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1Proposta de redação • 3a série do Ensino Médio • ENEC 2 - 2023 Tema - Redação - ENEC 2 3ª série do Ensino Médio Instruções para a redação 1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. 2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. 3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. 4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: 4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”. 4.2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. 4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. X TEXTO I A ocupação de terras é a forma de luta mais importante do MST. É a partir dela que o Movimento denuncia terras griladas ou improdutivas. A ocupação gera o fato político, que demanda uma resposta do governo em relação à concentração de terras no Brasil. Disponível em: https://mst.org.br/quem-somos/#instrumentos Acesso em: 06 set. 2023 X TEXTO II Disponível em: https://blogs.correiobraziliense.com.br/aricunha/imagem-externa-da-agricultura-brasileira/ Acesso em: 06 set. 2023. X TEXTO III [...] Temos então uma disputa territorial entre capital e campesinato. As propriedades camponesas e as capitalistas são territórios distintos, são totalidades diferenciadas, nas quais se produzem relações sociais diferentes, que promovem modelos divergentes de desenvolvimento. Territórios camponeses e territórios capitalistas como diferentes formas de propriedades privadas disputam o território nacional. [...] pode-se com- preender as conflitualidades entre modelos de desenvolvimento que disputam territórios, condição essencial para a sua expansão. Estamos nos referindo especialmente aos modelos de desenvolvimento do agronegócio, 2 Proposta de redação • 3a série do Ensino Médio • ENEC 2 - 2023 resumidamente a partir da produção de monoculturas em grande escala, com trabalho assalariado, intensamente mecanizado e com utilização de agrotóxicos e sementes transgênicas. E ao modelo de desenvolvimento do campesinato ou agricultura familiar, resumidamente a partir da produção de policulturas, em pequena escala, com predominância do trabalho familiar, com baixa mecanização, em sua maior parte, com base na biodiver- sidade sem a utilização de agrotóxicos. Esses modelos disputam territórios [...]. FERNANDES, Bernardo Mançano. Entrando nos territórios do Território. In: Campesinato e territórios em disputa. PAULINO, Eliane Tomiasi; FABRINI, João Edmilson (org.). São Paulo: Expressão Popular, 2008. págs. 280-282. (Adaptado) X TEXTO IV [...] O marco temporal é uma tese que considera que os indígenas só teriam direito à terra se estivessem sob sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ignorando as históricas violações que esses povos sofreram ao longo dos anos. A tese [...] legaliza e legitima as violências a que os povos foram submetidos até a promulgação da Cons- tituição de 1988, em especial durante a Ditadura Militar. Além disso, ignora o fato de que, até 1988, os povos indígenas eram tutelados pelo Estado e não tinham autonomia para lutar, judicialmente, por seus direitos. [...] Disponível em: https://www.conectas.org/noticias/marco-temporal-entenda-a-diferenca-entre-a-votacao-no-stf-e-no-congresso/ (Adaptado) Acesso em: 06 set. 2023. X TEXTO V Em 2021, o ministro do STF Nunes Marques votou a favor do marco temporal, no caso de Santa Catarina, afirmando que, sem esse prazo, haveria “expansão ilimitada” para áreas “já incorporadas ao mercado imobili- ário” no País. [...] O ministro avaliou ainda que, sem o marco temporal, a “soberania e independência nacional” estariam em risco. [...] Ele destacou que é preciso considerar o marco temporal em nome da segurança jurí- dica nacional. “Uma teoria que defenda os limites das terras a um processo permanente de recuperação de posse em razão de um esbulho ancestral naturalmente abre espaço para conflitos de toda a ordem, sem que haja horizonte de pacificação”, disse. [Esbulho é a perda de uma terra invadida.] Segundo Marques, a posse tradicional não deve ser confundida com posse imemorial. Disponível em: https://www.camara.leg.br/noticias/966618-o-que-e-marco-temporal-e-quais-os-argumentos-favoraveis-e-contrarios/ (Adaptado) Acesso em: 06 set. 2023. Proposta de redação A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O conflito pela posse de terra no Brasil: povos indígenas, MST e agronegócio”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.