações sensoriais e motoras, 
tais como temperatura, espessura, textura, forma e 
movimentação de objetos (MAGEE, 2010). 
Ao iniciar a avaliação do punho e da mão, é importante que o paciente esteja despi-
do, pois o sintoma relatado pode ser oriundo de outra área do corpo e, por vezes, será 
necessário avaliar todo o membro superior. Observe se se o movimento está em um 
padrão adequado e simétrico, se apresenta uma condição patológica, se está com uma ti-
poia ou com o membro superior imobilizado, veja também a posição da mão e as pregas 
palmares (DUTTON, 2010). Observe se há presença de deformidades (MAGEE, 2010).
Será que existem condições clínicas que ocorrem também em relação às arti-
culações dos membros inferiores? A resposta é sim. Alguns exemplos são a Sín-
drome do Impacto Femoroacetabular (VOLPON, 2016), a osteoartrite (KNOB 
et al., 2018), entorses, rupturas de ligamentos, fascite plantar, fraturas ósseas e 
hálux valgo (joanete) (MAGEE, 2010). 
A palpação é um processo dinâmico, deve ser realizada de maneira siste-
mática e focalizada em estruturas anatômicas específicas, conforme você pode 
verificar na figura, a seguir, utilizada como exemplo e que apresenta pontos de 
palpação da região do ombro.
É possível que a mão 
alcance quase todas 
as regiões do corpo
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De acordo com Dutton (2010), você pode começar a palpação pela clavícula. 
Identifique a porção lateral da clavícula, palpe em sentido inferior e siga até loca-
lizar o processo coracoide, situado medialmente à cabeça do úmero. Com o braço 
pendendo ao lado do corpo e a palma da mão virada para frente, siga em sentido 
inferior sobre a região proximal do úmero e, assim, apalpará uma proeminência 
óssea, o tubérculo maior. Palpando o tubérculo maior, faça uma rotação lateral 
passiva do ombro do paciente e você encontrará uma pequena proeminência, o 
tubérculo menor. O tubérculo maior se localiza diretamente anterior ao acrômio, 
enquanto o ombro é rodado internamente. 
Para palpar a escápula, identifique a espinha da escápula e palpe toda a região 
superior, medial, lateral e inferior. Segundo Porter (2005), é importante palpar e 
sentir a temperatura da pele nessa região, a fim de perceber qualquer aumento su-
gestivo de inflamação. Palpando os tendões do supraespinhoso e infraespinhoso, 
em caso de dor, podemossuspeitar de tendinite, calcificação ou estiramento. Nestes 
casos, os exames complementares são fundamentais para auxiliar no processo de 
identificação de patologias. Também é importante palpar a musculatura do trapézio 
superior e elevador da escápula, são locais muito propensos a tensões musculares. 
Provavelmente, você encontrará dores ou presença de pontos-gatilho.
Figura 1 – Pontos de palpação no ombro / Fonte: Dutton (2010, p. 511).
Descrição da Imagem: ilustração preta e branca que apresenta os locais específicos em que são observados 
os pontos de palpação da região do ombro com a indicação das estruturas: acrômio, espinha da escápula, bolsa 
subdeltóidea ou subacromial, tubérculo maior, processo coracoide e clavícula.
Espinha da escápula
Acrômo
Bolsa 
suldeltóidea/
subacromial
Tubérculo maior
Processo coracoide
Clavícula
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
Dando sequência à palpação, na articulação do cotovelo, inicie palpando as 
estruturas ósseas, como o epicôndilo medial e lateral e o olécrano. Quando o 
cotovelo está a 90° de flexão, a união dessas estruturas forma o desenho de um 
triângulo. O olécrano é uma estrutura fácil de ser observada, pois, na flexão do 
cotovelo, fica aparente. Em casos de inflamação nessa região, a palpação se torna 
mais difícil. A cabeça do rádio fica localizada cerca de 2 cm abaixo do epicôndilo 
lateral e pode ser apalpado com o polegar (DUTTON, 2010). 
Na palpação do punho e da mão, é possível iniciar pelos ossos do punho, 
colocando o seu polegar sobre o processo estiloide do rádio do paciente (proxi-
mal ao polegar dele) e o indicador sobre o processo estiloide da ulna (proximal 
do dedo mínimo). A partir dessas duas estruturas, palpe os ossos do punho, 
no total de oito, na busca de pontos dolorosos ou edema. Um pouco acima 
do processo estiloide do rádio, encontra-se uma pequena depressão chamada 
tabaqueira anatômica, que se torna evidente e palpável quando o paciente es-
tende o polegar lateralmente. 
Uma das doenças capazes de acometer esse local é a tenossinovite de 
Quervain, um processo inflamatório no local que atinge os tecidos sinoviais e 
também os tendões, causando dor na região (HOPPENFELD, 2016; SANT’AN-
NA; RANGELB; MOTAB, 2018). Palpe os ossos da mão e verifique se há pre-
sença de nódulos, dor ou cicatriz (MAGEE, 2010).
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Passando para avaliação do membro inferior, o quadril é formado pelos 
ossos ilíaco, ísquio e púbis, além da cabeça do fêmur e acetábulo. A articulação 
é coberta por uma cartilagem que permite o movimento ocorrer com pouco 
atrito. Realiza movimentos de flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna 
e externa (MAGEE, 2010). O paciente deverá estar adequadamente despido para 
visualizar as articulações que compõem o membro inferior. 
A articulação do joelho é formada por fêmur, tíbia e patela, além de mús-
culos, meniscos e ligamentos, os quais contribuem para o bom funcionamento 
e alinhamento dos joelhos (MAGEE, 2010). Veja algumas alterações na figura 
apresentada, a seguir. 
Figura 2 – Alterações da articulação do joelho / Fonte: Hoppenfeld (2016, p. 169).
Descrição da Imagem: na ilustração em preto e branco, é possível observar alterações da articulação do joelho 
onde, na primeira ilustração, à esquerda, é representada a condição de joelho varo, na sequência, ao centro, a 
condição de joelho valgo, seguida da condição genu recurvatum, à direita.
Uma avaliação do joelho precisa incluir tanto a avaliação das articulações tibio-
femoral quanto patelofemoral. Observe a posição da patela e compare ambos os 
lados, inclinação, deslizamento lateral ou rotação da patela. É importante men-
surar o ângulo Q, pois sua alteração pode estar associada à Síndrome da Dor 
Patelofemoral (SDPF) (ALMEIDA et al., 2016). 
Joelho varo Joelho valgo
Genu recurvatum 
(hiperextensão 
do joelho)
Joelhos voltados 
para fora
Joelhos voltados 
para dentro
Joelhos 
para trás
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
Como medir o ângulo Q? Desenhe em seu paciente uma linha reta ao longo 
do meio da patela. Do centro dela, desenhe uma linha reta descendo através do 
centro da tuberosidade tibial, e outra linha subindo em direção à espinha ilíaca 
anterossuperior. Os valores normais são: aproximadamente 12º para os homens 
e 15º para as mulheres (PORTER, 2005).
Para concluirmos com a inspeção do membro inferior, faremos, agora, a do 
tornozelo e pé. O tornozelo tem como estruturas ósseas a tíbia, a fíbula, o ma-
léolo medial e o tálus, além de duas articulações, a tibiofibular e a talocrural. Seu 
bom funcionamento contribui para que a articulação do joelho desempenhe seu 
papel adequadamente. A articulação do pé possui aproximadamente 30 ossos 
divididos em tarsos, metatarsos e falanges. São funções do pé a estabilização do 
movimento durante a marcha, o amortecimento do movimento e a adaptação 
em diferentes solos (DUTTON, 2010). 
Observe a marcha do paciente tanto com calçado quanto descalço. Solicite 
que o paciente caminhe, então, avalie o padrão normal do calcanhar aos dedos 
bem como o comprimento do passo, o ritmo, a postura do arco longitudinal e a 
descarga de peso sobre os pés (PORTER, 2005). 
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Posteriormente, o tendão e o osso calcâneo devem estar alinhados verticalmente. 
Chama-se calcâneo varo aquele posicionado invertido em relação à perna. O cal-
câneo valgo é aquele posicionado evertido em relação à perna. Preste atenção na 
posição de todo o pé. O alinhamento correto é observado se o antepé e o retropé 
estiverem alinhados e perpendiculares ao chão. 
Com relação aos artelhos, avalie a garra (hiperextensão das articulações me-
tatarso falangeanas e flexão das outras falanges); dedo em malho (flexão das 
articulações interfalangeanas distais); hálux valgo (desvio lateral da primeira 
articulação interfalangeana) e hálux rígido (DUTTON, 2010). 
Verifique qual o tipo de pé do seu paciente: se é normal, plano ou chato e cavo. 
Uma forma de visualizar, de maneira simples, essa parte do corpo, é por meio da 
impressão plantar: consiste em pintar a planta do pé do paciente e solicitar que ele 
pise sobre uma folha branca. Com essa impressão, você divide o pé em três áreas 
equidistantes: antepé (C), médiopé (B) e retropé (A). O cálculo para determinar 
qual o tipo de pé é feito pela soma dos valores de A + B + C e pela divisão com o 
valor de B (DORNELES, 2014). Para classificar, utilize os valores propostos por 
Cavanagh e Rodgers (1987): pé cavo (índice do arco < ou igual a 0,21); pé normal 
(índice do arco < 0,26) e pé plano (índice do arco > ou igual a 0,26).
Na palpação da articulação do quadril, você deve se atentar à observação das 
cristas ilíacas, onde seu terço anterior é de fácil palpação e visualização; espinhas 
ilíacas anterossuperior e posterossuperior, cuja dor no local sugere tensão do 
músculo sartório; túber isquiático; trocânter maior, cuja dor no local pode estar 
associada à bursite; os tendões dos músculos psoas maior e do adutor longo, para 
localizar tensões e contraturas (HOPPENFELD, 2016).
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TEMA DE APRENDIZAGEM 2
As estruturas ósseas do joelho são facilmente palpáveis. Você deve palpar 
a patela e suas margens, côndilos femorais e tibiais, epicôndilos do fêmur e 
tuberosidade da tíbia. Quanto aos elementos moles, o tendão do quadríceps, 
o ligamento da patela, os ligamentos colaterais tibiais e fibular e os meniscos 
medial e lateral (MAGEE, 2010). Como você pode palpar? Posicione o membro 
inferior do paciente adequadamente e de maneira visível para identificação das 
estruturas (TIXA, 2009). 
Uma importante avaliação do membro inferior é a avaliação da marcha, a qual 
inicia no primeiro contato com o paciente. Observe a marcha do paciente tanto cal-
çado quanto descalço, a forma que ele caminha, se apresenta alguma alteração evi-
dente no membro que possa estar afetando a marcha normal e alterando sua postura. 
Lembre-se que o paciente é avaliado como um todo, desde o primeiro contato. O 
ciclo normal da marcha é dividido em duas

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