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Direito Tributario - Responsabilizações por descumprimentos e violações das normas tributárias

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Livro Didático Digital
Unidade 4
Direito Tributário
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial 
ALESSANDRA VANESSA FERREIRA DOS SANTOS
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
PROF. ESP. MASSARU CORACINI OKADA
AUTORIA
Prof. Esp. Massaru Coracini Okada
Olá querido aluno, seja muito bem-vindo (a) a nossa instituição! É com 
satisfação que iniciamos mais um semestre letivo, e, neste caso iniciaremos 
a disciplina de Direito Tributário. Meu nome é Massaru Coracini Okada, sou 
formado em Direito pela Universidade de Gurupi – UNIRG -; e, especialista em 
Direito Comercial e Tributário pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas 
de Marabá – FACIMAB. Atuei junto a Diretoria de Contencioso Administrativo 
Tributário da Secretaria Municipal de Gurupi, Estado do Tocantins; Procuradoria 
Geral do Município de Gurupi, Estado do Tocantins; Diretoria Jurídica da 
Agência Tocantinense de Saneamento – ATS -; e, atualmente na Procuradoria 
Jurídica da Fundação UNIRG, e, na advocacia privada. Com experiência prática 
tanto pela Administração Pública, como, na Advocacia Privada, venho com 
imensa alegria contribuir com vocês, com o conhecimento adquirido ao longo 
da minha vivência prática profissional. Por esta razão, fui convidado pela Editora 
Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Muito contente 
em participar desta etapa de muito estudo e trabalho. Conte comigo! 
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez 
que:
OBJETIVO:
para o início do 
desenvolvimento 
de uma nova 
competência;
DEFINIÇÃO:
houver necessidade 
de apresentar um 
novo conceito;
NOTA:
quando necessárias 
observações ou 
complementações 
para o seu 
conhecimento;
IMPORTANTE:
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA?
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas 
e links para 
aprofundamento do 
seu conhecimento;
REFLITA:
se houver a 
necessidade de 
chamar a atenção 
sobre algo a ser 
refletido ou discutido;
ACESSE: 
se for preciso acessar 
um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO:
quando for preciso 
fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de 
autoaprendizagem 
for aplicada;
TESTANDO:
quando uma 
competência for 
concluída e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Contencioso Tributário................................................................................................................. 12
Aspectos Gerais................................................................................................................................ 12
Espécies de Contencioso Tributário .................................................................................. 16
Princípios Jurídicos do Direito Processual Tributário................... 19
Princípios Gerais ............................................................................................................................... 21
Princípios Inerentes ao Contencioso Administrativo e Judicial .....................27
Contencioso Administrativo Tributário ..............................................32
Noções Preliminares .....................................................................................................................32
Do lançamento tributário ...........................................................................................................34
Do Processo Administrativo Fiscal .................................................................................... 40
Contencioso Judicial Tributário .............................................................46
Noções Gerais ................................................................................................................................. 46
Ações provenientes do Fisco ................................................................................................47
Ações pertinentes ao Sujeito Passivo/Contribuinte .............................................. 51
9
UNIDADE
04
Direito Tributário
10
INTRODUÇÃO
O presente E-book, referente à Unidade IV, foi elaborado com fito 
de trazer aos alunos a conclusão do conteúdo da disciplina de Direito 
Tributário. Será apresentada nesta Unidade a aplicação prática da de 
toda teoria trabalhada nas Unidades anteriores. Concluiremos a disciplina 
abordando os conteúdos relacionados ao Contencioso Tributário, sendo 
dividido entre Contencioso Administrativo Tributário, e, Contencioso 
Judicial Tributário. Neste momento, será tratado mais especificamente 
sobre as responsabilizações por descumprimentos e violações das 
normas tributárias. Será o momento em que o aluno (a) perceberá a 
instrumentalização processual, Administrativo ou Judicial de matéria 
tributária. É o estudo baseado neste conteúdo, aliado as aulas expositivas, 
que farão o aluno compreender a sistemática do Direito Tributário, e, 
possibilitar que sejam desenvolvidas progressões no entendimento, bem 
como, a capacitação para o exercício da vivência prática no ramo. Bons 
Estudos!
Direito Tributário
11
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4. Nosso objetivo é auxiliar 
você no atingir até o término desta etapa de estudos, a compreensão 
quanto à instrumentalização processual tributário, nos seguintes quesitos:
1.Contencioso Tributário: Aspectos Gerais e Espécies;
2. Princípios Jurídicos do Direito Processual Tributário;
3. Contencioso Administrativo Tributário;
4. Contencioso Judicial Tributário.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
Direito Tributário
12 Direito Tributário
Contencioso Tributário
Aspectos Gerais
Ao contribuinte lhe é assegurado o direito de defesa em sede 
processual, na hipótese em que a ele é imputado ônus tributários, 
seja por autuação por fiscalização do fisco, ou, bem como, por própria 
constituição do crédito e sua cobrança por força judicial. A este aspecto, 
o contribuinte possui o mecanismo do Contencioso Tributário para que 
possa se defender de eventuais inconsistências fiscais a seu desfavor em 
face do Ente Federativo que lhe cobra.
O termo contencioso, deriva do latim contentiosus, de contendere, ou 
seja, está sujeitado a litígio ou disputa, relativo a contenção ou contenda. 
Basicamente, a origem da palavra contenciosa já nos traz a sua definição 
que seja uma relação ou litígio, conflito e embate que é submetida a uma 
decisão jurisdicional. Neste diapasão, Contencioso Tributário nos remete 
a tudo aquilo que possa ser fator nuclear de disputa em matéria tributária, 
em âmbito administrativo, e/ou, judicial que necessite a uma apreciação 
jurisdicional.
DEFINIÇÃO:
O processo tributário, neste sentido, é meio de defesa 
garantido pela Constituição Federal e legislações vigentes 
em favor dos contribuintes em face de oposição do Ente 
Federativo correspondente. A esta instrumentalização 
de processo, de defesa do contribuinte, definimos como 
contencioso tributário, e, é sobre ele que passaremos a 
discorrer na presente competência.
13Direito Tributário
Temos como referência normativo, o Decreto Nº. 70.235/72, 
vejamos: 
SAIBA MAIS:
Dispõe sobre o processo administrativo fiscal, e dá 
outras providências. Art. 1° Este Decreto rege o processo 
administrativo de determinação e exigência dos créditos 
tributários da União e o de consulta sobre a aplicação 
da legislação tributária federal. Art. 2º Os atos e termos 
processuais, quando a lei não prescrever forma determinada, 
conterão somente o indispensável à sua finalidade, sem 
espaço em branco, e sem entrelinhas, rasuras ou emendas 
não ressalvadas. 
SAIBA MAIS:
Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito 
passivo só pode ser alterado em virtude de:I - Impugnação do sujeito passivo; 
II - Recurso de ofício; 
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos 
casos previstos no artigo 149. 
Podemos perceber alicerçado discretamente nos artigos do Código 
Tributário Nacional, as referências quanto ao contencioso tributário, 
vejamos:
14 Direito Tributário
SAIBA MAIS:
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: I 
- moratória; II - o depósito do seu montante integral; III 
- as reclamações e os recursos, nos termos das leis 
reguladoras do processo tributário administrativo; 
IV - a concessão de medida liminar em mandado de 
segurança. V – a concessão de medida liminar ou de 
tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; 
VI – o parcelamento. 
Art. 156. Extinguem o crédito tributário: I - o pagamento; 
II - a compensação; III - a transação; IV - remissão; V - a 
prescrição e a decadência; VI - a conversão de depósito em 
renda; VII - o pagamento antecipado e a homologação do 
lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 
1º e 4º; VIII - a consignação em pagamento, nos termos do 
disposto no § 2º do artigo 164; IX - a decisão administrativa 
irreformável, assim entendida a definitiva na órbita 
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação 
anulatória; X - a decisão judicial passada em julgado.
Assim leciona Hugo de Brito Machado (2018, p. 20):
Em todos esses casos, o simples disciplinamento de condutas 
através de normas jurídicas não se mostra suficiente para pôr fim aos 
conflitos de interesses. Impõe-se a adoção de um mecanismo próprio 
para garantir a efetividade, no caso concreto, do direito previsto mas 
não observado. Esse mecanismo, composto de uma série de atos que 
culminam, se necessário for, na aplicação forçada do direito violado, é 
denominado processo.
Pontes de Miranda corrobora com o entendimento (1969, p. 43):
15Direito Tributário
O processo nada mais é do que o corretivo da imperfeita realização 
automática do Direito objetivo. Com a criação do Estado, a este foi 
atribuído quase que exclusivamente o uso legítimo da força, e, por 
conseguinte, do exercício da função jurisdicional, entendida como a 
incumbência de resolver de forma definitiva os conflitos de interesses, 
nos termos do devido processo legal, dizendo o direito aplicável ao 
caso concreto, resguardando-o de danos iminentes, ou, se for o caso, 
aplicando-o forçadamente. 
Dito alhures, o contencioso tributário é um mecanismo importante 
para prevenir o que o Ente Federativo possa prejudicar o contribuinte 
mediante cobrança indevida, ou abusiva de multas, tributos e juros 
originados de autuações promovidas por alguns órgãos fiscalizadores. 
Nesse sentido, esse processo tem como objetivo elaborar ações que 
visam a anular e/ou minimizar impactos impostas ao contribuinte.
EXPLICANDO MELHOR:
Nossa legislação tributária, atualmente ampla e comporta 
uma série de interpretações diferenciadas por parte de 
contribuinte se Entes Federativos. Isto posto, diante de 
tamanha complexidade da aplicação das normativas 
tributárias nos casos concretos, podendo às vezes, ocorrer 
abusividades pelo Ente Federativos que são necessários a 
oportunidade de discussão da matéria tributária quanto a 
sua legalidade e a constitucionalidade de tributos.
16 Direito Tributário
Nesse ponto, em especial, é que surge a necessidade do contribuinte 
questionar possíveis autuações realizadas pelos Entes Federativos, 
garantindo, assim, que seja resguardado a ela o direito constitucional ao 
contraditório e a ampla defesa.
Ou seja, o contencioso fiscal pode ocorrer em diversas situações, 
entre elas, o entendimento equivocado de determinados Entes Fiscais 
sobre a aplicação da norma tributária ao caso concreto.
Isso ocorre, pois, por mais que os Entes Públicos seja dotados de 
capacidade e competência, por meio de seus técnicos e fiscais, pode 
ocorrer que cometam erros na interpretação legislativa no momento da 
constituição, homologação, e, lançamento de crédito tributário, podendo 
ocasionar prejuízos de difícil reparação ou irreparáveis aos contribuintes.
Espécies de Contencioso Tributário
Conforme trabalho anteriormente, o contencioso tributário é a 
instrumentalização do processo no âmbito do Direito Tributário, onde o 
Contribuinte possuirá a oportunidade de discutir administrativamente 
ou judicialmente sobre eventuais equívocos quanto a lançamento, 
homologação, e constituição de créditos tributários, entre outras hipóteses.
17Direito Tributário
EXPLICANDO MELHOR:
Neste sentido, o Contencioso Tributário é dividido em 
duas espécies, o Contencioso Administrativo Tributário, e, 
o Contencioso Judicial tributário. O primeiro ocorre sempre 
no âmbito das repartições públicas, os Entes Federativos 
responsáveis pela fiscalização e recolhimento do tributo 
que está sendo ora questionado. Não há intervenção 
do Poder Judiciário neste momento, entretanto, haverá 
repartição competente que processará e julgará em âmbito 
administrativo o litígio fiscal. Já na segunda hipótese, ocorre 
no momento em que não há possibilidade de solução 
em âmbito administrativo, necessitando neste sentido, da 
intervenção judicial para solucionar eventuais lides.
Compreendemos o Contencioso Administrativo Tributário como 
decisões singulares ou de colegiado exaradas por órgãos administrativos 
competentes que processam e julgam as demandas administrativas 
fiscais, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal, E municípios como 
sequência lógica dos atos administrativos tributários, assim conceitua 
Hely Lopes Meirelles (1990, p. 133): 
IMPORTANTE:
Toda manifestação unilateral de vontade da Administração 
Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim 
imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir 
e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados 
ou a si próprias.
18 Direito Tributário
Por outro lado, Candido Rangel Dinamarco (2003, p. 37), leciona 
quanto ao Contencioso Judicial Tributário, sendo:
É a série encadeada de atos por meio da qual o Estado-Juiz presta 
a tutela jurisdicional, solucionando definitivamente, porque em última 
instância, os conflitos havidos entre o Estado-Fisco e os contribuintes 
através da aplicação do direito ao caso concreto. Esse processo é 
disciplinado por normas jurídicas, cujo conjunto chamamos Direito 
Processual, e que têm por finalidade: (a) assegurar a efetividade da 
tutela buscada; (b) permitir a participação dos interessados; e (c) definir e 
delimitar a atuação dos juízes, impondo-lhes deveres e impedindo-lhes a 
prática de excessos e abusos.
Neste sentido, após introdução deste conteúdo, passaremos a nos 
aprofundar na competência de Contencioso Tributário nas suas espécies, 
bem como, juntos aos princípios jurídicos do direito processual tributário.
19Direito Tributário
Princípios Jurídicos do Direito Processual 
Tributário
Temos como princípios jurídicos do direito processual tributário 
como preceitos basilares para a regular tramitação do Contencioso 
Tributário, bem como, resguardar as partes que figuram na relação jurídica 
tributária. São institutos que visam servir de freio e contra peso diante do 
Poder e Competência de Tributar dos Entes Federativos, Sujeito Ativo, em 
face da obrigação de recolhimento do Contribuinte, Sujeito Passivo.
RESUMINDO:
Estudamos na Unidade I, sobre os Princípios Constitucionais 
Tributários, aqueles responsáveis por regular as Limitações 
do Ente Federativo quanto ao poder e atribuições de 
tributar, são restrições constitucionais impostas as 
entidades dotadas da outorga constitucional do Poder 
de Tributar. Os princípios limitadores ao poder de tributar 
estão contidos nos artigos 150 a 152 da Carta Magna, sedo 
os principais: Princípio da Legalidade Tributária, Princípio 
da Isonomia, Princípio da Irretroatividade, Princípio da 
Anterioridade, Princípio da Proibição do confisco, Princípio 
da não limitação ao tráfego de pessoas e bens.20 Direito Tributário
RESUMINDO:
Em seguida, na Unidade III, estudamos sobre a Punibilidade 
em matéria de Direito Tributário, possuindo alicerce nos 
princípios como medida limitadora aos Entes Federativos. 
Novamente temos mecanismos mediante os princípios 
constitucionais para que limites os Entes Federativos de 
estarem em posição desigual para com os Contribuintes. 
Neste sentido, forame estudados quatro princípios 
principais que são responsáveis por regular a relação 
jurídica tributário, no caso especificamente quanto à 
punibilidade da matéria no campo da infração tributária. São 
eles: a) Princípio da Legalidade; b) Princípio do Contraditório 
e ampla defesa; c) princípio da retroatividade benigna; e, d) 
princípio da interpretação benevolente.
Agora, é chegado o momento em que trabalharemos novamente 
com os princípios constitucionais, agora no âmbito do Contencioso 
Tributário, seja ela administrativa ou judicial, podendo ainda, ser 
referenciada como princípios gerais; e, Princípios Específicos do Processo.
Como Princípios Gerais, podemos compreender como preceitos 
que regulem a generalidade do Contencioso Tributário, sendo possível 
a sua aplicação e vetorização tanto no Contencioso Administrativo 
Tributário, como também, no Contencioso Judicial Tributário como base 
de instrumentalização e legalidade dos atos administrativos vinculados ao 
procedimento. Temos como exemplo os seguintes princípios: 
a) Princípio da Justiça; 
b) Princípio da Segurança Jurídica; 
c) Princípio da Isonomia; 
d) Princípio da Legalidade; 
e) Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade; 
21Direito Tributário
f) Princípio da Publicidade.
Noutra vertente, quanto aos princípios específicos do Processo, aqui 
serão regulados princípios próprios para cada espécie de Contencioso 
Tributário, sendo respeitadas suas particularidades em sua competência 
procedimental. São: 
a) Princípios inerentes aos processos administrativos; 
b) Princípios inerentes aos processos Judiciais. 
Conforme será demonstrado, há subespécies dentro destas duas 
vertentes que serão trabalhos em tópicos próprios.
Princípios Gerais
Conforme apresentado no item anterior, temos como princípios 
gerais do Contencioso Tributário, matéria a fim de regular de forme 
generalista todo procedimento atrelado a matéria tributária, seja ela em 
âmbito administrativo ou judicial. Desta forma, trataremos dos seguinte 
princípios: 
a) Princípio da Justiça; 
b) Princípio da Segurança Jurídica; 
c) Princípio da Isonomia; 
d) Princípio da Legalidade; 
e) Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade; 
f) Princípio da Publicidade.
DEFINIÇÃO:
Pelo Princípio da Justiça é o fator nuclear em se tratando de 
matéria de princípios do contencioso tributário, é o princípio 
que elabora e norteia todo um Ordenamento Jurídico. É a 
partir deste princípio que se tem orientação e elaboração 
dos demais princípios e normativas. A sua subjetividade é 
aflorada quanto ao seu senso.
22 Direito Tributário
Segundo Hugo de Brito Machado (2018, p.33):
Quanto ao conteúdo do princípio da justiça, em torno do qual 
gravitam inúmeras controvérsias doutrinárias, este se encontra em 
grande parte explicitado em outros princípios constitucionais como o 
da proteção à vida, da dignidade da pessoa humana e da isonomia. 
Ademais, é importante destacar que somente uma injustiça evidente e 
incontroversa autoriza a prevalência absoluta do princípio da justiça sobre 
o da segurança, prevalência esta que ensejaria o expresso afastamento 
da regra ou do ato injusto (embora aparentemente válido sob o aspecto 
formal, e ainda à luz de outras normas). Nesse caso, a injustiça seria 
evidente e chocaria a todos os membros da comunidade, dispensando 
maiores digressões quanto ao seu conteúdo. 
NOTA:
Compreendemos desta forma, que se trata deste princípio 
a compreensão da criação e aplicação do Ordenamento 
Jurídico Tributário, este, completo e amplo. É o norteio ao 
legislador e ao intérprete que compõe a relação jurídica 
tributária.
O Princípio da Segurança Jurídica nada mais é que o regulador do 
alcance de decisões e atos administrativos. Por meio deste princípio que 
nos é possibilitado a convivência harmônica de medidas administrativas 
e judiciais. Tal princípio limita a imprevisibilidade e instabilidade das 
relações, como próprio nome diz nos apresenta a segurança atribuída às 
relações existentes.
Possui amplo amparo Constitucional no caput, do art. 5º da Carta 
Magna, vejamos:
23Direito Tributário
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes 
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Neste prisma, aplicado a matéria tributária, o Princípio da Segurança 
Jurídica de forma geral, é o sustentáculo a existência dos procedimentos 
regulares, seja, eles quantos aos prazos legais, procedimento fiscalizatório, 
institutos da prescrição e decadência, lançamento, homologação e 
constituição de créditos tributários, e afins.
O Princípio da Isonomia, bastante presente no campo de atuação 
do Direito Público é em suma, o regramento de que as determinações 
constitucionais, e, legais, devem ser aplicadas sem distinção de pessoas, 
possuindo aplicação indistintamente às partes envolvidas na relação 
jurídica tributária. Possui também precisão no art. 5º da Carta Magna de 
1988.
No que tange ao Contencioso Tributário, o referido princípio é 
abarcado de fato a todos os envolvidos na relação processual administrativa 
ou judicial. Aqui se evita e coíbe surgimento de condições diferenciadas 
em situações que favoreçam um contribuinte em face de outros, ou ainda, 
favorecimento do Ente Federativo em face do Contribuinte.
Conclui ainda, Hugo de Brito Machado, (2018, p. 36):
24 Direito Tributário
IMPORTANTE:
É importante ter em mente que o “tratamento desigual 
para os desiguais” não é uma válvula de escape para 
arbitrariedades, mas sim, como visto acima, uma solução 
racional diretamente relacionada com um propósito 
legítimo. Por isso mesmo, é evidente que a condição 
“diferenciada” da Fazenda Pública não é suficiente para 
validar todos os privilégios que eventualmente se lhe 
concedem, tais como diminuição e até dispensa de 
honorários advocatícios de sucumbência, recursos que 
lhe são privativos etc.
Quanto ao Princípio de Legalidade, estritamente vinculado ao Direito 
Tributário, e, exaustivamente tratado nas unidades anteriores, é a garantia 
de que somente por Lei o contribuinte terá obrigação a ser atendida, e, 
o Ente Federativo atribuições ao poder de fiscalizar e arrecadar. Possui 
previsão expressa na Constituição Federal de 1988, em seu art. 5º, II.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no 
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança 
e à propriedade, nos termos seguintes: II - ninguém será obrigado a fazer 
ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
25Direito Tributário
REFLITA:
Dito alhures, o Princípio da Legalidade é um limitador de 
atos e obrigações para as partes que englobam a relação 
jurídica tributária processual, tanto em âmbito administrativo 
como judicial. É por meio deste preceito que são garantidos 
a regularidade e segurança quanto aos procedimentos de 
fiscalização, arrecadação, processamento e julgamento 
das relações tributárias.
Temos ainda, os Princípios da Razoabilidade e da Proporcionalidade 
como viés processual no nosso Ordenamento Jurídico. São por estes 
princípios que fixam os atos administrativos a ponto de que não tomem 
medidas abusivas e desarrazoáveis. 
O Princípio da Razoabilidade visa que os atos administrativos e 
judiciais aqui devam estar em conformidade harmônica com o senso 
comum, a legitimidade, aos valoressociais, não apenas na estrita 
aplicação legal diante do caso concreto. 
Quanto ao Princípio da Proporcionalidade, se faz da balança com 
demais preceitos constitucionais a fim de regular uma relação mais justa 
e isonômica. 
NOTA:
Não se diz aqui, em desrespeito ao princípio da 
legalidade, contudo, dentro do que a normativa instruiu, 
necessita-se do alicerce dos Princípios da Razoabilidade 
e Proporcionalidade para que sejam aplicadas medidas 
coerentes à realidade fática. 
26 Direito Tributário
Por fim, o Princípio da Publicidade, como próprio nome diz, é 
necessário que torne público os atos praticados, é fator determinante 
para as relações Administrativas, vinculado ao Direito Público. Trata-se de 
princípio de tamanha relevância, pois, na sua ausência ou desrespeito é 
capaz de tornar nulos os atos sequencias ao vício.
Trata-se de princípio direcionado a representação popular. O Estado 
não é pertencente do governante, e sim, de seu povo, por esta razão 
tamanha importância deste princípio pois, resguarda os interesses sociais.
Possui amparo constitucional em diversos momentos, sendo: Art. 1º, 
II; Art. 5º; Art. 37, vejamos:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em 
Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: Parágrafo único. 
Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes 
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no 
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança 
e à propriedade, nos termos seguintes: LX - a lei só poderá restringir a 
publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o 
interesse social o exigirem;
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
27Direito Tributário
IMPORTANTE:
Fica evidenciada a importância deste preceito no âmbito 
do Contencioso Tributário de forma ampla, pois, viabiliza a 
participação social nos atos praticados. Neste sentido, é a 
referência jurisprudencial do SRJ quanto a declaração de 
nulidade de processo administrativo em desrespeito ao 
referido princípio:
Administrativo – Direito de defesa – Impossibilidade de acesso 
aos autos – Ineficácia. I – No processo administrativo, a intimação para 
a defesa visa três objetivos: fixar o início do prazo; delimitar a matéria a 
ser impugnada e, finalmente, determinar o local em que se encontram 
os autos, para exame. II – É ineficaz a intimação, se o intimado não tem 
acesso aos autos porque eles foram remetidos a outro local que não 
aquele indicado.
Neste sentido, concluímos a apresentação dos Princípios Gerais 
do Contencioso Tributário, passando a seguir, ao estudo dos princípios 
específicos de cada espécie de Contencioso Tributário.
Princípios Inerentes ao Contencioso 
Administrativo e Judicial
Superados o entendimento quanto aos princípios gerais do 
Contencioso Tributário, passaremos neste momento aos estudos dos 
princípios específicos para o Contencioso Administrativo e Judicial. 
Necessário ainda, que o estudo seja acompanhando da compreensão da 
matéria anterior.
Temos como princípios da instrumentalização processual 
administrativo e tributário os seguintes princípios: 
a) Princípio do Devido Processo Legal; 
28 Direito Tributário
b) Ampla Defesa e do Contraditório; 
c) Princípio do Duplo Grau de Jurisdição; 
d) Princípio da Devida Fundamentação das Decisões.
O Princípio do Devido Processo Legal, presente nas matérias 
Processuais do nosso ordenamento jurídico, regular que ninguém será 
privado ou penalizado sem que, seja submetido ao crivo de um processo 
legal. Possui fundamentação no art. 5º, LIV da Constituição Federal, 
vejamos:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes 
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: LIV - ninguém será 
privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
Hugo de Brito Machado (2018, p. 51) preceitua ainda:
A doutrina costuma atribuir dois sentidos à expressão, um formal 
e outro substancial. Pelo devido processo legal formal entende-se que 
ninguém poderá ser privado da liberdade ou de seus bens senão através 
de um processo que se desenvolva com observância a normas legais 
preestabelecidas. Não se discute, contudo, o conteúdo dessas normas: 
basta que disciplinem o processo para que reste atendido o princípio.
IMPORTANTE:
Entende-se, portanto, que o referido princípio garante as 
partes da relação tributária, que deva existir um processo 
legal, seja administrativo ou tributário a fim de que tenha 
atendido a lide proposta, sem que, seja por meio de mero 
procedimento ou ato de Gestão.
29Direito Tributário
Neste sentido, vem para corroborar o Princípio da Ampla Defesa e 
do Contraditório, que, nada mais é que a instrumentalização propriamente 
dita do devido processo. Aqui, não é necessário apenas que seja instruído 
um processo legal, mas, necessário ainda, que seja oportunizado todos 
os meios de defesa possível e a apresentação dos mesmos.
Possui previsão Constitucional no art. 5º, LV:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no 
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança 
e à propriedade, nos termos seguintes: LV - aos litigantes, em processo 
judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o 
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Pelo presente princípio é assegurado as partes que não seja 
prevalecido um equívoco processual, uma abusividade unilateral, um 
desrespeito aos direitos e garantias constitucionais aos contribuintes. É por 
estes pilares que é assegurado a possibilidade de discussão de matéria, 
possibilitando ao contribuinte menos favorecido em face do poder Estatal.
Quanto ao Princípio do Duplo Grau de Jurisdição é a possibilidade 
da parte que restou insatisfeita com a decisão imputada em buscar uma 
instância superior competente para rediscutir a matéria, desde que, 
atendidos os requisitos para tal.
Leciona Cândido Rangel Dinamarco (2003, p. 241):
Sem que haja uma autêntica garantia do duplo grau de jurisdição, 
poder-se-ia pensar na compatibilidade constitucional de disposições 
legais que o excluíssem, criando bolsões de irrecorribilidade. Casos assim 
extremos transgrediriam o essencial fundamento político do duplo grau, 
que em si mesmo é projeção de um dos pilares do regime democrático, 
abrindo caminho para o arbítrio do juiz não sujeito a controle algum (Const. 
Art. 5º, § 2º). Além disso, uma disposição dessa ordem seria incompatível 
com os padrões do devido processo legal – esse, sim, garantido 
constitucionalmente.
30 Direito Tributário
NOTA:
Aqui temos a garantia de que a parte vencida em 
determinado litígio possa contra argumentar em face 
de decisão denegatória total ou parcialmente, mediante 
um corpo colegiado de instancia superior, podendo ser 
mantida a decisão, ou reformada.
Por fim, o complementando toda instrumentalização do processo 
contencioso tributário, aliado aos princípios gerais, tem o Princípio da 
Devida Fundamentação das Decisões, este que, como ato administrativo, 
para que surte os efeitos legais a ele vinculados, necessário que as 
decisões administrativos, e/ou judiciais sejam pautadas de base legal.
Em caso de ausência ou supressão e fundamentação legal para o 
atoda decisão administrativa ou judicial, esta será passível de nulidade, 
ou seja, a referida decisão eivada de nulidade não surtirá efeitos no campo 
prático existencial.
Conforme leciona Hugo de Brito Machado (2018, p. 57):
O juiz não pode ser obrigado a dar o fundamento de toda afirmação 
que faz ao julgar, e assim sucessivamente, pois isso o conduziria a um 
regresso ao infinito, tal como o das crianças na fase dos “porquês”. Exige-
se a fundamentação suficiente, assim entendida aquela capaz de inverter 
o ônus argumentativo. Em determinado ponto, atingida a fundamentação 
suficiente, o juiz já não precisa mais responder por que considera certo 
fundamento correto, cabendo à parte, em eventual recurso, indicar por 
que ele não é correto.
31Direito Tributário
Corrobora ainda, a Constituição Federal em seu art. 93, IX, vejamos:
Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, 
e fundamentados todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a 
lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e seus 
advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do 
direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse 
público à informação.
Portanto, as decisões proferidas em âmbito administrativo e judicial, 
mesmo sendo legitimo e capazes de gerar a coisa julgada, e ainda, 
prerrogativa para manutenção da segurança jurídica, necessita de que em 
seu teor, habite a devida fundamentação legal pertinente ao de acordo 
com o caso concreto.
Caro aluno (a), neste momento, concluímos a competência geral 
da Unidade IV, e passaremos logo a adiante a estudarmos de forma 
propriamente dita sobre o Contencioso Tributário no âmbito Administrativo 
e Judicial, passaremos a compreender na prática a sua sistemática e 
funcionalidade.
32 Direito Tributário
Contencioso Administrativo Tributário
Noções Preliminares
Iniciamos aqui o contato inicial com o Contencioso Tributário 
na prática, mais especificamente com o Contencioso Administrativo 
Tributário, ou seja, o processamento e julgamento de matéria tributária de 
competência administrativa podendo ser mediado pela União, Estados, 
Distrito Federal, e, Municípios.
RESUMINDO:
A Administração Pública como bem trabalhada das 
Unidades anteriores, possui a competência outorgada pela 
Constituição para as Atribuições e Poderes para Tributar. 
Não obstante a isso, passa a Administração Pública no 
dever de acompanhar mediante Administração Tributária 
a fiscalização e a competente arrecadação dos tributos 
instituídos. Por fim, na Unidade anterior trabalhamos com o 
sistema de punibilidade em matéria tributária.
Neste diapasão, com o conceito teórico lapidado em momento 
oportuno, é o momento de adornar o conhecimento adquirido com a 
matéria processual tributária, ou seja, a aplicação de toda teoria trabalhada 
anteriormente em âmbito da instrumentação processual.
Nesta competência trabalharemos o conhecimento quanto ao 
processamento e julgamento em matéria tributária, entre a relação jurídica 
tributário dos Sujeitos Ativos e Passivos, desde o lançamento do crédito 
tributário, bem como, o procedimento administrativo fiscal.
Hugo de Brito Machado (2018, p. 77) relata da relevância do 
Contencioso Administrativo Tributário:
33Direito Tributário
Na esfera da Administração Tributária, e dos processos que em seu 
âmbito se desenvolvem, não é diferente. Têm-se os meros procedimentos 
administrativos, nos quais podemos incluir o procedimento de 
fiscalização, de reconhecimento de uma imunidade ou de uma isenção 
etc.; e os processos administrativos propriamente ditos, contenciosos, 
dentre os quais assume maior relevância o processo de impugnação do 
lançamento tributário. Tanto o mero procedimento, como especialmente 
o processo administrativo contencioso é de inegável importância para o 
adequado equacionamento das relações entre o Estado arrecadador de 
tributos (Fisco) e os contribuintes e responsáveis submetidos à respectiva 
exigência de seu pagamento.
NOTA:
Neste sentido, para que possamos analisar e estudar 
o Contencioso Administrativo Tributário necessitamos 
compreender dois momentos distintos desta espécie de 
Contencioso Tributário. O momento pré-processual que é 
o lançamento tributário, matéria que, posteriormente será 
o objeto de discussão no Processo Administrativo Fiscal 
propriamente dito.
34 Direito Tributário
Do lançamento tributário
RESUMINDO:
Para que possamos compreender o instituto do lançamento 
tributário, necessário retroceder as reflexões anteriores 
quanto à obrigação tributária, e, o crédito tributário. A 
obrigação tributária, elencada no art. 113 do CTN, incide 
quanto o Contribuinte, mediante expressão previsão legal, 
insurge sobre o fato gerador no que tange no dever de pagar 
respectivo tributo ou multa. Aqui é garantida a determinado 
Ente Federativo, o direito de fiscalizar e arrecadar o tributo 
junto ao Sujeito Passivo. O Crédito tributário é o momento 
da consolidação do Tributo devido entre a relação do Sujeito 
Passivo e Ativo. Ocorre a consolidação do crédito tributário 
em ato posterior a geração da obrigação tributária, bem 
como, lançamento e homologação do referido tributo.
DEFINIÇÃO:
Neste sentido, podemos visualizar o Lançamento Tributário 
como momento administrativo, pelo qual são identificado o 
Sujeito Ativo e Passivo; e, é verificada a prestação Tributária 
devida. Neste ato, é o aperfeiçoamento da relação jurídico 
tributária. É o ato intermediário ao nascimento ao direito 
potestativo de determinado Ente Federativo em exigir e 
liquidar determinado tributo em face do Contribuinte; e, a 
consolidação do crédito tributário. 
35Direito Tributário
Temos como definição legal o art. 142 do CTN que diz:
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa 
constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o 
procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato 
gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, 
calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, 
sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
Passamos a compreender este procedimento de lançamento 
como fator determinando para discussão constitucional e legal no 
âmbito administrativo tributário, com o fito de reverter ou evitar lesão ao 
contribuinte no que tange a constituição do crédito tributário.
Superados o entendimento geral sobre o Lançamento Tributário, 
necessário que passemos para o conhecimento das suas espécies, sendo: 
a) Lançamento por declaração; 
b) lançamento por homologação. 
c) lançamento por ofício; 
d) Lançamento pela Justiça do Trabalho E.C. Nº. 20/1998.
A modalidade de lançamento, por meio de Declaração é tida como 
rara atualmente no nosso ordenamento jurídico, tem previsão em dois 
impostos o ITBI, e, o ITCD. A luz do art. 147 do CTN, figura no momento 
em que o contribuinte, apresenta informações ao Ente Federativo, 
na qualidade de fiscalizador, sendo, posterior a este ato, realizado o 
lançamento e notificação para a competente arrecadação.
36 Direito Tributário
SAIBA MAIS:
Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração 
do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, 
na forma da legislação tributária, presta à autoridade 
administrativa informações sobre matéria de fato, 
indispensáveis à sua efetivação.
Neste sentido, de forma objetiva e clara, o Sujeito Passivo da relação 
tributária, apresenta ao Ente Federativo correspondente a titularidade 
do poder e atribuição tributária informações sobre a matéria de fato, 
indispensável a à sua efetivação, sendo analisada e posteriormente caso 
for, homologado pela autoridade administrativa.
Poderá neste interim a autoridade administrativa corrigir eventuais 
erros apurados na análise, como também, arbitrar valor correspondendo 
que seja o imposto no caso concreto. São exemplos de lançamento por 
homologação,os seguintes tributos: CSLL, IR, IPI, ICMS, COFINS, dentre 
outros.
Exemplo: Determinado contribuinte, declara as informações 
necessárias a que determinado Estado membro efetue o lançamento do 
ITCMD, mas, em análise in loco, percebe-se que o preço atribuído ao valor 
do imóvel é abaixo da realidade fática, amplamente desconexa com o 
valor mercadológico. Neste sentido, poderá a autoridade administrativa 
arbitrar valor real.
A segunda modalidade de lançamento é por Homologação, aqui, 
difere-se do lançamento por declaração, pois, ao contribuinte é imputado 
o ônus de realizar toda uma atividade de apurar os dados necessários à 
formalização do crédito tributário, por consequência, o contribuinte realiza 
o pagamento do tributo anteriormente à manifestação do Ente Federativo 
competente.
Aqui a similaridade com o instituto anterior, a autoridade 
administrativa, posteriormente ao levantamento das atividades 
37Direito Tributário
embrionárias do fato gerador, bem como, o recolhimento do tributo devido 
processará a análise quanto a homologação ou não das informações e 
recolhimento prestado pelo contribuinte.
Neste sentido, entende a clássica Doutrina de Geraldo Ataliba 
(1969, p. 287 e 288):
O lançamento por homologação – impropriamente chamado auto 
lançamento – ocorre quando a lei atribuiu ao sujeito passivo a incumbência 
de todo o preparo material e técnico do ato, que, destarte, se reduz a 
uma simples homologação. O lançamento persiste sendo ato privativo do 
fiscal. O contribuinte é mero preparador. O lançamento, propriamente dito, 
no caso, consiste na homologação.
Corrobora ainda, Hugo de Brito Machado (2018, p. 80):
Homologação é “aprovação, ratificação ou confirmação, por 
autoridade judicial ou administrativa, de certos atos particulares, a fim 
de que possa investir-se de força executória ou apresentar-se com 
validade jurídica”. 9 Desse modo, facilmente se compreende que, na 
modalidade de lançamento de que se cuida, o sujeito passivo realiza 
os atos necessários à constituição do crédito tributário, efetuando o 
pagamento respectivo, mas submetendo tais atos à aprovação, ratificação 
ou confirmação da autoridade competente. Homologada a atividade, esta 
passa a considerar-se como tendo sido desempenhada pela autoridade 
competente para lançar.
Exemplo: Determinado contribuinte, informa ao fisco toda sua 
renda auferida no curso do exercício financeiro seguinte. Sob este prisma, 
ressalvados as incidências legais de recolhimento do Imposto de Renda, 
o próprio contribuinte, com a base de cálculo que entende correto 
aplica a alíquota correspondente ao seu caso, e, consequente recolhe 
o referente tributo. Passará posteriormente ao fisco a incumbência de 
analisar a informação e recolhimento prestado para podendo homologar, 
abrir diligencia, rejeitar.
Portanto, o lançamento por homologação é a apresentação das 
atividades que deram causa a determinado fato gerador, o competente 
recolhimento prévio do tributo, para, posterior análise do fisco quanto 
38 Direito Tributário
à homologação ou não das declarações apresentadas. O Contribuinte 
informa a obrigação tributária gerada, bem como, o crédito tributário 
ocasionado desta relação, e, apresenta ao fisco.
Passamos para terceira hipótese de lançamento, por ofício, aqui é a 
vez de a Autoridade Administrativa lançar o referido tributo, sem que, haja 
necessidade de qualquer participação ou manifestação do contribuinte. 
Possui previsão legal no art. 149 do CTN, vejamos:
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade 
administrativa nos seguintes casos: 
I - Quando a lei assim o determine; 
II - Quando a declaração não seja prestada, por quem de direito, no 
prazo e na forma da legislação tributária; 
III - Quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado 
declaração nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e 
na forma da legislação tributária, a pedido de esclarecimento formulado 
pela autoridade administrativa, recuse-se a prestá-lo ou não o preste 
satisfatoriamente, a juízo daquela autoridade; 
IV - Quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a 
qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de 
declaração obrigatória; 
V - Quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da 
pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o 
artigo seguinte; 
 VI - Quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou 
de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade 
pecuniária; 
VII - Quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em 
benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação; 
VIII - Quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado 
por ocasião do lançamento anterior; 
39Direito Tributário
IX - Quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu 
fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, pela 
mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.
Exemplo: Temos como exemplo de lançamento por ofício o IPTU, 
este a autoridade administrativa já possuindo a base de cálculo do fato 
gerador, tão somente lhe aplica a alíquota do referido imposto e notifica o 
contribuinte para o devido recolhimento.
Não obstante a isso, entende-se que, todo tributo pode ser 
lançado de ofício. Podemos vislumbrar que nos casos de lançamento por 
declaração ou homologação que tenha sido rejeitada pela autoridade 
administrativa, a ele poderá recair a hipótese de arbitramento do tributo 
a ser pago, sendo, portanto, uma espécie de lançamento por ofício da 
autoridade administrativa.
Exemplo: Determinado município, possui planta de valores 
devidamente atualizada e aprovada nos termos da lei. Com base na planta 
de valores, é atribuída a alíquota para recolhimento do Imposto. Neste 
caso o Sujeito Ativo apenas notifica o Sujeito Passivo para proceder com o 
recolhimento do Imposto com base no valor base do imóvel.
Por fim, temos a modalidade de lançamento via a Justiça Trabalhista, 
a mais recente modalidade lançada no âmbito do Direito Tributário. Aqui 
permeia uma enorme controvérsia teórica. Possui previsão legal no art. 
114, VIII da CF/88.
Vejamos:
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: VIII a 
execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, 
e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir. 
Aqui será o lançamento por meio de decisão judicial do juiz 
competente do Trabalho. No dispositivo, caso for, o magistrado 
percebendo que houve a incidência do fato gerador terá atribuições para 
que lance via sentença a obrigação ao recolhimento.
40 Direito Tributário
REFLITA:
A controvérsia doutrinária permeia no sentido de que o Juiz 
do Trabalho em tese não realiza o lançamento, porém, tão 
somente faz cumprir obrigação tributária já existente. Outra 
banda, entende que o ato do juiz determinar o recolhimento 
de tributo gerado e não pago caracteriza na modulação 
deste entendimento, fazendo com que o lançamento seja, 
mesmo que, indiretamente feito pelo Juiz do Trabalho.
Do Processo Administrativo Fiscal
Compreendendo a importância do instituto do lançamento tributário, 
uma vez regularmente cientificado o Sujeito Passivo do seu ato, torna-se 
exigível e liquido o valor do tributo, e, em tese restando inalterado seu 
lançamento. Ocorre que, a ressalva é cabida aqui, com amparo legal, 
para que, insatisfeito o contribuinte, com lançamento equivocado ou 
abusivo, poderá opor manifestação administrativa para que a Autoridade 
Administrativa reveja o ato praticado, podendo, caso for, alterar o referido 
lançamento.
Há guarida legal, inicialmente no art. 145 do CTN quanto à existência 
do Processo Administrativo Fiscal, o processo propriamente dito do 
Contencioso Administrativo Tributário, veja: 
41Direito Tributário
Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeitopassivo 
só pode ser alterado em virtude de: I - impugnação do sujeito passivo; II - 
recurso de ofício; III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos 
casos previstos no artigo 149.
Ainda, percebemos mediante o art. 10 do Decreto Nº. 70.235/72 a 
orientação procedimental para a instrução processual:
Art. 10. O auto de infração será lavrado por servidor competente, no 
local da verificação da falta, e conterá obrigatoriamente: I - a qualificação 
do autuado; II - o local, a data e a hora da lavratura; III - a descrição do 
fato; IV - a disposição legal infringida e a penalidade aplicável; V - c; VI - a 
assinatura do autuante e a indicação de seu cargo ou função e o número 
de matrícula.
EXPLICANDO MELHOR:
Neste sentido, compreendemos que, o ato administrativo 
do lançamento fiscal, nas suas modalidades, detém 
legitimidade e competência para constituir direito 
potestativo do Estado em exigir e liquidar determinado 
tributo, podendo, entretanto, mediante manifestação do 
Sujeito Passivo, em Processo Administrativo Fiscal, ter 
revisto o ato administrativo do lançamento tributário.
Percebemos ainda, as formas de alteração quanto ao lançamento 
tributário no âmbito administrativo, sendo pelos instrumentos: 
a) Impugnação do Sujeito Passivo; 
b) Recurso de ofício.
42 Direito Tributário
NOTA:
Não podemos confundir aqui, dois institutos jurídicos 
pertinentes à matéria abordada. A anulação e a 
revogação. A primeira é uma providência que a Autoridade 
Administrativa ou o Poder Judiciário possuem para 
excluir um ato administrativo ilegal. Em outro plano, a 
Revogação, com o mesmo efeito, porém, não nas mesmas 
circunstancias, não ataca ato ilegal, porém, o fator nuclear 
aqui versa sobre a importunidade da exigibilidade do 
tributo.
RESUMINDO:
Para compreender melhor, relembrando matéria de 
Direito Administrativo, no âmbito da Administração Pública 
possuímos os atos vinculados e discricionários. O Ato 
Vinculado é o ato pelo qual deve ser respeitada uma 
obrigatoriedade de ações, não podendo, por conveniência 
de a autoridade ser adotada outro caminho. O Ato 
Discricionário é o ato pelo qual, possibilita a Autoridade 
Administrativa, por conveniência e oportunidade, tomar 
medidas que lhe são cabíveis a depender das circunstancias. 
Nestes termos, a revogação, aqui tratado quanto ao tributo, 
só seria permitida para os atos de natureza discricionários; 
cabendo aos atos vinculados de lançamento tributário o de 
anulação.
43Direito Tributário
Neste diapasão, a luz do art. 145 do CTN, percebemos que o ato 
é vinculado, não podendo a autoridade administrativa agir de forma 
divergente do que a lei traz, neste sentido, para que seja alterado o 
lançamento tributário, conforme texto legal, somente será procedido por 
anulação de ato administrativo, pois, não se trata aqui de ato discricionário, 
passível de revogação de ato.
Adiante, analisaremos as hipóteses de alteração do lançamento 
tributário no âmbito do Contencioso Administrativo Tributário.
a) Impugnação do Sujeito Passivo
Temos a primeira hipótese de anulação do lançamento tributário 
previsto no art. 145 do CTN, sendo a Impugnação do Sujeito Passivo. 
Aqui é o momento da manifestação inicial do Sujeito Passivo, posterior 
à notificação pela Autoridade Administrativa quanto ao lançamento de 
determinado tributo. Notificação será ofertada prazo legal para que o 
Contribuinte apresente sua impugnação, tendo suspensa a exigibilidade 
do referido lançamento até decisão terminativa.
Temos aqui, ainda, a incidência do art. 151 do CTN, que trata 
quanto à suspensão da exigibilidade do crédito tributário, na hipótese de 
impugnação do Sujeito Passivo:
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: III - as 
reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo 
tributário administrativo.
Neste ato, o Sujeito Passivo alegará as razões de fato e de direito 
a fim de buscar anular o lançamento tributário em desacordo parcial 
ou totalmente dependendo da situação. A depender ainda, a análise e 
forma de homologação ou rejeição dos lançamentos em suas espécies. 
Visualizando equívoco por parte da Autoridade Administrativa, poderá 
o Sujeito Passivo apresentar as razões pertinentes para que seja 
primeiramente suspensa a exigibilidade, para, no mérito possibilitar a 
anulação do lançamento.
44 Direito Tributário
SAIBA MAIS:
Percebemos neste sentido, que a impugnação do 
contribuinte, em primeiro momento possui força de 
suspender a exigibilidade do tributo, podendo, tão somente 
a Autoridade Administrativa, constituir o crédito posterior à 
satisfação do duplo grau de jurisdição administrativa.
Por fim, haverá hipótese de a Autoridade Administrativa acatar 
total, parcialmente ou denegar as manifestações da impugnação. Neste 
sentido, haveria postulação em instância administrativa superior para 
apreciação de reexame de matéria.
Exemplo: Determinado contribuinte é notificado sobre lançamento 
de Tributo. O Contribuinte, mediante análise e apresentação de 
informações, teve a base de cálculo sobre o fato gerador, e, sobre ela 
recolheu conforme a alíquota do tributo. A Autoridade Administrativa, 
por erro na análise das informações apresentadas, entender que houve 
recolhimento a menor, e, neste sentido, arbitrou a alíquota referente 
à diferença. Pautado da legalidade, o contribuinte no prazo legal, de 
forma tempestiva, apresenta as razões de fato e de direito na forma de 
impugnação. 
Da decisão da Autoridade Administrativa que nega a impugnação 
do Contribuinte, caberá o recurso voluntário do Sujeito Passivo. Ao final, 
refutando as impugnações e recursos voluntários do contribuinte, será 
consolidado do crédito tributário, e, gerado a Certidão de Dívida Ativa, 
objeto futuro de execuções fiscais.
b) Recurso de Ofício
O Recurso de Ofício é ato praticado pela Autoridade Administrativa, 
representante do Ente Federativo que imputa a obrigação tributária o 
determinado contribuinte. Aqui é o instrumento pela qual a Autoridade 
Administrativa, interpõe o recurso na hipótese de acolhimento total ou 
45Direito Tributário
parcial da impugnação do contribuinte, fazendo com que, o Processo 
Administrativo Fiscal suba para a instância superior.
É o Recurso interposto pela administração pública de forma 
obrigatória, com natureza de reexame necessário da matéria, pois, a 
decisão de primeira instância foi em tese prejudicial para o Ente Federativo.
Exemplo: Um Contribuinte, apresenta impugnação a lançamento 
de determinado Tributo, e, neste prisma, a Autoridade Administrativa de 
primeira instância acolhe as razões apresentadas, e, consequentemente 
anula o lançamento. Por ter características negativas à receita para a 
Administração Pública, de ofício a Autoridade Administrativa remete 
o Processo Administrativo Fiscal para instancia superior para reexame 
necessário de matéria.
Aqui estamos diante de uma anulação de lançamento tributário, 
em sede de primeira instância, a qual a Administração Publica 
necessita de um reexame de matéria a fim de pautada de legalidade e 
constitucionalidade, eventualmente possa buscar a reforma da decisão 
favorável ao contribuinte, e posteriormente venha a validar o lançamento 
tributário.
46 Direito Tributário
Contencioso Judicial Tributário
Noções Gerais 
O Contencioso Judicial Tributário, atribuído a demandas judiciais 
para tratar questões tributárias é um mecanismo a inafastabilidade do 
poder judiciário em favor do contribuinte, e, também da Autoridade 
Administrativa. Aqui, não mais reside a figura da Administração Pública 
mediante, fiscalizando, processando e julgando; neste sentido, figura a 
imagem do Estado-Juiz que atenderá a tutela jurisdicional pretendida.
É um processo judicial, ressalvadas as suas particularidades e 
competências, o mesmo procedimento de um processo civil habitual, 
posta a lide em questão, legitimidade ativa, passiva, causa depedir e dos 
pedidos.
Assevera neste sentido, Hugo de Brito Machado (2018, p. 251):
SAIBA MAIS:
Note-se que o processo judicial tributário é, em quase 
toda a sua extensão, o mesmo processo civil no qual são 
solucionadas as lides de uma maneira geral. Não há um 
processo e um Direito Processual específicos, como ocorre, 
por exemplo, no âmbito do Processo Penal, mas apenas o 
processo e o Direito Processual Civil aplicados à solução de 
conflitos verificados nas relações jurídicas tributárias.
Aqui são discutidas questões que, em grande parte, não foram 
possíveis a solução via Processo Administrativo Fiscal, bem como, podendo 
ainda, ser matéria de discussão originária, sem que tenha atravessado o crivo 
processual administrativo, ou ainda, a ausência de manifestação nesta fase.
47Direito Tributário
NOTA:
Neste procedimento contencioso, a Autoridade 
Administrava poderá vir a cobrar crédito tributário, lançado, 
homologado e devidamente constituído; e, o Contribuinte 
poderá discutir a legalidade ou constitucionalidade quanto 
à constituição do crédito tributário. 
Neste sentido, diferente da via Administrativa, o Contencioso 
Judicial possui uma gama mais ampla de manifestações das partes 
quanto à discussão judicial da matéria tributária competente, passaremos 
a analisar a seguir, de forma sucinta as espécies de ações do contencioso 
tributário diante da vasta peculiaridade.
Ações provenientes do Fisco 
Por ações provenientes do fisco, compreendemos a princípio as 
ações propostas por interesse da Administração Pública com a finalidade 
de ter sua tutela jurisdicional atendida, qual seja, o cumprimento das 
obrigações tributárias.
Neste sentido, a Administração Pública, buscará a satisfação de 
seus interesses mediante ação judicial pertinente de acordo com a tutela 
pretendida, neste sentido temos as seguintes ações: a) Execução Fiscal; 
e, b) Cautelar Fiscal.
a) Execução Fiscal
A execução fiscal possui previsão legal na Lei Nº. 6.830,80, e, trata-
se de processo em que a Administração Pública visa à satisfação de 
crédito tributário por quantia certa, fundado em título extrajudicial. Possui 
requisito por verbas tributárias, e, não tributárias, conforme disposição do 
art. 2º da referida lei.
48 Direito Tributário
Art. 2º - Constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública aquela definida 
como tributária ou não tributária na Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, 
com as alterações posteriores, que estatui normas gerais de direito 
financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da 
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
SAIBA MAIS:
Aqui, não se discute questões de lançamento de crédito 
tributário, e, tão somente a via de cobrança judicial pertinente 
para a satisfação de um crédito já consolidado, porém, 
não adimplido. O requisito aqui, como título executivo 
extrajudicial é a Certidão de Dívida Ativa, constituída ao fim 
do Processo Administrativo Fiscal.
Neste sentido, preceitua quanto a natureza da Ação de Execução 
Fiscal, Francesco Carnelutti (2000, p. 294):
 [...] não nos encontramos mais perante duas partes que 
reciprocamente disputam entre si a razão e um juiz que busca qual das 
duas a tenha na verdade, e sim perante uma parte que quer ter uma coisa 
e outra que não a quer dar, enquanto que o órgão do processo retira a 
esta para ser dada àquela.
49Direito Tributário
NOTA:
Certidão de Dívida Ativa corresponde a título executivo 
extrajudicial, correspondente a crédito tributário ou não, 
esta que, foi devidamente consolidada por Autoridade 
Administrativa competente, liquida e exigível, porém, não 
adimplida pelo Sujeito Passivo. 
IMPORTANTE:
Não obstante a Execução Fiscal ser regido por lei própria 
é aplicado também, de forma conjunta e não conflitante, 
o Código Processual Civil.
Neste sentido, compreende-se que a Execução Fiscal é medida 
judicial tomado pelo Fisco a fim de ter satisfeito crédito tributário ou não, 
devidamente constituído, porém, não adimplido. Mediante esta ação 
a Administração Publica, força via Processo Judicial o adimplemento, 
bem como, as garantias para satisfação do crédito a luz do Código 
Processualista. 
b) Cautelar Fiscal 
Trata-se de Ação com finalidade cautelar, a qual a Administração 
Pública visa atender o adimplemento de determinado crédito tributário 
lançado, com finalidade específica de indispor os bens do sujeito passivo 
da relação tributária. Bastante semelhante a Ação Cautelar de Arresto, no 
âmbito Processual Civil. Atualmente é visto como exceção na aplicação, 
sendo investidas para atender processo de conhecimento ou execução; 
sendo de forma preparatória ou incidental.
É regida pela Lei Nº. 8.397/92, vejamos:
50 Direito Tributário
Art. 1° O procedimento cautelar fiscal poderá ser instaurado após 
a constituição do crédito, inclusive no curso da execução judicial da 
Dívida Ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e 
respectivas autarquias.
Em outras palavras, a Ação Cautelar Fiscal, possui o condão 
de garantir a eficácia, ou resguardar a Administração Pública de forma 
incidental ou preparatória no que tange a satisfação do crédito tributário, 
diante de ineficácia da prestação jurisdicional de eventual Execução Fiscal.
Traz a baila Hugo de Brito Machado (2018, p. 335), divergência 
quanto a sua efetividade no campo jurídico, vejamos:
A medida é inútil, pois somente poderia ser requerida em face 
da constituição do crédito tributário, situação que já confere à Fazenda 
Pública o direito de propor a execução fiscal, e obter a penhora de bens, 
instrumento incomparavelmente mais adequado e eficaz para garantir o 
adimplemento da quantia executada.
Não obstante a posição doutrinária supracitada, a jurisprudência 
tem admitido à apresentação da Cautelar Fiscal:
[...] A medida cautelar fiscal, ensejadora de indisponibilidade 
do patrimônio do contribuinte, pode ser intentada mesmo antes da 
constituição do crédito tributário, nos termos do artigo 2 o , in- ciso V, ‘b’, e 
inciso VII, da Lei n o 8.397/92 (com a redação dada pela Lei n o 9.532/97) 
[...]” (REsp 689.472/SE, Rel. Min. Luiz Fux, j. em 5.10.2006, DJ de 13.11.2006, 
p. 227).
Neste sentido, percebe-se que, mesmo sendo matéria de 
controvérsia doutrinária e prática, quanto a sua efetividade e eficácia, os 
Tribunais Superiores tem permitido a tramitação da presente ação a fim 
de atender a tutela jurisdicional pretendida pela Administração Pública.
51Direito Tributário
Ações pertinentes ao Sujeito Passivo/
Contribuinte
Diferentemente das Ações de iniciativa da Administração 
Pública, aqui o Contribuinte propõe ação com fito de buscar a tutela 
jurisdicional que verse sobre ilegalidade ou inconstitucionalidade de atos 
administrativos atinentes ao lançamento, homologação e constituição do 
crédito tributário.
NOTA:
A legitimidade ativa aqui se trata de Contribuinte que 
teve em tese, lesado seu direito em relação à incidência, 
aplicação, fiscalização e exigibilidade de tributos, ou, a ela 
acessória. A legitimidade passiva versa no Ente Federativo 
que deu causa a virtual lesão, prejuízo, ou embaraço ao 
Contribuinte.
Como formas usuais de manifestação do contribuinte têm as 
seguintes ações: a) Embargos à execução; b) Ação anulatória; c) Ação de 
consignação em pagamento.
a) Embargos a Execução Fiscal 
Trata-se de defesa, em processo autônomo, porém, dependente de 
eventual execução fiscal proposto pela Administração Pública. Possui o 
objetivo de anular total ou parcialmente o título executivo, objeto da ação 
de execução proposta em desfavor do Contribuinte.
Em caráter prático, é medido de defesa do Contribuinte, em face 
de execução fiscal apresentada, que será interposta de forma autônoma 
a fim de rebater as razões de fato e de direito apresentadas na Execução 
Fiscal. 
52 Direito Tributário
É disciplinada na Lei Nº. 6.830/80 no art. 16, vejamos:
Art. 16 - O executado ofereceráembargos, no prazo de 30 (trinta) 
dias, contados: I - do depósito; II - da juntada da prova da fiança bancária 
ou do seguro garantia; III - da intimação da penhora. § 1º - Não são 
admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução. § 
2º - No prazo dos embargos, o executado deverá alegar toda matéria 
útil à defesa, requerer provas e juntar aos autos os documentos e rol de 
testemunhas, até três, ou, a critério do juiz, até o dobro desse limite. § 3º - 
Não será admitida reconvenção, nem compensação, e as exceções, salvo 
as de suspeição, incompetência e impedimentos, serão arguidas como 
matéria preliminar e serão processadas e julgadas com os embargos.
IMPORTANTE:
Percebe-se aqui, que, no ato da oposição dos Embargos 
a Execução Fiscal, necessária que seja garantido o juízo 
mediante caução financeira, ou, nomeação de bens 
a penhora. Tal medida visa à garantia de que, ao final a 
Administração Pública possa resguardar-se de ter seu 
direito satisfeito, e, o Contribuinte, mediante boa-fé 
na apresentação das garantias, de buscar a sua tutela 
pretendida.
No mesmo prazo, no ato da apresentação dos Embargos deverá 
o Contribuinte alegar todas as razões de fato e de direito, devidamente 
acompanhadas das provas, documentos e rol de testemunhas capazes 
de atender o pleito de sua demanda.
Existe ainda, no curso deste procedimento, a figura dos Embargos 
de terceiro, onde, terceiro de boa-fé, atingido por eventual execução fiscal 
se manifeste quanto à garantia de seu direito. Aqui não será tratado por 
53Direito Tributário
questões relacionadas diretamente com a origem do débito discutido, e, 
tão somente visa atender contra reflexos ilegítimos que alcançou terceiro 
de boa-fé.
b) Ação Anulatória
Aqui o Contribuinte busca a tutela jurisdicional a fim de atacar 
lançamento de crédito tributário diante de flagrante nulidade existente. 
Pode se tratar de matérias referentes a quesitos substanciais; ou, formais. 
NOTA:
Por questões substanciais, entendemos pela inexistência 
de eventual obrigação tributária. Ainda, neste diapasão, 
por questões formais entendemos pela formalização do 
procedimento que originou o crédito tributário, ou seja, 
incompetência de autoridade; vícios procedimentais; e, 
vícios na própria condução do Processo Administrativo 
Fiscal. 
Pela presente ação, o Contribuinte, mediante sentença, visa 
declaração de nulidade quanto ao ato administrativo de lançamento 
de crédito tributário, neste sentido, anulando qualquer exigibilidade e 
liquidação de crédito anteriormente consolidado.
Necessita no presente caso, que o Contribuinte traga elemento 
necessário e robusto a fim de ter sua tutela apreciada e garantida. É 
ação de natureza de conhecimento, sendo uma ferramenta ampla de 
discussão quanto à validade de determinado crédito tributário. Possuirá 
dilação probatória sendo juntada de documentos, testemunhas, perícias 
e todos os meios de prova em direito admitidos.
 
54 Direito Tributário
Poderá o contribuinte, em sede de tutela de urgência requerer a 
suspensão da exigibilidade de determinado crédito, podendo ainda, ao 
final ter no mérito do processo judicial ter seu direito mantido na liminar, 
ou, reformado. Será instruída a luz dos requisitos Processuais Civis.
Leciona Hugo de Brito Machado (2018, p. 423), a esse respeito:
Que o Juiz, ao acolher os embargos, se o faz apenas em parte, não 
poderá fazer um lançamento tributário em substituição àquele feito pela 
autoridade competente, que considerou incorreto. Assim, não poderá 
determinar o prosseguimento da execução pela diferença que considere 
devida.
Portanto, pela ação anulatória, o efeito em sentença pretendido é 
a declaração de nulidade de lançamento que originou o crédito tributário 
imposto ao Contribuinte.
c) Ação de Consignação em Pagamento
Comum nas ações cíveis e trabalhistas, a Ação de Consignação 
em Pagamento é a busca do contribuinte em demonstrar a boa-fé em 
recolher um débito tributário, porém, no valor compreendido por legal 
justo e legal; onde, constatado a oposição do credor no recebimento, ou 
ainda, em casos de conflito de titularidade.
Encontra-se amparada no art. 539 do Código Processual Civil c/c 
art. 164 do CTN:
Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro 
requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa 
devida.
Art. 164. A importância de crédito tributário pode ser consignada 
judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos: I - de recusa de recebimento, 
ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, 
ou ao cumprimento de obrigação acessória; II - de subordinação do 
recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem 
fundamento legal; III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de 
direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador.
55Direito Tributário
NOTA:
Percebemos três hipóteses de cabimento para a Ação 
de Consignação em pagamento. Quanto às posições dos 
incisos I e II do art. 164 do CTN, o Contribuinte irá figurar 
no polo ativo da ação. São hipóteses em que em vias 
normais, ao Contribuinte não lhe foi possível proceder 
com o regular recolhimento do tributo por oposição do 
Ente Federativo Competente.
Quanto ao inciso III a realidade fática torna-se complexa e delicada. 
É a situação onde mais de um Ente Federativo busca a satisfação de um 
tributo com mesmo fato gerador, sendo, tributável somente por um dos 
Entes Federativos. Percebe-se neste ato, a confusão das Autoridades 
Administrativas em fiscalizar e arrecadar determinado tributo, e, neste 
sentido, o Contribuinte valendo-se de da boa-fé, necessita satisfazer o 
crédito, entretanto, por não haver a decisão de para quem seja devido o 
tributo, a presente ação resguarda o contribuinte de sanções judiciais e 
administrativas atrelada ao eventual inadimplemento.
Neste sentido, é a decisão apreciada pela 2ª Turma do Superior 
Tribunal de Justiça:
A questão meramente processual constante dos autos tem como 
suporte fático, para destaque, uma ação de consignação em pagamento 
de Imposto sobre a Transmissão de Bens Inter Vivos, intentada contra os 
MUNICÍPIOS DE VITÓRIA E DE SERRA, ambos do Estado do Espírito Santo. 
Pela disputa de ambos os municípios na arrecadação do ITBI incidente 
sobre a aquisição de área situada na Praia Mole, tramitou a ação que, após 
a primeira fase, foi vencida pela empresa autora, com a determinação de 
depósito do valor questionado, sendo ordenado o prosseguimento da 
56 Direito Tributário
demanda em relação aos municípios. Impôs o julgador, ainda, honorários 
de advogado e reembolso das despesas processuais, a serem descontados 
do valor do depósito. O TJ/ES, contudo, reformou a sentença e postergou 
a condenação para o final da ação de consignação. [...] É óbvio que, ao 
final da primeira fase, desobriga-se o autor, se julgada procedente a sua 
dívida, fazendo jus ao recebimento do que foi obrigado a gastar na Justiça 
com as custas, bem assim com a verba de patrocínio. Esta condenação se 
impõe, porque nesta primeira fase extingue-se a relação processual em 
que figura o autor como parte, aplicando-se então o disposto no art. 20 do 
CPC. Observe-se que se até mesmo na solução de um incidente se impõe 
a sucumbência (art. 20, § 1 o , do CPC), quanto mais na finalização de uma 
demanda. Esta conclusão é a única que se harmoniza com os arts. 898 
e 20 do CPC aqui invocados. Não importa que prossiga a ação, em uma 
segunda etapa, tendo como partes os réus, credores do devedor, que se 
retira definitivamente do palco judicial.
Por fim, concluímos a Unidade IV, e, consequentemente damos como 
encerrado a disciplina de Direito Tributário para o semestre. Caro aluno (a) 
trabalhamos arduamente desde as matérias preliminares e basilares do 
Direito Tributário, percorrendo toda a compreensão da matéria de instituição, 
fiscalização e arrecadação dos tributos;os tributos propriamente ditos; 
poderes, atribuições e limitações dos Entes Federativos quanto ao poder 
de tributar; As punibilidades em matéria tributária; e, neste ato alcançamos 
o estudo quanto ao Contencioso Tributário. Neste sentido, é com imensa 
satisfação que concluo esta disciplina, e, após as aplicações de conteúdo 
avaliativo e expositivo, você aluno (a) caminhará para habilitação na atuação 
no âmbito do Direito Tributário. Sucesso, e até a próxima! 
57Direito Tributário
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro 
de 1988. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituição.htm>;
BRASIL. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966. Institui o Código 
Tributário Nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 
27 out. 1966. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
l5172.htm>;
BRASIL, Decreto Nº. 70.235, de 06 de março de 1972. Dispõe sobre 
o processo administrativo fiscal, e dá outras providências. Disponível em: < 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D70235cons.htm>;
BRASIL, Lei Nº. 6.830 de 22 de setembro de 1980. Dispõe sobre 
a cobrança judicial da Dívida Ativa da Fazenda Pública, e dá outras 
providencias. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
l6830.htm;
BRASIL, Lei Nº. 8.397 de 06 de janeiro de 1992. Institui medida cautelar 
fiscal e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/L8397.htm;
BRASIL, Lei Nº. 13.105 de 16 de março de 2015. Código de Processo 
Civil. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13105.htm; 
Ac. da 1 a S do STJ – mv – MS 6.045/DF – Rel. para o Ac. Min. Humberto 
Gomes de Barros – j 26.5.1999 – Impte.: Tales Oscar Castelo Branco; Impdo.: 
Ministro de Estado da Justiça DJU I 27.9.1999, p. 37 – ementa oficial – 
Repertório IOB de Jurisprudência n o 22/99, c. 1, p. 630;
Voto da Ministra Eliana Calmon, proferido no julgamento do REsp 
325.140/ES – j. 16.5.2002 – DJU I de 30.9.2002, p. 220. O acórdão se reporta 
a artigos do CPC/73, em razão da data em que foi proferido. No CPC/2015, 
disposições análogas se acham positivadas nos arts. 85 e 548;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituição.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituição.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D70235cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6830.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6830.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8397.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8397.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm
58 Direito Tributário
MACHADO, Hugo de Brito. Processo tributário /. – 10. ed. rev e atual. 
– São Paulo : Atlas, 2018;
PONTES DE MIRANDA, Comentários ao Código de Processo Civil, 5. 
ed., atualizada por Sérgio Bermudes, Rio de Janeiro: Forense, 2001, p. 78; 
Comentários à Constituição de 1967, São Paulo: Revista dos Tribunais, 1967;
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 20ª edição 
atualizada. Malheiros: São Paulo, 1990;
DINAMARCO, Cândido Rangel. Instituições de Direito Processual 
Civil, 3. ed., São Paulo: Malheiros, 2003, v. 1;
ATALIBA, Geraldo, Apontamentos de Ciência das Finanças, Direito 
Financeiro e Tributário, São Paulo: RT, 1969.
CARNELUTTI, Francesco, Sistema de Direito Processual Civil, 
tradução de Hiltomar Martins Oliveira, São Paulo: Classicbook, 2000, v. 1.
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