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“Discutindo sobre resíduos e como devem ser 
destinados” 
Resíduo Sólido é uma expressão que está presente no dia-a-
dia de todos. Quando compramos um produto com 
embalagem, descascamos uma fruta ou simplesmente 
utilizamos um item até o fim da sua vida útil, geramos 
resíduo. Mas existe uma distinção que será cada vez mais 
importante, principalmente a partir de 2014: qual é a 
diferença entre rejeito e resíduo? 
Resíduo é todo o material, substância, objeto ou bem que já 
foi descartado, mas que ainda comporta alguma 
possibilidade de uso — seja por meio da reciclagem ou do 
reaproveitamento. 
De acordo com o Dicionário 
Aurélio, resíduos são remanescentes ou restos, ou seja, tudo 
aquilo que sobra – não necessariamente sem valor agregado 
– de algum processo ou sistema. Pode-se, assim, 
compreendê-los como resultantes de inúmeros processos 
produtivos que atendem ao consumo de bens e serviços, 
cada vez maior em termos de volume de itens produzidos e 
descartados. 
Cabe aqui uma ressalva conceitual sobre a visão tradicional 
de resíduos e lixo: os ‘remanescentes’ ou ‘restos’, 
provenientes de processos de produção e descarte, não estão 
fora de um ciclo. Segundo a norma brasileira ABNT, NBR 
10.004:2004, resíduos sólidos são aqueles que: 
“resultam de atividades de origem industrial, doméstica, 
hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. 
Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de 
sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em 
equipamentos e instalações de controle de poluição, bem 
como determinados líquidos cuja particularidades tornem 
inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou 
corpos de água, ou exijam para isso soluções, técnica e 
economicamente, inviáveis em face à melhor tecnologia 
disponível.” 
Os resíduos sólidos apresentam uma vasta diversidade e 
complexidade, sendo que suas características físicas, 
químicas e biológicas variam de acordo com a fonte ou 
atividade geradora, podendo ser classificados de acordo 
com: 
▪ Riscos Potenciais de Contaminação do Meio 
Ambiente 
▪ Classe I ou Perigosos 
▪ Classe II ou Não-Inertes 
▪ Classe III ou Inertes 
▪ Natureza ou Origem 
▪ Lixo Doméstico ou Residencial 
▪ Lixo Comercial 
▪ Lixo Público 
▪ Lixo Domiciliar especial 
▪ Entulho de obras 
▪ Pilhas e baterias 
▪ Lâmpadas fluorescentes 
▪ Pneus 
▪ Lixo de Fontes especiais 
▪ Lixo industrial 
▪ Lixo radioativo 
▪ Lixo de portos, aeroportos e terminais 
rodoviários 
▪ Lixo agrícola 
▪ Resíduos de serviços de saúde 
Além da classificação citada, o texto preliminar do Plano 
Nacional de Resíduos Sólidos propõe outra forma para 
agrupar tais resíduos, que considera o local ou atividade em 
que a geração ocorre: 
▪ Resíduos Sólidos Urbanos: divididos em materiais 
recicláveis (metais, aço, papel, plástico, vidro, etc.) e 
matéria orgânica. 
▪ Resíduos da Construção Civil: gerados nas 
construções, reformas, reparos e demolições, bem como 
na preparação de terrenos para obras. 
▪ Resíduos com Logística Reversa Obrigatória: pilhas 
e baterias; pneus; lâmpadas fluorescentes de vapor de 
sódio e mercúrio e de luz mista; óleos lubrificantes, 
seus resíduos e embalagens; produtos eletroeletrônicos 
e seus componentes; entre outros a serem incluídos. 
▪ Resíduos Industriais: gerados nos processos 
produtivos e instalações industriais; normalmente, 
grande parte são resíduos de alta periculosidade. 
▪ Resíduos Sólidos do Transporte Aéreo e Aquaviário: 
gerados pelos serviços de transportes, de naturezas 
diversas, como ferragens, resíduos de cozinha, material 
de escritório, lâmpadas, pilhas, etc. 
▪ Resíduos Sólidos do Transporte Rodoviário e 
Ferroviário: gerados pelos serviços de transportes, 
acrescidos de resíduos sépticos que podem conter 
organismos patogênicos. 
▪ Resíduos de Serviços de Saúde: gerados em qualquer 
serviço de saúde 
▪ Resíduos Sólidos de Mineração: gerados em qualquer 
atividade de mineração 
▪ Resíduos Sólidos Agrossilvopastoris (orgânicos e 
inorgânicos): dejetos da criação de animais; resíduos 
associados a culturas da agroindústria, bem como da 
silvicultura; embalagens de agrotóxicos, fertilizantes e 
insumos. 
▪ Resíduo Hospitalar ou de Serviços de Saúde: 
qualquer resto proveniente de hospitais e serviços de 
saúde como pronto-socorro, enfermarias, laboratórios 
de análises clínicas, farmácias, etc.. Geralmente é 
constituído de seringas, agulhas, curativos e outros 
materiais que podem apresentar algum tipo de 
contaminação por agentes patogênicos (causadores de 
doenças); 
▪ Resíduo Domiciliar: são aqueles gerados nas 
residências e sua composição é bastante variável sendo 
influenciada por fatores como localização geográfica e 
renda familiar. Porém, nesse tipo de resíduo podem ser 
encontrados restos de alimentos, resíduos sanitários 
(papel higiênico, por exemplo), papel, plástico, vidro, 
etc. Atenção: alguns produtos que utilizamos e 
descartamos em casa são considerados perigosos e 
devem ter uma destinação diferente dos demais, 
preferencialmente para locais destinados a resíduos 
perigosos. Por exemplo: pilhas e baterias, cloro,água 
sanitária, desentupidor de pia, limpadores de vidro, 
fogão e removedor de manchas, aerossóis, 
medicamentos vencidos, querosene, solventes, etc. 
▪ Resíduo Agrícola: são aqueles gerados pelas 
atividades agropecuárias (cultivos, criações de animais, 
beneficiamento, processamento, etc.). Podem ser 
compostos por embalagens de defensivos agrícolas, 
restos orgânicos (palhas, cascas, estrume, animais 
mortos, bagaços, etc.), produtos veterinários e etc.. 
▪ Resíduo Comercial: são aqueles produzidos pelo 
comércio em geral. A maior parte é constituída por 
materiais recicláveis como papel e papelão, 
principalmente de embalagens, e plásticos, mas também 
podem conter restos sanitários e orgânicos. 
▪ Resíduo Industrial: são originados dos processos 
industriais. Possuem composição bastante diversificada 
e uma grande quantidade desses rejeitos é considerada 
perigosa. Podem ser constituídos por escórias 
(impurezas resultantes da fundição do ferro), cinzas, 
lodos, óleos, plásticos, papel, borrachas, etc. 
▪ Entulho: resultante da construção civil e reformas. 
Quase 100% destes resíduos podem ser reaproveitados 
embora isso não ocorra na maioria das situações por 
http://www.infoescola.com/ecologia/residuos-de-servicos-de-saude/
http://www.infoescola.com/ecologia/residuos-de-servicos-de-saude/
http://www.infoescola.com/ecologia/residuos-de-servicos-de-saude/
http://www.infoescola.com/elementos-quimicos/cloro/
http://www.infoescola.com/quimica/hipoclorito-de-sodio/
http://www.infoescola.com/quimica/hipoclorito-de-sodio/
http://www.infoescola.com/quimica/aerossois/
http://www.infoescola.com/quimica/querosene/
http://www.infoescola.com/compostos-quimicos/solventes/
http://www.infoescola.com/ecologia/residuo-industrial-e-comercial/
http://www.infoescola.com/ecologia/residuo-industrial-e-comercial/
http://www.infoescola.com/quimica/fundicao/
falta de informação. Os entulhos são compostos por: 
restos de demolição (madeiras, tijolos, cimento, 
rebocos, metais, etc.), de obras e solos de escavações 
diversas. 
▪ Resíduo Público ou de Varrição: é aquele recolhido 
nas vias públicas, galerias, áreas de realização de feiras 
e outros locais públicos. Sua composição é muito 
variada dependendo do local e da situação onde é 
recolhido, mas podem conter: folhas de árvores, galhos 
e grama, animais mortos, papel, plástico, restos de 
alimentos, etc.. 
▪ Resíduos Sólidos Urbanos: é o nome usado para 
denominar o conjunto de todos os tipos de resíduos 
gerados nas cidades e coletados pelo serviço municipal 
(domiciliar, de varrição, comercial e, em alguns casos, 
entulhos). 
▪ Resíduos de Portos, Aeroportos e Terminais 
Rodoviários e Ferroviários: o lixo coletado nesses 
locais é tratado como “resíduo séptico”, pois pode 
conter agentes causadores de doenças trazidasde outros 
países. Os resíduos que não apresentam esse risco de 
contaminação, podem ser tratados como lixo 
domiciliar. 
▪ Resíduo de Mineração: podem ser constituídos de 
solo removido, metais pesados, restos e lascas de 
pedras, etc. 
 
De acordo com a COMPOSICÃO QUÍMICA: 
- Orgânicos: restos de alimentos, folhas, grama, 
animais mortos, esterco, papel, madeira, etc.. Muita 
gente não sabe, mas alguns compostos orgânicos podem 
ser tóxicos. São os chamados “Poluentes Orgânicos 
Persistentes” (POP) e “Poluentes Orgânicos Não 
Persistentes”. 
“Poluentes Orgânicos Persistentes” (POP): 
hidrocarbonetos de elevado peso molecular, clorados e 
aromáticos, alguns pesticidas (Ex.: DDT, DDE, 
Lindane, Hexaclorobenzeno e PCB`s). Estes compostos 
orgânicos são tão perigosos que foi criada uma norma 
internacional para seu controle denominada 
“Convenção de Estocolmo”. 
“Poluentes Orgânicos Não Persistentes”: óleos e óleos 
usados, solventes de baixo peso molecular, alguns 
pesticidas biodegradáveis e a maioria 
dos detergentes (Ex.: organosfosforados e carbamatos). 
 - Inorgânicos: vidros, plásticos, borrachas, etc. 
De acordo com a PERICULOSIDADE: 
Essa classificação foi definida pela ABNT na norma 
NBR10004:2004 da seguinte forma: 
Resíduos Perigosos (Classe I): são aqueles que por suas 
características podem apresentar riscos para a sociedade ou 
para o meio ambiente. São considerados perigosos também os 
que apresentem uma das seguintes características: 
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e/ou 
patogenicidade. Na norma estão definidos os critérios que 
devem ser observados em ensaios de laboratório para a 
determinação destes itens. Os resíduos que recebem esta 
classificação requerem cuidados especiais de destinação. 
Resíduos Não Perigosos (Classe II): não apresentam 
nenhuma das características acima, podem ainda ser 
classificados em dois subtipos: 
Classe II A – não inertes: são aqueles que não se enquadram 
no item anterior, Classe I, nem no próximo item, Classe II B. 
Geralmente apresenta alguma dessas características: 
biodegradabilidade, combustibilidade e solubilidade em água. 
Classe II B – inertes: quando submetidos ao contato com 
água destilada ou desionizada, à temperatura ambiente, não 
tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a 
concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água, 
com exceção da cor, turbidez, dureza e sabor, conforme anexo 
G da norma NBR10004:2004. 
Rejeito é um tipo específico de resíduo sólido - quando 
todas as possibilidades de reaproveitamento ou reciclagem 
já tiverem sido esgotadas e não houver solução final para o 
item ou parte dele, trata-se de um rejeito, e as únicas 
destinações plausíveis são encaminhá-lo para um aterro 
sanitário licenciado ambientalmente ou incineração... O 
rejeito não possui mais qualquer possibilidade de 
recuperação ou reutilização, e, por isso, a única alternativa é 
a disposição final, que deve ser feita de maneira que não 
prejudique o meio ambiente. 
 
A Política Nacional de Resíduos Sólidos e seus objetivos 
Essa diferença foi explicitada pela Lei 12.305 de 2010, que 
instituiu no Brasil a PNRS – Política Nacional de Resíduos 
Sólidos. Em suma, a lei reúne o “conjunto de princípios, 
objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações adotados 
pelo Governo Federal, isoladamente ou em regime de 
cooperação com Estados, Distrito Federal, Municípios ou 
particulares, visando a gestão integrada e o gerenciamento 
ambientalmente adequado dos resíduos sólidos”. 
O principal vetor da PNRS é a redução da produção de 
resíduos, por meio do seu tratamento e da sua reutilização. 
Quanto aos rejeitos, a lei busca priorizar a sua destinação 
ambientalmente adequada, ou seja, aquela que impacte 
menos o meio ambiente. 
Logística reversa: um importante instrumento da 
responsabilidade compartilhada 
Com a vigência da PNRS, ficam instituídas formas distintas 
de lidar com o resíduo e o rejeito, tornando absolutamente 
claro, tanto para as empresas quanto para as pessoas, o 
quanto uma abordagem mais sustentável em relação à 
produção de lixo é importante. Não é por outro motivo que a 
própria lei reconheceu que a responsabilidade pela geração 
de resíduos deve ser compartilhada por todos os 
participantes da cadeia de consumo — desde os fabricantes 
até o próprio consumidor final. Assim, todos que são parte 
do problema devem também ser parte da solução. 
Dentro dessa ideia de responsabilidade compartilhada, a lei 
traz um instrumento valioso para o desenvolvimento 
sustentável: a logística reversa, que consiste em um 
conjunto de ações que visa viabilizar a coleta e restituição 
de resíduos ao setor empresarial para reaproveitamento ou 
para que seja dada a destinação final adequada. 
 OBJETIVOS DA RESPONSABILIDADE 
COMPARTILHADA: 
 I - compatibilizar interesses entre os agentes econômicos 
e sociais e os processos de gestão empresarial e 
mercadológica com os de gestão ambiental, desenvolvendo 
estratégias sustentáveis; 
 II - promover o aproveitamento de resíduos sólidos, 
direcionando-os para a sua cadeia produtiva ou para outras 
cadeias produtivas; 
 III - reduzir a geração de resíduos sólidos, o desperdício 
de materiais, a poluição e os danos ambientais; 
 IV - incentivar a utilização de insumos de menor 
agressividade ao meio ambiente e de maior sustentabilidade; 
http://www.infoescola.com/engenharia-civil/demolicao/
http://www.infoescola.com/quimica/metais/
http://www.infoescola.com/quimica/metais-pesados/
http://www.infoescola.com/quimica/dicloro-difenil-tricloroetano-ddt/
http://www.infoescola.com/ecologia/convencao-de-estocolmo/
http://www.infoescola.com/produtos-quimicos/detergentes/
http://www.infoescola.com/compostos-quimicos/carbamatos/
http://www.infoescola.com/qualidade/abnt/
 V - estimular o desenvolvimento de mercado, a produção 
e o consumo de produtos derivados de materiais reciclados e 
recicláveis; 
 VI - propiciar que as atividades produtivas alcancem 
eficiência e sustentabilidade; 
 VII - incentivar as boas práticas de responsabilidade 
socioambiental. 
RESPONSABILIDADES DOS FABRICANTES, 
IMPORTADORES, DISTRIBUIDORES E 
COMERCIANTES: 
 I - investimento no desenvolvimento, na fabricação e na 
colocação no mercado de produtos: 
 a) que sejam aptos, após o uso pelo consumidor, à 
reutilização, à reciclagem ou a outra forma de destinação 
ambientalmente adequada; 
 b) cuja fabricação e uso gerem a menor quantidade 
de resíduos sólidos possível; 
 II - divulgação de informações relativas às formas de 
evitar, reciclar e eliminar os resíduos sólidos associados a 
seus respectivos produtos; 
 III - recolhimento dos produtos e dos resíduos 
remanescentes após o uso, assim como sua subsequente 
destinação final ambientalmente adequada, no caso de 
produtos objeto de sistema de logística reversa na forma do 
art. 33; 
 IV - compromisso de, quando firmados acordos ou termos 
de compromisso com o Município, participar das ações 
previstas no plano municipal de gestão integrada de resíduos 
sólidos, no caso de produtos ainda não inclusos no sistema 
de logística reversa. 
As embalagens devem ser fabricadas com materiais que 
propiciem a reutilização ou a reciclagem e cabe aos 
respectivos responsáveis assegurar que as embalagens 
sejam: 
 I - restritas em volume e peso às dimensões requeridas à 
proteção do conteúdo e à comercialização do produto; 
 II - projetadas de forma a serem reutilizadas de maneira 
tecnicamente viável e compatível com as exigências 
aplicáveis ao produto que contêm; 
 III - recicladas, se a reutilização não for possível. 
 É REPONSÁVEL TAMBÉM : 
 I - quem manufatura embalagens ou fornece materiais 
para a fabricação de embalagens; 
 II - quem coloca em circulação embalagens, materiais 
para a fabricação de embalagens ou produtos embalados, em 
qualquer fase da cadeia de comércio.LOGÍSTICA REVERSA 
É um instrumento de desenvolvimento econômico e social, 
caracterizado pelo conjunto de ações, procedimentos e 
meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos 
resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento 
e reciclagem, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, 
ou outra destinação final ambientalmente adequada. Acordo 
setorial é um ato contratual, firmado entre o poder público e 
fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, 
tendo em vista a implantação da responsabilidade 
compartilhada pelo ciclo de vida do produto. 
 São obrigados a estruturar e implementar sistemas de 
logística reversa,mediante retorno dos produtos após o uso 
pelo consumidor, de forma independente do serviço público 
de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os 
fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: 
 I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como 
outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua 
resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de 
resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em 
normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e 
do Suasa, ou em normas técnicas; 
 II - pilhas e baterias; 
 III - pneus; 
 IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; 
 V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e 
mercúrio e de luz mista; 
 VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes. 
A responsabilidade compartilhada trata, portanto, de um 
conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos 
fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, 
bem com dos consumidores e dos titulares dos serviços 
públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos 
sólidos, a fim de minimizar o volume de resíduos sólidos e 
rejeitos gerados, além dos impactos causados à saúde 
humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida 
dos produtos. 
Ademais, a PNRS impõe a adoção de sistemas de logística 
reversa, mediante retorno de produtos após seus usos pelos 
consumidores aos respectivos fabricantes, importadores, 
distribuidores e comerciantes, independentemente do 
serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos 
sólidos, destacando-se dentre esses produtos os agrotóxicos, 
pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas 
fluorescentes, eletroeletrônicos e seus componentes, bem 
como produtos comercializados em embalagens plásticas, 
metálicas ou de vidro, considerando, prioritariamente, o 
grau e a extensão dos impactos que possam causar à saúde 
pública e ao Meio Ambiente. 
Nesse sentido, o gerador de resíduos sólidos só terá cessada 
sua responsabilidade, a partir do momento em que lhes der 
destinação final ambientalmente adequada. Caso contrário, 
pelo princípio do poluidor-pagador, será responsável pelos 
danos ambientais que vierem a ser provocados pelo 
gerenciamento inadequado de seus resíduos/rejeitos, 
respondendo a processo por crime ambiental e devendo 
arcar com os custos decorrentes de possíveis contaminações, 
além de estar sujeito à aplicação de multas que variam entre 
R$ 5 mil e R$ 50 milhões. 
Portanto, a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de 
vida dos produtos surge como um importante instrumento na 
solução de um dos maiores desafios com que, atualmente, se 
defronta a sociedade no que tange ao equacionamento da 
geração excessiva de resíduos e a consequente escassez de 
áreas aptas para a construção de aterros sanitários, capazes 
de evitar danos ou riscos à saúde pública e aos ecossistemas, 
minimizando, significativamente, os impactos ambientais 
adversos. 
http://ambienteduran.eng.br/artigo-33-da-lei-federal-123052010

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