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Guia para a realização da oficina pedagógica

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• I •
GUIA PARA A 
REALIZAÇÃO 
DA OFICINA 
PEDAGÓGICA
RESPONSABILIDADE ÉTICA DOS 
DISCENTES DO CURSO TÉCNICO 
EM QUÍMICA INTEGRADO AO 
ENSINO MÉDIO DO IFNMG
LISLEY LOURRANY NASCIMENTO SOUZA
WANDERSON PEREIRA ARAÚJO
• 1 •
GUIA PARA A 
REALIZAÇÃO 
DA OFICINA 
PEDAGÓGICA
RESPONSABILIDADE ÉTICA 
DOS DISCENTES DO CURSO 
TÉCNICO EM QUÍMICA 
INTEGRADO AO ENSINO 
MÉDIO DO IFNMG
LISLEY LOURRANY NASCIMENTO SOUZA
WANDERSON PEREIRA ARAÚJO
Montes Claros/MG
2020
• 2 •
S487p 
Serrão, Yoli Glenda da Silva.
 Planejamento participativo: como implementá-lo na educação profissional e
tecnológica. / Yoli Glenda da Silva Serrão, Maria Francisca Morais de Lima. –
Manaus, 2019.
 22 p. : il. color.
 Produto Educacional oriundo da Dissertação – Educação inovadora: uma
possibilidade na EPT. (Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica). –
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas, Campus
Manaus Centro, 2019.
 1. Educação profissional e tecnológica. 2. Sala de aula invertida. 3.
Metodologias ativas. I. Lima, Maria Francisca Morais de. II. Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas III. Título. 
CDD 378.013
Elaborada por Márcia Auzier CRB 11/597
Ficha catalográfica
Autores
LISLEY LOURRANY NASCIMENTO SOUZA
WANDERSON PEREIRA ARAÚJO
Diagramação e finalização
MICHELLE COSTA DE LIMA
E-mail: michellecdelima@gmail.com
Capa e ilustrações
Recursos do Freepik.com e Adobe Stock
Souza, Lisley Lourrany Nascimento
 Guia para a realização da oficina pedagógica / Lisley Lourrany Nascimento Souza, 
Wanderson Pereira Araújo. – Montes Claros: Instituto Federal do Norte de Minas 
Gerais, 2020. 
 63 p.
1. Oficina pedagógica. 2. Cursos técnicos. 3. Química. I. Araújo, Wanderson Pereira. II. 
IFNMG. III. Título.
Elaborado por Carlos Alexandre de Oliveira, Bibliotecário, CRB-6 2762
ISBN: 978-65-00-16862-4
 • 3 •
Somente o diálogo, 
que implica um 
pensar crítico, é capaz, 
também, de gerá-lo. 
(FREIRE, 2005)
 • 4 •
SUMÁRIO
05 APRESENTAÇÃO 
07 CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA 
19 PLANO DE TRABALHO 
19 RECOMENDAÇÕES INICIAIS
23 APRESENTAÇÃO DA OFICINA
25 OBJETIVOS
25 JUSTIFICATIVA
26 ETAPAS PREVISTAS
29 DETALHAMENTO DAS ATIVIDADES
29 CONTEXTUALIZAÇÃO
32 PLANIFICAÇÃO
35 REFLEXÃO
37 CONSIDERAÇÕES FINAIS
42 APÊNDICE A - FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO 
FINAL DO ESTUDANTE
47 APÊNDICE B - MATERIAL DE APOIO 
54 REFERÊNCIAS
• 5 •
APRESENTAÇÃO
Caro (a) leitor (a),
Este Guia para a realização da oficina pedagógica 
“Responsabilidade ética dos discentes do Curso 
Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio do 
IFNMG” constitui-se como produto educacional da 
dissertação intitulada: “A dimensão ética da formação 
do Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio do 
IFNMG: um estudo de caso”, desenvolvida no Mestrado 
Profissional em Educação Profissional e Tecnológica - 
ProfEPT, ofertado pelo Instituto Federal de Educação, 
Ciência e Tecnologia do Norte de Minas Gerais 
(IFNMG), campus Montes Claros, sob a orientação do 
Professor Dr. Wanderson Pereira Araújo. 
O produto educacional aqui descrito foi 
desenvolvido com 13 (treze) estudantes do 2º ano 
do curso Técnico em Química Integrado ao Ensino 
Médio do IFNMG, que aceitaram participar da pesquisa, 
entre os meses de julho e agosto de 2020. Propõe-se 
 • 6 •
a realização de uma oficina pedagógica cujo objetivo é possibilitar aos 
discentes do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio 
do IFNMG a reflexão sobre a sua responsabilidade ética, estimulando 
o reconhecimento crítico-reflexivo de seus próprios valores, em 
confronto com as situações apresentadas no diálogo e a formação de 
uma consciência crítica.
Neste material estão sistematizadas as orientações para o 
desenvolvimento da oficina no formato presencial, conforme foi 
inicialmente projetada. Devido à suspensão das aulas presenciais, em 
virtude da pandemia de Covid-19 e seus desdobramentos, a aplicação 
do produto educacional precisou ser adaptada, a fim de permitir a 
sua realização online, com o auxílio de ferramentas digitais como 
videoconferência e aplicativo de mensagens instantâneas. Assim, ao 
longo do Guia serão tecidas algumas considerações sobre as adaptações 
utilizadas na aplicação online.
Este Guia contém sugestões de trabalho com alunos do Curso 
Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio, no entanto, as atividades 
aqui sugeridas podem servir de orientação para a implementação em 
outros cursos dessa modalidade, por atender às diretrizes da Educação 
Profissional e Tecnológica, trabalhando aspectos importantes da formação 
humana integral. A configuração e o desenvolvimento deste produto se 
deram com a participação ativa dos sujeitos/estudantes. Portanto, a sua 
aplicação em outros contextos deverá levar em consideração a cultura, 
a realidade do lugar, o conhecimento e a experiência dos sujeitos, 
adequando às características e às necessidades próprias do público-alvo.
Bom trabalho!
• 7 •
A questão ética na educação ganha um espaço 
importante de discussão na sociedade atual. A relevância 
do tema é destacada nos principais documentos 
que norteiam a educação nacional, como a Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a Base 
Nacional Comum Curricular (BNCC) e os Parâmetros 
Curriculares Nacionais (PCN), além de ser abordada 
por conceituados educadores como Freire (2011) e 
Rios (2007). Os Parâmetros Curriculares Nacionais 
(PCN) apontam que é cada vez mais evidente a 
CONTEXTUALIZAÇÃO 
TEÓRICA
W
 • 8 •
necessidade de que a educação 
trabalhe a dimensão ética da 
formação dos alunos, possibilitando 
a compreensão sobre o conceito de 
justiça e a sua sensibilização para a 
construção de uma sociedade justa, 
a adoção de atitudes de respeito 
pelas diferenças entre as pessoas 
e também a adoção de atitudes 
de solidariedade, cooperação e 
repúdio à discriminação (BRASIL, 
1997). Essas recomendações 
compreendem as três virtudes 
enfatizadas nesta oficina: o respeito, 
a justiça e a solidariedade. 
Além da importância 
acadêmica do tema, a atenção 
dada à dimensão 
ética da formação 
dos estudantes 
nesta proposta 
de oficina se 
alinha às bases 
da Educação 
Profissional e 
Tecnológica, ao 
defender uma 
formação humana 
que busque superar a histórica 
vinculação, mediada ou imediata, 
com o mercado de trabalho e 
coloque os educandos como 
centro das finalidades dessa fase 
educacional, defendendo uma 
educação preocupada com a 
dimensão ética da formação de 
sujeitos autônomos e protagonistas 
de cidadania ativa (FRIGOTTO, 
2001; RAMOS, 2008). Educar 
para a emancipação e para uma 
leitura crítica do mundo exige 
que o processo educativo ajude 
o educando a compreender tanto 
suas condições de vida, quanto 
questões relacionadas ao trabalho 
na sociedade atual, aos problemas 
como o desemprego, as novas 
formas de trabalho emergentes, 
a desigualdade social, a miséria, 
as estruturas produtoras da 
desigualdade, da discriminação e 
como a educação se relaciona com 
o trabalho e com essa sociedade 
(FRIGOTTO; CIAVATTA; RAMOS, 
2005).
Sugestão de 
aprofundamento
Livro: Marx e a 
Pedagogia Moderna, 
de Mario Alighiero 
Manacorda.
• 9 •
Introduzindo 
o tema da 
oficina, o 
conceito de ética 
é concebido por 
Nosella (2008, p. 
256) como “[...] o 
ramo da filosofia 
que fundamenta 
científica e 
teoricamente a 
discussão sobre 
valores, opções 
( l i b e r d a d e ) , 
c o n s c i ê n c i a , 
responsabilidade, 
o bem e o mal, o 
bom e o ruim etc.”. Assim, a ética 
apresenta um caráter reflexivo e 
problematizador em relação às 
prescrições orientadoras da vida 
em sociedade. Nesse sentido, Rios 
(2007) acrescenta que:
A ética se apresenta como 
uma reflexão crítica sobre a 
moralidade, sobre a dimensão 
moral do comportamento do 
homem. Cabe a ela, enquanto 
investigação que se dá no 
interior da filosofia, procurar 
ver [...] claro fundo elargo 
os valores, problematizá-
los, buscar sua consistência 
(RIOS, 2007, p. 23).
A questão ética ocupa 
um lugar de destaque na obra 
do educador Paulo Freire, 
numa perspectiva de libertação, 
humanização e transformação do 
homem, em contraposição à ética 
do mercado, do individualismo e 
da exclusão social. A perspectiva 
ética em Freire, a qual fundamenta 
esta oficina, baseia-se em uma 
ética da vida, uma ética universal 
do ser humano, absolutamente 
indispensável à convivência. Essa 
ética universal do ser humano 
defendida por Freire tem como 
ponto de partida o oprimido, a 
vítima desumanizada, injustiçada e 
explorada, ferida em sua vocação 
ontológica do ser mais, numa busca 
por sua humanização e libertação, 
condenando a exploração da 
força de trabalho do ser humano, 
a mentira, a discriminação e 
defendendo a luta dos oprimidos 
Sugestão de 
aprofundamento
Livro: Ética, de 
Adolfo Sánchez 
Vázquez.
W
Playlist Filosofia 
da Educação, de 
Terezinha 
Azerêdo Rios.
https://www.youtube.com/watch?v=xe7K_SSC0Xs
 • 10 •
pela superação da contradição em 
que se acham (FREIRE, 2005).
A fim de 
oportunizar essa 
intervenção na 
realidade, a ética em 
Freire aponta para 
uma prática educativa 
crítica, transformadora 
e libertadora. A 
educação possui um 
importante papel na 
construção de uma 
nova realidade, promovendo, a 
partir do exercício democrático do 
diálogo e da reflexão, a formação de 
consciências críticas. Tendo em vista 
o caráter formador do processo 
educativo, no ambiente escolar é 
possível construir hábitos, atitudes e 
valores com base em uma reflexão 
de caráter ético, por meio do diálogo 
constante com os estudantes sobre 
temas como aceitação das diferenças, 
respeito, solidariedade, estimulando a 
aprendizagem de novas posturas em 
relação ao mundo enquanto se vive 
em diferentes espaços e situações 
(GUZZO; SCHROEDER, 2014).
Representa um desafio para 
a escola, inserida em uma sociedade 
capitalista que prioriza o lucro em 
detrimento da vida, da dignidade 
humana e da justiça, oferecer aos 
alunos uma educação humanista 
(TROMBETTA; TROMBETTA, 2018). 
A escola desempenha um papel 
significativo na construção de uma 
sociedade justa e solidária. Através 
de uma educação fundamentada 
em princípios ético-críticos, pode-
se contribuir para a formação 
de uma consciência crítica pelos 
estudantes. Com essa compreensão, 
foi elaborada a presente proposta de 
oficina pedagógica.
A oficina 
pedagógica, como 
proposta de 
trabalho em grupo, 
expressa pontos 
inovadores, mas 
também representa 
uma tradição 
que vem desde o 
trabalho de Kurt 
Lewin (1890 – 
1947), conhecido 
Sugestão de 
aprofundamento
Livro: Pedagogia da 
Autonomia, de Paulo 
Freire. 
Sugestão de 
aprofundamento
Livro: Oficinas 
em dinâmica de 
grupo: um método 
de intervenção 
psicossocial, 
de Maria Lúcia 
Miranda Afonso 
(org.).
• 11 •
como o fundador da teoria dos pequenos 
grupos (AFONSO, 2006). Conforme 
Vieira e Volquind (1997, p. 7), a oficina 
pedagógica é um “[...] espaço-tempo no 
qual interagem práticas, teorias, crenças 
e valores”, sendo uma alternativa 
metodológica que permite a investigação 
da realidade em sala de aula. Estimula o 
pensamento, o sentimento e a ação e 
provoca experiências necessariamente 
socializadas. Afonso (2006) acrescenta 
que a oficina pode ser concebida como:
[...] um trabalho estruturado 
com grupos, independentemente 
do número de encontros, sendo 
focalizado em torno de uma 
questão central que o grupo se 
propõe a elaborar, em um contexto 
social. A elaboração que se busca 
na oficina não se restringe a uma 
reflexão racional mas envolve os 
sujeitos de maneira integral, formas 
de pensar, sentir e agir (AFONSO, 
2006, p. 9).
Integrando as instâncias do 
pensar, do sentir e do agir, tal proposta 
deve proporcionar um espaço para a 
vivência, a reflexão e a construção de 
conhecimentos, um lugar não apenas 
para se fazer algo mas para pensar, 
sentir, problematizar, onde todos 
O trabalho 
envolvendo 
oficina visa a:
• Favorecer o 
enriquecimento 
integral e 
harmônico da 
personalidade 
de todos os 
participantes 
através de uma ação 
criativa e prazerosa;
• Incentivar o 
exercício do 
espírito crítico, 
decodificando a 
realidade;
• Promover a 
mudança de 
atitudes, através da 
responsabilidade 
compartilhada, do 
trabalho de grupo 
interdisciplinar 
e globalizante” 
(VIEIRA; 
VOLQUIND, 
1997, p. 22).
 • 12 •
devem respeitar-se, pensar de forma 
cooperativa e buscar resolver os 
problemas propostos em conjunto 
(VIEIRA; VOLQUIND, 1997). 
Os objetivos finais da oficina 
“[...] se enquadram na defesa de 
uma instituição escolar capaz 
de favorecer o desenvolvimento 
integral dos seres humanos e, por 
conseguinte, promotora de modelos 
de sociedade mais democráticos, 
cooperativos e justos” (VIEIRA; 
VOLQUIND, 1997, p. 14). Além 
disso, o trabalho com oficina busca 
incentivar o exercício do pensamento 
crítico a partir da decodificação da 
realidade, promovendo mudança de 
atitudes. Com esses fundamentos, a 
presente oficina propõe um processo 
de reflexão em grupo, com vistas a 
contribuir para a formação consciente 
e humana dos participantes.
Afonso (2006) orienta que 
o processo de concepção de uma 
oficina seja composto de quatro 
momentos. No primeiro deles é 
analisada a demanda, definindo-se o 
tema geral do trabalho, o que pode 
ser feito mediante um pedido do 
grupo ou uma necessidade observada 
pelo professor/mediador. Os detalhes 
que fundamentaram a concepção da 
demanda desta oficina encontram-se 
descritos na seção “Justificativa”. 
O segundo momento é o de 
pré-análise, que inclui o levantamento 
de dados e aspectos importantes do 
assunto que poderão ser trabalhados 
na oficina. Possibilita o levantamento de 
“temas-geradores” a partir de dados 
coletados com os participantes. A pré-
análise desta oficina foi realizada por 
meio da aplicação de um questionário, 
que teve como objetivo identificar o 
perfil dos participantes, bem como 
obter informações preliminares sobre 
a sua compreensão a respeito do tema 
“ética” e dos principais problemas 
éticos da sociedade atual, na opinião 
dos estudantes. Também possibilitou 
a coleta de informações importantes 
para nortear a decisão sobre quais 
assuntos relacionados ao tema 
poderiam ser trabalhados na oficina, 
os “temas-geradores”, a partir das 
respostas dadas pelos participantes. 
Segundo Afonso (2006, p. 34) “Os 
‘temas-geradores’, a exemplo das 
• 13 •
palavras-geradoras de Paulo Freire, 
mobilizam o grupo porque se 
relacionam à sua experiência, tocam 
nos conflitos e nas possibilidades, 
aguçam o desejo de participação 
e troca”. Os “temas-geradores” 
identificados com a aplicação do 
questionário foram agrupados em 
dois subtemas, que orientaram o 
diálogo na primeira etapa da oficina: 
“problemas sociais” e “preconceito, 
sensibilidade ao outro e respeito”.
No terceiro momento de 
concepção da oficina, ocorrem o foco 
e o enquadre. O foco diz respeito ao 
que se pretende trabalhar, de acordo 
com o que foi levantado na pré-
análise. O enquadre está relacionado à 
definição do número de participantes, 
contexto institucional, local, recursos 
necessários e número de encontros 
(AFONSO, 2006). Os dados relativos 
a essa fase do planejamento da oficina 
encontram-se descritos na seção 
“Apresentação da oficina” deste Guia.
No último momento, 
denominado planejamento flexível, 
realizam-se a definição e organização 
do trabalho. A preparação do 
professor/mediador deve incluir a 
antecipação de temas e estratégias, 
objetivando qualificar-se para conduzir 
a oficina, porém é preciso estar 
aberto para adequar o planejamento 
aos interesses do grupo (AFONSO, 
2006). Uma vez delineados os 
principais aspectos da oficina, nesse 
último momento do planejamento 
define-se sua organização.A organização da oficina, 
para Vieira e Volquind (2002), 
pode ser dividida em três etapas: 
contextualização, planificação e 
reflexão. Na primeira etapa, a 
contextualização, os alunos são 
situados na realidade da oficina, 
verificando-se os conhecimentos 
prévios sobre o tema. Ocorre 
também uma apresentação expositiva 
conceitual sobre o assunto. Em 
seguida, os alunos são colocados 
frente a uma ou mais situações-
problema, relacionadas ao tema a 
ser estudado, devendo expressar 
conceitos espontâneos, promovendo 
o conflito sociocognitivo e o repensar 
de seus “pré-conceitos” (VIEIRA; 
VOLQUIND, 2002). O conflito 
 • 14 •
sociocognitivo ocorre quando o 
processo de interação social cria um 
estado de divergência de opiniões ou 
de soluções pessoais. Refere-se “[...] 
à natureza do pensamento coletivo e 
caracteriza um conflito entre respostas 
socialmente diferentes, que designam 
também naturezas cognitivas distintas, 
porque em cada sujeito a incidência 
da interação suscita uma resposta 
interna diferente, produzindo um 
conflito interno” (ADÁN-COELLO, 
2008, p. 10). As reações dos sujeitos a 
essas perturbações devem gerar novas 
construções, tornando-se o conflito 
um estímulo à mudança.
Para permitir esse processo, 
o professor ou mediador deve 
evitar transmitir diretamente sua 
opinião, estimulando a exposição dos 
diversos pontos de vista, bem como 
sua contraposição, realimentando 
o diálogo com perguntas sempre 
que necessário. A interlocução 
deve ocorrer principalmente entre 
os alunos e não entre o aluno e 
o professor/mediador (VIEIRA; 
VOLQUIND, 2002). Assim, “[...] pode-
se lançar mão de músicas, textos, 
observações diretas, vídeos, pesquisas 
de campo, experiências práticas, 
enfim, vivenciar ideias, sentimentos, 
experiências, num movimento de 
reconstrução individual e coletiva” 
(ANASTASIOU; ALVES, 2004, p. 96). 
Esse diálogo irá propiciar uma melhor 
compreensão da visão dos estudantes 
diante das questões que serão 
colocadas em pauta. Para Freire (2005, 
p. 156), “O diálogo, como encontro 
dos homens para a ‘pronúncia’ do 
mundo, é uma condição fundamental 
para a sua real humanização”. Como 
elemento central na construção desta 
oficina, o diálogo possui sua relevância 
justificada na sua potencialidade de 
favorecer o pensamento crítico.
Na segunda etapa, a planificação, 
ocorre o planejamento de ações para a 
resolução de um problema em comum 
e a construção de recursos, os quais são 
compreendidos como os mecanismos, 
artefatos ou instrumentos produzidos 
para resolver um problema, para 
atingir um objetivo desejado, tendo 
uma finalidade social nesta proposta. 
Os recursos a serem produzidos 
deverão respeitar as aptidões 
• 15 •
e interesses dos participantes, 
podendo ser no formato de vídeo, 
música, peça teatral, poesia, mural, 
charge / quadrinho / tirinha, desenho, 
pintura ou outro que atenda melhor 
a equipe. A produção dos estudantes 
deve expressar sua sensibilidade 
em relação ao tema abordado, 
visto que a arte instiga a revisão de 
pensamentos e posicionamentos, 
pois a sensibilidade estética permite 
compreensões e reflexões de 
caráter ético. Assim, essa iniciativa 
busca possibilitar aos estudantes 
experienciarem o processo educativo 
ética e esteticamente (CHAVES; 
GEORGEN, 2017).
A palavra estética se origina 
do grego aisthetikós, que se relaciona 
ao ato de admirar, envolvendo 
a sensibilidade humana, estando 
o sensível ligado ao respeito às 
diferenças, à rejeição às injustiças e 
às ações que contrariam a ética. O 
reconhecimento da ética e da estética 
na formação humana é fundamental 
para contribuir para a formação 
de pessoas críticas, autônomas, 
socialmente responsáveis, que 
saibam respeitar as diferenças e agir 
em favor do bem comum (CHAVES; 
GEORGEN, 2017).
O grupo deve dialogar sobre 
as principais dificuldades observadas 
após o diálogo inicial ou pontos de 
interesse comuns, a fim de definir 
o eixo condutor da elaboração 
do recurso, buscando atender às 
necessidades dos participantes. 
Nesse processo, os estudantes 
enfrentarão obstáculos, aprenderão a 
questionar-se e apropriar-se melhor 
de sua realidade, sendo um momento 
de máxima aprendizagem e interesse 
em mudanças. Nessa etapa, a temática 
é mais explorada pelos alunos, dando 
vida ao tema da oficina através 
das ações em grupo, exigindo dos 
participantes um nível mais elaborado 
de reflexão e crítica, apropriando-se 
dos conceitos, confrontando-os com 
seus juízos morais pré-concebidos 
e reformulando-os a partir da 
problematização inicial (VIEIRA; 
VOLQUIND, 2002).
 Na última etapa, a reflexão, 
ocorre a sistematização dos 
conhecimentos produzidos e a 
 • 16 •
avaliação das atividades realizadas, 
havendo a socialização das percepções 
decorrentes das atividades, por meio 
de relatos e reflexões. A avaliação 
propiciará a análise do que foi 
atingido, o que pode ser acrescentado 
ou modificado, alcançando os níveis 
cognitivo, afetivo e social (VIEIRA; 
VOLQUIND, 2002). A concepção de 
avaliação utilizada nesta oficina foi 
formativa e reflexiva, tendo como 
base as orientações de Freire (2011, 
p. 63) de que “[...] o trabalho do 
professor é o trabalho do professor 
com os alunos e não do professor 
consigo mesmo”, ressaltando o 
respeito à autonomia dos discentes, 
mediante a sua participação no 
processo avaliativo.
Apoiados nos fundamentados 
teóricos e metodológicos propostos 
pelos autores que embasam esta 
oficina, apresentamos os principais 
elementos que a caracterizam:
DIÁLOGO
Esta oficina busca promover e incentivar o diálogo como reflexão 
crítica da realidade. Assume um caráter essencialmente interativo e 
comunicativo entre os sujeitos, não sendo compreendida como algo 
mecânico, mas valorizando o potencial participativo dos estudantes.
COLABORAÇÃO
A construção da oficina deve ocorrer de forma coletiva. Não se 
trata de pensar em uma oficina para os discentes, mas com os 
discentes, respeitando e priorizando suas opiniões e contribuições 
para a construção do processo, devendo o conteúdo trabalhado e o 
recurso produzido refletir os interesses dos participantes.
• 17 •
DIVERSIDADE
Tanto em relação aos temas abordados quanto em relação às demandas 
tratadas durante a produção do recurso, a oficina deve respeitar e 
valorizar as diferenças, contribuindo para a formação de um espaço plural, 
de afirmação da diversidade.
PREOCUPAÇÃO COM A FORMAÇÃO 
HUMANA INTEGRAL
Partindo de uma concepção de formação humana que vise à integração de 
todas as dimensões da vida no processo formativo, busca-se contribuir para 
a formação humana integral dos sujeitos, ao trabalhar a sua dimensão ética.
FLEXIBILIDADE
Desde a pré-análise, na qual é realizado o levantamento de dados e 
aspectos importantes do tema que poderão ser trabalhados na oficina, 
a partir das opiniões dos participantes, até a construção do recurso, que 
busca atender às necessidades destes, a adaptabilidade às características 
e interesses do grupo deve estar presente, não podendo haver um 
planejamento rígido, mas que possa se adequar ao contexto de aplicação.
AÇÃO VOLTADA PARA O CONTEXTO SOCIAL
Visa à produção de propostas de intervenção social, pensadas a partir 
da problematização da realidade social pelos participantes, partindo 
da “leitura do mundo” dos estudantes e buscando ir além dela.
 • 18 •
Tendo em vista os aspectos aqui 
apontados, acredita-se que a oficina 
pedagógica seja um instrumento capaz de 
contribuir para o aprofundamento de ações 
educativas que favoreçam a reflexão sobre 
a responsabilidade ética dos educandos, a 
partir da problematização de questões 
relacionadas à ética, contextualizadas à 
realidade dos estudantes, abrindo uma 
oportunidade de diálogo e aprendizado, 
para a construção de uma consciência 
ético-crítica. 
A seguir encontra-se o plano 
de trabalho utilizadopara a realização 
da oficina “Responsabilidade ética dos 
discentes do Curso Técnico em Química 
Integrado ao Ensino Médio do IFNMG”, 
com as adequações e aprimoramentos 
resultantes de sua aplicação e avaliação.
• 19 •
RECOMENDAÇÕES INICIAIS
Com base nos estudos de Afonso (2006), 
Anastasiou e Alves (2004) e Vieira e Volquind 
(1997), separamos alguns pontos importantes que 
devem ser observados para melhor andamento da 
oficina pedagógica.
PLANO DE 
TRABALHO
W
 • 20 •
O primeiro passo para realização de uma oficina é a escolha do tema. 
Essa pode ser feita de acordo com uma necessidade observada pelo professor/
mediador ou através de levantamento direto com os participantes sobre temas 
de seu interesse.
Recomenda-se que a oficina seja realizada com não mais que 15 
participantes, possibilitando assim um diálogo mais rico, maior participação 
dos envolvidos e melhor acompanhamento do professor/mediador. Podem 
ser usadas fichas de inscrição para organizar a quantidade de participantes, 
realizando mais de um encontro, se preciso.
Alguns pontos importantes devem ser observados para o bom 
andamento da oficina. A escolha e reserva do local deverão ser feitas com 
antecedência, observando o espaço necessário, os recursos como aparelhos 
de som ou projetor multimídia, a iluminação, as condições climáticas caso seja 
em espaço aberto, bem como possíveis ruídos ou movimentações que possam 
atrapalhar o andamento. 
Todo o material necessário para uso do professor/mediador e dos 
participantes deverá ser previamente separado, evitando, assim, imprevistos e 
improvisos. Se possível, pode ser organizada uma pasta para cada participante, 
contendo materiais como bloco de anotações, canetas e outros itens que 
possam ser úteis à realização das atividades propostas. Caso os participantes 
não se conheçam, podem ser providenciados crachás, a fim de facilitar a 
comunicação entre todos.
ANTES DA OFICINA
• 21 •
 As etapas da oficina devem ser preparadas antecipadamente, podendo-
se organizar um roteiro para acompanhamento de cada momento. É importante 
estar atento ao tempo necessário para a realização de cada etapa, evitando-
se, assim, o não cumprimento das atividades propostas. Além da organização 
das etapas, o professor/mediador deve se preparar previamente por meio da 
revisão do tema a ser trabalhado, a fim de que possa coordenar as atividades 
com segurança.
Os participantes devem ser recebidos desde a chegada com acolhimento 
e atenção. Caso não se conheçam, sugere-se a realização de uma dinâmica de 
apresentação. 
É importante informar aos participantes sobre o tema da oficina, os 
objetivos propostos, os resultados esperados, as etapas previstas, a técnica 
escolhida e a dinâmica do diálogo, para que se sintam seguros e confortáveis.
A oficina não deve se caracterizar como uma aula ou palestra do 
professor/mediador. Deve-se criar uma atmosfera que estimule o diálogo, 
acompanhando todas as falas com atenção, observando se está havendo 
envolvimento e interesse pelo tema. Deve-se buscar estimular os diálogos 
profícuos e, se preciso, reorientá-los caso os participantes demonstrem 
desinteresse ou caso as falas se tornem dispersas. O professor/mediador deve 
tratar a todos de forma respeitosa, não emitindo julgamentos ou opiniões que 
envergonhem ou intimidem os participantes.
DURANTE A OFICINA
 • 22 •
Para o acompanhamento da participação dos estudantes, pode-se utilizar 
um diário de aplicação da oficina, observando o andamento, a contribuição de 
cada integrante, o comprometimento, as dificuldades encontradas, podendo 
auxiliar no processo de avaliação e também para o aperfeiçoamento da técnica.
Durante a oficina é importante que seja realizado um processo 
constante de avaliação. Ao final, recomenda-se uma avaliação em grupo, buscando 
sistematizar os conhecimentos produzidos, avaliar as atividades realizadas, 
tanto o processo quanto o recurso resultante e permitir que cada um faça sua 
autoavaliação, observando as contribuições da oficina em um âmbito pessoal 
e o alcance dos objetivos propostos, priorizando a percepção dos estudantes.
A avaliação realizada durante a oficina poderá ser complementada 
após a finalização, possibilitando assim a coleta de opiniões que, por alguma 
razão, não tenham sido manifestadas durante a avaliação coletiva. O uso de 
um questionário online sem identificação poderá ser útil, inclusive, para que os 
participantes expressem os pontos negativos observados durante o evento e 
possíveis sugestões de melhoria.
DEPOIS DA OFICINA
• 23 •
Esta oficina 
visa a criar um espaço 
de reflexão, de 
aprendizagem e de 
troca de experiências 
sobre o tema 
“Responsabilidade ética 
dos discentes do Curso 
Técnico em Química 
Integrado ao Ensino 
Médio do IFNMG”. 
Enfoca, principalmente, 
questões relacionadas 
à desigualdade social, 
aos problemas 
habitacionais, ao 
trabalho infantil, 
ao desemprego, à 
fome, à precariedade 
na educação e na 
saúde públicas e ao 
preconceito, problemas 
manifestos em nossa 
sociedade, os quais 
foram abordados 
no questionário 
inicial respondido 
pelos participantes, 
que contribuiu para 
a delimitação dos 
subtemas trabalhados. 
O quadro a seguir 
apresenta algumas 
informações sobre a 
oficina.
APRESENTAÇÃO 
DA OFICINA
O Curso Técnico em 
Química Integrado ao 
Ensino Médio do IFNMG, 
campus Montes Claros, 
foi implantado no ano 
de 2012, com o objetivo 
de “formar profissionais 
cidadãos técnicos de 
nível médio competentes 
técnica, humanística, 
ética e politicamente, 
com elevado grau de 
responsabilidade social 
para exercer papel social 
no mundo do trabalho 
e em suas relações 
interpessoais, sejam 
profissionais ou não”.
Para mais informações 
acesse o 
Projeto Pedagógico de 
Curso. 
ATENÇÃO: O desenvolvimento da oficina seguiu todas as normas do Comitê de Ética em Pesquisa, 
sendo a coleta de dados iniciada somente após a aprovação do projeto e o preenchimento dos 
Termos de Consentimento e Assentimento pelos estudantes e seus responsáveis.
https://www.ifnmg.edu.br/cursos-moc/tecnicos/38-portal/montes-claros/montes-claros-cursos/1855-curso-tecnico-em-quimica-integrado-ao-ensino-medio
https://www.ifnmg.edu.br/cursos-moc/tecnicos/38-portal/montes-claros/montes-claros-cursos/1855-curso-tecnico-em-quimica-integrado-ao-ensino-medio
 • 24 •
QUADRO DESCRITIVO
Tema da oficina
Responsabilidade ética dos discentes do 
Curso Técnico em Química Integrado ao 
Ensino Médio do IFNMG
Local de realização
Instituto Federal de Educação, Ciência e 
Tecnologia do Norte de Minas Gerais - 
Campus Montes Claros
Carga horária
20 horas (05 horas presenciais e 15 horas 
semipresenciais)
Nível de 
escolarização para a 
qual será dirigida
Curso Técnico em Química Integrado ao 
Ensino Médio
Número de 
participantes
10 (dez) a 15 (quinze) participantes
Materiais 
necessários
Sala com capacidade para comportar os 
participantes confortavelmente
Aparelho televisor ou projetor multimídia
Slides com material para orientar o diálogo
Caderno de anotações
Canetas
Crachás
Bloco autoadesivo (post it)
Pincéis atômicos coloridos
Revistas de assuntos gerais atuais 
Blocos plásticos coloridos de montar para 
dinâmica 
Caixa de doces para dinâmica
Fonte: Da autora, 2020.
• 25 •
● Possibilitar aos discentes do Curso 
Técnico em Química Integrado ao 
Ensino Médio do IFNMG a reflexão 
sobre a sua responsabilidade ética, 
estimulando o reconhecimento 
crítico-reflexivo de seus próprios 
valores, em confronto com as 
situações apresentadas no diálogo e a 
formação de uma consciência crítica;
● Fomentar o diálogo e a ampliação 
da compreensão a respeito do tema 
“ética” e das virtudes de respeito, 
justiça e solidariedade pelos discentes;
● Construir, a partir dos diálogos feitos 
em grupo, recursos que abordem as 
inquietações relacionadas à questão 
ética na sociedade atual, possibilitando 
o surgimentode um espaço de troca, 
colaboração e interação;
● Proporcionar um momento de 
reavaliação de conceitos, pensamentos 
e atitudes em relação a si mesmo e ao 
outro, através do compartilhamento 
de ideias e do trabalho em equipe.
OBJETIVOS
JUSTIFICATIVA
Analisando alguns dos 
principais documentos oficiais que 
norteiam a educação nacional, observa-
se a atenção dada à importância da 
ética na formação dos estudantes. Os 
Parâmetros Curriculares Nacionais 
compreendem que “[...] a ética é 
um eterno pensar, refletir, construir. 
E a escola deve educar seus alunos 
para que possam tomar parte nessa 
construção, serem livres e autônomos 
para pensarem e julgarem” (BRASIL, 
1997, p. 50). 
Diante dessa relevância, a 
contribuição que se pretende dar 
ao debate já existente sobre o tema 
é a utilização da oficina pedagógica 
como uma alternativa para 
possibilitar a reflexão dos estudantes 
sobre sua responsabilidade ética, 
proporcionando a ampliação da 
percepção a respeito do assunto, 
configurando-se em um espaço de 
troca, colaboração e interação, além 
de buscar incentivar o exercício 
do pensamento crítico a partir 
 • 26 •
ETAPAS PREVISTAS
da decodificação da realidade, 
estimulando a mudança de atitudes 
e pensamentos. Freire (2011, p. 120) 
orienta que respeitar a leitura de 
mundo do educando “é a maneira 
correta que tem o educador de, 
com o educando e não sobre ele, 
tentar a superação de uma maneira 
mais ingênua por outra mais crítica 
de inteligir o mundo”. Assim, este 
trabalho também se justifica pela 
necessidade de criar espaços de 
discussão dos problemas sociais 
emergentes com os estudantes, 
permitindo que, a partir do 
aprofundamento e discussão 
da realidade, sejam capazes de 
transformá-la.
A construção de uma escola 
que se fundamente em virtudes 
éticas requer vontade política, da 
sociedade e da comunidade escolar. 
Trata-se de uma construção coletiva, 
na qual a participação de todos e o 
diálogo promovam o crescimento e 
a autonomia dos educandos. Viver 
de forma ética exige que se lute 
por mais justiça e igualdade social 
e o papel da educação nessa luta é 
de denunciar a realidade e anunciar 
a possibilidade de um mundo justo, 
ao problematizar a realidade social 
opressora, fazendo emergir nas 
consciências dos educandos o 
compromisso com os outros e com o 
mundo que os cerca (TROMBETTA; 
TROMBETTA, 2018).
Para adaptação ao formato 
online, as cinco horas previstas 
para os encontros presenciais 
foram realizadas por meio 
de videoconferência, em 
um encontro com todos os 
estudantes presentes na sala 
virtual. As quinze horas no 
formato semipresencial foram 
realizadas por cada grupo, 
separadamente, utilizando 
WhatsApp, videoconferência 
e e-mail.
As atividades da oficina 
têm duração de 20 horas, sendo 05 
presenciais e 15 semipresenciais. 
Para garantir a melhor utilização do 
tempo, prevê-se que essas atividades 
se desenvolvam em três partes, 
conforme o quadro a seguir:
• 27 •
ORGANIZAÇÃO DA OFICINA
PARTE 1 - PRESENCIAL
Etapa Atividade Duração
Contextualização
Apresentação do professor/mediador, 
esclarecimentos sobre o tema da 
oficina, os objetivos e as etapas 
previstas, a técnica escolhida e a 
dinâmica do diálogo
05 min
Apresentação dos estudantes 15 min
Realização da atividade “tempestade 
cerebral”
05 min
Síntese conceitual sobre ética, moral 
e valores
15 min
Análise e interlocução sobre os 
materiais trazidos para reflexão, no 
formato de slides, representando 
situações-problema relacionadas 
ao tema a ser estudado (materiais 
previamente selecionados de 
revistas, jornais, redes sociais, livros, 
fotografias, pinturas, poesias, letras de 
música, vídeos, dinâmicas, enquetes ou 
outros)
100 min
Finalização da primeira parte, 
avaliação da atividade desenvolvida e 
orientações sobre as próximas etapas 
da oficina
10 min
Carga horária parte 1 02h30min
 • 28 •
PARTE 2 – SEMIPRESENCIAL
Etapa Atividade Duração
Planificação
Divisão do grupo em equipes. 
Diálogo para identificação 
das principais dificuldades 
identificadas ou pontos de 
interesse comuns, a partir da 
etapa de contextualização. 
Escolha de um assunto de 
interesse, planejamento e 
elaboração de um recurso com 
auxílio do professor/mediador, 
com o uso de ferramentas 
online e/ou encontros 
presenciais, conforme a 
necessidade do grupo
15 horas
Carga horária parte 2 15h
PARTE 3 - PRESENCIAL
Etapa Atividade Duração
Planificação 
(continuação)
Apresentação do recurso 
elaborado pelas equipes
90 min
Reflexão
Socialização das conclusões das 
equipes
30 min
Avaliação do processo e do 
recurso produzido
20 min
Encerramento 10 min
Carga horária parte 3 02h30min
Carga horária total 20h
Fonte: Da autora, 2020.
• 29 •
DETALHAMENTO 
DAS ATIVIDADES
Após a acolhida dos 
participantes, nesse primeiro 
momento devem ser iniciadas as 
atividades a partir da apresentação 
do tema da oficina, os seus objetivos 
e as etapas previstas, a técnica 
escolhida e a dinâmica do diálogo. 
Logo em seguida, os estudantes, 
dispostos em um semicírculo, 
devem se apresentar a fim de gerar 
um maior entrosamento no grupo. 
Ao se apresentar, cada estudante 
deverá responder à pergunta: “o 
que você quer ser quando crescer?”, 
cujas respostas serão retomadas ao 
final da oficina.
Para iniciar o diálogo sobre 
o tema, deverá ser realizada a 
atividade “tempestade cerebral”, 
entregando uma folha de papel 
CONTEXTUALIZAÇÃO
Para adaptação ao formato online, foi 
utilizada uma sala virtual, fornecida 
pelo serviço de Conferência Web da 
Rede Nacional de Ensino e Pesquisa.
Para adaptação ao formato 
online, a atividade “tempestade 
cerebral” foi realizada utilizando-
se o recurso de bate-papo da sala 
virtual, no qual os participantes 
inseriram suas respostas.
 • 30 •
autoadesivo (post it) para cada 
estudante e pedindo que escrevam 
uma palavra que associem ao tema 
“ética”. Deve-se esclarecer que não 
há palavra certa ou errada, devendo 
os estudantes colar o papel no 
quadro ao terminar de escrever, 
formando uma nuvem de palavras. 
Após todos participarem, deverá ser 
feito um levantamento das principais 
palavras mencionadas, observando 
se houve alguma mais recorrente 
e, se necessário, solicitando 
esclarecimento quanto a alguma 
palavra cuja relação com o tema não 
tenha sido compreendida.
Partindo do levantamento 
feito com os alunos, deverá ser 
realizada uma apresentação 
expositiva, em diálogo com os 
estudantes, sobre o conceito de 
ética, sua relação com a moral 
e valores e sua importância em 
nossa sociedade. Sugere-se que 
a apresentação seja baseada nos 
autores que fundamentam esta 
oficina (FREIRE, 2011; RIOS, 2007; 
VÁZQUEZ, 2012).
Em seguida deverá ser 
realizado um momento de diálogo 
sobre os materiais selecionados 
para reflexão, apresentados através 
do uso de um aparelho televisor 
ou projetor multimídia, no qual 
poderão ser mostrados materiais 
retirados de revistas, jornais, redes 
sociais, livros, fotografias, pinturas, 
poesias, letras de música, vídeos, 
dinâmicas, enquetes ou outros, que 
reflitam problemas sociais atuais 
como desigualdade social, problemas 
habitacionais, trabalho infantil, 
fome, desemprego, precariedade 
na educação e na saúde públicas e 
preconceito, buscando fomentar 
o diálogo e a livre expressão dos 
alunos, dentro do tema proposto. 
“Cabe ao professor situar
os alunos na realidade da 
oficina, verificando o que 
sabem sobre o assunto
 em estudo, quais seus
 interesses” (VIEIRA; 
VOLQUIND, 1997, p. 24).
• 31 •
Os estudantes precisam ser 
estimulados a manifestar sua opinião, 
sua compreensão, concordância ou 
discordância sobre o assunto em 
pauta, permitindo que expressem 
conceitos de forma espontânea, 
promovendo um repensar das 
próprias opiniões e também da 
opinião dos colegas. O responsável 
pela oficina irá atuar como mediador 
do diálogo, fazendoquestionamentos 
quando entender necessário, 
solicitando explicações ou pedindo 
que o assunto seja melhor esclarecido. 
O material apresentado durante a 
oficina “Responsabilidade ética dos 
discentes do Curso Técnico em 
Química Integrado ao Ensino Médio 
do IFNMG” encontra-se apenso, 
para consulta.
Para encerrar essa etapa, 
deve-se realizar uma síntese dos 
momentos anteriores, buscando 
identificar as principais situações-
problema apontadas pelos alunos, 
relacionando as interlocuções 
ocorridas com os conceitos teóricos 
apresentados. Após a finalização 
desse momento, os alunos devem 
ser orientados sobre as próximas 
etapas da oficina, que incluirão a 
identificação de uma dificuldade 
ou interesse comum relacionado 
ao tema trabalhado, a divisão do 
grupo em equipes, de acordo com o 
número de participantes e a escolha 
de um assunto específico pelo qual 
se interessem, relacionado aos 
subtemas da oficina, a fim de que 
possam aprofundar-se para a criação 
de um recurso a ser apresentado 
aos colegas, conforme detalhamento 
a seguir. 
“Cabe ao professor promover 
o espaço para a discussão, 
permitindo que ocorram as 
rupturas e novas construções. 
O professor deve saber 
intervir nos debates, 
propondo reflexões e, até 
mesmo, pausas para que 
outras construções possam 
acontecer” (VIEIRA; 
VOLQUIND, 1997, p. 17).
 • 32 •
Após o encerramento do 
primeiro encontro, o grupo deverá 
dialogar, por meio de encontros 
presenciais e do uso de WhatsApp, 
e-mail, videoconferência ou outra 
ferramenta de sua preferência, 
sobre as principais dificuldades 
encontradas ou pontos de 
interesse comuns, a fim de definir 
o eixo condutor da elaboração 
do recurso, buscando atender às 
necessidades dos participantes. 
Uma vez identificada a dificuldade 
ou interesse comum pelos 
estudantes, deverá ser realizada a 
divisão das equipes e escolha do 
subtema a ser trabalhado.
Os alunos devem ser 
incentivados a pesquisar e 
explorar materiais que abordem 
os assuntos de seu interesse, sendo 
disponibilizados, tão somente 
para apoio, materiais previamente 
selecionados de revistas, jornais, 
redes sociais, livros, fotografias, 
pinturas, poesias, letras de música, 
vídeos ou outros, para que 
possam planejar a elaboração 
de um recurso que aborde 
suas inquietações a respeito da 
questão ética na sociedade atual, 
com o auxílio do professor/
mediador e que busque provocar 
uma autorreflexão e também a 
autorreflexão dos colegas aos 
quais o recurso será apresentado.
“Ao realizar uma tarefa 
em conjunto, os alunos 
estarão aprendendo a 
confrontar opiniões, 
desenvolver estratégias 
PLANIFICAÇÃO
mais adequadas, 
valorizando a cooperação” 
(VIEIRA; VOLQUIND, 
1997, p. 50).
• 33 •
Respeitando as aptidões 
próprias de cada um, os alunos 
poderão escolher o recurso 
entre as sugestões apresentadas, 
como a elaboração de um vídeo/
documentário, música, poesia, mural 
virtual, charge/quadrinho/ tirinha, 
pintura ou poderão sugerir outra 
opção que atenda melhor a equipe. 
Os alunos farão o 
planejamento e execução das ações 
para a elaboração do recurso no 
prazo de, pelo menos, 15 dias, com 
acompanhamento e auxílio do 
professor/mediador, apresentando-o 
aos demais colegas na terceira parte 
da oficina. Esse deve ser um momento 
de aprendizagem, apropriação 
do saber, reflexão e autocrítica. 
Cada equipe deverá preparar uma 
apresentação do recurso elaborado 
com aproximadamente 20 minutos, 
ou conforme a necessidade e 
disponibilidade de tempo.
A apresentação deverá 
conter informações sobre o 
problema escolhido e os motivos 
Em virtude de esta etapa 
ocorrer em sua maior parte à 
distância, o tempo necessário 
ao diálogo e construção 
do recurso pode ser maior, 
conforme necessidade do 
grupo. Na aplicação realizada, 
o prazo demandado pelos 
estudantes foi de 35 dias 
para elaboração do recurso.
“A troca de experiência 
deve levar em conta a 
vivência de cada 
participante da oficina, 
suas habilidades e 
conhecimentos” 
(VIEIRA; VOLQUIND, 
1997, p. 17).
“Nas oficinas faz-se
necessário momentos 
de ação, de vivência, 
de reflexão e
conceitualização, 
mas acima de tudo, 
será preciso atender 
às necessidades dos 
participantes” (VIEIRA; 
VOLQUIND, 1997, p. 22).
 • 34 •
que levaram à sua escolha, buscando 
atender à dificuldade ou ponto 
de interesse comum encontrado 
pelo grupo. Uma vez finalizado o 
diálogo, a pesquisa e produção dos 
recursos pelas equipes, na terceira 
parte da oficina, continuando 
a etapa de planificação, deverá 
ocorrer a socialização dos recursos 
produzidos e o diálogo entre as 
equipes. 
Na experiência de implementação 
da oficina realizada, o grupo 
identificou que sua dificuldade 
estava em compreender de que 
forma poderia contribuir para 
a superação dos problemas 
dialogados durante a oficina. Essa 
dificuldade orientou a construção 
do recurso pelas equipes, que 
buscaram, após a escolha de um 
problema de seu interesse, refletir 
em busca de minimizar essa 
dificuldade.
• 35 •
REFLEXÃO
Nesta última etapa 
deverá ser feita a socialização 
das conclusões das equipes após 
as apresentações, realizando-
se uma avaliação da oficina, 
tanto do processo quanto do 
recurso elaborado, de forma 
coletiva, tendo cada aluno a 
oportunidade de se expressar 
oralmente sobre as impressões 
a respeito da realização da 
oficina, importância e atualidade 
do assunto, o que aprenderam 
durante o processo, os 
sentimentos experienciados, 
pontos positivos, pontos a 
desenvolver e sugestões. 
Poderão também fazer um 
relato sobre o percurso de 
construção do recurso e se de 
alguma forma sua participação 
colaborou para um exercício de 
autoavaliação e para a reflexão 
sobre sua responsabilidade ética, 
contribuindo para a formação 
de uma consciência crítica.
A oficina será finalizada 
com as considerações do 
professor/mediador, fazendo 
uma avaliação sobre as atividades 
realizadas e retomando 
as respostas dadas ao 
questionamento feito durante 
o primeiro encontro: “o que 
você vai ser quando crescer?”, 
ressaltando a importância de 
que, para além de uma formação 
profissional, é preciso refletir 
sobre o que queremos ser 
como seres humanos, cidadãos, 
em um mundo que precisa de 
pessoas comprometidas com a 
construção de uma sociedade 
justa e solidária. 
 • 36 •
Após o encerramento 
do último encontro, poderá 
ser utilizado, adicionalmente ao 
processo avaliativo/autoavaliativo 
que permeou todas as etapas, um 
questionário respondido de forma 
anônima, permitindo aos estudantes 
se expressarem com maior liberdade 
sobre suas impressões e contribuindo 
também para a avaliação pelo 
professor/mediador. O questionário 
utilizado nesta oficina encontra-se 
apenso.
• 37 •
CONSIDERAÇÕES 
FINAIS
A proposta de oficina pedagógica aqui 
apresentada teve como objetivo possibilitar 
aos discentes do Curso Técnico em Química Integrado 
ao Ensino Médio do IFNMG a reflexão sobre a sua 
responsabilidade ética, estimulando o reconhecimento 
crítico-reflexivo de seus próprios valores, em confronto 
com as situações apresentadas no diálogo e a formação de 
uma consciência crítica. A partir da nossa experiência de 
implementação deste produto educacional com a turma 
do 2º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao 
Ensino Médio do IFNMG, compreende-se que houve um 
alinhamento entre os objetivos e a intervenção proposta, 
ao criar um espaço de diálogo e participação ativa, partindo 
 • 38 •
dos participantes consideraram o tema 
da oficina interessante, contextualizado e 
relevante para os estudantes.
100% 
dos participantes consideraram a oficina 
como método de trabalho apropriado 
para abordar o tema.
91,7%
dos participantes consideraram que sua 
participação na oficina contribuiu para 
aumentar a compreensão a respeito do 
tema “ética” e das virtudes de respeito, 
justiçae solidariedade.
100%
dos participantes consideraram que os 
objetivos da oficina foram alcançados 
satisfatoriamente
91,7% 
“Uma ótima experiência, com eixo 
temático social, que nos faz pensar sobre 
nossas atitudes como pertencentes à 
mesma sociedade, abrindo nossos olhos 
para os problemas e nos incentivando 
a pensar sobre formas possíveis 
de contribuirmos para que essas 
adversidades diminuam gradativamente” 
(PARTICIPANTE 11).
“Acredito que foi de extrema importância, 
tanto para minha vida pessoal, quanto 
para minha vida profissional. Os temas 
escolhidos e abordados são fundamentais 
para a construção de um ser humano 
melhor. Estou super satisfeita em ter 
feito parte e ajudado de alguma forma. 
Incrível! Acredito que essa palavra 
resuma bem o que achei da oficina” 
(PARTICIPANTE 5).
“A oficina contribuiu para a reavaliação 
de conceitos, reflexão sobre assuntos 
presentes na sociedade e que nem 
sempre percebemos. Também contribuiu 
para observarmos diferentes pontos 
de vista sobre um mesmo problema, foi 
uma forma de conscientização para 
problemas sociais” (PARTICIPANTE 10).
dos conhecimentos prévios e das 
vivências dos estudantes, respeitando 
a sua autonomia e promovendo 
atividades estimuladoras da reflexão, 
da investigação e da autoavaliação.
Destacamos algumas das 
avaliações feitas pelos participantes 
da oficina:
• 39 •
Parecer do
avaliador I1 
Fernando 
Mota Ribeiro
Também contribuíram para a avaliação deste Guia três profissionais 
cujas avaliações apontaram que:
Julgo que este produto pedagógico é de grande relevância para 
a formação ética de nossos alunos e contempla o proposto 
em nosso Projeto Pedagógico de Curso. As ideias e propostas 
apresentadas neste Guia são de ótima qualidade e aplicabilidade. 
Sugiro que este Guia faça parte dos planos de curso do IFNMG, 
pois este trabalho em muito contribui para a formação de 
profissionais aos quais acreditamos fazer diferença no mercado e 
no mundo do trabalho.
1 Fernando Mota Ribeiro possui graduação em Engenharia Química e mestrado em Físico-Química. É coordenador do 
Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio do IFNMG campus Montes Claros.
2 Maria Lúcia Miranda Afonso possui graduação em Psicologia e doutorado em Educação. É autora/organizadora do livro 
“Oficinas em dinâmica de grupo: um método de intervenção psicossocial”, que fundamenta esta oficina.
O Guia para a realização da Oficina Pedagógica traz uma 
contribuição inestimável para a formação dos estudantes no 
ensino médio, seguindo as diretrizes para uma educação crítica e 
integral. A Oficina Pedagógica aqui proposta se apoia em correntes 
teóricas consolidadas da educação crítica. Aborda as virtudes do 
respeito, da justiça e da solidariedade, promovendo uma reflexão 
sobre os aspectos éticos no contexto de vida dos estudantes, 
trazendo-lhes a oportunidade de pensar, sentir e agir diante de 
diversos aspectos desse contexto. A Oficina é embasada em uma 
perspectiva de humanização e transformação do ser humano 
para uma sociedade mais justa e solidária. Nessa perspectiva, 
elege o diálogo e as metodologias ativas e participativas como 
instrumentais para promover o pensamento crítico, inclusive 
criando ocasião para que os estudantes possam elaborar formas 
de ação e intervenção em seu contexto, praticando a cidadania. 
Também junto aos educadores, a Oficina abre um espaço para 
acolhimento, oferecendo uma linha de base para criar seus 
próprios projetos a partir do exemplo aqui construído. A 
proposta da Oficina Pedagógica aqui apresentada vem, portanto, 
fortalecer os esforços de construção de novos caminhos e 
procedimentos para efetivar uma educação ao mesmo tempo 
competente do ponto de vista técnico e reflexiva do ponto de 
vista ético, contribuindo para a formação integral dos alunos, 
para a valorização dos docentes e da educação junto à sociedade.
Parecer da 
avaliadora II2 
Maria Lúcia 
Miranda 
Afonso
 • 40 •
Percebe-se, ao longo de todo o material apresentado, 
a preocupação em relacionar a proposta da oficina aos 
objetivos e documentos oficiais que norteiam o trabalho 
na Educação Profissional e Tecnológica – EPT. Deve-se 
ressaltar a excelente qualidade do Guia de apresentação da 
oficina, no qual o conteúdo é trabalhado de forma atraente 
e interativa, adequada ao perfil dos participantes. Outro 
aspecto relevante nesse sentido é a avaliação final da oficina 
pelo estudante, que traz questões relevantes e condizentes 
com os objetivos propostos, além de promover a reflexão 
sobre os temas trabalhados. 
Parecer da
avaliadora III3 
Maria das 
Dores de 
Freitas Soares
3 Maria das Dores de Freitas Soares possui graduação em Pedagogia e mestrado em Educação. É pedagoga no 
IFNMG campus Montes Claros.
4 Terezinha Azerêdo Rios possui graduação em Filosofia e doutorado em Educação. É autora do livro “Ética e 
competência, que fundamenta a oficina realizada e o Guia produzido.
Embora elaborado com a finalidade de abordar um tema 
específico (e importantíssimo – a presença da ética no 
espaço da educação), o guia se mostra útil para o trabalho 
com inúmeros outros temas. Está redigido numa linguagem 
clara e precisa, recorre a referências teóricas importantes 
e propõe etapas articuladas no sentido de se manterem 
os elementos básicos de um trabalho dessa natureza – 
a colaboração, o diálogo, a ação voltada para o contexto 
social. Leve-se em conta a utilização do guia como um 
recurso de caráter pedagógico. Ele aponta a necessidade 
de se trabalhar não para os estudantes, mas com eles, 
estimulando sua criatividade, seu espírito de criticidade. Vale 
destacar o recurso à obra de Paulo Freire, com o objetivo de 
explorar as ideias que nos trouxe esse pensador brilhante, 
estimulando a conscientização, o debate, a construção 
coletiva da autonomia. Na certa, a proposta apresentada 
traz um estímulo à reflexão, à superação de uma atitude 
individualista, ao esforço para uma aprendizagem rica.
Parecer da
avaliadora III3 
Maria das 
Dores de 
Freitas Soares
 • 41 •
Tendo em vista a avaliação 
feita pelos estudantes durante a sua 
participação na oficina pedagógica, 
em conjunto com a pesquisadora, 
e a avaliação realizada pelos 
profissionais das áreas da Pedagogia, 
Psicologia e Engenharia Química, 
convidados a contribuir com esse 
Guia, compreende-se que a oficina 
pedagógica é um instrumento 
profícuo para que seja trabalhada a 
reflexão sobre a responsabilidade 
ética dos estudantes na escola, 
ponderando-se seus limites e 
possibilidades.
Para além da apresentação 
de estratégias, organização de etapas 
e sugestão de materiais, este Guia 
propõe um olhar sobre a importância 
de se trabalhar a dimensão ética da 
formação dos estudantes, a partir da 
abertura de espaços de diálogo sobre 
os problemas sociais emergentes, 
que se configura em um importante 
papel da escola e também uma 
necessidade, conforme apontado 
pelos participantes durante a oficina, 
estimulando a formação de uma 
consciência crítica. 
Para tanto, faz-se necessário 
um trabalho intensivo e contínuo, 
que certamente não se encerra nesta 
oficina pedagógica, mas esperamos 
que a partir desta proposta surjam 
novos espaços de diálogo e novas 
propostas de intervenção, que 
sejam motivadoras para a superação 
dos desafios da formação humana 
integral.
 
• 42 •
APÊNDICE A 
FORMULÁRIO DE 
AVALIAÇÃO FINAL DO 
ESTUDANTE 
W
Prezado(a) estudante,
Após a sua participação na Oficina Pedagógica 
“Responsabilidade ética dos discentes do Curso Técnico em 
Química Integrado ao Ensino Médio do IFNMG" e diante dos 
objetivos da oficina, descritos abaixo, assinale para cada item 
a seguir a opção que melhor corresponda à sua opinião.
 • 43 •
OBJETIVOS
• Possibilitar aos discentes do Curso Técnico em Química Integrado 
ao Ensino Médio do IFNMG a reflexão sobre a sua responsabilidade ética, 
estimulando o reconhecimento crítico-reflexivo de seus próprios valores, em 
confronto com as situações apresentadasno diálogo e a formação de uma 
consciência crítica;
• Fomentar o diálogo e a ampliação da compreensão a respeito do 
tema “ética” e das virtudes de respeito, justiça e solidariedade pelos discentes;
• Construir, a partir dos diálogos feitos em grupo, recursos que 
abordem as inquietações relacionadas à questão ética na sociedade atual, 
possibilitando o surgimento de um espaço de troca, colaboração e interação;
• Proporcionar um momento de reavaliação de conceitos, 
pensamentos e atitudes em relação a si mesmo e ao outro, através do 
compartilhamento de ideias e do trabalho em equipe.
Marque uma das opções a seguir para cada questão:
1 - Diante dos objetivos propostos, considero que a escolha da oficina 
como método de trabalho foi apropriada para abordar o tema.
2 - O tema da oficina foi interessante e contextualizado, sendo esse 
diálogo relevante para os estudantes.
• 44 •
3 - Os assuntos trabalhados foram atuais, representando situações 
relacionadas ao contexto no qual estou inserido(a).
4 - Foram utilizados recursos (imagens, vídeos, notícias) relacionados 
ao tema, os quais contribuíram para melhor compreensão dos assuntos 
trabalhados e para o diálogo.
5 - O tempo dedicado ao diálogo, elaboração do recurso, socialização 
das conclusões e avaliação foi satisfatório.
6 - As atividades propostas foram esclarecidas adequadamente pela 
pesquisadora.
7 - A pesquisadora acompanhou todas as etapas da oficina, dando 
esclarecimentos e colaborando na construção do recurso.
 • 45 •
8 - Participei ativamente da oficina e da construção do recurso com 
minha equipe, de forma interessada e comprometida.
9 - Considero que a minha participação na oficina contribuiu para 
possibilitar a reflexão sobre minha responsabilidade ética, estimulando o 
reconhecimento crítico-reflexivo de meus próprios valores, em confronto com 
as situações apresentadas no diálogo e a formação de uma consciência crítica.
10 - Considero que a minha participação na oficina contribuiu para 
aumentar a minha compreensão a respeito do tema “ética” e das virtudes de 
respeito, justiça e solidariedade.
11 - Considero que a minha participação na oficina contribuiu para 
a construção de um recurso, a partir dos diálogos feitos em grupo, que 
abordou minhas inquietações relacionadas à questão ética na sociedade atual, 
possibilitando o surgimento de um espaço de troca, colaboração e interação.
• 46 •
12 - Considero que a minha participação na oficina proporcionou um 
momento de reavaliação de conceitos, pensamentos e atitudes em relação a 
mim mesmo e ao outro, através do compartilhamento de ideias e do trabalho 
em equipe.
13 - Gostaria de deixar algum elogio ou comentário positivo sobre sua 
experiência com a oficina?
14 - Gostaria de deixar alguma reclamação, crítica ou sugestão sobre 
a oficina?
 • 47 •
APÊNDICE B 
MATERIAL DE APOIO
Apresenta-se a seguir o detalhamento do material 
preparado para utilização na oficina pedagógica 
“Responsabilidade ética dos discentes do Curso Técnico em 
Química Integrado ao Ensino Médio do IFNMG” especificando 
a finalidade pretendida. É importante ressaltar que o material 
tem como objetivo servir como uma referência para nortear 
o diálogo, não devendo ser aplicado de forma rígida ou linear, 
mas sim respeitando os interesses e disposição dos estudantes. 
Todo o material aqui descrito integra a primeira parte presencial 
da oficina, dentro da etapa de contextualização. Para acesso 
ao arquivo de slides editável completo, clique aqui ou acesse 
separadamente cada parte a seguir.
https://drive.google.com/drive/folders/1aHkbMtw-2eX5TS6fWxr9n88J0qGiklWk?usp=sharing
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PARTE INTRODUTÓRIA 
DIÁLOGO SOBRE O TEMA I
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Iniciar os trabalhos da oficina com a apresentação da 
mediadora, do tema da oficina, seus objetivos e etapas 
previstas.
Realizar uma dinâmica de apresentação dos estudantes. 
Cada aluno deverá se apresentar e dizer o que quer ser 
quando crescer. As respostas serão retomadas ao final do 
segundo encontro da oficina.
Introduzir a atividade “tempestade cerebral”. Cada aluno 
deverá escrever no papel adesivo que será entregue uma 
palavra que represente o que é ética em sua opinião e 
colar o papel no quadro, formando uma nuvem de palavras. 
Esclarecer aos alunos que não há palavra certa ou errada, 
cada opinião é válida. Partindo das respostas dadas na 
atividade, apresentar uma síntese conceitual sobre ética, 
moral e valores e a importância do tema, em diálogo com 
os estudantes.
Iniciar o diálogo sobre o Tema I - Problemas sociais. Dialogar 
sobre o vídeo de um youtuber, observando a opinião dos 
estudantes quanto à afirmação feita no vídeo: “cada um tem 
a vida que merece”, considerando os conceitos de justiça 
e solidariedade.
https://drive.google.com/file/d/1dYWfPF-8hi_N8kPrJa5_fwSswgb2kv_y/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/123gtJdpTXwlzOARJ71TAVTQpVXjsxliQ/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1o7BZXUypMdYN7hrXlWRo4oVx61qYUIS3/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1E9rNYcwrJKRUW-uMRo9w3jiYN7ZT0MaA/view?usp=sharing
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Utilizando imagens que abordem as diferentes estruturas 
urbanas existentes na cidade de Montes Claros, dialogar com 
os estudantes sobre como enxergam a situação, partindo de 
um questionamento feito por Paulo Freire (2011).
Verificar a compreensão dos estudantes sobre a desigualdade 
no acesso à educação, seja pelo não acesso ao sistema escolar, 
seja pela exclusão dentro do próprio sistema ou, ainda, pelo 
acesso a padrões diferentes de qualidade educacional, a partir 
do contraste entre a realidade do IFNMG e da Escola Estadual 
Gutemberg Teodoro Penha, ambas situadas no bairro Village 
do Lago I, em Montes Claros. Observar se os estudantes se 
consideram mais merecedores de uma educação de qualidade, 
pelo fato de terem sido aprovados em um processo seletivo 
concorrido.
Dialogar sobre a compreensão dos estudantes em relação a 
problemas como a desigualdade social, problemas habitacionais, 
trabalho infantil, fome e precariedade na saúde pública e o que 
sentem a respeito. Verificar a quem atribuem a responsabilidade 
por esses problemas e quais fatores colaboram para a 
manutenção dessa situação, dialogando a partir de imagens, 
notícias, vídeos, música e uma enquete.
Dialogar sobre o desemprego no Brasil e as novas formas de 
trabalho emergentes, a partir de imagens que representem 
o trabalho informal, desregulamentado, observando a visão 
dos estudantes sobre as condições de trabalho às quais esses 
trabalhadores estão submetidos.
https://drive.google.com/file/d/1JSUgkOLNUUVa3_Khooi9N734ucvv4_mE/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1Dg8koW3GSb-2NvcaRKvGukcL315klw_M/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1HyxAVCXCJk9NR1ZYkL8If5Rkfa_hDFdi/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/18q1pBTmUhymDEsidcw5kSaCjJJA3hQKs/view?usp=sharing
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Introduzir uma breve dinâmica sobre desigualdade social. 
Distribuem-se vários objetos de cores diferentes pelo 
chão do ambiente (sugere-se o uso de blocos plásticos 
coloridos). Selecionam-se três estudantes para recolher o 
material. Todos deverão trabalhar em conjunto (não é uma 
competição), recolhendo as peças e separando-as por cor. 
Ao final eles receberão uma recompensa pelo “trabalho”, 
que será diferente para cadaum (sugere-se uma caixa de 
doces, cada uma com uma quantidade diferente da outra). 
A partir da atividade e da reflexão sobre como se sentiram 
ao receber recompensas diferentes pela execução da tarefa, 
os alunos serão estimulados a opinar sobre a distribuição 
desigual de renda.
Finalizar o diálogo sobre o Tema I, retomando os principais 
pontos abordados. Conversar com os alunos sobre como 
se sentem em relação ao mundo, o que mais os incomoda 
na realidade social vivenciada por eles e o que acreditam 
ser necessário para diminuir os problemas sociais no Brasil. 
Qual o papel de cada um para que essa realidade possa ser 
mudada? Qual o papel da escola nesse processo e como 
os estudantes avaliam que o IF tem desempenhado esse 
papel? Questionar aos estudantes se, em sua opinião, o 
ensino ofertado pelo IFNMG tem colaborado para que se 
tornem pessoas mais conscientes da realidade, mais críticas 
e dispostas a trabalhar para a construção de uma sociedade 
justa e menos desigual e de que forma.
Iniciar o diálogo sobre o Tema II – Preconceito, sensibilidade 
https://drive.google.com/file/d/1rRKrf2KrWSc0QS7zB4U4PIfTbMsglNna/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1quiXHH7mcti9bbXonp06yN5zVY0ihfzZ/view?usp=sharing
 • 51 •
DIÁLOGO SOBRE O TEMA II
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ao outro e respeito. A partir do uso de uma enquete, vídeo e 
estatísticas, conversar com os alunos sobre o significado da 
palavra preconceito e como percebem o preconceito em si 
e nos outros, especialmente dentro do IFNMG. Observar 
se o preconceito é compreendido como um problema real 
ou como exagero, excesso de sensibilidade, vitimismo ou 
mesmo censura à liberdade de expressão.
Verificar como os estudantes percebem a ausência de 
representatividade negra nos diversos espaços, a partir do 
manuseio de revistas publicadas recentemente no Brasil 
cuja maioria das pessoas representada é branca. 
Dialogar, utilizando vídeo de poesia, foto e pinturas que 
representem a desigualdade racial no Brasil, sobre o lugar 
ocupado pelas pessoas negras em nossa sociedade hoje e 
os motivos que levam à manutenção dessa desigualdade, na 
visão dos estudantes. Realizar uma enquete sobre como os 
estudantes percebem que o IFNMG trabalha a contribuição 
dos diferentes povos na construção histórica da nação, 
observando, inicialmente, a opinião de forma mais objetiva, 
para fomentar o diálogo sobre o assunto.
Dialogar, utilizando imagens e notícias, sobre qual o 
lugar ocupado pelas diversas outras minorias existentes 
em nosso país. São respeitadas? Vivem em igualdade de 
oportunidades? Verificar quais motivos levam à manutenção 
dessa desigualdade, na visão dos estudantes. Realizar uma 
https://drive.google.com/file/d/1AqvoYcLuC0VPkuAiaOiiNRVyrdpR_Zef/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1_A8_bs36uYGdHGB2OOA_kiYWVZRRTuKx/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1yilx1jlPq0fwM5Gz6q8hJvNFB4q9er8m/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1yVi20Jw6iqH5aAr5kM2GSDrBAuvQr3BM/view?usp=sharing
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enquete sobre como os estudantes percebem que o IFNMG 
trabalha as questões de gênero, observando, inicialmente, a 
opinião de forma mais objetiva, para fomentar o diálogo 
sobre o assunto.
Refletir sobre o preconceito, falta de empatia e respeito, 
praticados sob a forma de piadas e “memes” e como os 
alunos se comportam em suas redes sociais diante disso, se 
são tolerantes ou têm uma postura crítica com relação ao 
compartilhamento desses materiais, dialogando a partir de 
imagens, vídeo e uma enquete.
Dialogar sobre o preconceito a partir da percepção 
quanto ao primeiro grupo de palavras, em contraste com o 
segundo grupo e por que algumas dessas palavras causam, 
muitas vezes, reações de estranhamento. O que está por 
trás desse estranhamento? Por que as palavras do segundo 
grupo são vistas com normalidade por muitas pessoas e as 
do segundo grupo, nem sempre?
Introduzir uma dinâmica breve em duplas. Os alunos 
deverão formar duas filas, de frente uma para a outra. Um 
aluno de cada vez irá ler uma das frases ou expressões 
constantes no slide para o colega a sua frente. Ao ler as 
frases e expressões expostas, os estudantes deverão 
refletir se costumam ouvir ou mesmo falar no dia a dia e 
pensar no sentido que elas carregam e como são recebidas 
pelo outro. Dialogar sobre como se sentiram ao dizer e ao 
ouvir as frases. Pensar sobre as frases que usamos em nosso 
https://drive.google.com/file/d/14DXbF73viMsA8mzvxfGO18Vpc8NADVGb/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/17x66wbkIhtG37anvLlvWkfv8MB0cV8yP/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/13g9mqw-3uOCZH0Y5DBsTJWZoTS36OnBN/view?usp=sharing
 • 53 •
ENCERRAMENTO DA PRIMEIRA ETAPA
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cotidiano e os sentidos que carregam. Através do diálogo, 
abordar o respeito, como reconhecimento do outro.
Finalizar o diálogo sobre o Tema II, retomando os principais 
pontos abordados. Questionar aos alunos de que forma 
percebem que a escola tem trabalhado a questão das 
relações interpessoais, a questão do preconceito e do 
respeito ao outro. O que acreditam ser necessário para 
combater o preconceito? Qual o papel de cada um para 
que essa realidade possa ser mudada? Qual o papel da escola 
nesse processo e como os estudantes avaliam que o IF tem 
desempenhado esse papel?
Explicar aos estudantes as próximas etapas da oficina, após 
a finalização do encontro, que consistirá em um momento 
de diálogo para identificação dos possíveis pontos a serem 
trabalhados no recurso, conforme a dificuldade ou interesse 
encontrados pela turma, divisão das equipes, delimitação 
do assunto de cada equipe e produção do recurso. A partir 
de duas frases de Paulo Freire (2005; 2011), apontar os 
principais fundamentos da produção do recurso. Apresentar 
as sugestões de temas para elaboração do recurso a ser 
desenvolvido e apresentado no segundo encontro. O 
material contendo instruções detalhadas e sugestões deverá 
ser enviado às equipes após a finalização do encontro.
https://drive.google.com/file/d/1a1qqfLEQZHJEhjUbyPmDHfc84dS3fuDp/view?usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/1UmGOJexwllBraPGX03BdtwaZhqr-fkJd/view?usp=sharing
• 54 •
REFERÊNCIAS
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bit.ly/2RQi95n. Acesso em: 10 jul. 2020.
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ganhar menos que o mínimo. Socialista Morena [site], 2019. Disponível em: 
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assistem aulas com guarda-chuvas abertos. Acorda Cidade [site], 2015. 
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COMO é visto o cyberbullying. Cyberbullying [blog], 2018. Disponível em: 
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Disponível em: http://bit.ly/2UlFeyv. Acesso em: 9 jul. 2020.
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ENTENDA o que é racismo estrutural! 2019. 1 vídeo (5 min). Publicado pelo 
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FRIGOTTO, Gaudêncio. Educação e trabalho: bases para debater a educação 
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PEDROSO, Rodrigo

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