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Elaboração da Proposta Orçamentária
Processo Orçamentário:
Resulta quando os componentes do 
sistema orçamentário estão postos em 
funcionamento. Assim, o processo 
orçamentário é constituído pelas 
seguintes etapas principais:
(a) elaboração da proposta e do projeto 
de lei orçamentária anual; 
(b) discussão, votação e aprovação da lei 
orçamentária; 
(c) execução orçamentária e financeira; e 
(d) controle e avaliação da execução 
orçamentária e financeira.
1. Elaboração: realizando-se a receita, a 
despesa será feita desde que de acordo 
com a programação autorizada e nos 
limites financeiros fixados. Eventuais 
necessidades de despesas não previstas 
deverão aguardar a alteração formal da 
LOA por meio da abertura de créditos 
adicionais. Nesta fase, são avaliadas as 
propostas dos setoriais do Poder 
Executivo e dos órgãos Legislativo e 
Judiciário.
2. Aprovação: as duas primeiras etapas 
do processo orçamentário 
governamental – elaboração e 
aprovação – produzem o orçamento no 
formato de um plano. Os programas e as 
ações que resultam das escolhas e das 
decisões estão representados em 
linguagem contábil e dentro de limites 
financeiros. Nesta fase, é realizada a 
apreciação da proposta orçamentária 
pelo Legislativo, além da apresentação 
de emendas parlamentares.
3. Execução da programação 
orçamentária: é viabilizada por meio dos 
fluxos financeiros de receita e de 
despesa. Ainda como plano, o 
orçamento estima as receitas e fixa – 
autoriza – as despesas. Com os fluxos 
efetivos de entradas e de desembolsos 
financeiros, o conteúdo do plano 
torna-se realidade.
A partir da Constituição Federal de 1988, 
com a criação do plano plurianual e da 
Lei de Diretrizes Orçamentárias, há dois 
processos orçamentários, o tradicional e 
o ampliado. O processo ampliado 
decorre das determinações que exigem 
a compatibilidade do orçamento anual 
com o plano plurianual e com a LDO.
a) Elaboração da proposta e do 
projeto de lei orçamentária 
anual:
Apenas as despesas autorizadas na LOA 
podem ser realizadas. A verificação da 
conformidade dos gastos com as 
respectivas autorizações inicia com a 
entrada em vigor do exercício financeiro. 
Para tanto, a norma da contabilidade 
pública compreende, juntamente com 
os sistemas financeiro e patrimonial, o 
sistema orçamentário, com a finalidade 
de acompanhar a execução 
orçamentária e garantir a conformidade 
com as disposições da lei.
A Lei no 4.320/64 fornece as bases do 
acompanhamento e do controle da 
execução do orçamento: (1) “Os serviços 
de contabilidade serão organizados de 
forma a permitirem o acompanhamento 
da execução orçamentária, [...] (art. 85)”; 
(2) “A contabilidade deverá evidenciar, 
em seus registros, o montante dos 
créditos orçamentários vigentes, a 
despesa empenhada e a despesa 
realizada, à conta dos mesmos créditos, 
e as dotações disponíveis (art. 90)”; e (3) 
“O registro contábil da receita e da 
despesa far-se-á de acordo com as 
especificações constantes da Lei de 
Orçamento e dos créditos adicionais (art. 
91)”.
A elaboração dos orçamentos da União é 
de responsabilidade conjunta do órgão 
central (atualmente Ministério da 
Economia), órgãos setoriais (unidades de 
planejamento e orçamento dos 
ministérios, da Advocacia-Geral da 
União, da Vice-Presidência e da Casa 
Civil da Presidência da República) e 
órgãos específicos (são aqueles 
vinculados ou subordinados ME).
b) Aprovação da Lei Orçamentária:
A Constituição de 1988 devolveu aos 
parlamentares o direito de propor 
emendas nas modalidades de maior 
interesse, ou seja, as que introduzem 
novas despesas e as que aumentam os 
valores das despesas constantes no 
projeto de lei. A regra em vigor é a 
seguinte:
Art. 166, § 3o As emendas ao projeto de lei do 
orçamento anual ou aos projetos que o 
modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
I − sejam compatíveis com o plano plurianual e 
com a lei de diretrizes orçamentárias;
II − indiquem os recursos necessários, admitidos 
apenas os provenientes de anulação de despesa, 
excluídas as que incidem sobre: (a) dotações 
para pessoal e seus encargos; (b) serviço da 
dívida; (c) transferências tributárias 
constitucionais para Estados, Municípios e 
Distrito Federal; ou
III − sejam relacionadas: (a) com a correção de 
erros ou omissões; ou (b) com os dispositivos do 
texto do projeto de lei.
A LOA é lei vinculada à LDO e ao PPA, ou 
seja, o seu conteúdo deve ser compatível 
com o das outras duas leis. Assim sendo, 
emendas ao projeto da LOA para serem 
acolhidas também devem manter 
compatibilidade com aquelas leis.
Como princípio, a toda a despesa deve 
corresponder uma fonte de recursos que 
a viabilize. Essa máxima é aplicada no 
caso das emendas que deverão indicar 
sempre os recursos compensatórios. O 
dispositivo estabelece apenas uma 
modalidade de fonte de recursos para 
atender as emendas, que é a anulação 
de outras despesas constantes do 
projeto de lei. Esse formato produz a 
seguinte situação: as emendas de 
despesa não alterarão o resultado fiscal 
de equilíbrio, déficit ou superávit do 
orçamento.
Por último, emendas são admitidas 
quando estão relacionadas com a 
correção de erros ou omissões ou com o 
texto da lei. 
Ao projeto do Orçamento cabem três 
tipos de emendas:
- Texto: altera o texto do projeto de 
lei ou seus quadros e tabelas;
- Receita: altera a estimativa da 
receita;
- Despesa: acresce valor às 
dotações do projeto de lei; inclui 
novas programações e 
respectivas dotações; e cancela 
dotações do projeto.
Emendas à despesa:
- Remanejamento: propõe 
acréscimo ou inclusão de 
dotações e, simultaneamente, 
como fonte exclusiva de recursos, 
a anulação equivalente de 
dotações constantes do projeto, 
exceto as da Reserva de 
Contingência;
- Apropriação: propõe acréscimo 
ou inclusão de dotações e, 
simultaneamente, como fonte 
exclusiva de recursos, a anulação 
equivalente de dotações 
constantes do projeto, exceto as 
da Reserva de Contingência;
- Cancelamento: propõe acréscimo 
ou inclusão de dotações e, 
simultaneamente, como fonte 
exclusiva de recursos, a anulação 
equivalente de dotações 
constantes do projeto, exceto as 
da Reserva de Contingência.
Emendas Impositivas:
Com a Constituição de 1988, os 
parlamentares retomaram a 
prerrogativa de aprovar emendas, 
especialmente de despesas, 
instrumento que foi sendo 
progressivamente reconhecido de 
utilidade na ação político-parlamentar. 
Os efeitos esperados com a inclusão das 
emendas no orçamento não eram 
completos porque, como qualquer outra 
dotação discricionária, a despesa 
prevista pela emenda poderia não ser 
realizada, deixando de produzir o 
benefício esperado pelo autor. As 
emendas aprovadas, na grande maioria, 
fazem parte dos denominados créditos 
orçamentários autorizativos, indicando 
que o governo está autorizado a realizar 
a despesa e não obrigado a realizá-la.
Duas situações dificultavam a execução 
das emendas parlamentares: 1. ao ficar 
evidenciada a necessidade de limitar as 
despesas e em face das poucas opções 
em razão do grande volume de gastos 
obrigatórios, entre os créditos 
contingenciados o governo incluía 
invariavelmente as emendas; 2. a 
execução ou não das emendas 
compunha o quadro da barganha 
política estabelecida entre o governo e 
os parlamentares. A liberação de 
recursos para o atendimento de 
emendas se intensificava nas 
oportunidades em que eram votadas 
matérias importantes nas casas do 
Congresso Nacional. As duas situações 
mencionadas colocavam o poder 
legislativo em desvantagem na relação 
com o poder executivo. A solução 
encontrada pelas lideranças foi retirar do 
mecanismo criado no Senado o sentido 
amplo dado aos cancelamentos e 
redirecioná-lo apenas para as emendas 
individuais inseridas no orçamento:
Emenda Constitucional nº 86 de 
17/03/2015:
- as emendas individuais ao 
projeto de lei orçamentária serão 
aprovadas no limite de 1,2% da 
receita corrente líquida prevista 
no projeto encaminhado pelo 
poder executivo, sendo que a 
metadedeste percentual será 
destinada a ações e serviços 
públicos de saúde;
- salvo impedimentos de ordem 
técnica, é obrigatória a execução 
orçamentária e financeira das 
programações decorrentes das 
emendas individuais, em 
montante correspondente a 1,2% 
da receita corrente líquida 
realizada no exercício anterior, 
conforme os critérios para a 
execução equitativa da 
programação definidos na lei 
complementar prevista no § 9o 
do art. 165 da Constituição.
- no caso de impedimento de 
ordem técnica, no empenho de 
despesa que integre a 
programação, serão adotadas as 
seguintes medidas:
- até 120 dias após a publicação da 
lei orçamentária, os poderes, o 
Ministério Público (MPU) e a 
Defensoria Pública (DPU) 
enviarão ao poder legislativo as 
justificativas do impedimento;
- até 30 dias após o término do 
prazo previsto no item anterior, o 
poder legislativo indicará ao 
poder executivo o 
remanejamento da programação 
cujo impedimento seja 
insuperável;
- até 30 de setembro ou até 30 dias 
após o prazo previsto no item 
acima, o poder executivo 
encaminhará projeto de lei sobre 
o remanejamento da 
programação cujo impedimento 
seja insuperável;
- se, até 20 de novembro ou até 30 
dias após o término do prazo 
previsto no item anterior, o 
Congresso Nacional não deliberar 
sobre o projeto, o 
remanejamento será 
implementado por ato do poder 
executivo, nos termos previstos 
na lei orçamentária.
c) Execução Orçamentária:
Pode-se definir execução orçamentária 
como sendo a utilização dos créditos 
consignados no Orçamento ou Lei 
Orçamentária Anual - LOA.
A execução financeira representa a 
utilização de recursos financeiros, 
visando atender à realização dos 
projetos e/ou atividades atribuídas às 
Unidades Orçamentárias pelo 
Orçamento.
Programação de desembolso x 
Programação Financeira:
Os orçamentos são elaborados e 
aprovados para um determinado 
período de tempo, em geral, um ano; 
nesse período, por meio dos fluxos e 
desembolsos financeiros, o orçamento é 
executado. O Exercício Financeiro 
coincide com o ano civil.
Cronograma Mensal de Desembolso: 
editado pelo governo 30 dias após a 
publicação da LOA; desdobrará as 
receitas previstas em metas bimestrais 
de arrecadação; e estabelecerá a 
programação financeira e o cronograma 
de execução mensal de desembolso.
Limitação de Empenho:
Qualquer programação financeira é 
passível de alterações no decorrer do 
exercício, adequando-se às 
contingências ou novas necessidades 
que surgem com o decorrer do tempo. A 
LRF aponta a seguinte razão como 
determinante para alterações na 
programação financeira: “Se verificado, 
ao final de um bimestre, que a realização 
da receita poderá não comportar o 
cumprimento das metas de resultado 
primário ou nominal estabelecidas no 
Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o 
Ministério Público promoverão, por ato 
próprio e nos montantes necessários, 
nos trinta dias subsequentes, limitação 
de empenho e movimentação 
financeira, segundo os critérios fixados 
pela lei de diretrizes orçamentárias”.
Com esse dispositivo, a LRF cria outra 
finalidade para a programação 
financeira, além da compatibilização 
entre os fluxos de receita e de despesa: 
contribuir para a realização das metas 
fiscais estabelecidas na LDO. Havendo 
risco de essas metas não serem 
alcançadas, promove-se limitação de 
empenho, ou seja, reduz-se os gastos. A 
LRF esclarece ainda:
1. No caso de restabelecimento da receita 
prevista, ainda que parcial, a recomposição 
das dotações cujos empenhos foram 
limitados dar-se-á de forma proporcional às 
reduções efetivadas.
2. Não serão objeto de limitação as despesas 
que constituam obrigações constitucionais e 
legais do ente, inclusive aquelas destinadas 
ao pagamento do serviço da dívida e as 
ressalvadas pela lei de diretrizes 
orçamentárias.
3. Até o final dos meses de maio, setembro e 
fevereiro, o poder executivo demonstrará e 
avaliará o cumprimento das metas fiscais de 
cada quadrimestre, em audiência pública na 
CMO ou equivalente nas casas Legislativas 
estaduais e municipais.
Algumas definições importantes:
- Dotação Orçamentária: limite de 
crédito consignado na lei de 
orçamento para atender 
determinada despesa;
- Créditos Orçamentários: 
autorizações repassadas às 
entidades e órgãos 
governamentais para que 
possam executar sua despesa:
● Créditos Adicionais: são as 
autorizações de despesa não 
computadas ou 
insuficientemente dotadas na lei 
de orçamento.
● Créditos Suplementares: são 
necessários quando a dotação é 
insuficiente para atender a 
despesa e, para tanto, deve ser 
reforçada.
● Créditos Especiais: necessidades 
que se manifestam apenas no 
decorrer da execução do 
orçamento. Abrem-se créditos 
especiais, que aprovam a 
inclusão no orçamento de novos 
créditos com as respectivas 
dotações.
● Créditos Extraordinários: 
destinados a despesas urgentes e 
imprevistas, em caso de guerra, 
comoção intestina ou 
calamidade pública.
Descentralização de créditos:
A descentralização externa de créditos, 
ou destaque, processa-se entre UOs ou 
UGs de órgão, ministério ou entidade de 
estruturas diferentes integrantes dos 
orçamentos fiscal e da seguridade social.
A descentralização interna de créditos, 
ou provisão, processa-se entre UGs de 
um mesmo órgão, ministério ou 
entidade integrantes dos orçamentos 
fiscal e da seguridade social.
Tipos de descentralização:
- Provisão:
- Destaque:
Movimentação de Recursos:
- Sub-repasse:
- Repasse: 
Em síntese:
- Execução da Despesa:
Existindo crédito orçamentário 
adequado, dotação suficiente, quota 
financeira liberada e, se for o caso, 
licitação realizada, a despesa cumprirá 
quatro estágios: empenho, liquidação, 
ordem de pagamento e pagamento. 
1. Empenho:
O conceito da Lei brasileira no 4.320/64 é 
emblemático nesse sentido: “[o] 
empenho de despesa é o ato emanado 
de autoridade competente que cria para 
o Estado obrigação de pagamento 
pendente ou não de implemento de 
condição”.
● Empenho Global: é empregado 
nos casos em que as despesas 
empenhadas são pagas de forma 
parcelada.
● Empenho por Estimativa: deve 
ser utilizado quando não é 
possível determinar previamente 
o montante exato da despesa.
● Empenho Ordinário: quando o 
valor exato da despesa é 
previamente conhecido e o 
pagamento dá-se de uma só vez.
Nota de empenho: do ato da autoridade 
competente que autoriza o empenho 
será extraído documento denominado 
nota de empenho (NE), que indicará o 
nome do credor, a especificação e a 
importância da despesa, bem como a 
dedução desta do saldo da dotação 
própria.
2. Liquidação:
Empenhada previamente, a despesa 
será realizada em conformidade com o 
seu objeto: bens fornecidos, serviços 
prestados, obras executadas etc. Após a 
realização da despesa e, em muitos 
casos, durante a execução, dá-se a 
liquidação. Ela consiste na verificação do 
direito adquirido pelo credor, 
tomando-se por base os títulos e 
documentos que comprovam o 
respectivo crédito. A verificação tem por 
fim apurar: (i) a origem e o objeto do que 
se deve pagar; (ii) a importância exata a 
pagar; e (iii) a quem se deve pagar a 
importância, para extinguir a obrigação. 
A liquidação deverá considerar ainda: (i) 
o contrato, ajuste ou acordo respectivo; 
(ii) a nota de empenho; e (iii) os 
comprovantes da entrega do material ou 
da prestação efetiva do serviço.
3. Ordem de Pagamento:
Em conformidade com a norma geral: (a) 
o pagamento da despesa só será 
efetuado quando ordenado após sua 
regular liquidação; e (b) a ordem de 
pagamento é o despacho exarado por 
autoridade competente, determinando 
que a despesa seja paga. Quem ordena 
o pagamento? A norma não esclarece e 
o Decreto-Lei no 200/67, no dispositivo 
mencionado, responsabiliza o ordenador 
de despesa. Trata-se, então, da principal 
autoridade da instituição, que poderá 
delegar a atribuição a autoridades 
secundárias nos termos do regulamento.
A Lei lembra que “[a] ordem de 
pagamento só poderá ser exarada em 
documentosprocessados pelos serviços 
de contabilidade”. Assim, o ato de 
ordenar o pagamento está apoiado nas 
conclusões do processo de liquidação. 
Este pode determinar, por exemplo, que, 
realizadas todas as verificações, o valor a 
ser pago deve ser menor que o 
empenhado por não terem sido 
integralmente entregues os bens ou os 
serviços contratados.
4. Pagamento:
O pagamento extingue a obrigação, 
encerrando o processo de execução da 
despesa. A norma geral define assim o 
último estágio: “[o] pagamento da 
despesa será efetuado por tesouraria ou 
pagadoria regularmente instituídas, por 
estabelecimentos bancários 
credenciados e, em casos excepcionais, 
por meio de adiantamento”.
- Execução da Receita:
As diferenças de tratamento que 
recebem receitas e despesas ficam bem 
evidenciadas na fase da execução 
orçamentária e financeira. A receita é 
estimada e a despesa é fixada. A receita 
realizada no exercício poderá ser maior 
ou menor que a estimada, 
evidentemente não só na sua 
totalização, mas, também, em cada um 
de seus componentes. Além disso, 
poderá ocorrer a arrecadação de itens de 
receita não previstos. 
Etapas:
1. Previsão:
Compreende a previsão de arrecadação 
da receita orçamentária constante da 
LOA, resultante de metodologias de 
projeção usualmente adotadas, 
observada as disposições constantes na 
LRF.
2. Lançamento:
O lançamento é “[...] o procedimento 
administrativo tendente a verificar a 
ocorrência do fato gerador da obrigação 
correspondente, determinar a matéria 
tributável, calcular o montante do 
tributo devido, identificar o sujeito 
passivo e, sendo o caso, propor a 
aplicação da penalidade cabível”. O 
lançamento é atividade vinculada e 
obrigatória, sob pena de 
responsabilidade funcional da 
autoridade administrativa. Há três 
modalidades de lançamentos:
● Por declaração - O lançamento é 
efetuado com base na declaração 
do sujeito passivo ou de terceiro, 
quando um ou outro, na forma 
da legislação tributária, presta à 
autoridade administrativa 
informações sobre matéria de 
fato, indispensáveis à sua 
efetivação. 
● De ofício - O lançamento é 
efetuado e revisto de ofício pela 
autoridade administrativa.
● Por homologação - Ocorre 
quanto aos tributos cuja 
legislação atribua ao sujeito 
passivo o dever de antecipar o 
pagamento sem prévio exame da 
autoridade administrativa. 
3. Arrecadação: 
Corresponde à entrega dos recursos 
devidos ao Tesouro pelos contribuintes 
ou devedores, por meio dos agentes 
arrecadadores ou instituições financeiras 
autorizadas pelo ente.
4. Recolhimento:
É a transferência dos valores 
arrecadados à conta específica do 
Tesouro, responsável pela administração 
e controle da arrecadação e 
programação financeira, observando-se 
o princípio da unidade de tesouraria ou 
de caixa, conforme determina o art. 56 
da Lei no 4.320, de 1964:
Art. 56. O recolhimento de todas as receitas 
far-se-á em estrita observância ao princípio 
de unidade de tesouraria, vedada qualquer 
fragmentação para criação de caixas 
especiais.

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