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METAIS – PROPRIEDADES MECÂNICAS A partir do comportamento tensão-deformação em tração para a amostra de latão, determine: a) O módulo de elasticidade; b) A tensão limite de escoamento a um nível de pré-deformação de 0,002 c) A carga máxima que pode ser suportada por um corpo de prova cilíndrico com um diâmetro original de 12,8mm d) A variação no comprimento do corpo de prova originalmente com 250mm que é submetido a uma tensão em tração de 345MPa • Corresponde à capacidade do material de absorver energia quando deformado elasticamente • A propriedade associada é dada pelo módulo de resiliência (Ur) Ur= y 2/2E Menor tenacidade Polímeros nãoreforçados Deformação de engenharia, e Tensão de Engenharia, Menor tenacidade (cerâmicas) maior tenacidade (metais) ENSAIOS DE FRATURA POR IMPACTO Os resultados dos ensaios de tração em laboratório não podiam ser extrapolados para prever o comportamento das fraturas Ex: Sob algumas circunstâncias, metais dúcteis fraturam abruptamente e com pouca deformação plástica Para medir a energia de impacto, tenacidade ao entalhe, resistência ao choque – resistência que o metal opõe à ruptura sob ação de uma carga instantânea), usa-se a técnica de Charpy MEDE O TRABALHO NECESSÁRIO PARA ROMPER A PEÇA POR FLEXÃO DINÂMICA Dureza •É uma medida da resistência de um material a uma deformação plástica localizada (uma pequena impressão ou um risco). •Os principais ensaios de dureza são: Brinell, Rockwell, Vickers e Knoop. •Um penetrador é forçado contra a superfície do metal a ser testado. •A dureza depende diretamente das forças de ligação entre os átomos, íons ou moléculas. •Vantagens: •São simples e baratos, nenhum corpo de prova especial precisa ser preparado •Ensaio não destrutivo - o corpo de prova não é fraturado nem excessivamente deformado •Outra propriedades mecânicas podem ser estimadas a partir de dados obtidos para ensaios de dureza. Ex: LRT • Incerteza de projeto implica que não se vai ao limite. • Fator de segurança, N N y trabalho Em geral valores de N entre 1.2 a 4 Fatores de segurança ou de projeto TENSÃO E DEFORMAÇÃO VERDADEIRAS • A curva de tensão x deformação convencional, estudada anteriormente, não apresenta uma informação real das características tensão e deformação porque se baseia somente nas características dimensionais originais do corpo de prova ou amostra e que na verdade são continuamente alteradas durante o ensaio. • r = F/Ai onde Ai é a área da seção transversal (m2) RELAÇÃO ENTRE TENSÃO REAL E CONVENCIONAL • r = (1+ e) Válida para situações até a formação do pescoço Deformação no Cisalhamento • Metais: G = 0,4E Questões importantes... • Como falhas no material iniciam a fratura? • Como estimar a tensão de fratura? • Como a taxa e a história de carregamento e a temperatura afetam a tensão de fratura? Navio- carregamento cíclico de ondas. FALHA MECÂNICA • PREVENÇÃO:Difícil de ser garantida! • Causas: • Seleção e processamento dos materiais de forma não apropriada. • Projeto inadequado dos componentes; • Má utilização FRATURA • Consiste na separação do material em 2 ou mais partes devido à aplicação de uma carga estática (constante ou que se modifica lentamente) à temperaturas relativamente baixas em relação ao ponto de fusão do material. • A fratura pode ser dúctil ou frágil, conforme ilustrado abaixo para o rompimento de uma tubulação. • FRATURA DÚCTIL: • Deformação plástica substancial caracterizada por extensa deformação plástica na vizinha de uma trinca que está avançando. • Com grande absorção de energia antes da fratura. • Processo lento à medida que o comprimento da trinca se estende. Alumínio TRINCA ESTÁVEL: Resiste a qualquer extensão adicional a menos que exista um aumento na tensão aplicada!! Altamente dúctil: •Metais extremamente macios •(ouro puro e chumbo puro) – TA; •Metais a temperaturas elevadas Empescoçam até fratura pontual Moderadamente dúctil: •Tipo mais comuns; •Fratura precedida por uma quantidade moderada de empescoçamento; •Processo ocorre em vários estágios FRATURA FRÁGIL MECANISMO DA FRATURA DÚCTIL Form. do pescoço Form. de cavidades Coalescência de vazios Form. e prop. da trinca em ang. de 450 em rel. à fratura • FRATURA FRÁGIL: • Exibe pouca ou nenhuma deformação plástica; • Baixa absorção de energia; • As trincas se espalham de maneira extremamente rápida (instáveis). • Uma vez iniciada a propagação da trinca, continua espontaneamente sem aumento da tensão. • Ocorre repentinamente. Aço doce • Comportamento tensão-deformação (T ambiente): • DaVinci (há 500 anos!) observou que:... --qto mais longo o fio, menor a carga necessária para rompê-lo. • Motivos: --falhas causam fratura prematura. --Amostras maiores têm mais falhas! MATERIAIS IDEAIS X MATERIAIS REAIS Princípios da mecânica da fratura Concentração de tensões • É a forma de falha ou ruptura que ocorre nas estruturas sujeitas à forças dinâmicas e cíclicas • Nessas situações o material rompe com tensões muito inferiores à correspondente à resistência à tração (determinada para cargas estáticas) • É comum ocorrer em estruturas como pontes, aviões, componentes de máquinas • A falha por fadiga é geralmente de natureza frágil mesmo em materiais dúcteis. FADIGA • A fratura ou rompimento do material por fadiga geralmente ocorre com a formação e propagação de uma trinca. • A trinca inicia-se em pontos onde há imperfeição estrutural ou de composição e/ou de alta concentração de tensões (que ocorre geralmente na superfície) • A superfície da fratura é geralmente perpendicular à direção da tensão à qual o material foi submetido. • É a maior causa individual de falhas em metais: 90% Iniciação e propagação de trincas • O processo de falha por fadiga é caracterizado por três etapas distintas: 1) iniciação, 2) propagação de trincas e 3) falha que ocorre rapidamente, tão logo a trinca atinja um tamanho crítico. • A vida em fadiga é o número de ciclos até a ruptura que envolve os dois primeiros processos já que a contribuição do terceiro é negligível. • As proporções relativas de iniciação e propagação de trincas dependem do material e da condição de teste. • Em baixas tensões a iniciação de trincas é lenta e o material tem uma vida em fadiga elevada. • Aumentando a tensão as trincas são iniciadas mais rapidamente e a propagação predomina. O material tem vida curta em fadiga. • As trincas em fadiga seguidamente surgem na superfície do material em algum ponto de concentração de tensões. • Efeitos ambientais – térmicos e de corrosão • Submete-se o corpo de prova a um ciclo de tensões a uma amplitude relativamente grande (2/3LRT). • Conta o número de ciclos até a falha. • O procedimento é repetido com outros corpos de prova com amplitudes máximas de tensões progressivamente menores. • Dados plotados em função do log de número de ciclos até a falha RESULTADOS DO ENSAIO DE FADIGA CURVA -N OU CURVA WOHLER A CURVA -N REPRESENTA A TENSÃO VERSUS NÚMERO DE CICLOS PARA QUE OCORRA A FRATURA. Normalmente para N utiliza-se escala logarítmica Limite de resistência à fadiga (Rf): em certos materiais (aços, titânio,...) abaixo de um determinado limite de tensão abaixo do qual o material nunca sofrerá ruptura por fadiga. Para os aços o limite de resistência à fadiga (Rf) está entre 35-65% do limite de resistência à tração. Abaixo do LRF a falha por fadiga não irá ocorrer. Maior valor de que não irá causar falhas!!! Resistência à fadiga (f): em alguns materiais a tensão na qual ocorrerá a falhadecresce continuamente com o número de ciclos (ligas não ferrosas: Al, Mg, Cu,...). Nesse caso a fadiga é caracterizada por resistência à fadiga • Vida em fadiga (Nf): corresponde ao número de ciclos necessários para ocorrer a falha em um nível de tensão específico. FATORES QUE INFLUENCIAM A VIDA EM FADIGA • Tensão Média: o aumento do nível médio de tensão leva a uma diminuição da vida útil • Efeitos de Superfície: variáveis de projeto (cantos agudos e demais descontinuidades podem levar a concentração de tensões e então a formação de trincas) e tratamentos superficiais (polimento, jateamento, endurecimento superficial melhoram significativamente a vida em fadiga) • Efeitos do ambiente: fadiga térmica (flutuações na temperatura) e fadiga por corrosão. • Para estender a vida em fadiga de um material deve- se: • a) reduzir o nível médio de tensões, • b) eliminar descontinuidades e cantos vivos, • c) polir a superfície, • d) impor tensões residuais compressivas • e) enrijecer a superfície por nitretação. • Efeitos ambientais – tensões térmicas podem ser induzidas em componentes sujeitos a T elevadas e flutuantes, Ataques químicos ou por umidade podem levar a uma redução na vida em fadiga por corrosão. FLUÊNCIA (CREEP) FATORES QUE AFETAM A FLUÊNCIA • Temperatura • Módulo de elasticidade • Tamanho de grão Em geral, quanto maior o ponto de fusão, maior o módulo de elasticidade e maior o tamanho de grão maior é a resist. à fluência. RESUMO • Fratura – resposta a uma carregamento um material pode falhar de forma frágil (sem deformação plástica) ou dúctil (com grande deformação plástica). Em ambos os casos há a formação e propagação de trincas. • Sob tensão, materiais muito dúcteis formam um pescoço e fraturam num ponto. Formações de copo e cone aparecem em materiais moderadamente dúcteis. • Materiais dúcteis possuem trincas estáveis (não propagam a não ser que haja aumento na tensão aplicada). A fratura não é catastrófica e por isto este modo de fratura é preferido. • Materiais frágeis apresentam trincas instáveis que propagam muito rapidamente de forma catastrófica e sem deformação plástica. • Fadiga – tipo comum de falha catastrófica em que a tensão aplicada varia com o tempo. São feitos gráficos de tensão vs. Log. do número de ciclos. Em muitos materiais quanto menor a tensão, maior a sua vida em fadiga. • A resistência à fadiga é representada pela tensão de ruptura após um número específico de ciclos. • Muitos materiais apresentam tensão decrescente e estabilizada em função do tempo e o material não rompe. Dados apresentam variações significativas devido a falhas internas. Resumo • Fluência – é a deformação plástica, dependente do tempo, em materiais sujeitos a uma força ou tensão constantes em temperaturas superiores a, aproximadamente, 0,4Tm. • Uma curva de fluência típica (Deformação vs. Tempo), normalmente apresenta 3 regiões: 1) A fluência primária ou transiente em que a taxa de deformação (inclinação) diminui com o tempo; 2) A região secundária em que o gráfico torna-se linear com o tempo (taxa de deformação constante) e 3) a fluência terciária em que há aumento na taxa de deformação imediatamente antes da ruptura. • Parâmetros importantes de projeto incluem a taxa de deformação no estado estacionário (inclinação da região linear) e o tempo de vida até a ruptura. • Efeitos de tensão e temperatura em fluência – aumento nestes parâmetros provoca: a) aumento na deformação instantânea inicial; b) aumento na taxa de deformação no estado estacionário; c) redução na vida em fadiga.