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Atuação do Profissional de Educação Física

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Faculdade Cidade Aparecida de Goiânia / FacCidade 
Curso de Graduação em Educação Física 
 
 
 
 
 
KELLY FERNANDA ALENCAR TEIXEIRA 
 
 
 
 
 
PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICAS NA SAÚDE PÚBLICA: 
A Atuação do Profissional de Educação Física nos Centros de Atenção Psicossocial 
 
 
 
 
APARECIDA DE GOIÂNIA-GO 
2023/1 
 
 
KELLY FERNANDA ALENCAR TEIXEIRA 
 
 
PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICAS NA SAÚDE PÚBLICA: 
A Atuação do Profissional de Educação Física nos Centros de Atenção Psicossocial 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado no curso de graduação de 
Educação Física, da Faculdade Cidade Aparecida de 
Goiânia/FacCidade. 
Orientadora: Prof.ª Ma. Anna Cláudia Passani Ferreira 
 
 
 
 
 
 
 
 
APARECIDA DE GOIÂNIA-GO 
2023/1
 
PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICAS NA SAÚDE PÚBLICA: 
A Atuação do Profissional de Educação Física nos Centros de Atenção Psicossocial 
 
Kelly Fernanda Alencar Teixeira1 
Anna Cláudia Passani Ferreira 2 
 
Resumo: Estudo com foco em analisar os serviços dos Centros de Atenção Psicossocial e a atuação do 
Profissional de Educação Física, observando a prática de atividades físicas e projetos institucionais 
que estejam voltados para atenção psicossocial. O Objetivo geral do estudo é analisar as atribuições e 
possibilidades de atuação do profissional de Educação Física na saúde pública brasileira. A 
justificativa do estudo é busca por informações de atuação específica do profissional de Educação 
Física no contexto da saúde pública e de atenção psicossocial. Trata-se de estudo com metodologia de 
estudo dialético, estudo básico, com pesquisa exploratória, com pesquisa majoritariamente 
bibliográfica, com ferramentas qualitativas e quantitativas. Ao final do estudo, conclui-se que, o 
Profissional de Educação Física é essencial no processo terapêutico não farmacológico e na garantia 
do equilíbrio biopsicológico dos pacientes do CAPS, constatando que em Goiânia há atuação incisiva 
de tais profissionais e uma garantia de benefícios com as atividades físicas nas oficinas terapêuticas 
em seu campo de expressões. 
Palavras-chave: CAPS. Educação. Física. 
 
Abstract: Study focused on analyzing the services of the Psychosocial Care Centers and the 
performance of the professional physical educator, observing the practice of physical activities and 
institutional projects that are focused on psychosocial care. The general objective of the study is to 
analyze the attributions and possibilities of performance of the Physical Education professional in the 
Brazilian public health. The justification for the study is the search for information on the specific 
performance of the Physical Education professional in the context of public health and psychosocial 
care. It is a study with dialectical study methodology, basic study, with exploratory research, with 
mostly bibliographical research, with qualitative and quantitative tools. At the end of the study, it is 
concluded that the professional Physical Educator is essential in the non-pharmacological therapeutic 
process and in guaranteeing the biopsychological balance of CAPS patients, noting that in Goiânia 
there is an incisive performance of such professionals and a guarantee of benefits with the activities 
physical activities in therapeutic workshops in their field of expressions. 
Keywords: CAPS. Education. Physical. 
 
 
1 Graduanda em Educação Física pela Faculdade Cidade Aparecida de Goiânia (FACCIDADE). E-mail: 
kelly.afteixeira@aluno.faccidade.edu.br 
2 Professora orientadora do curso de xxxxxxxx da Faculdade Cidade Aparecida de Goiânia 
(FACCIDADE). xxxxxxxx. E-mail: claudia.passani@faccidade.edu.br 
 
1 – INTRODUÇÃO 
 
O estudo apresentado visa compreender de que forma a Educação Física desempenha 
suas atividades dentro da saúde pública de Goiânia, especialmente nos Centros de Atenção 
Psicossocial (CAPS), e delimitar a importância de fomentar a sua atuação na capital. Assim, 
sendo essencial que exista a atuação do profissional de Educação Física no Sistema Único de 
Saúde (SUS). 
Em intenções específicas de estudo, há uma busca por analisar a atuação do 
profissional de Educação Física no Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Compreendendo 
ainda como Sistema Único de Saúde (SUS) apresenta proteção integral a saúde e as técnicas 
de Educação Física fazendo parte essencial deste apoio em saúde. 
A atuação do profissional de Educação Física depende de sua formação, sendo 
essencial que a formação tenha concepções obre a Saúde Coletiva. Tal como informam os 
estudos de Pasquim (2010) há uma necessidade de expor conhecimentos interdisciplinares e 
que sejam exemplificados com a prática profissional, demonstrando que a atenção com saúde 
coletiva também é um papel do Profissional de Educação Física. 
Neste sentido de complexidade de atuação, os estudos de Furtado (2020) que informa 
a existência de uma construção profissional complexa, demandando atenção minuciosa na 
atuação profissional no CAPS, devendo ainda ter habilidades para adequar-se as necessidades 
de cada unidade e dos pacientes nela atendidos. 
Para Oliveira e Andrade (2016) a atuação do profissional de Educação Física é 
essencialmente ligada a uma formação que se importe em dar atenção para habilidades que 
sejam típicas dos locais de saúde, tendo habilidades éticas, habilidades de atendimento ao 
público, conhecimento das necessidades da população e das principais ocorrência a serem 
atendidas. 
É notável que a atuação do profissional de Educação Física pode e deve ser 
implementada no serviço de saúde pública, especialmente podendo atuar perante unidades 
como os Centros de Atuação Psicossocial (CAPS), porém sendo necessário uma devida 
formação e atenção do profissional de Educação Física. 
 
 
 
2 – ASPECTOS PRINCIPAIS DO CAPS 
 
Em momento inicial é necessário apresentar informações sobre os Centros de 
Atenção Psicossocial (CAPS) e seus serviços, evidenciando a dimensão destes centros de 
saúde pública que são focados em saúde mental, controle de vícios e diversos itens 
psicossociais. 
O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) é uma unidade especializada em saúde 
mental que oferece atendimento a pessoas com transtornos mentais, incluindo depressão, 
ansiedade, esquizofrenia, transtorno bipolar e dependência química. O objetivo do CAPS é 
promover a reabilitação psicossocial dessas pessoas, ajudando-as a recuperar sua autonomia e 
reintegrá-las à sociedade (BRASIL, 2004). 
Os serviços oferecidos pelos CAPS incluem atendimento individual e em grupos, 
terapia ocupacional, atividades de lazer, visitas domiciliares, entre outros. Além disso, o 
CAPS trabalha em parceria com outras instituições, como hospitais e clínicas, para garantir 
que seus pacientes recebam os cuidados adequados e completem seu tratamento (BRASIL, 
2004). 
Vale informar que, conforme os estudos de Sousa (2020), o CAPS é um instrumento 
de apoio social com foco amplo em dimensões psicossociais que são resultado de processos 
sociais voltados para humanização do paciente e um serviço que substitui o processo 
manicomial. Adiante, passa-se a exposição das dimensões do CAPS, seus principais núcleos, 
serviços e a atuação do profissional de Educação Física em tais centros. 
 
2.1 Das dimensões dos Centros de Atenção Psicossocial 
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) podem ser descritos como a principal 
materialização da política de saúde pública volta especificamente para o cuidado da saúde 
mental. Trata-se de uma política de saúde que é fruto de movimentos que visavam substituir 
os antigos hospitais psiquiátricos e evitar problemas dos antigos hospícios ou manicômios 
(BRASIL, 2004) 
 
O primeiro Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do Brasil foi inaugurado 
em março de 1986, na cidade de São Paulo: Centro de Atenção Psicossocial 
Professor Luiz da Rocha Cerqueira, conhecido como CAPS da Rua Itapeva. 
A criação desse CAPS e de tantos outros,com outros nomes e lugares, fez 
parte de um intenso movimento social, inicialmente de trabalhadores de 
saúde mental, que buscavam a melhoria da assistência no Brasil e 
 
denunciavam a situação precária dos hospitais psiquiátricos, que ainda eram 
o único recurso destinado aos usuários portadores de transtornos mentais. 
(BRASIL, 2004, p. 12) 
 
Nota-se que o CAPS nasce como uma política regional que ganhou espaço nacional e 
tornou-se a principal política pública de atenção psicossocial, sendo o CAPS um importante 
mecanismo na saúde pública e com um foco em cuidados bem diferente dos antigos 
manicômios. Tal como apresentam os estudos de Souza (2020) o CAPS passa a ser mais 
assistencialista na sua prestação de saúde pública e evita intervenções com restrição de 
liberdade, assim criando uma rede de apoio e observando o paciente com um viés mais 
humanista. 
O CAPS é de grande importância para a população brasileira, na atualidade estando 
presente em praticamente todos os municípios em ao menos uma unidade que 
costumeiramente detém equipe multidisciplinar para lidar com os mais diversos casos. O 
CAPS atua como um centro de atenção psicossocial que se importa em garantir ao paciente 
uma qualidade de vida e reinserção social de seus usuários. 
 
Ele é um lugar de referência e tratamento para pessoas que sofrem com 
transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e demais quadros, cuja 
severidade e/ou persistência justifiquem sua permanência num dispositivo de 
cuidado intensivo, comunitário, personalizado e promotor de vida. O 
objetivo dos CAPS é oferecer atendimento à população de sua área de 
abrangência, realizando o acompanhamento clínico e a reinserção social dos 
usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e 
fortalecimento dos laços familiares e comunitários. É um serviço de 
atendimento de saúde mental criado para ser substitutivo às internações em 
hospitais psiquiátricos. (BRASIL, 2004, p. 13) 
 
Via de regra, embora amplamente reconhecido o CAPS como política institucional 
de saúde pública, sua presença era local e somente tendo real amplitude nacional com a 
portaria nº 336, de 19 de fevereiro de 2002 que deu reconhecimento nacional como principal 
política pública de assistência psicossocial. Assim o CAPS passou a ser estruturados em 
núcleos de apoio e acolhimento que tem diversas funções (BRASIL, 2015). 
Em mesmo sentido, os estudos de Sousa (2020) indicam que o CAPS surge como a 
política que visa evitar os problemas das atividades manicomiais que eram tanto criticadas na 
virada do século. Assim, o CAPS surge como alternativa de política de apoio psicossocial, 
tendo uma abordagem que preza pela humanização do paciente e evita a todo custo o processo 
de intromissão na escolha ou liberdade do paciente. 
 
O CAPS apresenta serviços desde o processo de acompanhamento para transtornos 
mentais em todas as faixas etárias, atendimento para transtornos pelo uso de álcool e outras 
drogas, acolhimento noturno e observação e até serviços especializados em quadros graves e 
intenso sofrimento decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas (BRASIL, 2015). 
Existem diferentes tipos de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que oferecem 
serviços especializados de acordo com as necessidades dos pacientes. Tendo cada tipo 
diferente de CAPS as suas especialidades e serviços precisos para solucionar problemas 
sociais peculiares de cada região em que se insere. Tal como os dados dos documentos 
oficiais, as unidades são definidas em suas especialidades diante de projetos de serviços 
públicos e especialmente das políticas públicas do poder administrativo (BRASIL, 2015). 
As unidades do CAPS existentes, em sua divisão por tipos especializados, são as 
seguintes: CAPS I; CAPS II; CAPS III; CAPS AD; e CAPS i. Cada uma destas unidades 
tendo espaços especializados, recursos típicos mínimos e uma especificidade de seu 
atendimento. 
O CAPS I é o tipo mais comum de CAPS e oferece atendimento a pessoas com 
transtornos mentais leves e moderados. É composto por uma equipe multidisciplinar que 
inclui psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, Profissional de Educação 
Física e terapeutas ocupacionais. O objetivo do CAPS I é fornecer tratamento ambulatorial, ou 
seja, sem internação hospitalar (BRASIL, 2017). 
Este tipo de CAPS é o mais encontrado em pequenos municípios e zonas 
administrativas, sendo quase que como um CAPS geral e a unidade base que contém o 
mínimo para dar apoio psicossocial para a população de certa localidade. Estas unidades não 
detêm especialização, mas são dotadas de profissionais que podem prestar os serviços para 
diversos tipos de atendimento e garantir um apoio geral a um paciente (BRASIL, 2017). 
Já o CAPS II é um tipo de CAPS que oferece atendimento a pessoas com transtornos 
mentais graves e persistentes, como esquizofrenia e transtorno bipolar. A equipe do CAPS II é 
composta por profissionais de saúde mental, além de médicos clínicos gerais e enfermeiros. 
Esse tipo de CAPS tem como objetivo fornecer atendimento intensivo a pacientes em crise, 
evitando internações em hospitais psiquiátricos (BRASIL, 2017). 
As unidades do CAPS II são conhecidas por serem pontos de apoio para internação e 
especialmente terem equipes multidisciplinares que estejam capacitadas a lidar com 
transtornos graves. Tais unidades, como apresentam os estudos de Furtado (2020) são também 
gerais, de forma que todas as unidades do CAPS I também são CAPS II; no estado de Goiás. 
 
A especialidade do CAPS III é um tipo que oferece atendimento a pacientes que 
fazem uso abusivo ou dependência de álcool e outras drogas. Além da equipe multidisciplinar, 
o CAPS III pode contar com a participação de especialistas em dependência química e 
conselheiros em dependência química. O objetivo desse tipo de CAPS é fornecer tratamento 
integral para o paciente com foco na redução de danos (BRASIL, 2017). 
O CAPS i é um tipo de CAPS que oferece atendimento especializado a adolescentes 
com transtornos mentais e dependência química. A equipe multidisciplinar é composta por 
profissionais de saúde mental que se especializaram no atendimento a adolescentes. O 
objetivo do CAPS AD é fornecer um ambiente acolhedor e seguro para os jovens, ajudando-
os a desenvolver habilidades sociais e emocionais saudáveis. 
Por final, o CAPS AD (Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas) - 
Atendimento para pessoas com transtornos decorrentes do uso abusivo de álcool e outras 
drogas. É voltado para o atendimento ambulatorial e oferece acompanhamento psicológico, 
medicamentoso e oficinas terapêuticas. 
Estas unidades e tipos de CAPS formam a conhecida Rede de Atenção Psicossocial 
(RAPS), sendo o programa governamental principal, de nível nacional, que visa oferecer 
assistência psicossocial em diversas frentes que buscam um tratamento humano. Via de regra, 
o CAPS é o núcleo do RAPS, porém contando com os serviços gerais de clinicas de apoio e 
de toda a rede do SUS para seu suporte (BRASIL, 2017). 
Cada um dos tipos de CAPS recebe repasses diferentes e tem uma série de ambientes 
mínimos necessários para seu funcionamento, sendo dever dos gestores analisar o espaço e 
desenvolver a composição mínima. Apresenta-se, no Anexo A uma lista de espaços mínimos 
para o funcionamento de cada tipo de CAPS. 
Sobre as unidades, estas são presentes em diversos municípios do Brasil, sendo 
implementados em praticamente todos os municípios com mais de 15000 (quinze mil) 
habitantes. Podendo ser observado no Anexo B a quantidade de unidades do CAPS por tipo e 
por regiões do país. 
Furtado (2020) ainda apresenta que o CAPS, por ser mais humanizado em seu 
atendimento, evidenciou um apoio amplo aos pacientes, criando uma frente de 
acompanhamento que apesar de ter diversos serviços ainda tem profissionais especializados 
em suas unidades. 
Diante de tais informações,o CAPS se consagra como um serviço que é amplo e 
apresentar serviços diversos, mesmo de tamanha amplitude ele ainda apresenta funcionários 
 
especializados e tem como um de seus princípios o atendimento que leva em consideração o 
poder de escolha e preferencias do usuário. 
Na localidade de Goiânia, Estado de Goiás, existe atualmente um total de 7 unidades 
do CAPS, distribuídas em diversos pontos da cidade, tendo unidades do CAPS II, CAPS AD e 
CAPS I. A relação de unidades do CAPS em Goiânia com seus endereços pode ser vista no 
Quadro 01 a seguir. 
 
Quadro 01 – Unidades do CAPS no município de Goiânia GO 
Relação de Unidades CAPS em Goiânia 
UF Município Estabelecimento Tipo Endereço 
GO Goiânia 
Centro De Atenção 
Psicossocial Novo Mundo. 
CAPS II 
Av Manchester, 2000 Bairro: Jardim Das 
Aroeiras Cep: 74703010 Fone: (62) 35241802 
GO Goiânia 
Centro De Atenção 
Psicossocial Esperança. 
CAPS II 
Rua Serra Dos Órgãos, S/N Bairro: Jardim 
Petrópolis Cep: 74460250 Fone: (62) 
35972214 / 5040 
GO Goiânia 
Centro De Atenção 
Psicossocial Vida. 
CAPS II 
Rua 1139, S/N Bairro: Marista Cep: 
74180180 Fone: (62) 5241650 
GO Goiânia 
Centro De Atenção 
Psicossocial Beija Flor. 
CAPS II 
Av Presidente Baldomiro, S/N Bairro: Jardim 
Presidente Cep: 74353030 Fone: (62) 
32907665 
GO Goiânia 
Centro De Atenção 
Psicossocial Girassol. 
CAPS AD 
Rua R 5, S/N Bairro: Oeste Cep: 74125070 
Fone: 62 - 35242489 
GO Goiânia 
Centro De Atenção A 
Saúde De Alcoolistas E 
Toxic Capsad. 
CAPS AD 
Rua 3a, 185 Bairro: Aeroporto Cep: 
74075090 Fone: (62) 35241703 / 1739 
GO Goiânia 
Centro De Atenção 
Psicossocial Agua Viva. 
CAPS i 
Rua Dona Mariquinha Esq C Jules Vernels, 
S/N Bairro: Negrão De Lima Cep: 74650130 
Fone: 62 - 35241660 
Fonte: Adaptado de Goiás (2022) 
 
Do quadro apresentado, nota-se que há uma série de unidades, em sua maioria do 
tipo CAPS II, inexistindo redes simples do CAPS I, sendo sete unidades com especializações 
para atendimento da população. Oliveira (2017) apresenta que a distribuição das unidades 
com maior foco em casos graves fica nas cidades do entorno de Goiânia evidenciando uma 
complexidade social da região metropolitana. 
Os serviços do CAPS podem variar a depender das necessidades locais, processos de 
apoio ao cidadão, apoios do poder público e especialmente a depender das instalações da 
unidade de apoio. Em geral, o CAPS apresenta uma infinidade de ações de apoio com 
finalidades psicossociais, em especial ações terapêuticas e oficinas de esportes e lazer 
corporal (BRASIL, 2015). 
As oficinas de esporte, as ações terapêuticas com Educação Física e os itens de 
esporte e lazer corporal contam necessariamente com o apoio de profissional especializado, 
assim tendo o profissional de Educação Física um papel de importância no CAPS. Via de 
 
regra a atuação do profissional de Educação Física é essencial em toda unidade que 
desenvolva oficinas ou atividades com esporte ou laborar corporal. 
É importante informar que estas dimensões do CAPS são gerais, tendo uma série de 
desdobramentos e possibilidades de aplicação de acordo com os profissionais que trabalham 
na unidade e a observação destes na necessidade de atendimento para a população usuária de 
cada unidade. 
Ainda vale ressaltar que o processo de criação de projetos depende especialmente no 
contexto dos usuários da unidade do CAPS, dos recursos disponíveis nesta unidade e seus 
profissionais. Assim, um projeto de apoio pode ser focado em usuários de entorpecentes, 
focado em distúrbios psicológicos específicos e até mesmo focado em orientações 
multidisciplinares. 
Em síntese, é possível apresentar que a dimensão de apoio do CAPS é o apoio a todo 
e qualquer usuário que tenha ou esteja em latente processo de distúrbio ou transtorno mental. 
Para solucionar ou gerar apoio nestes transtornos, são oferecidas uma série de trabalhos e 
serviços de profissionais para proteger o usuário. 
 
2.2 Atuação do Profissional de Educação Física 
A atuação do profissional de Educação Física é um item ímpar no país, isso pois, este 
profissional detém uma ampla gama de atuação e especialmente dimensões que 
frequentemente esbarram em outras ciências e áreas biológicas, sociais, psicológicas e até 
mesmo educacionais. 
Um Profissional de Educação Física desempenha um papel fundamental em 
promover a saúde e o bem-estar geral das pessoas. Eles trabalham com indivíduos e grupos 
para desenvolver programas de exercícios personalizados que ajudam a melhorar a aptidão 
física, reduzir o risco de lesões e doenças crônicas, e aumentar a qualidade de vida. 
Além disso, os educadores físicos também são responsáveis por fornecer orientação 
nutricional e incentivar hábitos saudáveis de alimentação e de sono. Eles podem ser 
encontrados em uma variedade de ambientes, desde escolas e universidades até empresas e 
centros de treinamento particulares. 
Outra área importante de atuação dos educadores físicos é a prevenção de lesões e 
reabilitação. Eles trabalham com pessoas que sofreram lesões ou doenças para recuperar a 
força e a mobilidade perdidas e ajudá-las a retornar às atividades normais. Assim, a presença 
de um Profissional de Educação Física é vital para garantir que as pessoas possam levar vidas 
 
saudáveis e ativas, reduzir o risco de doenças crônicas e lesões, e alcançar o máximo potencial 
físico (ANTUNES, 2007). 
Tal como apresenta o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), como órgão 
representativo de classe, a profissão de Profissional de Educação Física é ampla e dinâmica. 
Tal profissão desenvolve uma série de possibilidades de atuação e especialmente uma 
familiaridade com diversas outras áreas nas quais estejam inseridas as atuações de exercícios 
físicos, desposto e etc. 
 
Art. 1º - O Profissional de Educação Física é especialista em atividades físicas, nas 
suas diversas manifestações - ginásticas, exercícios físicos, desportos, jogos, lutas, 
capoeira, artes marciais, danças, atividades rítmicas, expressivas e acrobáticas, 
musculação, lazer, recreação, reabilitação, ergonomia, relaxamento corporal, ioga, 
exercícios compensatórios à atividade laboral e do cotidiano e outras práticas 
corporais -, tendo como propósito prestar serviços que favoreçam o 
desenvolvimento da educação e da saúde, contribuindo para a capacitação e/ou 
restabelecimento de níveis adequados de desempenho e condicionamento 
fisiocorporal dos seus beneficiários, visando à consecução do bem-estar e da 
qualidade de vida, da consciência, da expressão e estética do movimento, da 
prevenção de doenças, de acidentes, de problemas posturais, da compensação de 
distúrbios funcionais, contribuindo ainda, para consecução da autonomia, da auto-
estima, da cooperação, da solidariedade, da integração, da cidadania, das relações 
sociais e a preservação do meio ambiente, observados os preceitos de 
responsabilidade, segurança, qualidade técnica e ética no atendimento individual e 
coletivo. (CONFEF, 2001, online) 
 
Deste fragmento, é evidente em como a atuação profissional de Educação Física não 
se resume somente a uma atividade desportiva ou uma atividade física básica. O CONFEF 
apresenta especialmente a existência de uma profissão dinâmica que, na atualidade, se 
relaciona com valores sociais e pedagógicos. 
Diante deste fragmento ainda fica evidente em como o profissional de Educação 
Física apresenta atuação em diversas frentes e sendo o especialista em atividades físicas, 
conhecido até mesmo como Profissional de Educação Física, assim, sendo o principal 
profissional em redes de ensino públicas ou privadas nas disciplinas de educação física ou no 
apoio ao desposto letivo. 
Vale ainda apresentar o que se considera legalmente como um Profissional de 
Educação Física, vez que se trata de profissão devidamente regulamentada e que tem 
representação por conselho federal e conselhos regionais. Tal profissão sendo evidenciadana 
Lei nº 9.696 de 1998 e apresentando a seguinte possibilidade para tornar-se um profissional 
de Educação Física. 
 
 
Art. 1º O exercício das atividades de Educação Física e a designação de 
Profissional de Educação Física é prerrogativa dos profissionais 
regularmente registrados nos Conselhos Regionais de Educação Física. 
Art. 2º Apenas serão inscritos nos quadros dos Conselhos Regionais de 
Educação Física os seguintes profissionais: 
I – os possuidores de diploma obtido em curso superior de Educação Física 
oficialmente autorizado ou reconhecido pelo Ministério da Educação; 
II - os possuidores de diploma em Educação Física expedido por instituição 
de ensino superior estrangeira, revalidado na forma da legislação em vigor; 
III - os que tenham comprovadamente exercido atividades próprias dos 
Profissionais de Educação Física até a data de início da vigência desta Lei, 
nos termos estabelecidos pelo Conselho Federal de Educação Física 
(Confef); 
IV - os egressos de cursos superiores de Tecnologia conexos à Educação 
Física, oficiais ou reconhecidos pelo Ministério da Educação, cujos eixos 
tecnológicos sejam direcionados às áreas de conhecimento abrangidas por 
esta Lei, conforme regulamentado pelo Confef. (BRASIL, 1998, online) 
 
Do fragmento apresentado, há a noção de que somente pode desempenhar a atividade 
profissional do Profissional de Educação Física, aquele indivíduo devidamente registrado nos 
Conselhos Regionais de Educação Física e existindo uma série de possibilidade para 
inscrições, sendo o mais comum os diplomados em curso de graduação superior em Educação 
Física. 
É evidente em como a atuação do profissional de Educação Física detém dimensões 
diversas, principalmente se relacionando com o desporto e o fomento corporal, porém não se 
limitando somente a isto. Assim, é evidente em como o Profissional de Educação Física pode 
e deve ser incluído em uma unidade CAPS, em razão do apoio social e especialmente dos 
benefícios psíquicos e corporais da própria atividade física. 
No sentido do apresentado, os estudos de Wachs (2008) expõe que o processo do 
CAPS necessita de um profissional de Educação Física para que sejam apresentados projetos 
diversos sobre o fomento corporal, a ação de atividade física e o desposto como forma de 
lazer que auxiliam a saúde mental e promovem a saúde física. 
Para Wachs (2008) as atividades físicas, a falta de exercícios e a complexidade social 
de um indivíduo são os principais motivos que o levam a outros problemas da mente, assim, 
diante de uma série de negligencias corporais o corpo afeta a mente e acabam por ocorrer uma 
série de problemas que retira a qualidade de vida de um indivíduo. 
Em mesmo sentido Pasquim (2010) apresenta que na atualidade os cursos superiores 
de graduação em Educação Física vêm se importando em apresentar uma formação com foco 
em interdisciplinaridade, observações sociais e uma noção de atuação social do Profissional 
de Educação Física. Segundo o autor, a fragmentação das disciplinas impedia a formação 
 
transformadora do Profissional de Educação Física que deveria compreender seu papel como 
agente social. 
Assim, nas noções de Pasquim (2010) a formação em Educação Física vai além de 
especializar um indivíduo em atividades físicas, mas sim em formar um indivíduo preparado 
para o empenho na sociedade e desenvolver seu papel de agente transformador e colaborador 
da sociedade. 
Diante de tais informações, é fácil compreender a atuação do Profissional de 
Educação Física no CAPS, tendo este profissional a importância de fomentar não somente a 
saúde física e a atuação corporal por atividades físicas, mas sim uma dimensão biofisiológica 
que afeta a dimensão psíquica. 
Wachs (2008) apresenta especialmente como as resoluções do Conselho Federal de 
Educação Física (CONFEF), no uso de suas atribuições, apresenta a atuação deste 
Profissional de Educação Física como uma forma de auxiliar as funções fisiológicas do corpo 
humano no sentido de se evitar, retardar ou até mesmo tratar alguns tipos de problemas 
psíquicos. 
Sobre esta atuação do profissional de Educação Física, Frutado (2020) assevera que é 
comumente conhecida a atuação deste profissional em centros de fomento corporal como 
academias de musculação, porém, esta atividade é somente uma das infinitas possibilidades 
de atuação de um profissional que seu maior objetivo é o apoio humano com especialidade no 
movimento saudável do corpo. 
Furtado (2020) conclui de seus estudos que, na atualidade, a ideia de doença mental 
vai muito além de uma simples questão genética, existindo maus hábitos, problemas sociais, 
problemas pessoais e uma gama de outros fatores que propiciam uma doença mental. Assim, 
nas atribuições do CAPS a existência de uma unidade de cuidados psicossociais também 
demanda a atenção para com o corpo, as relações sociais, pessoais e a gama de possibilidades 
que estejam afetando o indivíduo; incluídas nisto as questões fisiológicas e corporais que deve 
cuidar um Profissional de Educação Física. 
É certo que o profissional de Educação Física pode e deve ser um centro do fomento 
das questões físicas corporais em uma unidade do CAPS, diante de suas especialidades e 
conforme as atribuições descritas por parte do CONFEF. Assim, atividades desportivas, 
fomento corporal e tantas outras atividades são essenciais para o combate de afecções 
psíquicas que são o foco central de uma unidade CAPS, devendo o Profissional de Educação 
Física estar à frente de tais projetos. 
 
Considerando o CAPS como um importante mecanismo de proteção da saúde mental 
cidadã, considerando ainda o Profissional de Educação Física como apoiador dos processos de 
atividades físicas, desportivas e diversas outras que podem impactar beneficamente a mente, é 
certo que este profissional deva estar em constante apoio nas unidades descritas. 
Em outro ponto, é necessário indagar quais as atuações gerais e como é o histórico de 
atuação de um profissional de Educação Física no CAPS, quais suas principais atribuições em 
concreto e especialmente quais sejam os projetos que inegavelmente necessitam de tal 
profissional. 
 
2.3 A presença de profissionais de Educação Física nos Centros de Atenção 
Psicossocial de Goiânia 
A existência do CAPS, conforme sua legislação, preconiza a necessidade de atuação 
de profissionais multidisciplinares para desempenhar as ações de apoio e serviços ao paciente. 
Assim, há uma necessidade de vários profissionais que tenham especializações e posam dar 
apoio aos pacientes, dentre estes profissionais estando os Educadores Físicos. 
A presença dos diversos profissionais e especialmente dos profissionais de educação 
física dão possibilidades de oficinas terapêuticas devidamente auxiliadas e com o apoio 
necessário para seu sucesso. Tais oficinas são o centro do processo terapêutico não 
farmacológico. 
 
As oficinas terapêuticas são uma das principais formas de tratamento 
oferecido nos CAPS. Os CAPS têm, freqüentemente, mais de um tipo de 
oficina terapêutica. Essas oficinas são atividades realizadas em grupo com a 
presença e orientação de um ou mais profissionais, monitores e/ou 
estagiários. Elas realizam vários tipos de atividades que podem ser definidas 
através do interesse dos usuários, das possibilidades dos técnicos do serviço, 
das necessidades, tendo em vista a maior integração social e familiar, a 
manifestação de sentimentos e problemas, o desenvolvimento de habilidades 
corporais, a realização de atividades produtivas, o exercício coletivo da 
cidadania. (BRASIL, 2004, p. 20) 
 
Estas descritas oficinas terapêuticas são bem presentes no desenvolvimento do 
processo de atuação do profissional de Educação Física, isso pois, sendo este o profissional 
focado na especialidade de atividades físicas, o atendimento farmacológico não faz parte de 
suas atribuições. Muito embora a Resolução CREF4/SP nº 151/2022tenha inovado 
recentemente para permitir uma prescrição de suplementos com finalidades de exercícios 
físicos, os fármacos não podem ser prescritos por tal profissional. 
 
Assim, é evidente em como o profissional de Educação Física limita-se as atividades 
físicas no apoio ao paciente do CAPS e agindo com o processo de oficinas terapêuticas. 
Assim, tais oficinas podem auxiliar diversos quesitos e tem uma série de objetivos descritos 
nos próprios manuais do CAPS (BRASIL, 2004). 
Os dados do CAPS apresentam que existem em geral três tipos de oficinas e que se 
subdividem em uma série de atividades, sendo tais oficinas as de: Oficinas Expressivas; 
Oficinas Geradoras de Renda; e Oficinas de Alfabetização. Sendo estes tipos integrantes dos 
campos de formação educacional, capacitação para trabalho e especialmente o campo de 
exercícios de lazer (BRASIL, 2004). 
O CAPS importa-se especialmente com as oficinas expressivas, uma vez que 
costumeiramente geram lazer para os pacientes ao passo que permitem os profissionais 
elaborarem diagnósticos comportamentais e suprir quaisquer necessidades de interação social, 
expressão interna, lazer e até mesmo de comunicação que possam ter os pacientes no CAPS 
(BRASIL, 2017). 
Oliveira (2017) informa que em Goiânia há uma sequência comum de atendimento 
ao paciente que procura o CAPS e uma insistência para que este participe das atividades de 
oficinas terapêuticas em grupo. Estas oficinas costumeiramente são utilizadas para 
aproximação com o paciente, conhecimento de seus problemas internos e complexidades 
ocultas sociais que possam vir a impedir ou atrapalhar o tratamento. 
 
Grande parte das ações realizadas nos CAPS são concretizadas através das 
oficinas terapêuticas, estas são oficinas de diversas naturezas com a presença 
de um ou mais técnicos/profissionais e estagiários (quando presente), e como 
o próprio nome já diz, possui função terapêutica e também de socialização 
dos usuários. Parte significativa do trabalho no CAPS acontece por meio das 
oficinas terapêuticas, por isso, vale ressaltar que as oficinas terapêuticas são 
uma das principais formas de tratamento oferecido nos CAPS. (OLIVEIRA, 
2017, p. 20) 
 
Oliveira (2017) apresenta especialmente de seus estudos que a atividade no CAPS se 
centraliza nas oficinas terapêuticas por utilizarem de toda a equipe de profissionais 
multidisciplinares em suas várias atividades. Em Goiânia e suas unidades não sendo diferente, 
tendo uso da equipe multidisciplinar diariamente e tendo diversas atividades de oficinas 
terapêuticas. 
Em mesmo sentido estão os estudos de Wachs (2008) que apresenta as oficinas 
terapêuticas como sendo o núcleo do tratamento no CAPS, visando um apoio humanizado e 
 
continuo dos pacientes, solucionando seus problemas psicossociais e analisando 
constantemente a evolução dos indivíduos. 
Os estudos de Oliveira (2017) ainda ressaltam que há uma série de atividades que 
não são consideradas como oficinas terapêuticas, mas que são essenciais na construção da 
relação com os pacientes e nas quais diversos profissionais da equipe multidisciplinar atuam, 
tais como Visitas domiciliares, Atendimento à família, Atividades comunitárias enfocando a 
integração do paciente na comunidade e sua reinserção familiar e social e até refeições 
desenvolvidas no local do CAPS. 
Nas descrições de Oliveira (2017) nota-se que o campo de Goiânia, do 
acompanhamento profissional do paciente do CAPS, tem um foco de especial atenção para as 
oficinas terapêuticas, visando um campo de apoio multiprofissional que visa solucionar 
quaisquer problemas psicossociais evidentes, aparentes ou ocultos. 
 
Existem outras indicações de atividades que são comuns nos CAPS e que 
estão envolvidas na promoção da saúde entre o paciente e as pessoas que 
também se encontram na unidade e fora dela como, por exemplo, familiares 
para que o convívio do paciente com a sociedade seja saudável. As oficinas 
terapêuticas são divididas em oficinas expressivas que são espaços de 
expressão plástica, expressão corporal, expressão verbal, expressão musical, 
fotografia, teatro. Oficinas geradoras de renda que servem como instrumento 
de geração de renda através do aprendizado de uma atividade específica, que 
pode ser igual ou diferente da profissão do usuário como, por exemplo, 
culinária, marcenaria, costura, fotocópias, venda de livros, fabricação de 
velas, artesanato em geral, cerâmica, bijuterias, brechó, etc. E por fim 
Oficinas de alfabetização que contribui para que os usuários que não tiveram 
acesso ou que não puderam permanecer na escola possam exercitar a escrita 
e a leitura, como um recurso importante na (re) construção da cidadania 
(OLIVEIRA, 2017, p. 21) 
 
Toda esta gama de atuação de oficinas terapêuticas conta recorrentemente com o 
Profissional de Educação Física, isso pois, as expressões corporais em atividades que até 
mesmo não tem foco principal em atividades físicas, tais como a culinária, evidenciam 
mudanças ou dificuldades de controlar o corpo ou de se comunicar de forma não verbal. Em 
atividades como a costura, artesanato, pintura e outros campos plásticos, a inquietação pode 
ser um claro sinal de ansiedade ou distúrbios que devem ter atenção. 
Furtado (2018) apresenta especialmente que em temáticas interdisciplinares o CAPS 
apresenta excelente processo, sempre tendo vários profissionais inseridos nas atividades de 
oficinas terapêuticas, tendo especial atuação do Profissional de Educação Física diante de sua 
especialidade em atividades físicas. Ainda conforme o autor, este profissional auxilia a 
 
compreender os tiques e atuações de cada indivíduo do grupo e permitindo que profissionais 
como médicos, psicólogos e assistente sociais identifiquem temas sensíveis, instabilidades 
emocionais e tantos outros itens que permitem o melhor tratamento e acompanhamento do 
paciente. 
Em atuações específicas, da pesquisa de campo de Furtado (2018), o Profissional de 
Educação Física tem especial apoio no combate a processos biopsíquicos maléficos que 
costumeiramente são advindos do sedentarismo. A Ansiedade, depressão, baixa autoestima e 
estresse e até o conhecimento do próprio corpo podem ter causas no sedentarismo e na falta 
de fomento corporal. 
Em Goiânia, os documentos oficiais apresentam que dentro dos três já descritos 
campos de atividades terapêuticas existem uma série de atividades específicas que são 
voltadas para o apoio dos pacientes e uma forma de tratar sem o uso de fármacos. Diante de 
tais atividades, apresenta-se o Quadro 02 que sintetiza as atividades nas quais a equipe 
multidisciplinar e o Profissional de Educação Física participam. 
 
Quadro 02 – Atividades Terapêuticas Presentes em Goiânia 
ATIVIDADES DAS OFICINAS TERAPÊUTICAS 
Oficinas expressivas Oficinas geradoras de renda Oficinas de alfabetização 
Pintura Culinária Leitura 
Desenho Marcenaria Redação 
Modelagem em argila Costura Caligrafia 
Dança Venda Análise de Morfologia 
Ginastica Negociação Matemática 
Encenação teatral Fabricação artesanal 
Poesia Manufatura em geral 
Contação de história Atividades circenses 
Redação 
Canto 
Música instrumental 
Fotografia 
Jogos e brincadeiras 
Práticas corporais alternativas 
(PCAs) 
 
Atividades circenses 
Esportes 
Avaliação Física 
Exercícios físicos 
(Caminhada/Corrida/Alongamento) 
 
Fonte: Goiás (2022) 
 
Diante do quadro apresentado, nota-se que a maioria das atividades são expressivas e 
com o uso de atividades corporais. O Profissional de Educação Física pode e deve 
acompanhar todas as atividades apresentadas, tendo especial possibilidade de atuar nas 
oficinas expressivas. 
 
É evidente em como o Profissional de Educação Física pode atuar em ações de 
dança, ginástica e outros que utilizem da ação corporal. Ocorre ainda que mesmo diante das 
oficinas apresentadas, há estudos que apontam que o trabalho doProfissional de Educação 
Física esbarra em problemas como a burocracia, a falta de materiais, a impossibilidade de 
desenvolver o desporto sem local adequado e especialmente um desinteresse dos pacientes. 
No sentido do informado acima, os estudos de Wachs (2008) e Oliveira (2017) 
apontam que o Profissional de Educação Física não encontra local adequado para atividades 
físicas, carece de equipamentos e enfrenta com grande força o desinteresse dos pacientes, vez 
que costumeiramente a atividade física não é o costume na atualidade. 
Furtado (2018) vai além, evidenciando que o processo de desenvolvimento das 
oficinas terapeutas é majoritariamente de atividades físicas, porém estas tendo que ser 
desempenhadas fora do local do CAPS. A escolha de locais externos ocorre em função de 
necessitar de maiores espaços, a necessidade de silencio em certos momentos na unidade do 
CAPS e tendo o benefício de espaços abertos auxiliarem a reinserção do paciente do CAPS na 
convivência em sociedade. 
Para Furtado (2018) a atuação do Profissional de Educação Física no CAPS é 
essencial, sendo um dos mais importantes indivíduos na equipe multidisciplinar, isso pois, a 
atividade física pode ser um importante aliado na busca por tratamentos terapêuticos não 
farmacológicos e no equilíbrio biopsíquico necessário para a qualidade de vida do paciente do 
CAPS. 
O acompanhamento do Profissional de Educação Física é fundamental para a saúde 
mental, pois o exercício físico não apenas melhora a aptidão física, mas também tem efeitos 
positivos na saúde mental. Ter um profissional que possa orientar e prescrever um programa 
de exercícios individualizado pode ajudar na prevenção e tratamento de afecções mentais, 
como depressão, ansiedade e estresse. 
O Profissional de Educação Física pode ajudar o indivíduo a criar metas realistas e 
alcançáveis, fornecer feedbacks construtivos e motivá-lo a continuar com a prática regular de 
exercícios físicos. Além disso, o exercício físico libera endorfinas, hormônios que promovem 
a sensação de bem-estar e reduzem os níveis de cortisol, hormônio relacionado ao estresse. 
Diante todas as informações, é evidente em como o processo de atuação do 
Profissional de Educação Física no CAPS e o acompanhamento geral é de grande importância 
para a saúde mental, contribuindo para o combate e prevenção de afecções mentais e 
proporcionando uma melhor qualidade de vida. 
 
 
 
4 – A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA 
EM UM CONTEXTO DO CAPS 
 
Após apresentada as informações em geral, observa-se como o CAPS desenvolve um 
processo de política pública de saúde essencial no apoio popular, gerando um 
acompanhamento que é humanizado e tem um foco especial para tratamentos terapêuticos não 
farmacológicos. 
O CAPS demonstra-se como importante política de saúde que está presente em 
diversos municípios do país, sendo essencial na substituição do antigo processo manicomial e 
que interferia incisivamente na vida e possibilidades de escolha do paciente. O CAPS dá 
apoio humanizado, capacidades de escolha e liberdade para o paciente, levando-o a reinserção 
na comunidade e tendo um apoio muito mais íntimo que garante maiores possibilidades nos 
objetivos de tratamento. 
As equipes multidisciplinares presentes obrigatoriamente no CAPS são de grande 
importância para a ocorrência do sucesso nos tratamentos, tendo especial acompanhamento de 
profissionais especializados, tais como assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras, médicos e 
especialmente o Profissional de Educação Física. 
O Profissional de Educação Física desempenha claro papel de acompanhante e 
fomentador das atividades físicas no CAPS, tendo uma dimensão de atuação que ainda é 
interdisciplinar, podendo atuar como apoiador, analista dos comportamentos e expressões 
corporais dos pacientes e até mesmo um garantidor dos equilíbrios biopsíquicos dos 
pacientes. 
O papel do Profissional de Educação Física no Centro de Atenção Psicossocial 
(CAPS) é fundamental para a promoção da saúde mental e física dos pacientes atendidos. O 
profissional pode atuar em diferentes modalidades, como atividades aeróbicas, musculação, 
dança, artes marciais, entre outras. 
As atividades físicas são importantes para a melhoria do sono, redução do estresse, 
controle da ansiedade, aumento da autoestima e da confiança, além de contribuir para a 
socialização e integração dos pacientes com a comunidade. 
Os educadores físicos que atuam nos CAPS precisam ser capacitados para lidar com 
as especificidades da saúde mental, como transtornos psiquiátricos, deficiência intelectual, 
autismo, entre outros. Eles também devem estar preparados para trabalhar em equipe 
multidisciplinar, integrando suas atividades aos demais profissionais envolvidos no 
tratamento. 
 
É importante destacar que a presença do Profissional de Educação Física no CAPS 
não substitui a necessidade de acompanhamento médico e psicológico dos pacientes. As 
atividades físicas devem ser realizadas de forma complementar ao tratamento convencional, 
sempre respeitando as limitações individuais de cada paciente. 
Os estudos em geral apresentados demonstram como o Profissional de Educação 
Física é essencial no CAPS, tendo a importância de garantir o planejamento e execução de 
atividades de expressão que fomente a atividade física que é essencial para o equilíbrio 
hormonal e todas as questões biopsíquicas. Ocorre que, das informações coletadas e 
apresentadas no estudo, é evidente que existem uma série de empecilhos na atuação do 
Profissional de Educação Física. 
Conforme os estudos de Oliveira (2017) e Furtado (2018) a falta de apoio 
governamental, diante de falta de equipamento e recursos para gerar as atividades, há uma 
baixa gama que se pode atuar. Nas unidades do CAPS, especialmente as de Goiânia, tal como 
constatou os estudos de Furtado (2018), não existem equipamentos gerais para atividades 
físicas, impossibilitando atividades desportivas e outras atividades como ginástica, teatro 
jogos e brincadeiras em geral. 
A obra de Furtado (2018) é a principal fonte de informações, valendo ressaltar que o 
autor participa de diversas publicações que são financiadas com os recursos científicos do 
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Assim, sendo 
estudos que são utilizados nas análises do poder público para traçar soluções para problemas 
observados e/ou tomar medidas emergenciais que possibilitem a melhoria dos serviços. 
As atividades físicas são essenciais no contexto do CAPS que visa um apoio 
psicossocial, tendo uma intenção de utilizar tais atividades para regulação hormonal, 
proporcionar lazer para os pacientes e até mesmo melhorar sua rotina através de processos de 
fomento corporal. 
As atividades físicas exercem um papel crucial na regulação hormonal do corpo 
humano. Quando nos exercitamos, há uma liberação de hormônios como a adrenalina e 
noradrenalina, que agem no aumento da frequência cardíaca e na dilatação dos vasos 
sanguíneos para aumentar o fluxo de oxigênio e nutrientes para os músculos. 
Além disso, a prática regular de atividades físicas estimula a produção de hormônios 
que ajudam na manutenção da saúde e bem-estar, como a endorfina, conhecida por ser 
responsável pela sensação de prazer e alívio do estresse após o exercício; o cortisol, que é 
importante para a regulação do sistema imune e reação ao estresse; e a testosterona, hormônio 
anabólico que auxilia no ganho de massa muscular e força. 
 
Desta forma, é possível perceber que as atividades físicas são fundamentais para a 
regulação hormonal do organismo, trazendo diversos benefícios em termos de saúde física e 
mental. Além disso, tais benefícios podem contribuir para prevenir doenças, melhorar a 
qualidade de vida e aumentar a longevidade das pessoas que praticam essas atividades com 
regularidade. 
Em um contexto de atendimento à saúde públicae correto afirmar que uma atuação 
de um Profissional de Educação Física não desempenha um papel emergencial, mas sim de 
tratamento terapêutico não farmacológico e especialmente sendo este o profissional que visa o 
equilíbrio biopsíquico para que o tratamento do paciente ocorra com as melhores chances de 
sucesso. 
É evidente que, diante das informações apresentadas no tópico anterior, o 
Profissional de Educação Física tem especial importância na saúde pública em geral e 
extraordinária importância no contexto das unidades do CAPS que se importam em 
tratamentos longos e terapêuticos. 
Não se pode negar que o tratamento farmacológico seja essencial no CAPS, porém a 
atenção humanizada que tais unidades impõem em suas diretrizes e normativas, faz com que o 
processo de tratamento tenha especial atenção para as oficinas terapêuticas, para atuação da 
equipe multidisciplinar e para o Profissional de Educação Física. 
Vale apresentar as noções finais de Oliveira (2017) que informa a Saúde Publica 
como sendo um tema no contexto da interdisciplinaridade, assim, embora não seja um tema 
exclusivo de nenhuma área, ela se relaciona multidisciplinarmente e demanda a atuação 
obrigatória de diversos profissionais. O profissional de Profissional de Educação Física pode 
não parecer essencial a saúde pública em certas análises específicas como uma emergência 
hospitalar, porém, diante de um contexto psicossocial e de problemas multifatoriais como são 
o comum do CAPS, este profissional é essencial. 
É possível apresentar o Profissional de Educação Física como o profissional versátil 
do CAPS que complementa uma série de outros processos, tais como o acompanhamento 
psicológico (mente), o acompanhamento médico (fisiológico), o acompanhamento assistencial 
social (comunidade) e sendo o Profissional de Educação Física que apresenta atividades que 
visam garantir o equilíbrio biopsíquico com atividades físicas apresentadas nas oficinas 
terapêuticas. 
 
 
 
 
 
5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
O estudo apresentado visou analisar o papel do profissional de Educação Física 
diante um contexto de saúde pública e da gama de atuações típicas e conexas de tal 
Profissional de Educação Física. Especificamente visando analisar qual a importância do 
Profissional de Educação Física na saúde pública e sua atuação em unidades do Centro de 
Atenção Psicossocial (CAPS). 
Diante das informações apresentadas, dos estudos propostos, das disposições nos 
tópicos anteriores, é possível afirmar que a profissão de Educação Física é dotada de uma 
gama de trabalhos em diversas frentes que tenham relações com atividades físicas e até 
tratamentos que resvalem em atividades físicas como forma de tratamento terapêutico. 
O processo do CAPS necessita de múltiplas frentes de tratamento, estando alinhado o 
tratamento farmacológico quando necessário a processos de tratamento terapêutico com 
acompanhamento de psicólogo, assistente social e especialmente o Profissional de Educação 
Física. 
Outro ponto importante é a necessidade de investimentos em infraestrutura adequada 
para a realização das atividades físicas, bem como equipamentos e materiais de qualidade. É 
imprescindível que o profissional de educação física tenha acesso a recursos adequados para 
desenvolver suas atividades de forma segura e eficiente, tanto na saúde pública quanto no 
CAPS. 
Por fim, destaca-se a importância da conscientização da população sobre os 
benefícios da atividade física para a saúde. O papel do Profissional de Educação Física vai 
além da prescrição de exercícios, ele também pode atuar como um agente de promoção da 
saúde, incentivando e orientando as pessoas a adotarem hábitos saudáveis e a praticarem 
atividades físicas regularmente. 
Portanto, a atuação do profissional de educação física é crucial para a promoção da 
saúde pública e no interior do CAPS. Investimentos em formação, infraestrutura e 
conscientização são fundamentais para garantir uma atuação mais efetiva e abrangente desses 
profissionais, contribuindo assim para a melhoria da qualidade de vida da população. 
Considera-se que o estudo atingiu seus objetivos, concluindo que há uma série de 
atividades do Profissional de Educação Física, em especial diante das oficinas terapêuticas no 
campo expressivo. Validando as intenções do estudo de compreender o papel da Educação 
 
Física na saúde pública e o papel de profissionais desta área dentro de unidades do CAPS de 
Goiânia. 
Em conclusão, podemos afirmar que o profissional de educação física desempenha 
um papel fundamental na promoção da saúde pública e no tratamento de pacientes do CAPS. 
Sua atuação é essencial para a prevenção e tratamento de diversas doenças associadas ao 
sedentarismo e à falta de atividade física, bem como para a melhoria da qualidade de vida e 
autoestima dos indivíduos atendidos. Além disso, o trabalho do Profissional de Educação 
Física em conjunto com outros profissionais da área da saúde pode contribuir 
significativamente para a elaboração de programas e intervenções mais efetivas no âmbito da 
saúde pública. Portanto, é importante valorizar e investir na formação e capacitação desses 
profissionais, a fim de garantir uma atuação cada vez mais qualificada e abrangente na 
promoção da saúde e bem-estar da população. 
 
 
6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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BRASIL, LEI Nº 9.696, DE 1 DE SETEMBRO DE 1998. Dispõe sobre a regulamentação 
da Profissão de Educação Física e cria os respectivos Conselho Federal e Conselhos 
Regionais de Educação Física. Brasília, D.O.U de 02/09/1998, pág. nº 1. 1 de setembro de 
1998. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9696.htm. Acesso em 30 
abr. 2023. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações 
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Especializada e Temática. Centros de Atenção Psicossocial e Unidades de Acolhimento 
como lugares da atenção psicossocial nos territórios: orientações para elaboração de 
projetos de construção, reforma e ampliação de CAPS e de UA / Ministério da Saúde, 
Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada e Temática. – 
Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 
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Disponível em: http://repositorio.bc.ufg.br/handle/ri/12255. Acesso em 30 abr. 2023. 
SANTOS, Josenaide Engracia dos; SANTOS, Giovanna Cristina Siqueira. Narrativas dos 
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negra. Saúde em Debate, v. 37, p. 563-570, 2013. Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/sdeb/a/CrbZyGN45Qg7fCtXXKrfjnz/abstract/?lang=pt. Acesso em 20 
nov. 2022. 
SANTOS, S.; BENEDETTI, T. R. B. Cenário de implantação do Núcleo de Apoio a Saúde da 
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Física & Saúde, [S. l.], v. 17, n. 3, p. 188–194, 2013. DOI: 10.12820/rbafs.v.17n3p188-194. 
Disponível em: https://rbafs.emnuvens.com.br/RBAFS/article/view/1857. Acesso em: 22 nov. 
2022. 
SOUSA, H. E. A REFORMA PSIQUIÁTRICA E A CRIAÇÃO DOS CENTROS DE 
ATENÇÃO PSICOSSOCIAL BRASILEIROS: UM RÁPIDO MERGULHO ATRAVÉS 
HISTÓRIA. Ideias e Inovação - Lato Sensu, [S. l.], v. 5, n. 3, p. 45, 2020. Disponível em: 
https://periodicos.set.edu.br/ideiaseinovacao/article/view/7599. Acesso em: 22 mar. 2023. 
 
WACHS, Felipe. Educação Física e mental: uma prática de cuidado emergente em Centros de 
Atenção Psicossocial (CAPS). / Felipe Wachs. - Porto Alegre: Escola de Educação Física da 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2008. Disponível em: 
https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/14069. Acesso em 06 dez 2022. 
 
 
 
 
 
ANEXO A – Configuração Espacial do CAPS 
 
ESPAÇOS MÍNIMOS NO CAPS POR TIPO 
Nome resumido ambiente Quant. Mínima obrigatória 
Espaço de Acolhimento CAPS I CAPS II CAPS III CAPS AD CAPS i 
Sala de atendimento individualizado 1 1 1 1 1 
Sala de atividades coletivas 3 3 3 3 3 
Depósito anexo às salas de atividades coletivas 
Espaço interno de convivência 1 1 1 1 1 
Sanitário PNE público masculino 1 1 1 1 1 
Sanitário PNE público feminino 1 1 1 1 1 
Sala de aplicação de medicamentos 1 1 1 1 1 
Posto de enfermagem 1 1 1 1 1 
Quarto coletivo com acomodações individuais 
(para Acolhimento Noturno com 02 camas) 
1 1 3 1 1 
Banheiro contíguo aos Quartos coletivos com 
acomodações individuais 
1 1 3 1 1 
Quarto Coletivo (para Acolhimento Noturno com 
02 leitos) 
0 0 0 1 0 
Banheiro PNE contíguo ao Quarto Coletivo (para 
Acolhimento Noturno com 02 leitos) 
0 0 0 1 0 
Quarto de Plantão (Sala de Repouso Profissional) 0 0 1 0 0 
Banheiro Contíguo ao Quarto de Plantão 0 0 1 0 0 
Sala Administrativa 1 1 1 1 1 
Sala de Reunião 1 1 1 1 1 
Almoxarifado 1 1 1 1 1 
Arquivo 1 1 1 1 1 
Refeitório 1 1 1 1 1 
Cozinha 1 1 1 1 1 
Banheiro com vestiário para funcionários 2 2 2 2 2 
Depósito de material de limpeza (DML) 1 1 1 1 1 
Rouparia 0 0 0 1 0 
Sala de Utilidades 1 1 1 1 1 
Farmácia 1 1 1 1 1 
Área de Serviços 1 1 1 1 1 
Área externa de convivência 1 1 1 1 1 
Área externa para embarque e desembarque 1 1 1 1 1 
Abrigo externo de resíduos comuns 1 1 1 1 1 
Abrigo GLP 1 1 1 1 1 
 
Fonte: Adaptado de Brasil (2017) 
 
 
ANEXO B – Configuração Espacial do CAPS 
 
CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL POR TIPO E POR UF 
Região UF CAPS I CAPS II CAPS III CAPS AD 
Centro-Oeste Distrito Federal 1 3 4 
Centro-Oeste Goiás 50 15 3 7 
Centro-Oeste Mato Grosso do Sul 17 6 3 3 
Centro-Oeste Mato Grosso 32 3 5 
Centro-Oeste 100 27 6 19 
Nordeste Alagoas 55 7 2 
Nordeste Bahia 192 35 5 17 
Nordeste Ceará 79 30 4 23 
Nordeste Maranhão 55 17 4 7 
Nordeste Paraíba 71 8 5 6 
Nordeste Pernambuco 78 25 6 12 
Nordeste Piauí 43 11 1 7 
Nordeste Rio Grande do Norte 20 11 1 6 
Nordeste Sergipe 29 5 3 2 
Nordeste 622 149 29 82 
Norte Acre 6 1 
Norte Amapá 2 
Norte Amazonas 16 4 2 
Norte Pará 60 17 
Norte Rondónia 14 5 
Norte Roraima 7 1 
Norte Tocantins 10 5 
Norte 115 33 8 11 
Sudeste Espirite Santo 13 9 
Sudeste binas Gerais 189 61 20 
Sudeste Rio de Janeiro 49 52 6 
Sudeste São Paulo 123 110 46 
Sudeste 374 235 73 151 
Sul Paraná 71 26 6 
Sul Rio Grande do Sul 81 42 2 3C 
Sul Santa Catarina 66 15 2 13 
Sul 218 83 10 68 
BRASIL 1,429 527 126 331 
 
Fonte: Adaptado de Brasil (2017)

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