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DIREITO TRIBUTÁRIO - 20 QUESTÕES COMENTADAS - AULA 1

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01. Em 10/11/2020, foi publicada lei ordinária 
federal que majorava a alíquota de contribuição 
previdenciária a ser cobrada do empregador, 
incidente sobre a folha de salários e demais 
rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a 
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, 
mesmo sem vínculo empregatício. Diante desse 
cenário, a nova alíquota poderá ser aplicada 
 
A) a partir da data da publicação da lei. 
B) noventa dias a contar da data da publicação da lei. 
C) a partir do primeiro dia do exercício financeiro 
seguinte. 
D) a partir de noventa dias contados do primeiro dia 
do exercício financeiro seguinte. 
 
02. O Município X, na tentativa de fazer com que os 
cofres municipais pudessem receber determinado 
tributo com mais celeridade, publicou, em maio de 
2017, uma lei que alterava a data de recolhimento 
daquela exação. A lei dispunha que os efeitos das 
suas determinações seriam imediatos. Nesse 
sentido, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Segundo a Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro (LINDB), a lei é válida, mas apenas poderia 
entrar em vigor 45 (quarenta e cinco) dias após a sua 
publicação. 
B) A lei é inconstitucional, uma vez que não respeitou 
o princípio da anterioridade. 
C) A lei é constitucional, uma vez que, nessa hipótese, 
não se sujeita ao princípio da anterioridade. 
D) A lei é válida, mas só poderia vigorar 90 (noventa) 
dias após a sua publicação. 
 
03. A União, por meio de lei ordinária, instituiu nova 
contribuição social (nova fonte de custeio) para 
financiamento da seguridade social. Para tanto, 
adotou, além da não cumulatividade, fato gerador e 
base de cálculo distintos dos discriminados na 
Constituição da República. 
A referida lei foi publicada em 1º de outubro de 
2018, com entrada em vigor em 1º de fevereiro de 
2019, determinando, como data de vencimento da 
contribuição, o dia 1º de março de 2019. 
A pessoa jurídica XYZ não realizou o pagamento, 
razão pela qual, em 10 de março de 2019, foi 
aconselhada, por seu(sua) advogado(a), a propor 
uma ação Declaratória de Inexistência de Relação 
Jurídica, em face da União. Assinale a opção que 
indica o fundamento que poderá ser alegado para 
contestar a nova contribuição. 
 
A) Ela somente poderia ser instituída por meio de Lei 
Complementar. 
B) Ela violou o princípio da anterioridade anual. 
C) Ela violou o princípio da anterioridade nonagesimal. 
D) Ela somente poderia ser instituída por Emenda 
Constitucional. 
 
04. Por meio da Lei Ordinária nº 123, a União 
instituiu contribuição não cumulativa destinada a 
garantir a expansão da seguridade social, utilizando, 
para tanto, fato gerador e base de cálculo distintos 
dos discriminados na Constituição da República. A 
referida lei foi publicada em 1º de setembro de 2015, 
com entrada em vigor em 2 de janeiro de 2016, 
determinando o dia 1º de fevereiro do mesmo ano 
como data de pagamento. Por considerar indevida a 
contribuição criada pela União, a pessoa jurídica A, 
atuante no ramo de supermercados, não realizou o 
seu pagamento, razão pela qual, em 5 de julho de 
2016, foi lavrado auto de infração para a sua 
cobrança. Considerando a situação em comento, 
assinale a opção que indica o argumento que poderá 
ser alegado pela contribuinte para impugnar a 
referida cobrança. 
 
A) A nova contribuição viola o princípio da 
anterioridade nonagesimal. 
B) A nova contribuição viola o princípio da 
anterioridade anual. 
C) A nova contribuição somente poderia ser instituída 
por meio de lei complementar. 
D) A Constituição da República veda a instituição de 
contribuições não cumulativas. 
 
05. Empresa X, constituída em 1980, entrou com 
ação na Justiça Federal impugnando a cobrança da 
Contribuição Sobre o Lucro – CSLL, alegando que, 
apesar de prevista no Art. 195, I, c, da Constituição 
Federal, trata-se de um tributo que tem o lucro como 
fato gerador. Dessa forma, haveria um bis in idem 
em relação ao Imposto Sobre a Renda das Pessoas 
Jurídicas (Art. 153, III da CRFB), o que é vedado pelo 
próprio texto constitucional. A partir do caso 
narrado e considerando a jurisprudência dominante 
do Supremo Tribunal Federal, assinale a afirmativa 
correta. 
 
A) A empresa tem razão porque os dois tributos têm 
o lucro como fato gerador, o que é vedado pela 
Constituição Federal. 
B) A empresa, por ter sido constituída anteriormente 
à Constituição Federal de 1988, tem direito adquirido 
a não pagar a CSLL. 
C) A empresa não tem razão, porque ambos os 
tributos estão previstos na CRFB. 
D) A empresa tem razão, pela clara violação à vedação 
ao confisco prevista no Art. 150, IV, da CRFB. 
 
 
06. Visando a proteger a indústria de tecnologia da 
informação, o governo federal baixou medida, 
mediante decreto, em que majora de 15% para 20% 
a alíquota do Imposto sobre a Importação de 
Produtos Estrangeiros para monitores de vídeo 
procedentes do exterior, limites esses que foram 
previstos em lei. A respeito da modificação de 
alíquota do Imposto de Importação, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) Deve observar a reserva de lei complementar. 
B) Deve ser promovida por lei ordinária. 
C) Deve observar o princípio da irretroatividade. 
D) Deve observar o princípio da anterioridade. 
 
07. Em procedimento de fiscalização, a Secretaria da 
Receita Federal do Brasil identificou lucro não 
declarado por três sociedades empresárias, que o 
obtiveram em conluio, fruto do tráfico de 
entorpecentes. Sobre a hipótese sugerida, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) O imposto sobre a renda é devido face ao 
princípio da interpretação objetiva do fato gerador, 
também conhecido como o princípio do pecunia non 
olet. 
B) Não caberá tributação e, sim, confisco da 
respectiva renda. 
C) Não caberá tributo, uma vez que tributo não é 
sanção de ato ilícito. 
D) Caberá aplicação de multa fiscal pela não 
declaração de lucro, ficando afastada a incidência do 
tributo, sem prejuízo da punição na esfera penal. 
 
08. Suponha que determinada Medida Provisória 
editada pela Presidenta da República, em 
29/09/2012, estabeleça, entre outras providências, 
o aumento para as diversas faixas de alíquotas 
previstas na legislação aplicável ao imposto de renda 
das pessoas físicas. Nesse caso, com base no sistema 
tributário nacional, tal Medida Provisória 
 
A) não violaria o princípio da legalidade e produzirá 
efeitos a partir da data de sua publicação. 
B) violaria o princípio da legalidade, por ser 
incompatível com o processo legislativo previsto na 
Constituição Federal/88. 
C) não violaria o princípio da legalidade e produzirá 
efeitos a partir de 90 (noventa) dias contados a 
partir da data de sua publicação. 
D) não violaria o princípio da legalidade e só 
produzirá efeitos a partir do primeiro dia do 
exercício financeiro subsequente à data de sua 
conversão em lei. 
 
09. O poder de tributar não é absoluto, pois a 
Constituição Federal impõe às entidades 
detentoras de capacidade tributária algumas 
limitações. Acerca das limitações à competência 
tributária, assinale a opção correta. 
 
A) A norma constitucional impõe que os impostos 
sejam criados por lei complementar. 
B) É lícito ao presidente da República reduzir a 
alíquota do imposto sobre produtos 
industrializados por decreto presidencial. 
C) As anuidades devidas aos conselhos de 
fiscalização profissional são fixadas e majoradas por 
resoluções dos respectivos conselhos. 
D) Pelo princípio da anualidade tributária, é vedado 
à União, aos estados, ao DF e aos municípios cobrar 
tributos no mesmo exercício financeiro em que a lei 
que os instituiu ou majorou tenha sido publicada. 
 
10. A Lei X, promulgada em 20 de outubro de 2008, 
determinou a majoração do ISS. Já a Lei Y, 
promulgada em 16 de novembro de 2009, reduziu o 
ICMS de serviços de telecomunicação. Por fim, o 
Decreto Z, de 8 de dezembro de 2007, elevou o IOF 
para compras no exterior. Diante dessas hipóteses, é 
correto afirmar que 
 
A) o ISS poderá ser cobrado somente quando 
decorridos90 dias da publicação da Lei X, ao passo 
que os novos valores do ICMS e do IOF poderão ser 
cobrados a partir da publicação dos diplomas legais 
que os implementaram. 
B) todos os impostos mencionados no enunciado 
somente poderão ser cobrados no exercício 
financeiro seguinte à publicação do diploma legal 
que os alterou por força do princípio da 
anterioridade. 
C) na hipótese do enunciado, tanto o ISS como o 
ICMS estão sujeitos ao princípio da anterioridade 
nonagesimal, considerada garantia individual do 
contribuinte cuja violação causa o vício da 
inconstitucionalidade. 
D) o IOF, imposto de cunho nitidamente extrafiscal, 
em relação ao princípio da anterioridade, está 
sujeito apenas à anterioridade nonagesimal, o que 
significa que bastam 90 dias da publicação do 
decreto que alterou sua alíquota para que possa ser 
cobrado. 
 
11. A competência tributária não se confunde com a 
capacidade tributária ativa. Aquela se traduz na 
aptidão para instituir tributos, enquanto esta é o 
exercício da competência, ou seja, a aptidão para 
cobrar tributos. Nesse sentido, é correto afirmar que 
 
A) compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal 
 
e aos Municípios instituir impostos, taxas, 
contribuições de melhoria, assim como as 
contribuições para o custeio do serviço de 
iluminação pública. 
B) em virtude do princípio federativo, que, entre 
outras consequências, delimita entre os entes 
políticos o poder de tributar, ao Distrito Federal 
compete apenas instituir espécies tributárias 
próprias dos Estados- membros da federação. 
C) a União pode instituir, via lei ordinária, impostos 
além dos previstos na Constituição, mediante dois 
requisitos: que eles sejam não cumulativos e que não 
tenham fato gerador próprio dos impostos já 
previstos constitucionalmente. 
D) em Território Federal, os impostos estaduais são 
de competência da União. Caso o Território não seja 
dividido em Municípios, cumulativamente, os 
impostos municipais também são de competência 
da União. 
 
12. No exercício de 1995, um contribuinte deixou de 
recolher determinado tributo. Na ocasião, a lei 
impunha a multa moratória de 30% do valor do 
débito. Em 1997, houve alteração legislativa, que 
reduziu a multa moratória para 20%. O contribuinte 
recebeu, em 1998, notificação para pagamento do 
débito, acrescido da multa moratória de 30%. A 
exigência está 
 
A) correta, pois aplica-se a lei vigente à época de 
ocorrência do fato gerador. 
B) errada, pois aplica-se retroativamente a lei que 
defina penalidade menos severa ao contribuinte. 
C) correta, pois o princípio da irretroatividade veda a 
aplicação retroagente da lei tributária. 
D) errada, pois a aplicação retroativa da lei é regra 
geral no direito tributário. 
 
13. Consoante o princípio tributário da reserva legal, 
é vedado à União, aos estados, ao DF e aos 
municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o 
estabeleça. Todavia, admite-se, 
constitucionalmente, que 
 
A) a União e os estados criem ou aumentem tributo 
por meio de decreto. 
B) a União aumente determinados tributos por meio 
de decreto. 
C) a União crie ou aumente tributo por meio de 
decreto. 
D) os estados aumentem tributo por meio de decreto. 
 
14. A respeito dos Princípios Tributários Expressos e 
Implícitos, à luz da Constituição da República de 
1988, assinale a opção INCORRETA: 
 
A) É vedado à União instituir isenções de tributos de 
competência dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. 
B) O princípio da irretroatividade veda a cobrança de 
tributos em relação a fatos geradores ocorridos 
antes do início da vigência da lei que os houver 
instituído ou aumentado. 
C) É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios estabelecer diferença tributária entre 
bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de 
sua procedência ou destino. 
D) Pelo princípio da anterioridade, para que os 
tributos possam ser cobrados a cada exercício, é 
necessária a prévia autorização na lei orçamentária. 
 
15. A Presidência da República, por meio do Decreto 
123, de 1º de janeiro de 2015, aprovou novas 
alíquotas para o Imposto sobre Produtos 
Industrializados (IPI), dentro das balizas fiadas na lei 
tributária, a saber: 
Cigarro – alíquota de 100% 
Vestuário – alíquota de 10% 
Macarrão – alíquota zero 
Sobre a hipótese, é possível afirmar que 
A) o referido decreto é inconstitucional, uma vez que 
viola o princípio da legalidade. 
B) o referido decreto é inconstitucional, uma vez que 
viola o princípio do não confisco. 
C) as alíquotas são diferenciadas em razão da 
progressividade do IPI. 
D) as alíquotas são diferenciadas em razão do 
princípio da seletividade do IPI. 
 
16. Determinado Estado da Federação publicou, em 
julho de 2015, a Lei nº 123/2015, que majorou o 
valor das multas e das alíquotas de ICMS. Em 
fevereiro de 2016, em procedimento de fiscalização, 
aquele Estado constatou que determinado 
contribuinte, em operações realizadas em outubro de 
2014, não recolheu o ICMS devido. Por conta disso, 
foi efetuado o lançamento tributário contra o 
contribuinte, exigindo-lhe o ICMS não pago e a multa 
decorrente do inadimplemento. O lançamento em 
questão só estará correto se 
 
A) as multas e alíquotas forem as previstas na Lei nº 
123/2015. 
B) as alíquotas forem as previstas na Lei nº 123/2015 
e as multas forem aquelas previstas na lei vigente ao 
tempo do fato gerador. 
C) as multas e as alíquotas forem as previstas na lei 
vigente ao tempo do fato gerador. 
D) as multas forem as previstas na Lei nº 123/2015 e 
as alíquotas forem aquelas previstas na lei vigente 
ao tempo do fato gerador. 
 
 
17. Visando fomentar a indústria brasileira, uma 
nova lei, publicada em 18/02/2010, majorou a 
alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados 
(IPI), bem como majorou a alíquota do Imposto sobre 
Exportação (IE). A partir de que data a nova alíquota 
poderá ser exigida para o IPI e para o IE? 
 
A) Imediatamente para ambos. 
B) No exercício financeiro seguinte para ambos. 
C) 90 dias após a publicação da lei para o IPI e 
imediatamente para o IE. 
D) 90 dias após o exercício financeiro seguinte para o 
IPI e no exercício financeiro seguinte para o IE. 
 
18. Considere a seguinte situação hipotética: lei 
federal fixou alíquotas aplicáveis ao ITR e 
estabeleceu que a alíquota relativa aos imóveis 
rurais situados no Rio de Janeiro seria de 5% e a 
relativa aos demais Estados do Sudeste de 7%. Tal 
enunciado normativo viola o princípio constitucional 
 
A) da uniformidade geográfica da tributação. 
B) da legalidade tributária. 
C) da liberdade de tráfego. 
D) da não diferenciação tributária entre a procedência 
e o destino do produto. 
 
19. O Estado Y lavrou auto de infração em face da 
pessoa jurídica PJ para cobrança de créditos de 
Impostos sobre a Circulação de Mercadorias e 
Prestação de Serviços (ICMS), decorrentes da 
produção e venda de livros eletrônicos. 
Adicionalmente aos créditos de ICMS, o Estado Y 
cobrou o pagamento de multa em decorrência do 
descumprimento de obrigação acessória legalmente 
prevista. Tendo isso em vista, assinale a afirmativa 
correta. 
 
A) Há imunidade tributária em relação aos livros 
eletrônicos; por outro lado, é incorreta a cobrança 
da multa pelo descumprimento da obrigação 
acessória. 
B) Há imunidade tributária em relação aos livros 
eletrônicos; no entanto, tendo em vista a previsão 
legal, é correta a cobrança de multa pelo 
descumprimento da obrigação acessória. 
C) É correta a cobrança do ICMS, uma vez que a 
imunidade tributária somente abrange o papel 
destinado à impressão de livros, jornais e periódicos; 
da mesma forma, é correta a cobrança de multa pelo 
descumprimento da obrigação acessória, em vista 
da previsão legal. 
D) É correta a cobrança do ICMS, uma vez que a 
imunidade tributária somente abrange o papel 
destinado à impressão de livros, jornais e periódicos; 
no entanto, é incorreta a cobrança da multa pelo 
descumprimento da obrigação acessória. 
 
20. Oreitor de uma faculdade privada sem fins 
lucrativos (cujas receitas, inclusive seus eventuais 
superávits, são integralmente reinvestidas no 
estabelecimento de ensino) deseja saber se está 
correta a cobrança de impostos efetuada pelo fisco, 
que negou a pretendida imunidade tributária, sob o 
argumento de que a instituição de ensino privada 
auferia lucros. 
Na hipótese, sobre a atuação do fisco, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) O fisco agiu corretamente, pois a imunidade 
tributária apenas alcança instituições de ensino 
que não sejam superavitárias. 
B) O fisco agiu corretamente, pois a imunidade 
tributária apenas alcança instituições públicas de 
ensino. 
C) O fisco não agiu corretamente, pois não há 
impedimento à distribuição de lucro pelo 
estabelecimento de ensino imune. 
D) O fisco não agiu corretamente, pois, para que seja 
concedida tal imunidade, a instituição não precisa ser 
deficitária, desde que o superávit seja revertido para 
suas finalidades. 
 
 
 
01. Em 10/11/2020, foi publicada lei ordinária federal 
que majorava a alíquota de contribuição previdenciária 
a ser cobrada do empregador, incidente sobre a folha 
de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou 
creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe 
preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício. 
Diante desse cenário, a nova alíquota poderá ser 
aplicada 
 
A) a partir da data da publicação da lei. 
B) noventa dias a contar da data da publicação da lei. 
C) a partir do primeiro dia do exercício financeiro 
seguinte. 
D) a partir de noventa dias contados do primeiro dia do 
exercício financeiro seguinte. 
 
GABARITO COMENTADO: 
A resposta está no Art. 195. § 6º, CF As contribuições 
sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas 
após decorridos noventa dias da data da publicação da 
lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes 
aplicando o disposto no art. 150, III, "b". Gabarito B. 
02. O Município X, na tentativa de fazer com que os 
cofres municipais pudessem receber determinado 
tributo com mais celeridade, publicou, em maio de 
2017, uma lei que alterava a data de recolhimento 
daquela exação. A lei dispunha que os efeitos das suas 
determinações seriam imediatos. Nesse sentido, 
assinale a afirmativa correta. 
 
A) Segundo a Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro (LINDB), a lei é válida, mas apenas poderia 
entrar em vigor 45 (quarenta e cinco) dias após a sua 
publicação. 
B) A lei é inconstitucional, uma vez que não respeitou o 
princípio da anterioridade. 
C) A lei é constitucional, uma vez que, nessa hipótese, 
não se sujeita ao princípio da anterioridade. 
D) A lei é válida, mas só poderia vigorar 90 (noventa) dias 
após a sua publicação. 
 
GABARITO COMENTADO: 
Princípio da anterioridade está previsto no art. 150, III, b, 
da CF, dispondo que é vedada a cobrança de tributos no 
mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a 
lei que instituiu ou aumento. No caso apresentado, a lei 
não institui, nem aumenta, mas altera a data de 
pagamento. Logo, não se aplica o princípio da 
anterioridade nesse caso. Gabarito C. 
03. A União, por meio de lei ordinária, instituiu nova 
contribuição social (nova fonte de custeio) para 
financiamento da seguridade social. Para tanto, 
adotou, além da não cumulatividade, fato gerador e 
base de cálculo distintos dos discriminados na 
Constituição da República. 
A referida lei foi publicada em 1º de outubro de 2018, 
com entrada em vigor em 1º de fevereiro de 2019, 
determinando, como data de vencimento da 
contribuição, o dia 1º de março de 2019. 
A pessoa jurídica XYZ não realizou o pagamento, razão 
pela qual, em 10 de março de 2019, foi aconselhada, 
por seu(sua) advogado(a), a propor uma ação 
Declaratória de Inexistência de Relação Jurídica, em 
face da União. Assinale a opção que indica o 
fundamento que poderá ser alegado para contestar a 
nova contribuição. 
 
A) Ela somente poderia ser instituída por meio de Lei 
Complementar. 
B) Ela violou o princípio da anterioridade anual. 
C) Ela violou o princípio da anterioridade nonagesimal. 
D) Ela somente poderia ser instituída por Emenda 
Constitucional. 
 
GABARITO COMENTADO: 
A competência residual para instituir contribuições para 
a seguridade social está no art. 195, §4º, CF, que remete 
para o art. 154, I. Por sua vez, esse dispositivo determina 
que deve ser instituído por meio de lei complementar, 
deve ser não-cumulativa e não ter fato gerador ou base 
de cálculo próprios dos discriminados na Constituição. 
Gabarito A. 
04. Por meio da Lei Ordinária nº 123, a União instituiu 
contribuição não cumulativa destinada a garantir a 
expansão da seguridade social, utilizando, para tanto, 
fato gerador e base de cálculo distintos dos 
discriminados na Constituição da República. A referida 
lei foi publicada em 1º de setembro de 2015, com 
entrada em vigor em 2 de janeiro de 2016, 
determinando o dia 1º de fevereiro do mesmo ano 
como data de pagamento. Por considerar indevida a 
contribuição criada pela União, a pessoa jurídica A, 
atuante no ramo de supermercados, não realizou o seu 
pagamento, razão pela qual, em 5 de julho de 2016, foi 
lavrado auto de infração para a sua cobrança. 
Considerando a situação em comento, assinale a opção 
que indica o argumento que poderá ser alegado pela 
contribuinte para impugnar a referida cobrança. 
 
A) A nova contribuição viola o princípio da anterioridade 
nonagesimal. 
B) A nova contribuição viola o princípio da anterioridade 
anual. 
C) A nova contribuição somente poderia ser instituída 
por meio de lei complementar. 
 
D) A Constituição da República veda a instituição de 
contribuições não cumulativas. 
 
GABARITO COMENTADO: 
CF, art. 154. A União poderá instituir: 
I - mediante LC [lei complementar], impostos não 
previstos no artigo anterior, desde que sejam (1) não-
cumulativos e (2) não tenham fato gerador ou base de 
cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; 
Gabarito C. 
05. Empresa X, constituída em 1980, entrou com ação 
na Justiça Federal impugnando a cobrança da 
Contribuição Sobre o Lucro – CSLL, alegando que, 
apesar de prevista no Art. 195, I, c, da Constituição 
Federal, trata-se de um tributo que tem o lucro como 
fato gerador. Dessa forma, haveria um bis in idem em 
relação ao Imposto Sobre a Renda das Pessoas 
Jurídicas (Art. 153, III da CRFB), o que é vedado pelo 
próprio texto constitucional. A partir do caso narrado e 
considerando a jurisprudência dominante do Supremo 
Tribunal Federal, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A empresa tem razão porque os dois tributos têm o 
lucro como fato gerador, o que é vedado pela 
Constituição Federal. 
B) A empresa, por ter sido constituída anteriormente à 
Constituição Federal de 1988, tem direito adquirido a 
não pagar a CSLL. 
C) A empresa não tem razão, porque ambos os tributos 
estão previstos na CRFB. 
D) A empresa tem razão, pela clara violação à vedação 
ao confisco prevista no Art. 150, IV, da CRFB. 
 
GABARITO COMENTADO: 
A assertiva C está em consonância com a Constituição 
Federal, visto que, os tributos IR e Contribuição social, 
ambos de competência da União, têm previsão nos arts. 
153, III, e 195, I, c, da CF, respectivamente. Gabarito C. 
06. Visando a proteger a indústria de tecnologia da 
informação, o governo federal baixou medida, 
mediante decreto, em que majora de 15% para 20% a 
alíquota do Imposto sobre a Importação de Produtos 
Estrangeiros para monitores de vídeo procedentes do 
exterior, limites esses que foram previstos em lei. A 
respeito da modificação de alíquota do Imposto de 
Importação, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Deve observar a reserva de lei complementar. 
B) Deve ser promovida por lei ordinária. 
C) Deve observar o princípio da irretroatividade. 
D) Deve observar o princípio da anterioridade. 
 
GABARITO COMENTADO: 
A informação está em consonância com o art. 150, a, III 
da CF, ou seja, trata-se de uma vedação legalem que a 
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não 
devem, em virtude do princípio da 
irretroatividade, cobrar tributos em relação a fato 
gerador, antes do início da vigência da lei que os houver 
instituído ou aumentado. Gabarito C. 
07. Em procedimento de fiscalização, a Secretaria da 
Receita Federal do Brasil identificou lucro não 
declarado por três sociedades empresárias, que o 
obtiveram em conluio, fruto do tráfico de 
entorpecentes. Sobre a hipótese sugerida, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) O imposto sobre a renda é devido face ao princípio 
da interpretação objetiva do fato gerador, também 
conhecido como o princípio do pecunia non olet. 
B) Não caberá tributação e, sim, confisco da respectiva 
renda. 
C) Não caberá tributo, uma vez que tributo não é sanção 
de ato ilícito. 
D) Caberá aplicação de multa fiscal pela não declaração 
de lucro, ficando afastada a incidência do tributo, sem 
prejuízo da punição na esfera penal. 
 
GABARITO COMENTADO: 
A renda obtida com o tráfico de entorpecentes será 
tributada pelo imposto de renda, pois o fato gerador 
ocorreu com a obtenção da renda, independentemente 
da validade do ato praticado para auferir tal rendimento. 
Gabarito A. 
08. Suponha que determinada Medida Provisória 
editada pela Presidenta da República, em 29/09/2012, 
estabeleça, entre outras providências, o aumento para 
as diversas faixas de alíquotas previstas na legislação 
aplicável ao imposto de renda das pessoas físicas. 
Nesse caso, com base no sistema tributário nacional, 
tal Medida Provisória 
 
A) não violaria o princípio da legalidade e produzirá 
efeitos a partir da data de sua publicação. 
B) violaria o princípio da legalidade, por ser 
incompatível com o processo legislativo previsto na 
Constituição Federal/88. 
C) não violaria o princípio da legalidade e produzirá 
efeitos a partir de 90 (noventa) dias contados a partir 
da data de sua publicação. 
D) não violaria o princípio da legalidade e só produzirá 
efeitos a partir do primeiro dia do exercício financeiro 
 
subsequente à data de sua conversão em lei. 
 
GABARITO COMENTADO: 
CRFB, Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o 
Presidente da República poderá adotar medidas 
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de 
imediato ao Congresso Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre 
matéria: 
III – reservada a lei complementar; 
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou 
majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, 
I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício 
financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até 
o último dia daquele em que foi editada. Não há então 
que se falar em violação do princípio da legalidade, uma 
vez que a MP possui força de lei ordinária e há expressa 
permissão no texto quanto a esta possibilidade. Gabarito 
D. 
09. O poder de tributar não é absoluto, pois a 
Constituição Federal impõe às entidades detentoras 
de capacidade tributária algumas limitações. Acerca 
das limitações à competência tributária, assinale a 
opção correta. 
 
A) A norma constitucional impõe que os impostos sejam 
criados por lei complementar. 
B) É lícito ao presidente da República reduzir a 
alíquota do imposto sobre produtos 
industrializados por decreto presidencial. 
C) As anuidades devidas aos conselhos de fiscalização 
profissional são fixadas e majoradas por resoluções 
dos respectivos conselhos. 
D) Pelo princípio da anualidade tributária, é vedado à 
União, aos estados, ao DF e aos municípios cobrar 
tributos no mesmo exercício financeiro em que a lei 
que os instituiu ou majorou tenha sido publicada. 
 
GABARITO COMENTADO: 
Art. 154 CF/88. A União poderá instituir mediante Lei 
Complementar apenas o inciso I do art. 154, mas o inciso 
II pode ser por lei ordinária. 
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos 
extraordinários, compreendidos ou não em sua 
competência tributária, os quais serão suprimidos, 
gradativamente, cessadas as causas de sua criação. 
Gabarito B. 
 
 
10. A Lei X, promulgada em 20 de outubro de 2008, 
determinou a majoração do ISS. Já a Lei Y, promulgada 
em 16 de novembro de 2009, reduziu o ICMS de 
serviços de telecomunicação. Por fim, o Decreto Z, de 8 
de dezembro de 2007, elevou o IOF para compras no 
exterior. Diante dessas hipóteses, é correto afirmar 
que 
 
A) o ISS poderá ser cobrado somente quando 
decorridos 90 dias da publicação da Lei X, ao passo que 
os novos valores do ICMS e do IOF poderão ser 
cobrados a partir da publicação dos diplomas legais 
que os implementaram. 
B) todos os impostos mencionados no enunciado 
somente poderão ser cobrados no exercício financeiro 
seguinte à publicação do diploma legal que os alterou 
por força do princípio da anterioridade. 
C) na hipótese do enunciado, tanto o ISS como o ICMS 
estão sujeitos ao princípio da anterioridade 
nonagesimal, considerada garantia individual do 
contribuinte cuja violação causa o vício da 
inconstitucionalidade. 
D) o IOF, imposto de cunho nitidamente extrafiscal, em 
relação ao princípio da anterioridade, está sujeito 
apenas à anterioridade nonagesimal, o que significa 
que bastam 90 dias da publicação do decreto que 
alterou sua alíquota para que possa ser cobrado. 
 
GABARITO COMENTADO: 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios: 
III - cobrar tributos: b) no mesmo exercício financeiro em 
que haja sido publicada a lei que os instituiu ou 
aumentou; 
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja 
sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, 
observado o disposto na alínea b; 
Percebam que o princípio da anterioridade, seja ele em 
qual modalidade for, aplica-se somente aos casos em que 
há instituição ou majoração de tributo, nunca quando há 
sua redução. Ambos princípios foram criados para 
consagrar o sobre princípio da não-surpresa gravosa ou, 
ainda para algum, o dever de lealdade ou da boa-fé 
objetiva. Isto significa que o Fisco não pode aumentar o 
peso da carga tributária que incide sobre o sujeito 
passivo, sem que este tenha condições de se programar 
com antecedência. Quando há a redução da carga 
tributária, não há que se falar em surpresa gravosa do 
sujeito passivo. Gabarito A. 
11. A competência tributária não se confunde com a 
capacidade tributária ativa. Aquela se traduz na 
 
aptidão para instituir tributos, enquanto esta é o 
exercício da competência, ou seja, a aptidão para 
cobrar tributos. Nesse sentido, é correto afirmar que 
 
A) compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios instituir impostos, taxas, contribuições 
de melhoria, assim como as contribuições para o 
custeio do serviço de iluminação pública. 
B) em virtude do princípio federativo, que, entre 
outras consequências, delimita entre os entes políticos 
o poder de tributar, ao Distrito Federal compete 
apenas instituir espécies tributárias próprias dos 
Estados- membros da federação. 
C) a União pode instituir, via lei ordinária, impostos 
além dos previstos na Constituição, mediante dois 
requisitos: que eles sejam não cumulativos e que não 
tenham fato gerador próprio dos impostos já previstos 
constitucionalmente. 
D) em Território Federal, os impostos estaduais são de 
competência da União. Caso o Território não seja 
dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos 
municipais também são de competência da União. 
 
GABARITO COMENTADO: 
Art. 6º A atribuição constitucional de competência 
tributária compreende a competência legislativa plena, 
ressalvadas as limitações contidas na Constituição 
Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis 
Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e 
observado o disposto nesta Lei. Parágrafo único. Os 
tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em 
parte, a outras pessoas jurídicas de direito público 
pertenceráà competência legislativa daquela a que 
tenham sido atribuídos. 
Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo 
atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, 
ou de executar leis, serviços, atos ou decisões 
administrativas em matéria tributária, conferida por uma 
pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do 
§ 3º do artigo 18 da Constituição. § 1º A atribuição 
compreende as garantias e os privilégios processuais que 
competem à pessoa jurídica de direito público que a 
conferir. § 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer 
tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito 
público que a tenha conferido. § 3º Não constitui 
delegação de competência o cometimento, a pessoas de 
direito privado, do encargo ou da função de arrecadar 
tributos. 
Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a 
defere a pessoa jurídica de direito público diversa 
daquela a que a Constituição a tenha atribuído. Gabarito 
D. 
12. No exercício de 1995, um contribuinte deixou de 
recolher determinado tributo. Na ocasião, a lei 
impunha a multa moratória de 30% do valor do débito. 
Em 1997, houve alteração legislativa, que reduziu a 
multa moratória para 20%. O contribuinte recebeu, em 
1998, notificação para pagamento do débito, acrescido 
da multa moratória de 30%. A exigência está 
 
A) correta, pois aplica-se a lei vigente à época de 
ocorrência do fato gerador. 
B) errada, pois aplica-se retroativamente a lei que defina 
penalidade menos severa ao contribuinte. 
C) correta, pois o princípio da irretroatividade veda a 
aplicação retroagente da lei tributária. 
D) errada, pois a aplicação retroativa da lei é regra geral 
no direito tributário. 
 
GABARITO COMENTADO: 
O lançamento está errado, pois não aplicou 
retroativamente a lei que defina penalidade menos 
severa ao contribuinte, conforme dispõe o art. 106, II, “c”, 
do CTN. Gabarito B. 
 
13. Consoante o princípio tributário da reserva legal, é 
vedado à União, aos estados, ao DF e aos municípios 
exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. 
Todavia, admite-se, constitucionalmente, que 
 
A) a União e os estados criem ou aumentem tributo por 
meio de decreto. 
B) a União aumente determinados tributos por meio de 
decreto. 
C) a União crie ou aumente tributo por meio de decreto. 
D) os estados aumentem tributo por meio de decreto. 
 
GABARITO COMENTADO: 
É permitido que a União aumente determinados tributos 
por meio de decreto. Gabarito B. 
 
14. A respeito dos Princípios Tributários Expressos e 
Implícitos, à luz da Constituição da República de 1988, 
assinale a opção INCORRETA: 
 
A) É vedado à União instituir isenções de tributos de 
competência dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. 
B) O princípio da irretroatividade veda a cobrança de 
tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes 
do início da vigência da lei que os houver instituído ou 
aumentado. 
C) É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios estabelecer diferença tributária entre bens 
e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua 
 
procedência ou destino. 
D) Pelo princípio da anterioridade, para que os 
tributos possam ser cobrados a cada exercício, é 
necessária a prévia autorização na lei orçamentária. 
 
GABARITO COMENTADO: 
Essa questão trata dos princípios do direito tributário, art. 
150, III e art. 152 da CF. Esta alternativa não trata do 
princípio da anterioridade, mas sim, do princípio da 
anualidade tributária, o qual foi revogado pelo primeiro. 
Portanto esta é a alternativa requerida no enunciado. 
Gabarito D. 
15. A Presidência da República, por meio do Decreto 
123, de 1º de janeiro de 2015, aprovou novas alíquotas 
para o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), 
dentro das balizas fiadas na lei tributária, a saber: 
Cigarro – alíquota de 100% 
Vestuário – alíquota de 10% 
Macarrão – alíquota zero 
Sobre a hipótese, é possível afirmar que 
A) o referido decreto é inconstitucional, uma vez que 
viola o princípio da legalidade. 
B) o referido decreto é inconstitucional, uma vez que 
viola o princípio do não confisco. 
C) as alíquotas são diferenciadas em razão da 
progressividade do IPI. 
D) as alíquotas são diferenciadas em razão do princípio 
da seletividade do IPI. 
 
GABARITO COMENTADO: 
O IPI se submete a noventena! 
O princípio da seletividade: determina que no caso do IPI 
as alíquotas sejam definidas, pelo Poder Executivo, em 
razão da essencialidade dos produtos, o que autoriza a 
fixação de alíquotas mais elevadas para itens supérfluos 
ou prejudiciais à saúde, assim como exige que produtos 
mais básicos tenham alíquotas reduzidas ou iguais a zero. 
O princípio da progressividade funciona, portanto, como 
instrumento balizador da carga tributária e tem por 
objetivo graduar as alíquotas de acordo com as rendas 
obtidas pelas pessoas. A progressividade pode ser 
utilizada, ainda, para fins extrafiscais, como observamos 
nos casos do IPTU e do ITR, em que a manutenção de 
imóveis sem atendimento à função social da propriedade 
enseja a aplicação de alíquotas maiores. Gabarito D 
 
16. Determinado Estado da Federação publicou, em 
julho de 2015, a Lei nº 123/2015, que majorou o valor 
das multas e das alíquotas de ICMS. Em fevereiro de 
2016, em procedimento de fiscalização, aquele Estado 
constatou que determinado contribuinte, em 
operações realizadas em outubro de 2014, não recolheu 
o ICMS devido. Por conta disso, foi efetuado o 
lançamento tributário contra o contribuinte, exigindo-
lhe o ICMS não pago e a multa decorrente do 
inadimplemento. O lançamento em questão só estará 
correto se 
 
A) as multas e alíquotas forem as previstas na Lei nº 
123/2015. 
B) as alíquotas forem as previstas na Lei nº 123/2015 e 
as multas forem aquelas previstas na lei vigente ao 
tempo do fato gerador. 
C) as multas e as alíquotas forem as previstas na lei 
vigente ao tempo do fato gerador. 
D) as multas forem as previstas na Lei nº 123/2015 e as 
alíquotas forem aquelas previstas na lei vigente ao 
tempo do fato gerador. 
 
GABARITO COMENTADO: 
A questão aborda o tema "Irretroatividade da Lei 
Tributária", devendo o candidato se atentar à 
retroatividade benigna, descrita no artigo 106, e inciso II, 
alínea c, do CTN, que prevê que somente as multas 
podem retroagir para alcançar fato pretérito, devendo 
para tanto serem mais benéficas, além de o ato não ter 
sido objeto de julgamento definitivo na esfera judicial ou 
administrativa. Gabarito C. 
17. Visando fomentar a indústria brasileira, uma nova 
lei, publicada em 18/02/2010, majorou a alíquota do 
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), bem 
como majorou a alíquota do Imposto sobre Exportação 
(IE). A partir de que data a nova alíquota poderá ser 
exigida para o IPI e para o IE? 
 
A) Imediatamente para ambos. 
B) No exercício financeiro seguinte para ambos. 
C) 90 dias após a publicação da lei para o IPI e 
imediatamente para o IE. 
D) 90 dias após o exercício financeiro seguinte para o IPI 
e no exercício financeiro seguinte para o IE. 
 
GABARITO COMENTADO: 
Está certo afirmar que a partir de 90 dias após a 
publicação da lei para o IPI e imediatamente para o IE a 
nova alíquota poderá ser exigida para o IPI e para o IE. 
Gabarito C. 
18. Considere a seguinte situação hipotética: lei 
federal fixou alíquotas aplicáveis ao ITR e estabeleceu 
que a alíquota relativa aos imóveis rurais situados no 
Rio de Janeiro seria de 5% e a relativa aos demais 
 
Estados do Sudeste de 7%. Tal enunciado normativo 
viola o princípio constitucional 
 
A) da uniformidade geográfica da tributação. 
B) da legalidade tributária. 
C) da liberdade de tráfego. 
D) da não diferenciação tributária entre a procedência e 
o destino do produto. 
 
GABARITO COMENTADO: 
Uma lei federal que fixou alíquotas aplicáveis ao ITR 
estabeleceu que favoreciam o Estado do Rio de Janeiro 
em detrimento dos demais, sem justificativa para tanto,viola o princípio constitucional da uniformidade 
geográfica da tributação. Gabarito A. 
19. O Estado Y lavrou auto de infração em face da 
pessoa jurídica PJ para cobrança de créditos de 
Impostos sobre a Circulação de Mercadorias e 
Prestação de Serviços (ICMS), decorrentes da produção 
e venda de livros eletrônicos. Adicionalmente aos 
créditos de ICMS, o Estado Y cobrou o pagamento de 
multa em decorrência do descumprimento de 
obrigação acessória legalmente prevista. Tendo isso 
em vista, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Há imunidade tributária em relação aos livros 
eletrônicos; por outro lado, é incorreta a cobrança da 
multa pelo descumprimento da obrigação acessória. 
B) Há imunidade tributária em relação aos livros 
eletrônicos; no entanto, tendo em vista a previsão 
legal, é correta a cobrança de multa pelo 
descumprimento da obrigação acessória. 
C) É correta a cobrança do ICMS, uma vez que a 
imunidade tributária somente abrange o papel 
destinado à impressão de livros, jornais e periódicos; 
da mesma forma, é correta a cobrança de multa pelo 
descumprimento da obrigação acessória, em vista da 
previsão legal. 
D) É correta a cobrança do ICMS, uma vez que a 
imunidade tributária somente abrange o papel 
destinado à impressão de livros, jornais e periódicos; 
no entanto, é incorreta a cobrança da multa pelo 
descumprimento da obrigação acessória. 
 
GABARITO COMENTADO: 
O STF entende que a imunidade prevista no art. 150, VI, 
d, CF alcança os ebooks. RE 330817, tema 593 da 
Repercussão Geral. Por sua vez, as obrigações acessórias 
são prestações, positivas ou negativas, no interessa da 
arrecadação ou fiscalização dos tributos (art. 113, §3º, 
CTN). Sua existência não depende da obrigação principal. 
Por isso alguns doutrinadores preferem se referir a elas 
como "dever instrumental". Além disso, a dispensa do 
cumprimento de obrigações acessórias deve ser 
interpretada literalmente (Art. 111, III, CTN). Logo, se não 
houver qualquer ressalva às entidades imunes, elas 
devem cumprir o dever instrumental. Gabarito B. 
20. O reitor de uma faculdade privada sem fins 
lucrativos (cujas receitas, inclusive seus eventuais 
superávits, são integralmente reinvestidas no 
estabelecimento de ensino) deseja saber se está 
correta a cobrança de impostos efetuada pelo fisco, 
que negou a pretendida imunidade tributária, sob o 
argumento de que a instituição de ensino privada 
auferia lucros. 
Na hipótese, sobre a atuação do fisco, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) O fisco agiu corretamente, pois a imunidade 
tributária apenas alcança instituições de ensino que 
não sejam superavitárias. 
B) O fisco agiu corretamente, pois a imunidade tributária 
apenas alcança instituições públicas de ensino. 
C) O fisco não agiu corretamente, pois não há 
impedimento à distribuição de lucro pelo 
estabelecimento de ensino imune. 
D) O fisco não agiu corretamente, pois, para que seja 
concedida tal imunidade, a instituição não precisa ser 
deficitária, desde que o superávit seja revertido para 
suas finalidades. 
 
GABARITO COMENTADO: 
 
A questão trata das imunidades genéricas - imunidade 
subjetiva ou condicionada, sendo recomendada a leitura 
do artigo 14 do CTN. 
Não é vedado o superávit ou o eventual superávit obtido 
por entidade, visto que a finalidade não é o lucro, o fisco 
não agiu corretamente. 
O legislador constitucional não impede o lucro, mas a não 
distribuição de seus lucros ou de seus resultados 
positivos. Gabarito D.

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