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URGENTE_ALEXANDRA DE SOUZA TCC FINAL (2) (2)

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
CURSO DE LETRAS
 LICENCIATURA EM PORTUGUÊS/ LITERATURA 
ALEXANDRA MARQUES DE SOUZA
LETRAMENTO E LITERATURA: LEITURA, ESCRITA E TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE
RIO DE JANEIRO
2023
ALEXANDRA MARQUES DE SOUZA
LETRAMENTO E LITERATURA: LEITURA, ESCRITA E TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE
Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca examinadora da Universidade Veiga de Almeida, como requisito obrigatório para obtenção do título de Licenciada em Letras – Português e Literatura. 
Orientadora: Prof.ª. Dr.ª. Silvana Moreli Vicente Dias.
RIO DE JANEIRO
2023
SOUZA, A. M. Letramento e literatura: leitura, escrita e Transtorno do Déficit de Atenção com hiperatividade. Rio de Janeiro, UVA, LETRAMENTO E LITERATURA: LEITURA, ESCRITA E TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE. (2023). 47 p.Trabalho de Conclusão apresentado à Universidade Veiga de Almeida (UVA), como requisito parcial para a obtenção do título de graduação em Licenciatura em Letras, sob orientação da PROFª Profa. DRA Dra. Silvana Moreli Vicente Dias.
 
BANCA EXAMINADORA
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PROFª DRA Silvana Moreli Vicente Dias.
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Prof (a). Titulação Nome do Professor (a)
__________________________________________________________________
Prof (a). Titulação Nome do Professor (a)
APRESENTADA EM - __/___/______. CONCEITO: ____
	DEDICATÓRIA
Dedico à minha família, em especial ao meu irmão, pais, avôs e marido.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por ter me sustentado e dado sabedoria para que eu chegasse até aqui. Aos meus padrinhos que me deram a chance de ter uma história diferente investiram e acreditaram em mim, mesmo não estando entre nós para presenciar minha vitória e a conclusão da graduação que também era um sonho deles, ; sei que, estejam onde estiverem, estão orgulhosos. Agradeço a toda minha família e a meus pais, por me apoiarem em todas as minhas decisões, ; sei que não tem sido fácil, mas, no final, seremos recompensados. A meu marido, por me apoiar em todos os sentidos, não medindo esforços, organizando seus horários para eu cumprir os meus e entendendo meu cansaço diário, fazendo com que tudo, no fim, dê certo. Minha orientadora Silvana Moreli Vicente Dias, que, com seu jeito tranquilo, chegou conquistando a todos, e com sua delicadeza transmitindo e compartilhando todo o saber adquirido, não mediu esforços para nos ajudar e orientar de forma carinhosa. Agradeço a toda minha família, que, mesmo de forma indireta, terem colaborado com meu aprendizado e me ajudado quando precisei de orientação.	Comment by SILVANA MORELI VICENTE DIAS: Lindona!
EPÍGRAFE
Talvez não tenha conseguido fazer o melhor, mas
lutei para que o melhor fosse feito. Não sou o que
deveria ser, mas Graças a Deus, não sou o que era
antes.
Marthin Luther King
RESUMO
O objetivo principal do presente trabalho é trazer uma reflexão para os professores enquanto corpo da escola. O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade tem sido evocado como justificativa corrente para o fracasso escolar de um número expressivo de alunos., por Pmeio de pesquisas com alunos e professores do Ensino Fundamental II, de que modo os alunos com mostram como estudantes com Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) têm sido estimulados pelo corpo docente da escola e por seus familiares, e inclusive como como a literatura infanto-juvenil pode ser importante para que eles consigam se formar como indíviduos críticos na sociedade. A relevância do estudo é mostrar como o incentivo à leitura, da, em especial da literatura infantojuvenil, pode servir como ferramenta que irá auxiliar o desenvolvimento de alunos com TDAH. Em destaque, seguem seis principais autores com os quais dialogaremos e serão nossos referenciais teóricos: Coelhoo (2000), com o livro Literatura infantil: teoria, análise e didática (SOARES, 2000); Soares (1998),, com Letramento: um tema em três gêneros (SOARES, 1998); Araújo C. M.; e Silva (2013), com Formação continuada de professores: tendências emergentes na década de 1990 (ARAÚJO; SILVA, 2013); Zilberman, (2012) com A literatura infantil na escola (ZILBERMAN, 2012); Cosson (2006), com o livro Letramento Literário: teoria e prática, para letramento literário (COSSON, 2006). Por fim, E bbuscamos referências em documentos como o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: DSM-5, e nos em estudos já consolidados sobre Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade de:, tais como Teixeira (2019), Fitó (2012), Muszkat, Miranda e Rizzutti (2012). 
Palavras-chave: Escolarização; Letramento Literário; Letramentos Múltiplos; Literatura Infantojuvenil; Tdah.
ABSTRACT 
The main objective of this work is to bring a reflection to teachers as a school body. Attention Deficit Hyperactivity Disorder has been evoked as a current justification for the school failure of a significant number of students, through research with students and teachers of Elementary School II, how students with Attention Deficit Disorder/ Hyperactivity (ADHD) have been encouraged by the school's faculty and their families, and how children's literature can be important for them to be able to form themselves as critical individuals in society. The relevance of the study is to show how encouraging reading of children's literature can serve as a tool that will help the development of students with ADHD. Highlighted are six main authors with whom we will dialogue and will be our theoretical references: Coelho (2000), with the book Children's Literature: theory, analysis and didactics; Soares (1998), Literacy: a theme in three genres; Araújo C.M.; Silva (2013), Continuing teacher training: emerging trends in the 1990s; Zilberman (2012) with Children's literature at school; Cosson (2006), with the book Literary Literacy: theory and practice, for literary literacy. And we looked for references in documents such as the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders: DSM-5, and in the already consolidated studies on Attention Deficit Hyperactivity Disorder by: Teixeira (2019), Fitó (2012), Muszkat, Miranda and Rizzutti ( 2012).
Keywords: Schooling; Literary Literacy; Multiple Literacies; Children's Literature; ADHD.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES	Comment by SILVANA MORELI VICENTE DIAS: Alinhar itens da LISTA DE ILUSTRAÇÕES
	FIGURAS 
	Figura 1 - Principais Áreas Afetadas Com Pacientes de TDAH ........................13
 Figura 2 - Cérebro com TDAH ...........................................................................14
Figura 3 – Tipos de TDAH .................................................................................15 
Figura 4 - Sintomas e Características TDAH .....................................................15
	Figura 5 - Jogos Educativos ...............................................................................18
	
Figura 6 – Consegue Transmitir aos Alunos a Importância da Leitura/Literaratura
...................34
	QUADROS
	
Quadro 1 - Atividades Propostas pela professora de Língua Portuguesa - 7º ano ..........33 
TABELAS
Tabela 1 - Letramento literário ................................................................................. 32
Tabela 2- Quais os gêneros textuais usados no ensino de Língua Portuguesa, 
na aula de literatura? Como realiza essa leitura? ...................................................... 35
	
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
BNCC 	- Base Nacional Comum Curricular
EF	 - Ensino Fundamental
ECA 	- Estatuto da Criança e do Adolescente
ENEM 	- Exame Nacional do Ensino Médio
	Comment by SILVANA MORELI VICENTEDIAS: ALINHAR SUMÁRIO COM PÁGINAS
SUMÁRIO
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS	11
2. TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE (TDAH)............... 16
2.1	A leitura e o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)	18
3. A LITERATURA E AS SUAS PROPRIEDADES NO TDAH	23
 3.1 Letramento literário e bncc............................................................................................26.
 3.1.1 A importância da literatura e do letramento ...................................................................28
 3.1.2 A literatura infantojuvenil e a pedagogia	33
4. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DE DADOS.............................................................................34
4.1 Descrição de dados .........................................................................................................34
4.2 Análise de dados ............................................................................................................ 39
4.3 . Possíveis abordagens em sala de aula........................................................................ 40 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS	42
 REFERÊNCIAS.................................................................................................................45
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Sabe-se que As principais refêencias consultadas são aa aquisição da leitura e da escrita, habilidades fundamentais desenvolvidas no ambiente escolar, que é fator fundamental que favorece conhecimentos futuros e que, quase sempre, envolve processos complexos, que devem ser superados por se tratarem de ferramentas essenciais, o. u mesmoInclusive, estruturas- mestras do indivíduo que irão alicerçar todas as demais aquisições, não só no campo do conhecimento, como também como apoio para as relações interpessoais, para a comunicação e leitura de mundo interno e externo do pelo educando (FREITAS, 2009).
Há crianças e pré-adolescentes que apresentam comportamentos agitados, falam em excesso, andam de um lado para o outro e não conseguem ficar muito parados. Não conseguem terminar as tarefas solicitadas e muita das vezes se zangam, sentindo-se incapazes, frustrados e até mesmo agressivos, um comportamento que pode ser visto como indisciplina ou má-educação dos familiares, quando, na realidade, é uma característica própria do transtorno de déficit de atenção.
Dados informam que entre 3% a 6% da população mundial sofre com o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, mais conhecido como TDAH. Trata-se de um distúrbio de ordem neurobiológica que tem como principais características a desatenção, a impulsividade e a hiperatividade da criança e pré-adolescente, podendo interferir no processo de aprendizagem, causando também prejuízos nas relações interpessoais. É importante conhecer causas e sintomas destes e de outros transtornos de aprendizagem, que ocasionam a dificuldade de leitura, de alfabetização e de letramento, sabendo-se que a demora do diagnóstico pode prejudicar o desenvolvimento escolar do estudante.
Neste sentido, a literatura infanto-juvenil mostra-se como uma fonte inesgotável de conhecimento e informação. Uma criança que desde cedo aprende a conviver com a contação de histórias, certamente terá o seu processo de alfabetização realizado com mais prazer e facilidade.
Como base teórica, para subsidiar o objeto de investigação e alcançar os objetivos propostos nesse trabalho, buscamos referências em documentos, como o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: DSM-5, e nos estudos já consolidados sobre Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade de: Teixeira (2019), Fitó (2012), Muszkat, Miranda e Rizzutti (2012). 
As principais referências concsultadas consultam também incluem Em destaque, seguem seis principais autores com os quais dialogaremos e serão nossos referenciais teóricos: Coelho, com o livro Literatura infantil: teoria, análise e didática (SOARES, 2000); Soares, com Letramento: um tema em três gêneros (SOARES, 1998); Araújo e Silva, com Formação continuada de professores: tendências emergentes na década de 1990 (ARAÚJO; SILVA, 2013); Zilberman, com A literatura infantil na escola (ZILBERMAN, 2012); Cosson, com o livro Letramento Literário: teoria e prática (COSSON, 2006). 
são com os autores de destaque para literatura infanto-juvenil e letramento literário. Coelho (2000), com o livro Literatura infantil: teoria, análise e didática; Soares (1998), Letramento: um tema em três gêneros; Araújo C. M.; Silva (2013), Formação continuada de professores: tendências emergentes na década de 1990; (Zilberman 2012) com A literatura infantil na escola; Cosson (2006), com o livro Letramento Literário: teoria e prática, para letramento literário. 
Primeiro falaremos sobre Novaes Coelho (2000), que destaca a literatura infantil como “a imagem fala tanto quanto a palavra.” (COELHO, 2000, p. 197). Nessa perspectiva, as imagens dos livros infantis são conhecidas por fascinar crianças e adultos, podendo determinar a escolha da obra por sua capacidade de despertar o interesse ou a curiosidade do leitor. Podemos inferir que a reflexão sobre tal prática se constitui como imprescindível, pois a leitura e a escrita é umasão ferramentas excepcional excepcionais da comunicação, a partir das quaisl os indivíduos de uma sociedade organizam os seus pensamentos, exercem os seus direitos e tornam-se capazes de se posicionarem como cidadãos críticos. Desse modo:
Nessa ordem de ideias, chamamos a atenção para o fato a que nova literatura infantil (chamada de objeto novo, que surge pós-anos 70) oferece também ao adulto, excelente meio de leitura crítica do mundo, a partir das ilustrações, desenhos e imagens que dinamizam os referidos do livro infantis. (COELHO, 2000, p. 197).
Seguindo essa breve revisão, Magda Soares, na sua obra Letramento: um tema em três gêneros (1998), a autora relata que a escrita traz consequências sociais, culturais, cognitivas e linguística. Deste modo, o letramento é uma condição que o individuo adquire como resultado da aquisição da leitura e escrita. Soares relata que: 
Alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrário: o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler, escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, de modo de que o indivíduo se tornasse, ao mesmo tempo, alfabetizado e letrado. (SOARES,1998, p. 47). 
	A próxima autora a ser mencionada nesta introdução é Zilberman (2012), com o livro A literatura infantil na escola, a. A autora nos apresenta toda uma construção do de mundo por meio de dascontos de fadas, fábulas e lendas folclóricas, o. Por meio deles, o leitor conhece o mundo e compartilha suas realizações e desafios, assim como qualquer indivíduo. Regina Zilberman, discute o modo que como a instituição de ensino assume um papel duplo, o de introduzir a criança na vida adulta, ao mesmo tempo de buscando protegê-la contra as agressões do mundo exterior e, e em diversas ocasiões, é necessário assumir o papel da família, que é instruir e educar. Notamos que a ideia de literatura infantil nasce no momento em que as aflições socias surgem para a família, quando se inicia afeição entre membros da mesma. A criança inicia todo seu papel e direito de individuo na sociedade,, e aparece alguns objetos parecem ser voltados para esse público, como brinquedos, livros e até mesmo na área de pediatria e muito mais. A literatura é então necessária para facilitar a formação dessas pessoas como indivíduos. Segundo Zilberman (1985) afirma: 
A nova valorização da infância gerou maior união familiar, mas igualmente os meios meios de controle do desenvolvimento intelectual da criança e a manipulação de suas suas emoções. Literatura infantil e escola, inventada a primeira e reformada a segunda, são são convocadas para cumprir esta missão. (ZILBERMAN, 1985, p. 15).  
	Outra grande autora que iremos trabalhar é Rojo (2009), autora de Letramentos múltiplos: escola e inclusão social, que trata de assuntos voltadosnão só para ade interesse da área de linguística,, como para nós, pr0ofessores de língua portuguesa e de literatura. Doutora em linguística aplicada ao ensino línguas pela PUC-SP e professora do curso de letras Letras e do programa de pós-graduação em linguística Linguística aplicada Aplicada da UNICAMP, Roxane Rojo tem se destacado a pesquisas relacionadas à educação, obtendo um grande empenho, noscom destaque para os estudos acerca do letramento e as suas derivações. A autora compara o crescimento nos níveis de leitura por meio de gráficos, comparando-o ainda à educação das últimas décadas e ressaltando a melhoria na educação brasileira, em razão de alguns programas de incentivo governamentais (PNBE, PROUNI).
	Contudo, o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA, 2000), segundo fontes, os brasileiros tiveram um resultado insatisfatório em um teste educacional de alcance mundial: 
 “[…] isso vem demonstrar, explica a autora, que a escola – tanto pública como privada, neste caso – parece estar ensinando mais regras, normas e obediência a padrões linguísticos que o uso flexível e relacional de conceitos, a interpretação crítica e posicionada sobre os fatos e opiniões, a capacidade de defender posições e protagonizar soluções, apesar de ‘a nova LDB já ter doze anos’.” ( PISA, 2000, p. 33). 
Ao tratar especificamente do assunto do livro e apoiando-se nos conceitos elaborados por Magda Soares, Rojo lembra que o alfabetismo é, na verdade:
“[…] um conceito que disputa espaço com o conceito de letramento(s). Se tomarmos a alfabetização como a ‘ação de alfabetizar, de ensinar a ler e escrever’, que leva o aprendiz a conhecer o alfabeto, a mecânica da escrita/leitura, a se tornar alfabetizado, alfabetismo pode ser definido como ‘o estado ou condição de quem sabe ler e escrever”. (ROJO, 2009, p. 44). 
Nesse caso, afirma, especificando toda a concepção de letramento:
“[…] para ler (…) não basta conhecer o alfabeto e decodificar letras e sons da fala. É preciso também compreender o que se lê, isto é, acionar o conhecimento de mundo para relacioná-lo com os temas do texto, inclusive o conhecimento de outros textos/discursos (intertextualizar), prever, hipotetizar, inferir, comparar informações, generalizar. É preciso também interpretar, criticar, dialogar com o texto: contrapor a ele seu ponto de vista, detectando o ponto de vista e a ideologia do autor, situando o texto com seu contexto.” (ROJO, 2009, p. 44).
	Assim, logo nos primeiros capítulos de seu livro, Rojo faz questão de mencionar índices de alfabetismo e a leitura, mergulhando nestes assuntos e levando a autora a tornar a temática da responsabilidade escolar em não só alfabetizar, mase também letrar, de modo que o aluno aprenda com significado. 
	A seguir, mencionamos Rildo Cosson (2006), em seu livro Letramento Literário: teoria e prática, que guiará o projeto proposto no trabalho, de acordo com a sequência didática de letramento defendida por ele. Façamos um breve resumo do passo a passo que será apresentado na monografia. Com finalidade de compreender o processo de alfabetização e letramento do aluno com déficit de atenção e hiperatividade, organizaremos a pesquisa em três capítulos, apresentamos apresentando uma fundamentação teórica sobre tem como foco abordar o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), o processo de alfabetização e letramento e as funções superiores requeridas na alfabetização: atenção, memória, linguagem. 
Desta forma, a pesquisa tem por objetivo geral: investigar, por meio de pesquisas com alunos e professores do Ensino Fundamental II, de que modo os alunos com Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) têm sido estimulados pelo corpo docente da escola e por seus familiares, bem como, e como de que modo a literatura infanto-juvenil pode ser importante para que eles consigam se formar como indivíduos críticos na sociedade. Os objetivos específicos foramsão: discutir o ensino de Língua Portuguesa, levando em consideração os dados coletados na pesquisa; identificar o papel da Literatura Infanto-Juvenil e sua relevância no desenvolvimento cognitivo, intelectual e afetivo de jovens com TDAH, e apresentar perspectivas e/ou propostas de leitura e escrita para incentivar os alunos com TDAH. 
A problemática do trabalho foi baseada nas seguintes indagações: O professor de português/literatura precisaria de formação específica para trabalhar com alunos com TDAH, especialmente com alunos do 7º ano do Ensino Fundamental? 
Vale ressaltar que, o estudo de literatura infanto-juvenil no contexto das aulas de português, no ensino fundamental II, permite que o aluno com TDAH compreenda e valorize o letramento literário, dado ao caráter criativo dessa produção. Além de que,disso, as propostas pedagógicas adotadas pelo professor de língua portuguesa são cruciais para o entendimento do estudo relacionado à literatura infanto-juvenil com pré- adolescente que possuem TDAH.
A pesquisa será empírica, e trará, em princípio, em princípio minha própria experiência e vivência no campo escolar. Depois, encaminhando um diálogo com nossoscom referencias teóricos e outras referências fontes que ajudaram a completar esse trabalho, tornará a monografia tomará umauma perspectiva qualitativa, descritiva e bibliográfica. Após fazer esse panorama introdutório de nossa pesquisa, passaremos à construção detalhada do desenvolvimento do trabalho. Dando continuidade, o próximo capítulo seguinte trará um pouco da literatura infantojuvenil e um diálogo com a pedagogia, com processo de escolarização e algumas obras que tratam de conceitos e processos centrais nas práticas de letramento literário. No Capítulo 4, encaminharemos a sequência básica de leitura baseada na obra de Rildo Cosson. O Capítulo 5 fechará esta monografia, inclusive apontando para possíveis pesquisas futuras.
2. TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE – TDAH
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), trata-se de um transtorno do neurodesenvolvimento. Mas o que seria um transtorno de Neurodesenvolvimento?! Antes de mencionarmos as características do TDAH, é fundamental discutir o ambiente em que um adolescente cresce. A puberdade é um período de transição de uma etapa não reprodutiva para reprodutiva, que ocorre durante a adolescência e traz consigo grandes mudanças físicas, fisiológicas, psicossociais e culturais. Na adolescência, é comum ocorrer uma maior propensão à tomada de riscos, o que pode levar a uma maior incidência de acidentes, consumo de drogas, álcool e situações constrangedoras. Esses comportamentos não são causados por uma falha na percepção do risco, mas sim por diferenças em outros fatores psicossociais. A vulnerabilidade à tomada de riscos não segue uma linha linear. Isso se explica pelo desacoplamento entre a busca por novas vivências e a satisfação instantânea, controladas por áreas subcorticais, e o aprimoramento das habilidades cognitivas de autocontrole, região pré-frontal, mas duradoura. 
Portanto, através de estudos cerebrais vemos que há uma disfunção na neurotransmissão do aminérgica na área frontal cerebral. Pesquisadores como Barkley (2002) é um defeito em uma determinada área do encéfalo que deve ser dominante. No entanto, um dos principais problemas para este pesquisador é que os alunos possuem uma dificuldade em concentra-se. 
Deste modo, é notório as causas do TDAH, que podem ser uma cauda isolada ou diversos de fatores. Em vista disso, torna-se indispensável o diagnóstico com uma equipe com diversos profissionais, como: psicólogos, psicopedagogos e neuropsicólogos (BADÍA et al., 2006). Observe um cérebro com TDAH e abaixo explicarei melhor a função do córtex pré-frontal medial e amígdala e como pode afetar o ensino desses alunos. 
Figura 1 - Principais Áreas Afetadas Com Pacientes de TDAH
Fonte: .Disponível em:
nucleodoconhecimento.com.br/educacao/funcoes-executivas
Apresentando algumas definições a títulos de esclarecimentos para o leitor, o que é e o porquê de o TDAH está classificadoneste grupo. De acordo com o Manual Diagnóstico E Estatístico De Transtorno Mentais DMS-5:
Os transtornos do neurodesenvolvimento são um grupo de condições com início no período do desenvolvimento. Os transtornos tipicamente se manifestam cedo no desenvolvimento, em geral antes de a criança ingressar na escola, sendo caracterizados por déficits no desenvolvimento que acarretam prejuízos no funcionamento pessoal, social, acadêmico ou profissional. Os déficits de desenvolvimento variam desde limitações muito específicas na aprendizagem ou no controle de funções executivas até prejuízos globais em habilidades sociais ou inteligência. (DMS-5, 2014, p. 31). 
Portanto, como indicado, é um distúrbio que começa no período de desenvolvimento caracterizado por defeitos que causam danos acometidos por eles, assim como o TDAH, o qual de acordo com Teixeira (2019, p. 20), “os sintomas são responsáveis por muitos prejuízos na vida escolar dos jovens acometidos, além de problemas de relacionamento social e ocupacional.” (TEIXEIRA, 2019, p. 20). Segue abaixo uma imagem de alunos e adultos que possuem TDAH.
Figura 2 - Cérebro com TDAH
Fonte: Disponivel: 
nucleodoconhecimento.com.br/educacao/funcoes-executivas
2.1	A leitura e o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade  (TDAH) 
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade se trata de uma desordem comportamental da pessoa, com níveis variados de comportamento emocional, social, familiar e educativo, assim o trabalho com alunos com hiperatividade representa um desafio aos professores. o geral, as crianças que têm esse transtorno são muito agitadas. As crianças com TDAH não conseguem manter atenção por muito tempo nas atividades em sala de aula, por apresentarem falta de atenção, agressividade, desobediência, agitação e ações impulsivas. Sendo essencial a adoção de práticas personalizadas para alfabetizar essas crianças (CASTRO, 2012).
Figura 3 – Tipos de TDAH
Fonte: GARCIA (2022). Diponivel em:
br.psicologia-online.com/tipos-de-tdah-1192.html
	
Observa-se que, em geral, a pessoa com TDAH tem dificuldade para se concentrar, distraindo-se facilmente, o que implica quando essas estão em idade escolar, sendo muitas vezes tratados como crianças mal-educadas, sem interesse, e podem ser prejudicados em relação ao avanço em sala de aula, muitas até ficam retidas de ano. Na figura 4, é possível observar sintomas e características do TDH.
Figura 4 - Sintomas e Características TDAH
Fonte: CÂMARA (2018). Adaptado pela autora (2023).
Observa-se que, em geral, a pessoa com TDAH tem dificuldade para se concentrar, distraindo-se facilmente, o que implica quando essas estão em idade escolar, sendo muitas vezes tratados como crianças mal-educadas, sem interesse, e podem ser prejudicados em relação ao avanço em sala de aula, muitas até ficam retidas de ano. 
Sanseverino (2005), relatou que o TDAH pode ser classificado por três tipos (figura 1), sendo elas: Distúrbio de TDAH com predomínio de sintomas de desatenção; TDAH combinado (sintomas de desatenção e hiperatividade/impulsividade); TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade.
Nota-se que há níveis de TDAH, dependendo do tipo, há maior necessidade de intervenção, tratamento, e na sala de aula, o aluno hiperativo-impulsivo precisa de maior atenção, Castro (2012) apontou que, muitas vezes, esses fazem uso de fármaco para reduzir os sintomas. Conforme Naves e Castro (2012):	
[...] a falta de informação do professor [...] tem feito com que os alunos que não ficam quietos na sala, são mais agitados do que os ‘normais’ sejam tachados já no primeiro instante como hiperativos, e os alunos que são mais quietos que não dão trabalho para o professor é identificado como um indivíduo com distúrbio de atenção, que vive no mundo da lua, não presta atenção em nada, faz perguntas quando o professor acaba de falar do mesmo assunto, sendo assim não se dedicam aos alunos deixando que aprendam de acordo com sua própria vontade, não trabalham pedagogicamente e individualmente para que possam acompanhar a rotina da sala de aula. (NAVES; CASTRO, 2012, p. 58).
Assim sendo, os alunos TDAH com hiperatividade, conforme os autores, muitas vezes podem interferir nas aulas, já que podem ser confundidos com alunos indisciplinados e que causam tumultos na sala de aula. 
Conforme Castro (2012), relatou que os alunos com TDAH, quase sempre têm baixo rendimento educacional, ou seja, possuem deficiência para aprender, devido a pouca concentração na sala de aula:
[...] 87% dos portadores de TDAH repetem o ano na mesma série mais de uma vez [...] [outra pesquisa aponta que] foi observado que 48% dos portadores de TDAH já haviam sido expulsos de outros colégios onde estudam [...] [enquanto isso, a última pesquisa apontada pela autora diz que] [...] 87% das crianças com TDAH apresentaram desempenho inferior ao esperado para a sua faixa de escolaridade [...] e apenas 19% apresentaram desempenho escolar compatível com o esperado para a sua idade. (CASTRO, 2012, p. 58).
Dessa forma, é essencial que os professores em parceria com a equipe gestora estejam atentos para compreenderem um pouco mais, ou se capacitarem por meio de formação continuada sobre as práticas pedagógicas a serem usadas com alunos TDAH, procurando novas metodologias, atraentes e significativas com a finalidade de desenvolverem esses alunos (DINIZ; SENA, 2007).
Portanto, o professor necessita levar para a sala de aula estratégias inovadoras que possam trabalhar com todos os alunos, especialmente com alunos TDAH e hiperatividade, já que estes apresentam dificuldades na aprendizagem. Sanseverino (2005), pontuou que os alunos hiperativos demonstram dificuldade para aprender, ler e escrever, sendo esse um fator que pode ser causado pela impulsividade, havendo necessidade de que o professor traga estímulos para a prática de ensino, por meio de atividades de leitura que propiciem o seu desempenho escolar.
Conforme Câmara (2018), as metodologias e estratégias apropriadas para trabalhar com os alunos TDAH são:
· Estabelecer a confiança demonstrando atenção e interesse na criança: no caso de um aluno desatento e que mostre dificuldade na compreensão dos conteúdos, é fundamental que o educador desperte na criança a segurança que ele tanto precisa;
· Crie rotinas: a criação de um esquema de tarefas é um meio de desenvolver na criança a habilidade de se organizar em itens importantes, como a organização da mochila, a produção dos deveres de casa, o asseio da mesa e da cadeira usada durante as aulas;
· Aulas dinâmicas: para facilitar o entendimento da criança em relação aos conteúdos dados em sala de aula, nada melhor que atrair a atenção do pequeno. Teatros, dinâmicas, músicas, desenhos e gravuras contam bastante ponto na hora de agradar crianças, sobretudo aquelas que precisam de uma concentração a mais;
· Esteja pronto para tirar dúvida do estudante: o ato de responder todas as dúvidas do aluno reforça sua explicação e, consequentemente, a fixação do conteúdo na mente do pequeno;
· Tente puxar as aulas para a vida do aluno: isso significa que sua metodologia deve se aproximar mais e mais do pequeno, para que ele possa assimilar os conteúdos com mais facilidade;
· Forme uma parceria com a criança: é importante que o pequeno sinta que está sendo visto e valorizado em sala. Além dos deveres que são pertinentes ao estudante, tente atraí-lo para perto de si, principalmente solicitando sua ajuda para vigiar a sala, ser seu ajudante em funções leves e que podem ser feitas por uma criança;
· Tente sempre manter contato com o pequeno: durante a explicação em sala, tente ganhar a atenção da criança com a exposição de exemplos de temas que podem lhe interessar (CÂMARA, 2018, p. 14).
Dentre as estratégias citadas pela autora supracitada, o ideal é manter uma boa relação com o aluno TDAH, juntamente com propostas de atividades que o motivem, inovadoras e colocando-os como protagonistas de sua aprendizagem. Na aula de língua portuguesa, na Escola X, como forma de motivaros alunos nas aulas de literatura/Língua Portuguesa utiliza-se jogos online, materiais concretos, uns dos jogos e sites usados é o Wordwall (figura 2) 
Figura 5 - Site de Jogos Educativos
Fonte: .Disponível em:
https://wordwall.net/pt/resource/34039686/portuguese-language/respondendo-ao-e-mail 
Os jogos são atividades e foram indicados como uma forma significativa do processo ensino aprendizagem pela BNCC (BRASIL, 2017), assim com essa metodologia percebe-se o envolvimento de todos os alunos, inclusive o aluno TDAH, e é possível afirmar que está havendo efetividade no aprendizado dessas crianças. 	Comment by SILVANA MORELI VICENTE DIAS: COLOCAR TODAS AS REFERÊNCIAS DE BNCC COM BRASIL, 2017
São muitos desafios que os alunos com TDAH encontram no processo escolar. Portanto, o problema não está na habilidade da linguagem, e sim na atenção que de fato, torna todo o processo da alfabetização e letramento mais fácies.
3. A LITERATURA E AS SUAS PROPRIEDADES NO TDAH 
Este capítulo aborda sobre um breve histórico e características da literatura e as possibilidades de aquisição da fluência leitora, assim traz uma visão geral da literatura e a sua importância para o desenvolvimento integral do aluno, inclusive do aluno com TDAH. 
Conforme Clemente (2015), a história da literatura no Brasil teve início no período colonial, século XVI, quando os habitantes desse território foram dominados pelos portugueses, assim os jesuítas tinham a função de catequizar e introduzir os nativos no mundo da leitura e da escrita. Lajolo, Zilberman (2009), afirmaram que:
A persistência das campanhas de leitura, que se multiplicaram sobretudo a partir da década de 1980, sugere que os resultados do sistema educacional aqui inaugurado por José de Anchieta e Manuel da Nóbrega, no século XVI, não foram pretendidos. À ineficiência dos métodos pedagógicos e à inoperância das políticas educacionais soma-se o crescimento vertiginoso da população brasileira, que correspondia, ao final dos anos 50, a 60 milhões de pessoas e que alcançou, em 2000, cerca de 190 milhões. (LAJOLO, ; ZILBERMA, 2009, p. 124).
Nota-se que, os métodos de ensino da leitura e literatura dos jesuítas não teve continuidade, pela ineficiência das metodologias usadas e também, pela exclusão promovida nesse período, onde poucos tinham acesso ao mundo letrado. Outro momento que marcou a história da leitura/literatura brasileira foi com a transição do Império para a República. Quando as ideias estavam voltadas para ler usando os princípios do cientificismo, afirmava-se que a ciência era a forma mais eficaz para analisar a realidade. Baseada no positivismo, o cientificismo alterou a visão intelectual dos brasileiros durante a República (PINHEIRO; ALVES, 2012).
Segundo Pinheiro e Alves (2012), a literatura contribuiu, nesse período, para desenvolver o sentimento de nacionalidade, assim os alunos realizavam a leitura de livros nacionais que mostravam a realidade do país. Portanto, era imprescindível a leitura de contos, cantos, e histórias populares que apresentavam a realidade e os hábitos da época. 
Como sabemos, as instituições escolares e toda equipe pedagógica desemprenham um papel muito importante na formação dos alunos, pois a educação é responsável pela construção do conhecimento dos alunos, por seu desenvolvimento e autonomia e por sua participação na sociedade como cidadão crítico.
No entanto, é necessário um conjunto com os familiares e a instituição de ensino, para que ambos consigam um bom resultado. E, quem sabe, através desta pesquisa entre casa/escola, não estejamos estimulando esse aluno a encontrar, também na literatura, uma fonte de saber que alimente seus conhecimentos sobre si e sobre o mundo que o cerca, incentibando-o sua imaginação, sensibilidade e seu senso crítico. 
Neste caso, notamos que os métodos de ensino de leitura e literatura dos jesuítas não tiveram continuidade, devido à ineficiência das metodologias utilizadas. Outro momento que marcou a história da leitura da literatura brasileira foi a transição do Império para a República. Segundo Pinheiro e Alves (2012), a literatura contribuiu, nesse período, para desenvolver o sentimento de nacionalidade. 
Por isso, Nelly Novaes (2000), destaca que, na literatura infantil “a imagem fala tanto quanto palavras.” (COELHO, 2000, p.197). Nessa perspectiva, as imagens dos livros infantis são conhecidas por fascinar crianças e adultos, podendo determinar a escolha da obra por sua capacidade de despertar o interesse ou a curiosidade do leitor.
3.1 Letramento literário e bncc
O currículo escolar é um documento norteador de todo o processo educacional, pois abrange a implementação das experiências de aprendizagem que deverão ser vivenciadas pelos estudantes. A BNCC – Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018) se tornou um referencial significativo para a elaboração curricular. 
Reconhecendo a necessidade das mais diversas formas do letramento. De acordo com o documento, a pesquisa deve fornecer às pessoas a capacidade de ler e escrever de modo mais significativos e que revelem conhecimento sobre o mundo e a maneira como as pessoas trabalham nele. Os processos discutidos devem receber ênfase especial durante o período de alfabetização. Como apresenta a BNCC:
Ao componente Língua Portuguesa cabe, então, proporcionar aos estudantes experiências que contribuam para a ampliação dos letramentos, de forma a possibilitar a participação significativa e crítica nas diversas práticas sociais permeadas/constituídas pela oralidade, pela escrita e por outras linguagens. (BRASIL, 2017, p. 65-66).
A base trata-se da necessidade de esclarecer o letramento da letra e impressos (contos, jornais, artigos, entrevistas etc.). Incorporar o letramento digital no foco da escola aumenta a necessidade de construir conhecimento com os alunos, capacitando-os a explorar conscientemente diferentes linguagens (artísticas e não artísticas) para diferentes propósitos comunicativos. O documento relata que: 
Essa consideração dos novos e multiletramentos e das práticas da cultura digital no currículo não contribui somente para que uma participação mais efetiva e crítica nas práticas contemporâneas de linguagem por parte dos estudantes possa ter lugar, mas permite também que se possa ter em mente mais do que um “usuário da língua/das linguagens”, na direção do que alguns autores vão denominar de designer: alguém que toma algo que já existe (inclusive textos escritos), mescla, remixa, transforma, redistribui, produzindo novos sentidos, processo que alguns autores associam à criatividade. Parte do sentido de criatividade em circulação nos dias atuais (“economias criativas”, “cidades criativas” etc.) tem algum tipo de relação com esses fenômenos de reciclagem, mistura, apropriação e redistribuição (BRASIL, 2017, p. 68).
Um pré-requisito para sustentar as necessidades multiculturais nas propostas educativas é o pluralismo/diversidade cultural. As diferentes manifestações da língua portuguesa no Brasil, bem como as diversas línguas e suas variantes, e mesmo as inúmeras variantes da língua brasileira, precisam ser consideradas nesse processo de letramento. Como Woodward (2014) argumenta, a formação da identidade depende de sistemas linguísticos para o significado. Isso significa que quanto mais diversos forem os processos de letramento das pessoas, mais amplas serão suas atividades e práticas identitárias.
É a exigência do multiletramentos. Se é importante que o indivíduo consiga desenvolver aptidões de leitura cada vez mais intensos de textos muito complexos, é ainda mais importante entrar no campo das controvérsias sobre novas formas de criação da linguagem e das linguagens em seus diferentes contextos e condições. Por exemplo, pensar em comunidades indígenas bilíngues que pouco têm a ver com o desenvolvimento tecnológico da cibercultura requer estratégias de leitura muito diferentes daquelas encontradas em comunidades surdas que se envolvem ativamente com comunidades indígenasbilíngues. Isso porque a abordagem e o cruzamento de linguagens seguem caminhos muito diferentes em ambos os casos. E, no entanto, são especificidades comunicativas que justificam a inclusão das táticas expressivas que as caracterizam como um dos traços indígenas do grupo. Essa ideia se aproxima da noção de letramento proposta por Soares (1999) e Cosson (2006), no sentido de que o letramento é um ato político e social capaz de transmudar a vida de uma pessoa e emancipá-la.
O livro Letramento Literário escrito por Rildo Cosson (2006), trata sobre as maneiras de ensinar literatura na sala de aula. De maneira sutil, o autor desvenda a relação entre literatura e educação, oferecendo sugestões para a construção de comunidades de leitores em sala de aula e sugerindo que os professores realizem oficinas para adequar seus trabalhos ao letramento literário.
O autor nos estimula a refletir sobre o uso da literatura em sala de aula, com ênfase no letramento literário para construir uma comunidade de leitores. Segundo Cosson, cabe ao professor fortalecer a capacidade crítica do aluno, para que este vá além da mera leitura do texto literário e consiga identificar em sua obra literária o mundo e o cotidiano que o cerca. Ressaltando o que o autor relata e que, é fundamental que a literatura seja uma prática ativa em sala de aula, partindo do conhecido para o desconhecido, a fim de que o aluno possa construir um sentido. Cosson destaca que:
[...] é necessário que o ensino da Literatura efetive um movimento contínuo de leitura, partindo do conhecido para o desconhecido, do simples para o complexo, do semelhante para o diferente, com o objetivo de ampliar e consolidar o repertório cultural do aluno. Nesse caso, é importante ressaltar que tanto a seleção das obras quanto as práticas de sala de aula devem acompanhar esse movimento. (2012, p. 47-48).
O autor nos diz que o objetivo não deve ser esquecido no ensino da leitura, pois a leitura escolar precisa de acompanhamento e orientação. Intervalos também são sugeridos porque é nesses intervalos que os professores têm a oportunidade de perceber a dificuldade de leitura de um aluno. Quando há introdução dos alunos bem cedo no mundo da leitura, esse é um passo para o processo possível para novos caminhos, melhorando, assim, a interação e o convívio social. No campo da leitura, vemos diversas abordagens sobre alfabetização e letramento. 
O componente curricular de Língua Portuguesa introduziu recentemente o letramento literário, que foi “apresentada no ano de 1999 à Associação Nacional de Pesquisa em Pós-Graduação pela pesquisadora Graça Paulino.” (ROSA, 2011, p. 2). A partir de então, a ideia de letramento literário vem assumindo, nas duas últimas décadas, papel determinante no que se refere ao desenvolvimento da formação do leitor literário na escola. 
3.21.1 A importância da literatura e do letramento
De acordo Vilela (2022), a literatura é uma arte, representa momentos históricos, culturais, sendo indispensável para o desenvolvimento humano, social e cognitivo dos alunos, tem como intenção a formação do leitor crítico. É fundamental que seja entendida como papel preponderante da educação nessa sociedade moderna. 
Para Clemente (2015), a literatura no ensino fundamental é muito mais do que um registro quantitativo das leituras efetuadas, passa pelo reconhecimento do letramento literário como um direito educacional, compondo uma ferramenta imprescindível ao desenvolvimento integral da criança. Considerando que a educação é um direito constitucional, decretado em 1988, com a intenção de promover o desenvolvimento integral de todos os alunos. Assim sendo, a leitura e literatura são processos pedagógicos essenciais que garantem direitos das crianças, como destacado pelos artigos:
Art. 6 São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição (BRASIL, 1988). 
Art. 205 A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988).
Estes dispositivos constitucionais demonstram o cuidado com a criança no sentido de desenvolvimento integral, também cumpre com o determinado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, art. 53°, que: “a criança e ao adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.” (BRASIL, 1990).
Coadunando com o que foi estabelecido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB) de 1996, art. 5° onde foi afirmado que o acesso à educação é um direito público subjetivo que deve ser ofertado para todos os cidadãos. Segundo Villela (2022), como a literatura e a leitura são práticas que compõem a educação, hipoteticamente é um direito de todos os alunos, em todas as etapas e modalidades do ensino fundamental, que desenvolve o aluno de forma integral. Para Souza e Martins (2015):
O processo de humanização resultado da apropriação do texto literário inclui uma inevitável interação entre o contemplador da obra e seu autor. Tal interação, mediada pela linguagem, é uma forma de experienciar o mundo a partir do ponto de vista do “outro”, ou seja, é uma maneira de ter novas possibilidades de enxergar a própria vida, de modo que o contemplador da obra possa viver (não no plano biológico) além do que é fornecido em sua comunidade local. Ao conhecer o “outro”, o sujeito passa a conhecer melhor seu próprio povo e a si mesmo, comparando e contrastando as culturas desde as suas características emocionais até às político-ideológicas. (SOUZA; MARTINS, 2015, p. 224).
Dessa forma, a leitura e os textos literários estão atrelados aos aspectos sociais, culturais, cognitivos, emocionais, ou seja, promovem o pleno desenvolvimento de alunos. Podendo ser realizado de forma lúdica, com uso de constantes interações, o que conforme a BNCC (2017), são eixos que devem estruturar a prática pedagógica. Soares e Ferreira (2019) destacaram a relevância da literatura, já que é por meio da literatura, que o aluno adquire concentração, criatividade, melhora na comunicação, e estimulam a cognição, afetividade, expressão, linguagem. Dessa forma, a importância da leitura, que propicia condições para a obtenção dos conhecimentos, de forma histórica, construídos conforme a contextualização histórica.
A leitura permite o despertar de sentimentos e emoções, inspirando-nos a um ambiente repleto de possibilidades formuláveis, tantas quantas vezes forem necessárias, haja vista, o leitor, permitir-se conhecedor da sua aptidão em maior escala de pretensões, estabelecendo desta maneira, uma sólida relação de dados concisos, permitindo-se inferir, comparar, questionar, relatar e observar a essência do conteúdo. Justifica-se ainda, que o leitor, é agente ativo da constante busca de conhecimento, e necessita afirmar sua posição social, cultural e humana dentro do contexto que preconiza, sem fragilizar a pluralidade intelectual. (KRUG, 2015, p. 7).,
Nota-se a relevância da literatura para a aprendizagem dos alunos, Soares e Ferreira (2019) esclarecem que, a leitura e o letramento são termos relacionados diretamente à alfabetização, assim a alfabetização na perspectiva do letramento possibilita que haja melhorias na fluência leitora e na escrita convencional, desenvolve habilidades, autonomia nas relações sociais. O letramento envolve as atitudes de leitura e escrita, trazendo uma aprendizagem significativa aos alunos do ensino fundamental.
O letramento é uma continuação à alfabetização, pois acontece quando o aluno alfabetizado consegue estabelecer relações, construções significativas e interações com o ambiente à sua volta. O aluno não usa apenas de habilidades técnicas de leiturae escrita, mas a utiliza conceitualmente, utilizando de raciocínio e conhecimentos prévios de mundo, podendo assim explorar outros tipos de conhecimento. (SOARES; FERREIRA, 2019, p.3).
Por fim, o letramento compreende os aspectos sociais da linguagem, um conjunto de práticas implementadas pela escrita, de forma contextualizada; assim, o processo de ensino aprendizagem precisa considerar os contextos dos alunos, as suas experiências e compreensão de mundo. Dessa forma, a leitura e literatura devem envolver contextos significativos como uma forma dinâmica para desenvolver a competência de reflexão crítica sobre a realidade vivida. 
Antes de falar sobre a literatura, vale comentar sobre a importância da leitura, já que uma depende da outra, ou seja, se complementam. Conforme Rosa (2020), a leitura é essencial para a formação social de uma pessoa, é por meio dela que são formados cidadãos críticos, que há preparação para a cidadania e tornando-os capazes de pronunciar, de forma consciente e assertiva. Quando há introdução dos alunos bem cedo no mundo da leitura, esse é um passo para o processo possível para novos caminhos, melhorando, assim, a interação e o convívio social. Rosa (2020) pontuou que ser alfabetizado, não implica dizer que a pessoa possui uma fluência de leitura, que é necessário adquirir o hábito da leitura. Esse hábito vem através de vários fatores, como o incentivo e a motivação da unidade educacional, incentivo da família, e especialmente do professor, assim é uma tarefa complexa, já que metodologias de ensino, interesse da criança, e outros fatores.
O documento da Base Nacional Comum Curricular - BNCC (2017) indicou que:
Desde cedo, a criança manifesta curiosidade com relação à cultura escrita: ao ouvir e acompanhar a leitura de textos, ao observar os muitos textos que circulam no contexto familiar, comunitário e escolar, ela vai construindo sua concepção de língua escrita, reconhecendo diferentes usos sociais da escrita, dos gêneros, suportes e portadores. Na Educação Infantil, a imersão na cultura escrita deve partir do que as crianças conhecem e das curiosidades que deixam transparecer. As experiências com a literatura infantil, propostas pelo educador, mediador entre os textos e as crianças, contribuem para o desenvolvimento do gosto pela leitura, do estímulo à imaginação e da ampliação do conhecimento de mundo. Além disso, o contato com histórias, contos, fábulas, poemas, cordéis etc. propicia a familiaridade com livros, com diferentes gêneros literários, a diferenciação entre ilustrações e escrita, a aprendizagem da direção da escrita e as formas corretas de manipulação de livros. Nesse convívio com textos escritos, as crianças vão construindo hipóteses sobre a escrita que se revelam, inicialmente, em rabiscos e garatujas e, à medida que vão conhecendo letras, em escritas espontâneas, não convencionais, mas já indicativas da compreensão da escrita como sistema de representação da língua. (BRASIL, 2017, p. 44, grifo nosso).
Observa-se que a leitura precisa ser introduzida desde a Educação Infantil, em momentos de atividades lúdicas, como com a contação de história, uso de material de literatura infantil, entre outros recursos que promovem o desenvolvimento do gosto pela leitura, o estímulo à imaginação e da ampliação do conhecimento de mundo.
Dessa forma, Carleto (2014) relatou que é responsabilidade do professor promover na Educação Infantil, fase mais importante e que fundamenta as outras etapas educacionais, o despertar do prazer pela leitura, de encantar o leitor desde os seus primeiros contatos, antes mesmo que ele seja capaz de ser alfabetizado.
Conforme Rosa (2020, p. 21):
O hábito de ler desde muito cedo ajuda na formação da personalidade da criança, fazendo com que possa explorar a cultura e a diversidade. É através das histórias que se podem descobrir outros lugares, outras épocas, outros jeitos de agir, além de manifestar nas crianças sentimentos desconhecidos, provocando novas emoções e frustrações, ajudando-as a aprender a lidar com problemas e encontrar soluções para resolvê-los. (ROSA, 2020, p. 21).
Mais uma fonte de que a leitura é relevante para o desenvolvimento integral da pessoa. Ainda, Condurú e Santos (2018, p. 418) pontuaram que “além de favorecer o desenvolvimento cognitivo e psíquico e a compreensão dos conflitos na infância, a literatura infantil também contribui para a inclusão social.”, nota-se assim, a importância de se desenvolver a leitura, de se formar um leitor fluente.
Paula e Fernandes (2011) afirmam que o trabalho pedagógico com: “os livros de histórias são de vital importância durante a infância, pois todas as crianças possuem necessidade de imaginar, criar histórias e entrar no mundo da fantasia. p. 384”. As contações de histórias constituem-se em uma prática literária, relevante para o desenvolvimento leitor da criança. 
Segundo Rosa (2020), a literatura se trata de uma manifestação artística, isto é, uma arte das palavras, isto é, a sua essência envolve a linguagem, o conjunto de letras que compõem o corpo do texto, através de prosa ou em versos. Assim, Souza (2013) pontuou que a literatura envolve o contexto social, histórico e cultural, vista de forma diversificada, compreendendo vários aspectos, como: material, na estética, psicológica, sociais e formativas.
De acordo com Amarilha (2010), a literatura é:
Arte e comunicação, assim como arte é testemunho da inventividade humana, tendo por matéria-prima a palavra, e como comunicação é discurso que se oferece ao diálogo promovendo a experiência da interlocução na busca pelo outro para se fazer entender e se completar. (ARMARILHA, 2010, p. 90).
Nota-se que são várias as concepções de literatura, e diante dos avanços nas áreas da sociedade provindas pela tecnologia, fez-se necessário mudar ou implementar as estratégias de ensino aprendizagem da literatura e leitura, segundo Clemente (2015, p. 64),”o avanço das novas tecnologias, com a aparição de novos suportes de leitura, a literatura necessita de um novo conceito, já que o perfil do leitor e as características do texto também mudaram.” (CLEMENTE, 2015, p. 64).
Para Souza (2013):
Com a ampliação da Internet e das tecnologias disponíveis nos computadores pessoais, presenciamos mudanças significativas nas práticas leitoras, nas produções textuais e na própria literatura, que, além de se perpetuar nos livros, começa a encontrar vida na rede, em e-books disponíveis para downloads, em bibliotecas virtuais e em livros simulados, sob a forma de poesias e de microcontos (SOUZA, 2013, p. 176). 
A literatura, na sociedade contemporânea, teve o apoio das novas tecnologias e suportes digitais, muito mais com a pandemia do covid-19[footnoteRef:1], quando o ensino foi realizado de forma virtual; assim, quase já não são utilizados livros impressos, muito mais os digitais. A leitura é essencial para a formação social de uma pessoa, é por meio dela que se formam cidadãos críticos. Quando os alunos são introduzidos desde muito cedo no mundo da leitura, essa é uma etapa possível no processo de novos caminhos, melhorando assim a interação e o convívio social. A literatura, na sociedade contemporânea. Ou seja, a importância da literatura não é reconhecida pelos brasileiros, mesmo sendo muito benefíca para nós. Nas escolas, a literatura é uma disciplina que ajuda o aumento de compreensão do mundo externo e formar estudantes intelectualmente. Expandir o interesse pela leitura para além da sala de aula traz uma série de vantagens, como por exemplo a ampliação de vocabulário, aumento de repertório cultural, redução de estresse, melhora na escrita e construção de uma visão mais ampla. [1: É uma infecção respiratória aguda causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, potencialmente grave, de elevada transmissibilidade e de distribuição global (BRASIL, 2021)..] 
O cenário de mudança que se instalou por conta da Covid-19, provocou um avanço em diversas mudanças nas práticas da atualidade. Objetivando-se no percurso e evolução da tecnologia computacional, uma análisesobre o texto no ambiente virtual, destacando o hipertexto e suas principais características e peculiaridades e, por fim, abordou-se sobre o mercado leitura, avaliando desde as especulações até o cenário atual brasileiro.
3.1.23 A literatura infantojuvenil e a pedagogia
 Concordando com Zilberman (2003, p. 44): “[...] a literatura infantil é primeiramente um problema pedagógico, e não literário.”. Freire (2011), É importante que os professores estejam sempre buscando formas de aproximar a realidade do aluno com o ensino escolar, para que possam desempenhar seu papel de forma eficiente.
	É importante que o docente compreenda que os livros destinados ao público infantojuvenil têm como objetivo transmitir uma mensagem ao leitor, que engloba crianças e adolescentes. No entanto, é preciso considerar que o professor e os alunos possuem perspectivas diferente. Falando de pedagogia e literatura infantojuvenil, “a formação do aluno deve ter como aquisição de conhecimentos básicos.” (ROJO, 2009, p. 89). Esse conhecimento básico diz respeito ao comportamento do aluno na sociedade em que vive, praticando sua cidadania. E como conseguir tal feito? Rojo afirma que “no mundo contemporâneo é o de estabelecer a relação, a permeabilidade entre as culturas e letramentos locais/globais dos alunos e a cultura valorizada que nela circula ou pode vir a circular.” (ROJO, 2011, p. 52). Tudo isso nos diz que os professores não devem ficar presos apenas na chamada cultura do "conhecimento dominante" e nem na cultura de massa. Todos os alunos de todas as classes sociais tenha acesso aos mesmos saberes/conhecimento. 
Outro ponto que precisa ser ressaltado, e que Freire (2011) sempre destacou, é que os professores precisam ter uma pedagogia que valorize o conhecimento e a realidade dos alunos. Deixando de lado a "educação bancária¹" que ainda hoje prevalece. Precisamos saber que, no processo de ensino e aprendizagem, todos temos algo a ensinar, professores e alunos. 
	Dar voz a esses alunos também é um processo de luta contra a opressão e a desigualdade social. É deixá-los participar ativamente da economia, cultura, história, geografia, etc. do lugar onde vivem. Isso lhes dá a chance de saber o quão importante são suas identidades e memórias e que não precisam crescer para "ser alguém na vida". 
 Zilberman (2003) afirma que, ao longo do processo de criação na infância e dos objetivos da pedagogia, é importante lembrar que não podemos ficar presos ao passado. Precisamos evoluir constantemente, pois o mundo está em constante mudança e nós também. Dito isto, a literatura merece essa denominação quando estão com as características de um gênero infantil, ou infanto-juvenil, presença do maravilhoso, e a peculiaridades de apresentar um mundo de miniatura, pois a literatura infantil é a unica que pode colaborar com o processo de aquisição da linguagem escrita, agregando conhecimento e reproduzindo conceitos significativos no desenvolvimento de ensino e aprendizado. 
 
4. 	 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DE DADOS 
	
A análise do estudo foi baseada na pesquisa bibliográfica, que contribui de forma significativa na construção de um texto bem fundamentado. Segundo Gil (2010), esse tipo de pesquisa trata-se de um processo baseado em materiais já publicados, desenvolvido nos livros, artigos de periódicos e, também, de materiais encontrados na internet. 
A pesquisa de campo, também foi usada, segundo Marconi e Lakatos (1996), é uma etapa que se realiza após o estudo bibliográfico, que permite ao pesquisador um bom conhecimento sobre a temática, pois é preciso estabelecer a melhor forma de coletar dados e verificar como os dados são analisados. 
Assim sendo, o trabalho foi desenvolvido pela pesquisa quali-quantitativa, com abordagem exploratória e descritiva. Inicialmente, foi realizado o levantamento bibliográfico, através da pesquisa bibliográfica sobre a temática selecionada, com busca em sites oficiais e obras físicas, as buscas foram realizadas no Scielo, Google Acadêmico e no portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior  (CAPES). 
Para este trabalho, também foi utilizado o estudo de caso, visto que as foram analisadas com base nas teorias da Literatura Infanto-juvenil, na turma do 7º ano do Ensino Fundamental II, o que permitiu maior compreensão das práticas, métodos e ensino aplicados na aula de língua portuguesa, de maneira mais profunda e detalhada.
4.1 Descrição de dados 4.1 	DESCRIÇÃO DE DADOS
Os dados foram coletados através da construção e aplicação de questionário formal, para os professores, abordando as práticas de ensino da leitura/literatura e a sua relação com essa temática; e informal, para os alunos e pais/responsáveis, possibilitando que se obtenham as informações almejadas para a construção textual. 
A discussão dos dados se deu com base nas respostas apresentadas pelo professor pesquisado, que disponibilizou respostas subjetivas, demonstrando seu ponto de vista sobre o seu trabalho docente da literatura e leitura; os questionários respondidos pelos alunos e seus responsáveis, que demonstraram o seu posicionamento sobre as aulas de literatura.
Tabela 1 - Letramento literário
	
	SIM
	NÃO
	Você gosta de literatura?
	20
	5
	Fale o nome de algum texto ou livro literário que você já leu? 
	O pequeno príncipe; Diário de um banana; Tem lugar aí para mim?; e mais outros.
	Na sua família há a prática da leitura?
	De vez em quando; meus pais não tem tempo; somente minha mãe me ajuda na leitura; 5 não, 10 sim, e outras respostas.
	Você realiza leitura de textos literários na sala de aula? 
	Sim, a professora realiza todas as aulas;
Sim, antes de começar as aulas ou no final.
Fonte: autora (2023)
Essas foram as respostas dos alunos em relação à prática leitora e o letramento literário, ressalta-se que a turma tem interesse pela leitura, mas ainda precisa de mais ações que possam potencializar essa habilidade. 
Em relação aos questionários aplicados com os pais, onde foram realizadas as seguintes questões:
1 - Você gosta de ler? Por que?
2 - Quantos livros você lê por ano? 
3 - Qual o tipo de leitura você mais realiza?
4 - Você auxilia o (a) seu (sua) filho (a) na leitura? Desde quando? 
5 - Você acha que a leitura traz impactos e benefícios na vida de uma pessoa, por quê?
Discorrendo sobre as respostas dos pais/responsáveis, onde houve a participação de 16 pessoas. Sobre o gostar de ler, apenas 3 pais responderam que sim, a outra parte disse não, dentre os que disseram sim, a justificativa é que a leitura ajuda a acalmar, traz maiores conhecimentos, abre inúmeras possibilidades, entre outras. Os que disseram não, justificaram que não possuem tempo, trabalham muito, nunca gostaram desde criança, usam mais celular e redes sociais, entre outras.
Sobre a questão: Quantos livros você lê por ano? - 13 disseram que nenhum, mas afirmaram ler jornais, redes sociais,sem tempo para ler literatura, entre outras. Os 3 pais/responsáveis, pontuaram que leem, em média, 2 a 6 livros por ano. O que demonstra que muitos pais não têm interesse pela própria prática leitora, imagina com a dos seus filhos, e isso impacta na sala de aula.
A Constituição Federal de 1988 apontou que a família tem a obrigação de contribuir na educação dos seus filhos, assim os pais/responsáveis da Escola X precisam ser sensibilizados pela sua relevante contribuição e obrigação pela aprendizagem dos seus filhos, sendo o exemplo na questão leitora.
 Sobre a questão: Qual o tipo de leitura você mais realiza? - alguns responderam livros de romance, aventura, poemas, mas a maioria disse dramas. como houve pais, que responderam ler somente as informações em redes sociais, por não ter tempo de ver outros materiais. 
Nessa questão - Você auxilia o (a) seu (sua) filho (a) na leitura? Desde quando? - 13 dos pais responderam não ter tempo para auxiliar, que a criança aprende a ler na escola; os que disseram sim, afirmaram que desde a Educação Infantil.
Os pais foram interrogados sobre: Você acha que a leitura traz impactos e benefícios na vidade uma pessoa, por quê? - de forma unânime responderam que sim, impactam na vida pessoal, na profissional, assim, estes demonstraram ter ciência da importância da leitura, mas muitos deles ainda não entenderam a importância de auxiliar os filhos nessa prática. 
Bamberger (2008, p. 72) afirmou que: “a função dos pais como modelo é decisiva, isto é, se eles mesmos gostarem de ler, induzirão facilmente os filhos a lerem regularmente.”. Dessa forma, para que os alunos aprendam a gostar de ler, os pais devem ser os primeiros exemplos, promovendo mais condições de entender o ato de ler como uma ação relevante e envolvente, como uma ação realizada, primeiramente, no cotidiano familiar.
Antes de apresentar os resultados das pesquisas realizadas com a professora de língua portuguesa/literatura da turma do 7º ano, vale demonstrar algumas atividades desenvolvidas com os alunos sobre a literatura, no quadro 3:
Quadro 2 - Atividades Propostas pela professora de Língua Portuguesa - 7º ano
	Contação de história em voz alta pelos alunos e professora, análise de palavras pelo aspecto semântico de maneira oral.
	Leitura de poema em voz alta pelo aluno com base nas habilidades de consciência fonológica – identificação oral de rimas.
	Leitura em voz alta de poema feito pela professora de maneira mediada com a turma - Estratégias para leitura oral e encenação do poema.
	Leitura individual do poema pelos alunos e avaliação do gênero textual com exploração das normas silábicas, identificação oral de palavras e sua correspondência com a escrita. Aspectos referentes a habilidades de consciência fonológica.
	Leitura livre dos alunos de revistas em quadrinhos do acervo literário do cantinho da leitura na sala de aula.
	Atividades que trabalhem as habilidades de consciência fonológica, escrita e leitura de palavras com rimas, com apoio do professor.
	Leitura em voz alta feita pela professora, com interpretação oral da narrativa; reconto de história oral, envio de obras literárias para a família dos alunos do 6 ano. Leitura livre de livros literários feita pelos alunos, na biblioteca escolar.
	Habilidades de consciência fonológica vistas no recital de poemas; Leitura feita pelos alunos com apresentação oral; Leitura livre pelos alunos de obras presentes no acervo da sala de aula.
	Leitura do livro didático e paradidático, em voz alta pela professora com debate oral sobre aspectos presentes na capa do livro.
	Produção de escrita textual, de forma espontânea.
Fonte: autora (2023).
Percebe-se que a professora propicia momentos de leitura de várias formas: em grupo, individual, voz alta, silenciosa, assim é notável que a professora da turma do 7 ano, Escola X, compreende a importância do aluno ler, ter prazer pela leitura, para que se desenvolva de forma integral, inclusive o aluno com TDAH. Com essas práticas, a professora percebeu que o aluno com TDAH tem participado, mantido o interesse, e hipoteticamente desenvolvido as habilidades leitoras, através das práticas de letramento literário aplicadas. 
As 5 professoras que responderam as questões da Escola X, que ministram aulas do 6º ao 9º ano, da turma do 7 ano, sendo indagada, com a questão: Professora, a Sra. acredita que consegue transmitir aos alunos a importância da leitura/literatura? 
Figura 6 - Consegue transmitir aos alunos a importância da leitura/literatura?
Fonte: adpatado pela autora (2023).
Dessa forma, os questionários apontam que realizam todas as propostas metodológicas possíveis para que todos os alunos adquiram a fluência leitora, inclusive o aluno TDAH, que demonstra também saber ler, muito inteligente, mas se distrai com facilidade. Em relação ao desinteresse dos alunos, este é pouco percebido nas aulas de língua portuguesa, acreditam que envolve a adequação e uso de ferramentas que promovem a motivação dos alunos, na sala de aula.
A segunda questão foi relacionada com os gêneros textuais: Quais os gêneros textuais usados no ensino de Língua Portuguesa, na aula de literatura? Na tabela 2 foram apresentadas essas respostas:
Tabela 2- Quais os gêneros textuais usados no ensino de Língua Portuguesa, na aula de literatura? Como realiza essa leitura?
	
	Professor 1
	Professor 2
	Professor 3
	Professor 4
	Professor 5
	Gêneros textuais 
	Contos
Quadrinhos
Fábulas
Relatos
Poemas
	Contos
Quadrinhos
Fábulas
Relatos
Poemas
	Contos
Quadrinhos
Fábulas
Relatos
Poemas
	Contos
Quadrinhos
Fábulas
Relatos
Poemas
	Contos
Quadrinhos
Fábulas
Relatos
Poemas
	Como é feita a leitura?
	Individual
silenciosa
pelo professor
Em grupo
	Individual
silenciosa
pelo professor
Em grupo
	Individual
silenciosa
pelo professor
Em grupo
	individual
silenciosa
pelo professor
Em grupo
	Individual
silenciosa
pelo professor
Em grupo
	Quais os recursos são usados?
	livro didático;
internet
jogos
atividades no caderno
cópias
	livro didático;
internet
jogos
atividades no caderno
cópias
	livro paradidático
internet
jogos
atividades no caderno
cópias
	livro;
internet
jogos
atividades no caderno
cópias
	livro;
internet
jogos
atividades no caderno
cópias
Fonte: autora (2023).
Percebe-se que os professores têm noção sobre o avanço no processo de leitura literária, quando a maioria desses realizam leitura semanal, intervir nas dificuldades dos alunos. Cabe, ao professor e à família modificarem, na medida do possível, ajudar as crianças a gostarem de ler, na leitura emancipadora: “que permitem às crianças extrair o sentido do texto, inferir sentido ao texto e interagir com o texto.” (CALDIN; BLATTMANN, 2020, p. 683).
4.2 	Análise de dados 
Dessa forma, percebe-se a importância do trabalho docente para o desenvolvimento de todos os alunos, em razão do professor ser o mediador do conhecimento, um orientador para o processo de aprendizagem, para a fluência leitora, letramento literário. Já que, apesar de uma sociedade repleta de informações, por meio de muitos canais, como a internet, o papel do mediador é possibilitar a construção de um conhecimento sólido e a formação de cidadãos críticos e responsáveis, que sabem como expressar suas opiniões e reivindicar seus direitos.
Sunderland (2005) aponta a relevância das contações de histórias vivenciadas com as crianças, indicando a adoção de ações legais, para o desenvolvimento leitor, A BNCC (2017, p. 74), indicou a importância de se aderir às práticas de leitura, dos alunos do ensino fundamental:
Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura, textos de divulgação científica e/ou textos jornalísticos que circulam em várias mídias. Mostrar-se ou tornar-se receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativa, que representem um desafio em relação às suas possibilidades atuais e suas experiências anteriores de leitura, apoiando-se nas marcas linguísticas, em seu conhecimento sobre os gêneros e a temática e nas orientações dadas pelo professor. (BRASIL, 2017, p. 74).
Assim, mais uma vez nota-se que a leitura e literatura se completam, podendo ser realizadas em diversas tecnologias e mídias digitais, pois os alunos do 7º ano são nativo digitais, e tem grande facilidade no manuseio destes. Fato esse que demonstra a necessidade de um professor refletir sobre a sua prática em sala de aula, as suas metodologias, aplicadas na aula de literatura. Ainda, o documento BNCC (2017), determinou as competências específicas de língua portuguesa, sendo elas:
Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem. Apropriar-se da linguagem escrita, reconhecendo-a como forma de interação nos diferentes campos de atuação da vida social e utilizando-a para ampliar suas possibilidades de participar da cultura letrada, de construir conhecimentos (inclusive escolares) e de se envolver com maior autonomia e protagonismo na vida social. 	Comment by SILVANA MORELI VICENTE DIAS: Colocar referência simplificada, com pg.
A propriedade da linguagem escrita em termos depráticas sociais letradas tem sido estudada como um processo de aprendizagem altamente complexo. O trabalho pedagógico nas classes de alfabetismo era geralmente insuficiente para produzir leitores e escritores qualificados. Os alunos aprendem a decodificar as letras em timbres no caso da leitura e codificar os timbres das letras no caso da escrita, mas não cria significado nessas atividades. Assim, são incapazes de gerir a leitura e a produção de textos socialmente legitimado.
Analisando a BNCC (2017), nas competências específica do ensino fundamental nota-se que uma dessas apresenta de forma explícita a necessidade de se usar práticas de leitura literária em sala de aula, já que essas promovem o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizam a literatura e outras representações artístico-culturais como maneiras de acesso às questões lúdicas, mentais, encantamento, propiciam o potencial transformador e humanizador da vivência literária. 
A quinta pergunta realizada aos professores foi: Você se sente preparado para ministrar aula para crianças com TDAH? Essas crianças sabem ler? - os professores, em sua maioria, responderam que sim, se sentem preparados para ministrar aulas pros alunos com TDAH. Informaram que já passaram por formação continuada com essa temática, o que deu suporte ao seu trabalho. Também relataram que, buscam informações em sites oficiais sobre esse transtorno, assistem videoaulas, e buscam informações para o seu preparo.
Sobre a questão de que os alunos TDAH sabem ler, uns disseram que sim, pois esses são super inteligentes, apenas não se concentram, mas sabem muito mais do que algumas que não possuem o transtorno.
E a última questão feita foi: Quais as estratégias e metodologias são usadas para ensinar a literatura aos alunos com TDAH? Essa tem diferença dos demais? Os professores disseram que usam a metodologia ativa, uma forma lúdica de se ensinar, pois essa tem como intenção levar o aluno a construir autonomia, e esse é um ponto que precisa ser trabalhado em crianças com TDAH. sobre a diferença das atividades propostas, se tem realmente a diferença entre as atividades para alunos ditos normais e os com TDAH; os professores, disseram que não, usam a mesma atividade, mas que procuram circular na sala de aula, interagir com o aluno de TDAH, com o objetivo de ganhar confiança e construir uma relação respeitosa, pois assim há maior possibilidade de um aluno agir com tranquilidade, pelo menos controlar as suas ações, durante a aula.
4.3 Possíveis abordagens em sala de aula	 POSSÍVEIS ABORDAGENS EM SALA DE AULA 
	
	Com métodos de aprendizagem ativos, o ensino é feito por meio da prática de lidar com diferentes conceitos repetidas vezes. O objetivo é permitir que o conhecimento realmente se enraíze na mente dos alunos. No modelo tradicional, o currículo expositivo coloca o professor no centro do ensino, entregando o conteúdo, enquanto os alunos absorvem tudo passivamente.
Em geral, essa abordagem leva ao desinteresse e é mais difícil de assimilar. 
Dessa formaDe outro modo, a aprendizagem ativa promove uma relação professor-aluno em um formato em que professores e alunos são estimulados a assumir a liderança e, com maior interação e independência, participar ativamente do processo. Segundo as premissas da aprendizagem ativa, apresentamos, a seguir, um plano de aula com linhas gerais que articulam elementos considerados adequados para o ensino do estudante com TDAH em interação com os demais estudantes em sala de aula. Vide a seguir:
PLANO DE AULA: UTILIZANDO MANGA EM SALA DE AULA
OBJETIVO: 
· Despertar o interesse pela leitura através de contos e lendas; 
· Que aprendem a fazer leitura de imagem; 
· O mangá também é base dos animês que são as versões feitas para televisão ou cinemas. Dragon ball, sakura card captors e cavaleiros dos zodiacos são exemplos mais famosos aqui no brasil de mangás que viraram animês. O que para muitos se tornou uma preocupação, por considerar mais agressivos e também ser responsavéis pelo comportamento violento para as crianças. Assim esta proposta se justifica à medida que irá estimular a leitura e a escrita, através do contexto do aluno, ao mesmo tempo que enfrenta estas questões dos temas transversais, tais como: viôlencia e preconceito cultural.
AULA 1
· Etapa 1: Conhecer o que é um mangá e os diferentes tipos;
· Etapa 2: Fazer uma leitura e identificar as diferenças das culturas entre Brasil e Japão e fazer uma análise sobre o comportamento dos personagens escolhidos; 
· Etapa 3: Bate-Papo: Realização de uma roda de conversa para expor as analises feita na etapa 2;
RESULTADOS ESPERADOS 
	Que melhorem na leitura e escrita, que adquiram uma postura mais tolerante, compreendendo como os orientais canalizam seus impulsos para a arte; no caso, mangás. 
HABILITADO NA BNCC: EF67LP30: Criar narrativas ficcionais, tais como contos populares, contos de suspense, mistério, terror, humor, narrativas de enigma, crônicas, histórias em quadrinhos, dentre outros, que utilizem cenários e personagens realistas ou de fantasia, observando os elementos da estrutura narrativa próprios ao gênero pretendido, tais como enredo, personagens, tempo, espaço e narrador, utilizando tempos verbais adequados à narração de fatos passados, empregando conhecimentos sobre diferentes modos de se iniciar uma história e de inserir os discursos direto e indireto. 
	O professor torna-se mais um mediador, orientando e conduzindo os alunos na resolução de problemas. As metodologias ativas de aprendizagem, assim como a gestão educacional, preparam os alunos para a vida acadêmica, profissional e social, oferecendo todas as ferramentas para lidar com situações complexas. Dessa forma, é possível afirmar que as metodologias ativas de aprendizagem e a gestão educacional podem ajudar os alunos a se prepararem para a vida. Os professores devem entender os recursos tecnológicos para saber como usá-los e conhecer as características do TDAH para escolher a melhor forma de intervenção.
As dificuldades de aprendizagem não diminuem se os alunos não contarem com professores qualificados, que os compreendam e sejam capazes de auxiliar no processo de superação das dificuldades e limitações, buscando inovar suas metodologias e adaptar os conteúdos de acordo com as necessidades específicas que cada sujeito apresenta. (OLIVEIRA, LIMA, COUTA, 2019, p. 37 ).
A tecnologia nos oferece inúmeras oportunidades para usar nossos recursos, como: jogos digitais, software educacional, recursos audiovisuais, infográficos, exploração de cursos audiovisuais e muito mais. Assim sendo, é importante explorar esses recursos inovadores que trazem resultados palpáveis aos estudantes diagnosticados com TDAH, inclusive de modo a agregar os estudantes em sala de aula, construindo um ambiente escolar acolhedor e pedagogicamente estimulante.
	Observaremos o plano de aula elaborado para alunos com TDAH. 
PLANO DE AULA: UTILIZANDO MANGA EM SALA DE AULA;
OBJETIVO: 
· Despertar o interesse pela leitura através de contos e lendas; 
· Que aprendem a fazer leitura de imagem; 
· O mangá também é base dos animês que são as versões feitas para televisão ou cinemas. Dragon ball, sakura card captors e cavaleiros dos zodiacos são exemplos mais famosos aqui no brasil de mangás que viraram animês. O que para muitos se tornou uma preocupação, por considerar mais agressivos e também ser responsavéis pelo comportamento violento para as crianças. Assim esta proposta se justifica à medida que irá estimular a leitura e a escrita, através do contexto do aluno, ao mesmo tempo que enfrenta estas questões dos temas transversais, tais como: viôlencia e preconceito cultural.
AULA 1
· Etapa 1: Conhecer o que é um mangá e os diferentes tipos;
· Etapa 2: Fazer uma leitura e identificar as diferenças das culturas entre Brasil e Japão e fazer uma análise sobre o comportamento dos personagens escolhidos; 
· Etapa 3: Bate-Papo: Realização de uma roda de conversa para expor as analises feita na etapa 2;
RESULTADOS ESPERADOS 
	Que melhorem na leitura

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