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Trabalho de Kérla - governança

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Univiçosa
Governança Corporativa
Alunos(as): Mat:
Ana Carolina
Daiane Paes
Estela Luciana
Laene
Maria Alice
Paulo Sérgio
Tamires Ramalho
1) Introdução ao tema: Governança Corporativa:
Na primeira metade dos anos 90, em um movimento iniciado principalmente nos Estados Unidos, acionistas despertaram para a necessidade de novas regras que os protegessem dos abusos da diretoria executiva das empresas, da inércia de conselhos de administração inoperantes e das omissões das auditorias externas. 
Conceitualmente, a Governança Corporativa surgiu para superar o "conflito de agência"(EXAMINAREMOS DETALHADAMENTE NAS PRÓXIMAS AULAS) decorrente da separação entre a propriedade e a gestão empresarial. Nesta situação, o proprietário (acionista) delega a um agente especializado (executivo) o poder de decisão sobre sua propriedade. No entanto, os interesses do gestor nem sempre estarão alinhados com os do proprietário, resultando em um conflito de agência ou conflito agente-principal.
A preocupação da Governança Corporativa é criar um conjunto eficiente de mecanismos, tanto de incentivos quanto de monitoramento, a fim de assegurar que o comportamento dos executivos esteja sempre alinhado com o interesse dos acionistas.
A boa Governança proporciona aos proprietários (acionistas ou cotistas) a gestão estratégica de sua empresa e a monitoração da direção executiva. As principais ferramentas que asseguram o controle da propriedade sobre a gestão são o conselho de administração, a auditoria independente e o conselho fiscal.
A empresa que opta pelas boas práticas de Governança Corporativa adota como linhas mestras a transparência, a prestação de contas, a equidade e a responsabilidade corporativa. Para tanto, o conselho de administração deve exercer seu papel, estabelecendo estratégias para a empresa, elegendo e destituindo o principal executivo, fiscalizando e avaliando o desempenho da gestão e escolhendo a auditoria independente.
Formação, Desenvolvimento e Evolução do Capitalismo e do Mundo Corporativo.
A Formação do Sistema Capitalista
A Governança corporativa tem fundamentos sólidos, definidos a partir de princípios éticos aplicados em condições de negócios, envolvendo os processos de gestão, que se aperfeiçoam com base nos valores que regem a boa governança. 
Sendo assim, é o sistema pela qual as sociedades são dirigidas e monitoradas envolvendo os relacionamentos entre acionistas, conselho de administração, diretoria, auditoria independente e conselho fiscal.
Segundo Werner Lombart, a essência do Sistema de produção não está em suas relações estruturais de propriedade e de concentração de poder, mas no espírito que movimenta os empreendimentos econômicos ; ou seja, trata-se do espírito de aventura, de expansão e de acumulação que está presente na iniciativa dos empreendedores de produzirem mais do que para o aprovisionamento das suas próprias necessidades naturais.
Mar Weber também empregou a expressão espírito do capitalismo para descrever a busca do lucro, de forma sistemática e racional, ou seja, trata-se então do sistema que mantem relações íntimas com a motivação do lucro, buscando tanto por agentes que tivesse o espírito empreendedores de terceiros, quanto pelo que aplicam seus próprios recursos com o objetivo de vê-los se multiplicando nas diversas categoria.
1 - A Ética Calvinista
A partir do Renascimento e do estabelecimento de colônias no novo mundo, nos séculos XVI E XVII, uma sociedade mercantil passou a conflitar com a reprovação das prosperidades materiais e com as restrições religiosas á acumulação de fortunas materiais. Mas a ascensão de uma nova perspectiva teológica originaria do pensamento ergomista de Salvino, promoveu a conciliação da diligência empreendedora com a vida espiritual.
Portanto, valorizou-se entre os seguidores de Salvino, a idealização dos homens vocacionados para os empreendimentos produtivos e dedicados religiosamente ao seu trabalho.
Com isso o trabalho e a virtude passaram a ser sinônimos e a energia empresarial passou a ser vista aos olhos calvinistas, como uma inevitável e sagrada determinação divina.
A ética calvinista promoveu assim, o bom uso da acumulação de riquezas, criando-se uma nova atmosfera religiosa, que foi certamente um estímulo favorável para a evolução da economia capitalista de mercado.
2 - A Doutrina Liberal
Teoria segundo a qual o estado não deve intervir nas relações econômicas que existem entre indivíduos, classes e nações. No ano de 1640 e 1660 a organização social é baseada na propriedade.
O nome dado a essa ideia deriva da ordem capitalista propriedade e liberdade.
Adam Smith foi um dos mais conhecidos entusiastas da Doutrina Liberal, que enaltecia as liberdades individuais e deveriam prevalecer a racionalidade do homem econômico , automatismo das forças de mercado, a então mão invisível do interesse próprio no sentido de realização do bem comum.
Com as revoluções Liberais as funções do estado foram reduzidas e a livre concorrência foram alçadas a condição de principio essenciais da ordem econômica.
3 - A Revolução Industrial
 A Revolução Industrial subordinou a produção ao processo de acumulação do capital. Antes dela, a terra era fator dominante e sua propriedade era fonte de poder, de estima e de posição militar, assegurando ao proprietário uma posição eminente em sua comunidade.
 Porém, com o advento da economia fabril, baseada no uso crescente de equipamentos mecanizados, condenou ao desaparecimento o modo tradicional de produção. A indústria movida pelos novos bens de capital aumentou significativamente sua participação na formação de riqueza. A descoberta e desenvolvimento de novas tecnologias de produção expandiram as oportunidades para o emprego de capital.
 Emergiu então uma nova classe dominante composta de produtores de bens de capital, de proprietários de grandes manufaturas e pelos empreendedores dos novos sistemas portuários e do setor ferroviário. Essa nova classe possuidora de características empreendedoras produziu impactos sociais, econômicos e institucionais que mudaram toda a estrutura produtiva. Podemos citar como exemplo o aparecimento e expansão dos trabalhadores assalariados, o aumento da produtividade, economias de escala que produziram redução dos custos médios, compressão dos preços e a criação de mercados de massa, supridos por produção em série de produtos e talvez a mais relevante que é a regulação das relações econômicas, do direito de propriedade, da concentração do poder econômico e das condições de formação da sociedade anônima.
4 – A Tecnologia, as Novas Escalas e a Produção em Série.
Desde o século XV, várias foram a invenções Industriais que mudaram o jeito como as pessoas enxergavam o mundo naquela época. Mas, mais importante que o número das invenções, foi às mudanças e os impactos crescentes que elas proporcionaram nas escalas de produção e na intensidade dos bens de capital. 
Desde o vapor como fonte de energia até construção de caldeiras capazes de suportar pressões elevadas, tudo isso levou a acumulação de capital, como jamais se tinha visto, em diversidade, grandeza e complexidade.
As máquinas que geraram a Revolução Industrial vieram para ficar, para se multiplicar e para avançar rumo à sofisticação e sustentabilidade. O bom funcionamento e aplicabilidade dessas máquinas elevaram extraordinariamente as escalas de produção.
Como grande exemplo de mudanças nas escalas e produções em série, podemos citar a Inglaterra, devido à vasta exploração na produção de ferro e importação de algodão cru, forçando suas indústrias (em especial a siderúrgica) multiplicar em até dez vezes a produção de carvão para fonte de energia. Outra expansão considerável, não somente na Inglaterra, mas principalmente nos E.U.A, fica por conta da malha ferroviária , conhecida como era rodoviária, com a difusão do motor a combustão, a criação do primeiro veículo movido a gasolina em 1892 e a produção em escala de veículos deste gênero em1917.
5 – A Ascensão do Capitalcomo Fator de Produção
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6 - O Sistema de Sociedade Anônima
Sociedade anônima é um modelo de companhia com fins lucrativos, caracterizada por ter o seu capital financeiro dividido por ações. Os donos das ações são chamados de acionistas e, neste caso, a empresa deve ter sempre dois ou mais acionistas. Pode ser classificadas em: Sociedade Anônima de Capital Fechado e Sociedade Anônima de Capital Aberto.
· A Sociedade Anônima de Capital Fechado não permite que suas ações estejam disponíveis para comercialização no mercado da bolsa de valores, por exemplo. Os recursos ficam limitados apenas entre os acionistas, ou seja, os sócios da empresa.
· Já a Sociedade Anônima de Capital Aberto disponibiliza as suas ações para negociações nas bolsas de valores e mercados de balcão, abrindo assim os seus recursos junto ao público interessado em participar.
As sociedades anônimas são normalmente constituídas por uma assembleia geral, um conselho de administração, um conselho fiscal e uma diretoria. Podem ser denominadas como "companhias", neste caso sob a abreviatura de "Cia.", ou como "sociedade anônima", com sigla S.A, SA ou S/A.
· A Assembleia Geral é o órgão máximo de deliberação da entidade e tem, por isso, uma importância destacada. Suas decisões são na maior parte das vezes tomadas com maioria simples de votos individuais de cada um dos associados presentes, mas é possível estabelecer no estatuto um quórum qualificado para este processo de tomada de decisão.
· O Conselho de administração é um corpo de membros eleitos ou designados, que conjuntamente supervisiona as atividades de uma empresa ou organização.
· O Conselho fiscal é um colegiado criado pelos sócios, com vistas a acompanhar o empreendimento ou o objeto do associativismo. Geralmente esses objetos são de pequena monta e restritos nos seus pequenos objetos, quando realmente pequenos e sendo de fácil controle. Os membros do Conselho Fiscal serão escolhidos na assembleia anual, pelo voto da maioria dos sócios presentes.
· A Diretoria é o órgão que governa a companhia e que executa as determinações da assembleia geral e do conselho de administração. Ela pode ser ocupada por acionistas ou por terceiros por estes contratados e deve ser composta sempre por, no mínimo, duas pessoas físicas.
Diante do processo de acumulação de capital e concentração de riquezas nas mãos de poucos, os donos de empresas, pensaram na necessidade de abrir o capital de suas empresas ao público investidor que quisesse se associar a este tipo de negócio. É neste momento que surge a sociedade anônima, ou, empreendimento onde o dono do capital, não é mais o empresário, nem o gerente; mas, um acionista de igualdade de direitos com os demais, diferindo apenas pelo porcentual e tipo de ações adquiridas.
O principal objetivo da Sociedade anônima é a acumulação de capitais, mais do que a atração de acionistas em si. A participação do acionista no controle da empresa é medida pela quantidade de ações que este possui.
7 - O crash de 1929-33
A baixa da produção industrial se manifestara nos Estados Unidos no decorrer do ano de 1929. Mas o desencadeamento oficial da Grande Depressão aconteceu em 24 de outubro de 1929, com a queda repentina das cotações da Bolsa de Nova York, ao fim de uma expressiva ascensão iniciada em 1927, acelerada duas vezes e marcada por dois patamares, em junho-julho de 1928 e em abril-junho de 1929.
A crise de 1929 teve início no sistema financeiro (o segmento do sistema econômico formado pelo conjunto de instituições públicas e privadas especializadas em viabilizar a compra e venda de ações e títulos diversos), na chamada Quinta-Feira Negra, em 24 de outubro de 1929, que a história registra como um dia de pânico na Bolsa de Nova York.
Era um momento de euforia, de intensa especulação na Bolsa. Quando dizemos "especulação" nos referimos às operações financeiras que visam obter lucros com a compra e venda de papéis cujo valor oscila conforme o desempenho do mercado. Os valores desses papéis estavam em um nível elevadíssimo, despropositado, fora da realidade.
De repente, naquela quinta-feira, 70 milhões de títulos foram jogados no mercado, mas não encontraram quem os comprasse. Sem demanda pelos papéis, os preços das ações e dos títulos em negociação despencaram, gerando uma inacreditável onda de desconfiança, completamente irracional, e produzindo uma reação em cadeia sem precedentes.
A desconfiança com os acontecimentos da Bolsa espalhou-se para outros ramos da atividade econômica, atingindo a produção. Os bancos congelaram os empréstimos, as fábricas começaram a parar por falta de crédito, a renda nacional passou a cair, a demanda se retraiu ainda mais, as empresas se viram com estoques enormes, os preços dos produtos caíram vertiginosamente e os lucros despencaram.
A economia começou a ficar paralisada e, como uma bola de neve, as falências se sucederam e milhões de trabalhadores perderam os empregos.
Quando a crise atingiu proporções internacionais, o comércio mundial ficou reduzido a um terço do que era antes de 1929. No Brasil, o principal efeito da crise manifestou-se na queda vertical dos preços de café, levando o governo federal a comprar grande parte das safras e destruir 80 milhões de sacas do produto, para diminuir os estoques e tentar aumentar o preço.
Tentando proteger suas próprias economias, os países aumentaram as taxas alfandegárias, o que reduziu ainda mais o comércio internacional. E, em todas as economias, coube ao Estado instituir mecanismos para controlar a crise e reativar a produção.
8 – O Desenvolvimento da Ciência da Administração
A eclosão do espírito de empreendimento, as revoluções que moldaram as instituições dos sistemas capitalistas e a formação do mundo corporativo tiveram também o respaldo de um fator de alta importância: o DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO. As relações históricas que se podem estabelecer entre o sistema capitalista, o mundo corporativo e a ciência da administração são de tal ordem que é difícil imaginar qualquer uma destas três categorias históricas sem a ocorrência das outras duas. A figura abaixo sugere a associação entre elas:
As afinidades históricas entre as boas práticas de gestão, o desempenho das corporações e o surgimento do capitalismo pode ser observados desde suas mais remotas manifestações.
Entre o Capitalismo, o mundo corporativo e a ciência da administração sempre se estabeleceram evidentes afinidades históricas. Mas jamais tão profundamente quanto no século XX.
Conclusão
Referências Bibliográficas
1) http://www.infoescola.com/empresas/sociedade-anonima/
2) https://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_fiscal
3) https://pt.wikipedia.org/wiki/Conselho_de_administra%C3%A7%C3%A3o
4) http://www.promenino.org.br/projetos/os-orgaos-deliberativos-e-administrativos-de-uma-associacao
5) http://www.significados.com.br/sociedade-anonima/
6) file:///C:/Users/maria/Desktop/AS%20SOCIEDADES%20AN%D4NIMAS.html
7) http://caetanoadvogados.blogspot.com.br/2012/03/saiba-mais-sobre-os-orgaos-fundamentais.html
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