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Estágio Curricular em Educação Física

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O ESTÁGIO CURRICULAR EM EDUCAÇÃO FÍSICA – BACHARELADO
Article  in  Kinesis · June 2015
DOI: 10.5902/2316546418223
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Revista Kinesis, Vol. 33, nº 1, jan-jun de 2015, Santa Maria. 
 
O ESTÁGIO CURRICULAR EM EDUCAÇÃO FÍSICA – BACHARELADO1 
 
 
DOI 105902/0102830813502 
Data de submissão: 12/04/2014 
Data de aceite: 29/05/2015 
 
 
Ana Luiza Barbosa Anversa 
Universidade Estadual de Maringá 
ana.beah@gmail.com 
 
Camila Rinaldi Bisconsini 
Universidade Estadual de Maringá 
camibisconsini@gmail.com 
 
Fabiane Castilho Teixeira 
Universidade Estadual de Maringá 
fabianecteixeira@gmail.com 
 
Ieda Parra Barbosa-Rinaldi 
Universidade Estadual de Maringá 
parrarinaldi@hotmail.com 
 
Amauri Aparecido Bássoli de Oliveira 
Universidade Estadual de Maringá 
aaboliveira@uem.br 
 
 
Resumo 
O objetivo foi identificar como os discentes do último ano de Educação Física 
Bacharelado, das IES do Estado do Paraná, qualificam sua formação inicial e o estágio 
curricular. Participaram 340 discentes que responderam um questionário composto por 
questões fechadas. Para análise dos dados utilizou-se frequência, porcentagem e o teste 
de qui-quadrado de Pearson (p<0,05). Verificou-se associação significativa entre 
formação, disciplinas e o sentimento de confiança em relação à futura intervenção 
profissional. Contudo, faz-se necessária a atenção quanto à relação entre o processo 
formativo e a realidade, aproximando os conteúdos e ações desenvolvidas com os 
campos específicos de intervenção. 
 
Palavras chave: Educação Física. Área de Atuação Profissional. Estágios. 
 
1 A presente pesquisa teve auxílio financeiro do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) devido ao vínculo com o 
Projeto de Pesquisa intitulado “Panorama da formação inicial em educação física no estado do Paraná”, contemplado 
com fomento do Edital Universal MCT/CNPq, e foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual de 
Maringá sob o parecer n. 247/2010. 
O Estágio Curricular em Educação Física - Bacharelado 
 
 
Revista Kinesis, Vol. 33, nº 1, jan-jun de 2015, Santa Maria. 
25 
 
INTRODUÇÃO 
 
Com a promulgação das Resoluções CNE/CP n. 01 e 02/2002 (Licenciatura) e 
CNE/CES n. 07/2004 (Bacharelado), a formação em Educação Física tem passado por 
mudanças e adaptações a fim de atender uma nova configuração profissional. Benites, 
Souza Neto e Hunger (2008), apontam que as mudanças curriculares trouxeram novos 
critérios para a formação inicial, pensando em uma qualificação para além da formação 
humana, contemplando problemas como tecnologia, carga horária, infraestrutura, 
qualidade de prática, dentre outros. 
Diante dessa conjuntura, a formação em Educação Física passou a atender dois 
contextos, um voltado para a licenciatura e outro para o bacharel, foco do presente 
estudo, que tem em sua formação, dentre outros, conhecimentos voltados para a saúde e 
qualidade de vida, atuando no contexto não formal. 
Alves e Figueiredo (2014) apontam que o perfil profissional do bacharel em 
Educação Física se constituiu por meio de demandas históricas, políticas, econômicas e 
também do mercado de trabalho, uma vez que, com o reconhecimento da área como 
profissão vinculada às ciências da saúde (Lei 9696/1998), e criação do sistema de 
regulamentação da profissão por meio do Conselho Federal de Educação Física 
(CONFEF) e Conselho Regional de Educação Física (CREF), novos contextos de atuação 
emergiram, destacando-se, com base na Resolução do CONFEF n. 046/2002, as 
empresas, academias, clubes e hotéis, centros de saúde, logradouros públicos, parques, 
centros de treinamento desportivo, entre outros. 
Visando preparar os futuros profissionais para intervir nesses campos de trabalho, 
Antunes (2007) destaca, que o estágio curricular precisa ser vivenciado em diferentes 
campos de intervenção possibilitando ao acadêmico demonstrar seus conhecimentos e 
habilidades, fomentando novas competênciasprofissionais. 
Queirós (2014) enfatiza que o estágio deve se consolidar como um momento de 
formação e reflexão entre a dimensão científica, experimental, investigativa e reflexiva. 
Por meio dessa experiência é possível contribuir para uma formação que oferecerá, de 
acordo com Nascimento (2002), auxílio no processo de transição profissional, conectando 
“educação e trabalho”. 
Barbosa-Rinaldi e Pizani (2012) apontam que o estágio curricular se constituiu 
como um momento em que o acadêmico vivencia a prática profissional, aproximando do 
universo acadêmico a realidade interventiva contribuindo assim para a compreensão dos 
diversos campos e de sua formação. Greco (2012) complementa ao apontar que o efeito 
Anversa et al 
 
Revista Kinesis, Vol. 33, nº 1, jan-jun de 2015, Santa Maria. 26 
dessa ação no processo formativo consiste em viabilizar o aprendizado de competências 
próprias da atividade profissional, objetivando também, o desenvolvimento do educando 
para a vida cidadã e o trabalho. 
Nesse sentido, entende-se que o estágio curricular se coloca, como um momento 
de aproximação do futuro profissional com seu possível campo de intervenção. Na 
Educação Física, que ainda ressente de uma formação quase que exclusiva da 
Licenciatura, essa relação com o Bacharelado ainda está em construção, num processo 
de aprendizado e amadurecimento, tanto de docentes como de discentes, a qual precisa 
ser analisada, de modo a promover a apresentação de possibilidades para sua 
consolidação e estruturação. 
Diante do exposto, a pesquisa teve por objetivo identificar como os discentes do 
último ano de Educação Física Bacharelado, de instituições públicas e privadas do 
Paraná, qualificam seu processo de formação inicial e o estágio curricular. 
 
MATERIAL E MÉTODO 
 
Para atender o objetivo proposto, optou-se pela pesquisa do tipo descritiva 
(CERVO E BERVIAN,1996. Participaram 340 discentes concluintes de Educação Física 
Bacharelado de onze instituições de ensino superior, sendo 170 discentes de instituições 
públicas e 170 discentes de instituições privadas, todas do Estado do Paraná. Ressalta-se 
que a escolha das IES se deu a partir de 04 critérios: 1) ofertar o curso de Educação 
Física no mínimo há dez anos; 2) oferecer o curso de Licenciatura e Bacharelado em 
Educação Física conforme previsto nas Resoluções CNE/CP n.01 e 02/2002 e CNE/CES 
n.07/2004; 3) ser instituição credenciada pelo Ministério da Educação como universidade 
ou centro universitário; e 4) aceitar participar da pesquisa. Diante do item 4, devido à 
liberdade de desistência expressa no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
assinado pelos participantes, a amostra final foi composta por sete IES públicas (seis 
Estaduais e uma Federal) e 4 IES privadas. 
Como instrumento de coleta de dados foi utilizado um questionário, aplicado aos 
discentes que se fizeram presentes no dia da coleta pré-agendada, , composto por seis 
questões fechadas com possibilidades de resposta do tipo Likert. 
Os dados foram tratados a partir da análise estatística descritiva e para as 
associações, aplicou-se o teste de qui-quadrado de Pearson, adotando p<0,05. Vale 
ressaltar que os dados foram apresentados em frequência e percentual, já que em 
O Estágio Curricular em Educação Física - Bacharelado 
 
 
Revista Kinesis, Vol. 33, nº 1, jan-jun de 2015, Santa Maria. 
27 
algumas questões os discentes poderiam assinalar mais de uma opção, ultrapassando 
100% na soma. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
Os resultados foram tratados e discutidos em quatro frentes de análise: relação das 
disciplinas e o futuro campo de atuação, participação em atividades extracurriculares, 
importância e contribuição do estágio curricular e sentimento dos discentes frente à futura 
atuação profissional. 
Ao questionar sobre o nível de satisfação em relação à formação recebida no que 
se refere às necessidades do campo de atuação profissional do bacharel em Educação 
Física, foi solicitado aos discentes que levassem em consideração as vivências nos 
estágios curriculares e a aplicabilidade dos conteúdos. 
 
Tabela 01: Nível de satisfação dos discentes sobre a formação recebida em relação às 
necessidades do campo de atuação 
 IES PÚBLICA IES PRIVADA 
Nível de Satisfação (f) (%) (f) (%) 
Superou as expectativas 57 33,5 31 17,6 
Atendeu parcialmente 105 61,7 125 74,1 
Não atendeu 08 4,8 14 8,3 
Total 170 100 170 100 
 
Constatou-se que 61,7% dos discentes das instituições públicas entendem que a 
formação recebida atendeu parcialmente as expectativas em relação à sua visão sobre o 
campo de atuação, 33,5% apontou que superou as expectativas, e para 4,8% a formação 
não atendeu as expectativas. Seguindo a mesma relação, nas instituições privadas, 
observou-se que 74,1% dos discentes entendem que a formação recebida atendeu 
parcialmente as expectativas, 17,6% apontou que superou as expectativas e para 8,3% a 
formação não atendeu as expectativas. Vale ressaltar que, ao se fazer uma associação 
entre as respostas dos discentes das instituições públicas e privadas, encontrou-se uma 
associação significativa (p=0,001), uma vez que há maior número de casos encontrados 
em relação aos esperados de discentes de instituições públicas que apontam que a 
formação recebida superou expectativas em relação ao campo de atuação, enquanto há 
maior número de casos encontrados em relação aos esperados de instituição privada que 
atenderam parcialmente ou não atenderam as expectativas. 
Anversa et al 
 
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Para que a relação entre a formação inicial e a futura intervenção profissional se 
consolide durante o processo, Barros (2000) aponta ser necessário que as IES 
considerem as demandas da sociedade e também forme profissionais autônomos e 
capazes de refletir sobre a realidade que os cerca, adaptando-se às exigências do 
mercado profissional. 
Nessa direção, destaca-se a importância das contribuições das vivências para o 
desenvolvimento de uma formação que se apresente condizente com as necessidades 
demandadas do contexto social. Enfatiza-se a necessidade de romper com o modelo da 
racionalidade técnica2 na formação inicial, a partir da prática e ação reflexiva no cotidiano 
das ações(SCHÖN,1992); tornando o profissional um protagonista no desenvolvimento de 
sua ação interventiva. 
Afunilando a análise sobre o processo formativo, investigou-se o nível de satisfação 
dos discentes em relação às disciplinas ofertadas e suas relações com o campo de 
atuação profissional. 
 
Tabela 02: Nível de satisfação dos discentes sobre as disciplinas ofertadas e suas 
relações com o campo de atuação profissional 
 IES PÚBLICA IES PRIVADA 
Nível de Satisfação (f) (%) (f) (%) 
Superou as expectativas 08 4,7 15 8,8 
Atendeu parcialmente 157 92,4 152 89,4 
Não atendeu 05 2,9 3 1,8 
Total 170 100 170 100 
 
Constatou-se que 92,4% dos discentes das instituições públicas entendem que as 
disciplinas ofertadas atenderam parcialmente as expectativas em relação às suas 
necessidades com o campo de atuação profissional, 4,7% apontaram que superou as 
expectativas, e para 2,9% a formação não atendeu as expectativas. Seguindo a mesma 
relação, nas instituições privadas se observou que 89,4% dos discentes entendem que as 
disciplinas ofertadas atenderam parcialmente as expectativas, 8,8% apontaram que 
superou as expectativas e para 1,8% a formação não atendeu as expectativas. Nessa 
análise não houve associação significativa (p=0,103) entre as respostas dos discentes 
das instituições públicas e privadas. 
 
2 Nesse modelo, a ação do profissional é instrumental, dirigida para a solução de problemas, mediante a aplicação de 
rigorosas teorias e técnicas científicas. 
 
O Estágio Curricular em Educação Física - Bacharelado 
 
 
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Sobre a satisfação em relação às disciplinas, vale ressaltar, com base em 
Verenguer (2003), que os graduandos ao iniciarem seus cursos de formação já 
apresentam uma visão pré-concebida de quais disciplinas/conteúdos serão importantes 
para sua preparação profissional cabendo às disciplinas direcionadas para o núcleo 
biodinâmico e práticas esportivas maior aceitação entre os discentes por apresentarem 
características mais claras junto à prática profissional 
 
Tabela 03: Associação entre a satisfação discente sobre a formação recebida e as 
disciplinas ofertadas em relação às necessidades do campo de atuação 
 Superou as 
expectativas 
Atendeu 
parcialmente/não 
atendeu 
Total 
Superou as 
expectativas 23 65 88 
Atendeu 
parcialmente 0 230 230 
Não atendeu 0 22 22 
Formação Recebida 
x Disciplinas 
ofertadas 
Total 23 317 340 
 
Frente aos resultados encontrados, buscou-se verificar se há associação entre a 
satisfação dos discentes sobre a formação recebida e as disciplinas ofertadas, tendo 
como foco o campo de atuação. Na primeira verificação se notou mais de 20% das 
frequências esperadas abaixo de 5. Devido a isso, a relação foi feita unindo os indicativos 
de atendeu parcialmente com não atendeu (Tabela 03), nessa análise houve associação 
significativa entre as questões 1 e 2 (p<0,0001). 
Em seguida, questionou-se sobre a procura dos discentes por atividades 
extracurricularesque segundo Santos, Silva e Sartori (2012), proporcionam aos 
acadêmicos uma formação mais abrangente indo além do pré-estabelecido nas matrizes 
curriculares. Constatou-se que no caso dos discentes do último ano de Educação Física 
Bacharelado de instituições públicas e privadas as atividades extracurriculares se dão em 
espaços e atividades diferenciados (Tabela 04). 
Tabela 04: Atividades extracurriculares desenvolvidas pelos discentes ao longo da 
formação 
 IES PÚBLICA IES PRIVADA 
Atividades Extracurriculares 
 
(f)* 
 
(%) 
 
(f)* 
 
(%) 
 
Programa de Iniciação Científica 46 27,1 59 34,7 
Monitoria 36 21,2 54 31,8 
Projetos de Ensino e Extensão 113 66,5 72 42,4 
Estágio curricular não obrigatório 116 68,2 127 74,8 
Não participou 13 7,6 12 7,1 
Anversa et al 
 
Revista Kinesis, Vol. 33, nº 1, jan-jun de 2015, Santa Maria. 30 
* Destaca-se que os participantes tinham a liberdade de assinalar mais de uma atividade, o que resultou 
numa frequência superior ao número de participantes. 
 
A maior frequência, tanto nas instituições públicas quanto nas privadas, procura por 
estágio não obrigatório (68,2% e 74,8% respectivamente), devido à possibilidade de 
remuneração durante a graduação. Vasconcelos (2011) apresenta que muitas vezes o 
estágio não obrigatório se coloca como uma bolsa-auxílio, sendo importante recurso 
financeiro para os gastos acadêmicos. 
Logo seguem os projetos de ensino e extensão (66,5% nas públicas e 42,4% nas 
privadas), devido ao número de vagas ofertadas e da possibilidade de contato com o 
contexto do mercado e necessidades sociais, além de fomentar ações interdisciplinares. 
Nota-se a baixa procura por programas de iniciação científica (27,1% e 34,7%) e 
monitorias (21,2% e 31,8%). Fechine e Nascimento (2008) apontam que a baixa procura 
por esses programas pode se dar devido ao fato dos acadêmicos desconhecerem o que 
seja iniciação científica e monitoria, bem como, seus benefícios diretos e indiretos durante 
a formação. 
É importante ressaltar com base em Batista; Graça e Queirós (2014) que ao longo 
da formação inicial é preciso incentivar a busca por práticas que beneficie a mobilização 
dos saberes acadêmicos, profissionais e da comunidade, voltando-se para a resolução de 
problemas e para uma reelaboração dos espaços de formação. Sendo assim, faz-se 
necessário que ao longo da formação os discentes sejam instigados a se engajar por 
meio das práticas aplicadas ou outras atividades disciplinares, em todas as ações que a 
IES e o curso ofertam. 
Respondidas as questões sobre a formação como um todo, a segunda parte do 
questionário tinha por foco perguntas direcionadas ao estágio curricular. 
Tabela 05: Contribuições do estágio curricular sob o olhar discente 
 IES PÚBLICA IES PRIVADA 
Contribuições do estágio 
 
(f)* 
 
(%) 
 
(f)* 
 
(%) 
 
Relação teoria e prática 
profissional 117 68,8 118 69,4 
Aperfeiçoamento profissional 91 53,5 94 55,3 
Aproximação do Mercado de 
Trabalho 115 67,6 113 66,5 
Nenhuma contribuição 7 4,1 4 2,4 
* Destaca-se que os participantes tinham a liberdade de assinalar mais de uma atividade, o que 
resultou numa frequência superior ao número de participantes. 
 
Sobre as contribuições do estágio curricular (Tabela 05), os pesquisados apontam 
que a disciplina, bem como suas respectivas vivências no campo interventivo, contribuiu 
O Estágio Curricular em Educação Física - Bacharelado 
 
 
Revista Kinesis, Vol. 33, nº 1, jan-jun de 2015, Santa Maria. 
31 
para a relação teoria e prática profissional (68,8% e 69,4%), além da aproximação com o 
mercado de trabalho (67,6% e 66,5%) e do aperfeiçoamento profissional (53,5% e 
55,3%). Alguns discentes (4,1 e 2,4%) afirmaram que o estágio curricular não traz 
nenhuma contribuição para a formação. 
Diante disso, ressalta-se que para efetivação do estágio curricular, em seu papel 
formativo, faz-se necessário buscar, de acordo com Batista (2014, p. 38), “[...] uma 
criação de sentido e a (re) interpretação dos valores e experiências, em que o sujeito é 
um agente ativo, logo em permanente ação”, ou seja, o discente precisa compreender o 
estágio para além das horas e ações demandadas, inter-relacionando com demais 
componentes curriculares e com o perfil profissional que se almeja ao final do processo. 
Tabela 06: Conceito atribuído pelos discentes ao estágio curricular 
 IES PÚBLICA IES PRIVADA 
Conceito 
 
 (f) 
 
 (%) 
 
(f) 
 
 (%) 
 
Insignificante 11 6,5 4 2,4 
Pouco importante 18 10,6 15 8,8 
Importante 91 53,5 83 48,8 
Muito importante 50 29,4 68 40,0 
 
É possível observar, na Tabela 06, que os discentes compreendem o estágio 
curricular como um momento significativo do seu processo formativo, haja vista que nas 
Instituições públicas 53,5% dos discentes avaliaram esse momento como importante, e 
29,4% como muito importante. Nas Instituições privadas, 48,8% analisaram a prática 
vivenciada no estágio como importante, e 40,0% como muito importante. Alves; Queirós e 
Batista (2014, p.210) ressaltam que o estágio deve ser encarado como uma ferramenta 
poderosa no processo formativo, uma vez que “[...] permite aos discentes/estagiários 
adotar novos papeis, negociar dilemas e aprofundar seu entendimento acerca da sua 
identidade profissional e da forma como esta vai se edificando”. 
Também foi questionado como se sentem em relação à futura atuação profissional, 
considerando os conhecimentos, habilidades e competências adquiridas ao longo da 
formação e que podem ser solidificados por meio do estágio curricular. 
Tabela 07: Nível de satisfação dos discentes sobre seu sentimento de confiança em 
relação à futura atuação profissional 
 IES PÚBLICA IES PRIVADA 
Nível de Satisfação (f) (%) (f) (%) 
Superou as expectativas 25 33,5 42 17,6 
Atendeu parcialmente 130 61,7 121 74,1 
Não atendeu 15 4,8 7 8,3 
Total 170 100 170 100 
Anversa et al 
 
Revista Kinesis, Vol. 33, nº 1, jan-jun de 2015, Santa Maria. 32 
 
Constatou-se que 61,7% dos discentes das instituições públicas compreendem que 
seu sentimento de confiança em relação à futura atuação profissional atendeu 
parcialmente as expectativas do início do curso, 33,5% apontaram que superou as 
expectativas, e para 4,8% a formação não atendeu as expectativas. Seguindo essa 
relação, nas instituições privadas, observou-se que 74,1% dos discentes apontaram que o 
sentimento de segurança em relação à futura atuação profissional atendeu parcialmente 
as expectativas, 17,6% apontaram que superou as expectativas e para 8,3% a formaçãonão atendeu as expectativas. O teste qui-quadrado mostrou associação significativa 
(p=0,006) entre as respostas dos discentes das instituições públicas e privadas. 
As pesquisas desenvolvidas por Tavares et al. (2001) e Lent e Brown (2006) 
assinalam que frente à uma situação de mudança ocorre um reexame do cognitivo, 
criando certo desequilíbrio emocional. Este grau de incerteza e medo mediante a sua 
capacidade pode ser amenizado por experiências prévias, que darão suporte para a 
autoanálise sobre as competências, conhecimentos e capacidades. É possível identificar 
a relevância do estágio curricular e o incentivo à participação discente em projetos de 
pesquisa, ensino e extensão, para que a formação subsidie, de forma significativa, a 
consolidação profissional. Vale ressaltar, com base em Fonseca e Lara (2015), que as 
ações propiciadas ao longo da graduação, por meio das disciplinas, projetos e estágios, 
auxiliam os discentes a reformular, superar e construir novos paradigmas relacionados à 
formação e às ações profissionais ao longo da carreira. 
Por fim, de acordo com os resultados, buscou-se verificar se há associação entre a 
satisfação dos discentes sobre formação recebida e o sentimento de confiança em 
relação à futura atuação profissional (Tabela 08), e a associação entre as disciplinas 
ofertadas e o sentimento de segurança dos discentes (Tabela 09). 
Tabela 08: Associação entre a satisfação discente sobre a formação recebida e o 
sentimento de confiança em relação à futura atuação profissional 
 Superou as 
expectativas 
Atendeu 
parcialmente 
Não 
atendeu 
Total 
Superou as 
expectativas 56 32 0 88 
Atendeu 
parcialmente 11 212 7 230 
Não atendeu 0 7 15 22 
Formação Recebida 
x Sentimento de 
confiança 
Total 67 251 22 340 
 
 
 
 
 
O Estágio Curricular em Educação Física - Bacharelado 
 
 
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Tabela 09: Associação entre a satisfação dos discentes sobre as disciplinas ofertadas e o 
sentimento de confiança em relação à futura atuação profissional 
 Superou as 
expectativa
s 
Atendeu 
parcialmente 
Não 
atende
u 
Total 
Superou as 
expectativas 
23 0 0 23 
Atendeu 
parcialment
e/ Não 
atendeu 
 
44 251 22 317 Disciplinas ofertadas 
x Sentimento de 
confiança 
Total 67 251 22 340 
 
As análises, por meio do teste qui-quadrado, demonstraram haver associação 
significativa entre a formação recebida e o sentimento de confiança dos discentes em 
relação à futura atuação profissional (p<0,0001), bem como entre as disciplinas ofertadas 
e o sentimento de confiança dos discentes em relação à futura atuação profissional 
(p<0,0001). Essa associação significativa demonstra que mesmo com algumas 
fragilidades encontradas ao longo do processo de formação inicial e sua inter-relação com 
a tríade ensino, pesquisa e extensão, os discentes demonstram segurança em relação à 
futura intervenção profissional, reforçando que a forma como os cursos estão estruturados 
e como suas disciplinas estão sendo efetivadas atendem aos anseios dos discentes. 
Nesse sentido, cabe aos cursos de formação inicial em Educação Física – Bacharelado 
fomentarem vivências que levem a transformação de saberes, interligando teoria e prática 
por meio de reflexões e resolução de problemas do cotidiano profissional. 
 
CONCLUSÃO 
De acordo com as respostas fornecidas pelos concluintes do curso de Educação 
Física Bacharelado, constata-se que a formação inicial em Educação Física Bacharelado 
tem se configurado de forma efetiva no estado, uma vez que o nível de satisfação dos 
discentes sobre a formação inicial e as disciplinas ofertadas, em relação às necessidades 
do campo de atuação profissional, apresenta uma associação positiva. Entretanto, atende 
parcialmente a expectativa dos discentes concluintes em relação aos conhecimentos, 
habilidades e atitudes inerentes aos campos de atuação. 
 Este quadro aponta para a necessidade de compreender a matriz curricular dos 
cursos de formação e sua adequabilidade as exigências profissionais, refletindo sobre o 
papel do profissional a ser formado e do formador, na construção da identidade 
profissional e na valorização desse âmbito de atuação. 
Anversa et al 
 
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Vale ressaltar que a formação em Educação Física Bacharelado, necessita 
identificar as demandas de seus múltiplos campos de atuação, detectando os problemas 
instaurados e traçando estratégias para resolvê-los por meio de uma experimentação e 
avaliação constante das vivências propagadas ao longo do processo formativo. Soma-se 
a este quadro o fato de que o corpo docente atuante em grande parte dos cursos ser 
originário da formação em Licenciatura, o que pode causar comprometimentos 
conceituais e procedimentais ao processo, com imbricações desarticuladas no 
desenvolvimento dos componentes curriculares ao longo do curso (GOBBO, 2012). 
Ao analisar as contribuições do estágio curricular, os discentes avaliam a disciplina 
como importante, ressaltando que é por meio dessa prática pedagógica que se possibilita 
a relação entre a teoria e a prática profissional, bem como a aproximação com o mercado 
de trabalho. Porém, os referenciais teóricos da área apontam que por vezes o estágio não 
cumpre efetivamente seu papel, devido, entre outras questões, à falta de articulação e 
análise dos componentes curriculares com a realidade do estágio e também de espaço do 
local do estágio para que ocorra uma intervenção efetiva por parte do estagiário. Sendo 
assim, ressalta-se a necessidade de ações que favoreçam a aproximação do processo 
formativo com as atuais demandas de mercado profissional, e as vivências em múltiplos 
espaços sociais e contextos interventivos. 
Além disso, faz-se necessária uma revisão dos regulamentos de estágio vigentes 
nas instituições, levando a reformulação ou atualização de suas propostas de ações e 
campos atendidos, além da consolidação de parcerias que permitam uma efetiva ação do 
estagiário, para que o mesmo possa, ao longo do processo, assumir uma participação 
central e autônoma. 
Essas ações podem minimizar as desconexões das finalidades propostas e as 
ações dos discentes, contribuindo para que se sintam preparados em relação aos seus 
conhecimentos, habilidades e competências. Isso se confirma ao se constatar uma 
associação significativa entre a estruturação dos cursos e conteúdos trabalhados nos 
componentes curriculares, com o sentimento de confiança frente à futura intervenção 
profissional. 
Assim, analisa-se a necessidade da contínua revisão das estratégias adotadas no 
processo formativo e na prática profissional, para incentivar a busca de experiências 
complementares durante a formação inicial e a constituição do hábito pela formação 
continuada, como forma de oportunizar o enriquecimento da prática profissional e das 
relações estabelecidas com a conjuntura social em que estão inseridos. 
 
O Estágio Curricular em Educação Física - Bacharelado 
 
 
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THE CURRICULAR SUPERVISIONED TRAINEESHIP IN PHYSICAL EDUCATION 
BACHELOR 
 
Abstract 
The means was identify how the students of final year of Physics Education Bachelor, 
qualify their initial training and supervisionad traineeship. Participated 340 students who 
answered a questionnaire with closed questions. For data analysis, we used absolute 
frequency, percentage and the chi- square test of Pearson (p<0,05),. There was a 
significant association between training offered disciplines and the feeling of trust of 
students for the future professional intervention. However, attention to the relationship 
between the training process is highlighted that is needed and the contact with reality, 
bringing content and actions developed with the specific fields of intervention. 
 
Keywords: Physical Education. Professional Practice Location. Internships. 
 
 
 
 
O Estágio Curricular em Educação Física - Bacharelado 
 
 
Revista Kinesis, Vol. 33, nº 1, jan-jun de 2015, Santa Maria. 
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LOS PASANTÍAS SUPERVISIONADOS EN EDUCACIÓN FÍSICA - BACHILLERATO 
 
Resumen 
El objetivo fue identificar cómo los estudiantes de último año de Bachillerato en Educación 
Física, califican su formación inicial y los pasantías supervisionados. Participaron 340 
estudiantes que contestaron un cuestionario con preguntas cerradas. Para el análisis de 
los datos se utilizó la frecuencia, porcentaje y la prueba de chi-cuadrado de Pearson 
(p<0,05),. Se observó una asociación significativa entre las disciplinas de formación 
ofrecido y el sentimiento de confianza de los estudiantes para el futuro intervención 
profesional. Sin embargo, se pone de relieve la atención sobre la relación entre el proceso 
de capacitación que se necesita y el contacto con la realidad, con lo que el contenido y las 
acciones desarrolladas con los campos específicos de intervención. 
 
Palabras clave: Educación Física. Ubicación de la Práctica Profesional. Pasantías. 
 
 
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