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Literatura Brasileira e Modernidade

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LITERATURA BRASILEIRA E MODERNIDADE
PROFESSORA: MARIA CRISTINA DE OLIVEIRA PRATES
ALUNO: ALEXANDRA MARQUES DE SOUZA 
	1ª RESENHA CRÍTICA
SOUZA, Alexandra Marques. Crítica da Semana de Arte Moderna. 
SOBRE O AUTOR 
A Semana de Artes Moderna foi promovida em 1922 no Theatro Municipal de São Paulo, com o propósito de mostrar as novas tendências artísticas que já estavam em prática na Europa. A elite paulista não conseguiu entender essa nova forma de expressão. Artistas literários da época que através de sua arte queriam explorar a identidade nacional dentro do meio artístico. 
 RESUMO DA OBRA 
	O modernismo vai além de indagar e destacar as imperfeições do país e do povo brasileiro, que, por sinal, propõe apresentar uma análise crítica da identidade cultural do Brasil, sua língua nacional que buscava se distinguir de Portugal e outros países europeus.
	Reconhecido como uma das figuras da Literatura Brasileira e do Modernismo no Brasil, Mário de Andrade, foi um dos grandes realizadores da Semana da Arte Moderna de 1922, sua obra o coloca entre os maiores nomes da literatura brasileira, com uma integridade moral e intelectual notável, além de ser um líder e militante. Ele é um filósofo da literatura, esteta, crítico de letras e artes, poeta, ficcionista e ensaísta. Na Paulicéia Desvairada, Mário apresenta um poema que celebra a cidade de São Paulo como fonte de inspiração para o eu-poético, enquanto critica as importações estéticas, que são consideradas indispensáveis.
	O poema “Inspirações”, de Mário de Andrade retrata a época histórica e a atmosfera em que foi escrita, demonstrando como a vida das pessoas se tornou mais liberta de padrões e imprevisível desde o início do século passado, acompanhando o ritmo do progresso e da euforia. No verso “Arlequinal!… Traje de losangos… Cinzas e ouro…” o poeta quer descreve São Paulo como fria e cinzenta. O Alerquinal, quer dizer, que a cidade é hesitante, assim dizendo, que os Paulista se mascaram. “Elegâncias sutis sem escândalos, sem ciúmes…Perfumes de Paris… Arys!”, mas uma vez, podemos notar, uma analise minuciosa do comportamento da burguesia Paulista. E por fim o poeta encerra seu poema de maneira melancólica, ironizando o modo em que os paulistas copiam o comportamento dos europeus, Andrade, fica abismado em como o brasileiro busca referencias em outro lugar, isto é, claramente vemos que o Brasil enaltece a cultura europeia e esquece do seu valor nacional. “Galicismo a berrar nos desertos da América!” “Galicismo a berrar nos desertos da América!”
	A ensaísta Rita de Cássia, ressalta que Mário de Andrade, retrata a falta de identidade dos paulistas por querer enaltecer a cultura europeia. Em vez de desafiar a opressão colonial, a ensaísta deixa bem explícito a apreciação de Mario pela cultura nacional ajuda a transformar as queixas do passado em triunfos, levando a um sentimento de orgulho por nossas tradições culturais.
	Já Bandeira, consegue recriar as características essenciais defendidas pelos parnasianos em “Os sapos”. Trata-se, portanto, de um poema de métrica regular e preocupação com a sonoridade, neste caso a imitação para rejeitar a poesia parnasiana. Os versos de Manuel Bandeira trabalham com a ironia e a com a paródia. O poeta utiliza métodos metalinguisticos que falam por si próprio. O poema “Os sapos” fala justamente sobre o que é de fato a arte e um bom poema. Os sapos que são retratados, são metáforas de diversos tipos de poetas.
Nesse verso, para o poeta, a grande poesia é como um cargo de um joelheiro, que há de se moldar com exatidão e tranquilidade. 
Brada 	em um assomo
O sapo-tanoeiro:
- A grande arte é como
Lavor de joalheiro. 
Por sua vez, sapo-cururu é o representante de um poeta modernista que anseia por liberdade e defende a simplicidade e o uso da linguagem cotidiana. Quando chegou ao local, ofereceu uma perspectiva diferente das outras rãs. Impossível esquecer a semelhança do nome do sapo modernista com a canção de ninar Sapo-cururu. As duas últimas estrofes do poema de Bandeira revivem as duas primeiras estrofes da obra popular:
Sapo-cururu
Da beira do rio
Quando o sapo canta, Ó maninha,
É que sente frio.
A mulher do sapo
Deve estar lá dentro
Fazendo rendinha, Ó maninha,
Para o casamento
Bandeira critica o foco excessivo dos panasianistas na forma linguística por meio da paródia. Segundo o poeta e seus companheiros modernistas, esse estilo poético deveria estar ultrapassado.
CONCLUSÃO, JULGAMENTO E RECOMENDAÇÃO
Com a leitura deste capítulo, é possível observar como a autora constrói, através de fatos que Mário de Andrade, o modernismo paulista de 1922 prosseguiu “[...] a fusão de três princípios fundamentais: direito permanente à pesquisa estética; a atualização da inteligência artística do Brasil e a estabilização de uma consciência forte de senso de criatividade nacional.”. 
Marcado por uma revolução cultural no Brasil, a Semana da Arte Moderna causou um impacto gigantesco na sociedade, considerando um marco na arte e na cultura brasileira, o evento que repercutiu polemicas e debates, abriu portas para um novo tipo artístico, além de ser um momento de identidade para o brasileiro. 
O Modernismo no Brasil teve grande importância na história e na cultura brasileira. Representou um período de renovação e ruptura com a arte tradicional, além de proporcionar uma valorização da identidade nacional e da diversidade cultural do país. As três fases do modernismo mostraram as transformações e evoluções desse movimento ao longo do tempo, e ainda podem ser vistas na arte contemporânea brasileira. 
A Semana da Arte Moderna é tida como um dos maiores movimentos artísticos com o objetivo de romper com os padrões elitistas que imperavam na Europa, através do Dadaísmo e outros tipos de movimentos considerados como “desconexos”. Assim, esteve em sintonia com o surgimento de movimentos sociais, descontentamento com o governo vigente, processo de industrialização e movimentos trabalhistas, todos retratados por meio da arte, música e, sobretudo, valorização da cultura nacional.
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, Rita de Cássia Martins. Breve panorama do Modernismo no Brasil – Revisitando Mário e Oswald De Andrade. Revista de Literatura, História e Memória. Cascavel, n.11, p.82-33, 2012. 
PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Editora Ática, 1994.
_____.Iniciação à literatura brasileira. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2010.______. 
Literatura e cultura de 1900 a 1945. In: ______.Literatura e sociedade. Rio deJaneiro: Ouro sobre Azul, 2006
SOUZA. Eneida Maria de.A pedra mágica do discurso:jogo e linguagem em Macunaíma. BeloHorizonte: UFMG, 1988.
 
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