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CHIBATA 1 - GABARITO - RECLAMAÇÃO TRABALHISTA (1)

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37° EO – SEMANA DE REVISÃO – 
PROF. ALEXANDRE TEIXEIRA 
 C.H.I.B.A.T.A 
✓ Perceba que a tese (parte que mais pontua da peça profissional), nada mais é que a adequação da 
anatomia das teses ao caso concreto. 
→ Primeiro, tente desenvolver as teses; 
→ Depois, confira se as desenvolveu corretamente pelo gabarito; 
→ Por último, faça uma cópia da tese pelo gabarito, corrigindo o que eventualmente errou. 
 
TESE DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO 
 
1) Que ao passar no setor pessoal, foi informada que receberia apenas a remuneração dos 5 meses trabalhados, por 
ser mera prestadora de serviços, apesar de trabalhar todos os dias da semana das 08 às 12h e das 14 às 18h, 
obedecendo as diretrizes da empresa quanto as suas funções e com salário de R$ 1.200,00; 
 
A reclamante tem direito ao reconhecimento do vínculo empregatício com anotação e baixa na CTPS, pois trabalhava 
habitualmente todos os dias da semana, cumprindo horários e subordinada às diretrizes da empresa, recebendo 
salário de R$1.200,00 mensais, nos termos dos arts. 2º, 3º, 13 e 29, CLT. 
 
TESES DE CONTRATO DE TRABALHO 
 
2) Que foi admitida mediante contrato de experiência e, quando de sua demissão, o período de experiência já contava 
com 180 dias e que, por isso, seu empregador nem lhe deu aviso prévio e tampouco indenização de 40% sobre os 
depósitos de FGTS; 
 
A reclamante tem direito ao aviso prévio e a indenização de 40% sobre FGTS, pois o contrato é/transformou-se por 
prazo indeterminado uma vez que o contrato de experiência extrapolou 90 dias OU já contava com 180 dias, nos 
termos do arts. 445, § único e 451 da CLT. 
 
3) Que exercia a função de auxiliar de coordenação com salário de R$ 1.400,00 mensais e que sempre que a 
coordenadora faltava ao trabalho, inclusive nas férias, a substituía. O salário da coordenadora era de R$ 4.000,00 
mensais. Na última vez que a auxiliar substituiu a coordenadora em suas férias, ao receber o contracheque, viu que 
recebera apenas a quantia de R$ 1.400,00. 
 
A reclamante tem direito às diferenças salariais (R$ 2.600,00) relativas ao salário de coordenadora, pois a substituição 
era habitual, substituindo a coordenadora inclusive nas férias, nos termos da súmula 159 do TST. 
 
TESES DE ALTERAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO 
 
4) Que foi contratada para a função de coordenadora acadêmica de um famoso curso preparatório para a OAB e 
passou a exercer, também, as funções de professora, sem receber qualquer diferença salarial; 
 
A reclamante tem direito às diferenças salariais OU plus salarial, pois acumulava as funções de professora e 
coordenadora acadêmica, nos termos do art. 456, parágrafo único, CLT. 
 
5) Que foi transferida para outra cidade por três anos para exercer as funções de coordenadora de filial de um famoso 
curso preparatório para a OAB e que, passados esses três anos, poderia retornar a cidade de origem. Durante o período 
nunca receber qualquer valor a título de adicional de transferência, porque o empregador considerou a transferência 
definitiva; 
 
A reclamante tem direito ao adicional de transferência, pois a transferência foi provisória porque passados três anos 
poderia voltar à cidade de origem, nos termos do art. 469, parágrafo único, §3º da CLT e art. 300, §2º CPC. 
 
 
TESES DE JORNADA DE TRABALHO 
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6) Que foi contratado na função de caixa de supermercado para trabalhar das 08:00 às 16:30 horas, com 30 minutos 
de intervalo para repouso e alimentação; 
 
A reclamante tem direito ao pagamento de 30 minutos com adicional de 50% porque o intervalo intrajornada mínimo 
de 1h não foi respeitado, nos termos do art. 71 e seu § 4º, CLT. 
 
 
TESES DE REMUNERAÇÃO E SALÁRIO 
 
7) Que na função de caixa, BETA ganhava R$ 1.200,00, portanto, menos que uma colega, ALFA, admitida um ano e 
meio antes na função de caixa, cujo salário era R$ 2.000,00. Ambas trabalhavam para a filial da empresa PUNTO LTDA.. 
Sabe-se que ALFA foi admitida três anos antes de BETA e que, por isso, o empregador pagava salários diferentes; 
 
A reclamante tem direito às diferenças salariais (R$800,00) decorrentes da equiparação salarial entre BETA (que 
ganhava R$ 1.200,00) e ALFA (que ganhava R$ 2.000,00), pois trabalhavam para o mesmo empregador, empresa 
PUNTO Ltda., na mesma função de caixa, com tempo de serviço de um ano e meio e com tempo de emprego de três 
anos, nos termos do art. 461 e parágrafos da CLT. 
 
 
TESES DE NULIDADE DO DESCONTO SALARIAL 
 
8) Que Dona Etelvina, empregadora doméstica, a fim de tentar se livrar da crise, virou uma Consultora/Revendedora 
de produtos JEQUITI. Sua maior cliente era sua empregada doméstica, de nome Fulaniene. Fulaniene ganhava R$ 
1.200,00 mensais e adorava comprar os produtos. Quando de sua demissão, Dona Etelvina descontou a quantia de R$ 
200,00 de suas verbas rescisórias em razão de produtos comprado, mas ainda não pagos; 
 
A reclamante tem direito à devolução do valor de R$200,00 pois o desconto é indevido e não tinha natureza 
trabalhista OU não tinha natureza salarial OU tinha natureza civil uma vez que era resultado da compra de produtos 
de beleza JEQUITI, nos termos da súmula 18, TST. 
 
 
TESES DE NULIDADE DA DISPENSA COM JUSTA CAUSA/FALTA GRAVE 
 
9) Que quando de sua demissão estava grávida havia 2 meses e foi demitida pelo motivo de ter faltado o trabalho para 
realizar vários exames médicos; 
 
A reclamante tem direito a nulidade da dispensa com justa causa OU ao reconhecimento da dispensa sem justa causa 
porque não cometeu falta grave, pois tem direito de faltar ao trabalho para realizar, no mínimo, seis exames médicos 
durante a gestação, nos termos do art. 392, §4º, II, CLT, art. 482, e da CLT. 
 
10)Que Valentão foi demitido com justa causa por ter agredido um colega de profissão, de sua mesma categoria, 
durante um jogo de futebol, no estádio Valente. 
 
O reclamante tem direito a nulidade da dispensa com justa causa OU ao reconhecimento da dispensa sem justa causa, 
pois não cometeu falta gave, uma vez que a agressão não ocorreu em serviço, nos termos do Art. 482, ‘’j’’ da CLT. 
 
TESES DE INDENIZAÇÃO 
 
11) Que a empregadora, DONA REDONDA, no ambiente de trabalho chamou a trabalhadora de burra, incompetente 
e incapaz na frente de colegas de trabalho e de clientes da empresa. Apesar de todo o zelo profissional com o qual 
executava suas funções, as acusações se intensificaram; 
 
A reclamante tem direito à indenização por danos morais no valor de R$ ____, pois sofreu assédio moral ao ter sido 
chamada de burra, incompetente e incapaz, apesar de todo o zelo profissional com o qual executava suas funções, 
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 causando-lhe abalos psicológicos, humilhação e constrangimento, nos termos do art. 223-A e 223-B, CLT, art. 5º, V e 
X, CF, art. 186, 927, CC. 
E 
A reclamante tem direito à rescisão indireta do contrato de trabalho, porque sofreu assédio moral pois apesar de 
todo o zelo profissional com que desempenhava suas funções, era constantemente chamada de burra, incompetente 
e incapaz, sendo tratada com rigor excessivo, tendo a empregadora cometido falta grave, nos termos do art. 483, “b” 
e “e” da CLT. 
 
12) Que o empregador acessou o e-mail pessoal do empregado, sob o argumento de que ele estaria enviando fotos e 
vídeos de sexo explícito através deste meio para seus colegas durante o horário de trabalho; 
 
O reclamante tem direito à indenização por danos morais no valor de R$ ____, pois o empregador causou-lhe abalos 
psicológicos, humilhação e constrangimento ao invadir seu e-mail pessoal, violando sigilo de correspondência, 
invadindo sua privacidade, nos termos do art. 223-A e 223-B, CLT, art. 5º, V, X e XII CF, art. 186, CC, 927, CC. 
 
 
13) Que foi admitida aos serviços da empresa CHUPETA DE BALEIA LTDA na função de vendedora deshakes para 
emagrecimento rápido. Acometida de uma doença alérgica rara, a empregada teve que tomar remédios à base de 
corticoide e acabou adquirindo um sobrepeso de 30kgs. A empresa, vendo que a empregada não mais fazia o perfil 
para vender os shakes mágicos, a demitiu sem justa causa pagando-lhe todas as verbas trabalhistas rescisórias e 
indenizatórias. 
 
A reclamante tem direito à indenização por danos morais no valor de R$ ____ por ter sofrido abalos psicológicos, 
humilhação e constrangimento, pois sua dispensa foi discriminatória por ter engordado 30kgs OU por ter adquirido 
sobrepeso de 30kgs, nos termos do arts. 1º e 4º da Lei 9.029/95, art. 223-A e 223-B, CLT, art. 5º, V, X , CF, art. 186, 
927 CC. 
 
14) Que o empregador retirou a trava de segurança da prensa mecânica para que o empregado produzisse com mais 
rapidez e facilidade. Em determinado momento, o empregado teve o dedo decepado pela máquina o que lhe causou 
abalos emocionais; 
 
O reclamante tem direito à indenização por danos morais no valor de R$ ____ por ter sofrido abalos psicológicos, 
humilhação e constrangimento, pois teve o dedo decepado em virtude de o empregador ter retirado a trava de 
segurança da prensa mecânica, nos termos do art. 223-A e 223-B, CLT, art. 5º, V, X , CF, arts. 186 e 927 do CC. 
 
15) Que o empregador retirou a trava de segurança da prensa mecânica para que o empregado produzisse com mais 
rapidez e facilidade. Em determinado momento, o empregado teve o dedo decepado pela máquina causando-lhe a 
perda do movimento do restante da mão; 
 
O reclamante tem direito à indenização por danos estéticos no valor de R$ ____ decorrente de deformidade física 
externa (aparente), pois teve o dedo decepado em virtude de o empregador ter retirado a trava de segurança da 
prensa mecânica, nos termos dos arts. 949 e 950 do CC. 
 
16) Que o empregador retirou a trava de segurança da prensa mecânica para que o empregado produzisse com mais 
rapidez e facilidade. Em determinado momento, o empregado teve o dedo decepado pela máquina causando-lhe a 
perda do movimento do restante da mão e veio a gastar R$ 2.500,00 com tratamento fisioterápico; 
 
O reclamante tem direito à indenização por danos materiais no valor de R$2.500,00 decorrente do gasto com 
despesas de tratamento fisioterápico, pois teve o dedo decepado em virtude de o empregador ter retirado a trava de 
segurança da prensa mecânica, nos termos dos arts. 949 e 950 CC. 
 
 
17) Que o empregador retirou a trava de segurança da prensa mecânica para que o empregado produzisse com mais 
rapidez e facilidade. Em determinado momento, o empregado teve o dedo decepado pela máquina causando-lhe a 
perda do movimento do restante da mão e ficou impossibilitado de digitar trabalhos de conclusão de curso, o que lhe 
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 rendia R$ 500,00 por mês; 
 
O reclamante tem direito à indenização por danos materiais (lucros cessantes) no valor de R$500,00/mês por ter 
ficado impossibilitado de digitar trabalhos de conclusão de curso, uma vez que teve o dedo decepado em virtude de 
o empregador ter retirado a trava de segurança da prensa mecânica, nos termos dos arts. 949 e 950 CC. 
 
18) Que o empregador retirou a trava de segurança da prensa mecânica para que o empregado produzisse com mais 
rapidez e facilidade. Em determinado momento, o empregado teve o dedo decepado pela máquina causando-lhe a 
perda do movimento do restante da mão, com comprovada perda de 20% de sua capacidade para o trabalho; 
 
O reclamante tem direito à pensão no valor de 20% do seu salário porque houve redução da sua capacidade para o 
trabalho em 20% ao perder o movimento de sua mão, pois teve o dedo decepado em virtude de o empregador ter 
retirado a trava de segurança da prensa mecânica, nos termos dos arts. 949 e 950 CC. 
 
19) Que foi comunicado de sua dispensa sem justa causa no mês de julho de 2019, com aviso prévio indenizado, após 
completar um ano e seis meses de trabalho. Sabe-se que a data base da categoria é setembro e, quando de sua saída, 
o empregador pagou somente as verbas trabalhistas rescisórias e indenizatórias de praxe. 
 
O reclamante tem direito à indenização adicional de um mês de remuneração por ter sido despedido sem justa causa 
em agosto (com a projeção do aviso prévio), portanto, nos trinta dias que antecedem a data base de sua categoria 
(setembro), nos termos dos art. 9º da Lei 7.238/84. 
 
TESES DE REINTEGRAÇÃO/ESTABILIDADE 
 
20) Que é trabalhador portador de deficiência em empresa com mais de cem empregados e que foi demitido sem justa 
causa. Ressalte-se que o empregador ainda não contratou substituto para o empregado demitido; 
 
O reclamante tem direito de ser reintegrado e receber os salários do afastamento por ser portador de deficiência e 
o empregador não ter contratado substituto, pelo que requer A REINTEGRAÇÃO LIMINAR EM ANTECIPAÇÃO DE 
TUTELA PROVISÓRIA (URGÊNCIA), nos termos do art. 93, §1º, da Lei 8.213/91 e art. 300, § 2º do CPC. 
 
21) Que é portador de vírus do HIV e tão logo retornou da licença previdenciária seu empregador o dispensou, segundo 
alegou, sem justa causa com o pagamento de todas as verbas típicas da dispensa; 
 
O reclamante tem direito de ser reintegrado, pois sua dispensa foi presumidademente discriminatória por ser o 
empregado portador do vírus do HIV que é doença grave e incurável e que causa estigma e preconceito, pelo que 
requer a REINTEGRAÇÃO LIMINAR EM ANTECIPAÇÃO DE TUTELA PROVISÓRIA (URGÊNCIA), nos termos do arts. 1º e 
4º da Lei 9.029/95, súmula 443 TST e art. 300 § 2º do CPC. 
 
22) Que quando foi admitida aos serviços da empresa, já sofria de tendinite. Ao ocupar a função de digitadora por dois 
anos seguidos, a tendinite se agravou e entrou em benefício do auxílio-doença acidentário. Após seis meses de licença, 
retornou aos serviços e foi demitida. Ao indagar seu empregador acerca de sua estabilidade, este respondeu que a 
doença era preexistente à relação de trabalho e manteve sua decisão; 
 
O reclamante tem direito de ser reintegrado por ter estabilidade, doença do tranbalho, pois sua doença preexistente 
(tendinite) foi agravada com o trabalho na função de digitadora, sendo equiparada a doença do 
trabalho/ocupacional, pelo que requer a REINTEGRAÇÃO LIMINAR EM ANTECIPAÇÃO DE TUTELA PROVISÓRIA 
(URGÊNCIA), nos termos do art. 118 da Lei 8.213/91 e art. 300 § 2º do CPC. 
 
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