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ASPECTOS CONCEITUAIS E TERMINOLOGIAS

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13/06/2024, 19:50 ASPECTOS CONCEITUAIS E TERMINOLOGIAS: O QUE É EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA? | MOODLE-CEaD/UFU
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CONCEITOS E TERMINOLOGIAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
1. O QUE É EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA?
O que é Educação Especial, o que é Educação Inclusiva e o que é Educação
Especial na perspectiva Inclusiva?
Nos últimos tempos tem sido recorrente o emprego das expressões “inclusão escolar” ou “educação inclusiva”, em substituição ao
termo Educação Especial quando relacionado à escolarização de pessoas com necessidades educacionais especiais (NEEs). Essa troca
parece ocorrer não apenas no cotidiano escolar, mas também nos debates acadêmicos e em escritos institucionais.
A crença equivocada de que a inclusão educacional substituiria a Educação Especial tem relação com a confusão de Educação
Especial como sinônimo de classes especiais, de escolas especiais, de ensino em separado. Essa distorção conceitual causa, para
pessoas que desconhecem a Educação Especial, repulsa pela referência a esse termo, julgando-o desatualizado (MENDES,2017).
A discussão sobre a “inclusão escolar” tem ganhado adesão em meio à dispersão discursiva que versa sobre as práticas denominadas
inclusivas no contexto escolar. O uso indiscriminado de alguns termos e, na maioria das vezes (mesmo no meio acadêmico ou nos
documentos legais), desacompanhado de uma reflexão conceitual tem levado à banalização de conceitos. Padilha (2013, p. 88)
demonstra essa preocupação:
Nos últimos tempos tem sido recorrente o emprego das expressões “inclusão escolar” ou “educação inclusiva”, em substituição ao
termo Educação Especial quando relacionado à escolarização de pessoas com necessidades educacionais especiais (NEEs). Essa troca
parece ocorrer não apenas no cotidiano escolar, mas também nos debates acadêmicos e em escritos institucionais.
A crença equivocada de que a inclusão educacional substituiria a Educação Especial tem relação com a confusão de Educação
Especial como sinônimo de classes especiais, de escolas especiais, de ensino em separado. Essa distorção conceitual causa, para
pessoas que desconhecem a Educação Especial, repulsa pela referência a esse termo, julgando-o desatualizado.
A discussão sobre a “inclusão escolar” tem ganhado adesão em meio à dispersão discursiva que versa sobre as práticas denominadas
inclusivas no contexto escolar. O uso indiscriminado de alguns termos e, na maioria das vezes (mesmo no meio acadêmico ou nos
documentos legais), desacompanhado de uma reflexão conceitual tem levado à banalização de conceitos. Padilha (2013, p. 88)
demonstra essa preocupação:
[...] conceitos como os de inclusão e exclusão não podem ser banalizados, simplificados, porque se corre o risco de banalizar e
simplificar necessidades fundamentais do ser humano, em cada época e em determinados espaços, por determinadas condições.  
A Educação Especial tem um público-alvo específico definido por decreto: pessoas com deficiência, com transtornos globais do
desenvolvimento e com altas habilidades ou superdotação. O que não se tem mais é um lugar específico e exclusivo para que esse
público receba escolarização, o lugar de aprender é na escola, como para as pessoas que apresentam desenvolvimento “típico”. Já
a Educação Inclusiva seria uma das bandeiras de luta de defesa dos ditos “excluídos” historicamente da escola, um projeto de
educação para todos dentro de uma suposta proposta maior de “Inclusão social”.
Em 2008, a publicação da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva foi uma tentativa de esclarecer
e conciliar esses termos, uma vez que, a Educação Especial é antes educação, por isso, estaria implicada e particularmente
identificada com o movimento mundial “[...] em defesa do direito de todos os estudantes de estarem juntos, aprendendo e
participando, sem nenhum tipo de discriminação” (BRASIL, 2008).
Apesar de a LDB ser a Lei maior da educação brasileira, não fazer referência à Educação Inclusiva, a “Política Nacional de Educação
Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva”, um documento orientador sem força de lei, é que tem sido largamente referenciada
na legislação que a sucedeu, e a ideia de “inclusão” vem sendo absorvida pela área educacional com substitutiva de Educação
Especial. Concordamos com o entendimento apresentado por Ferrazzo e Maciel (2016, p. 368) de Educação Especial como:
[...] um sistema de concepções e práticas acerca da educação destinada às pessoas com deficiências, [e como tal] reflete a totalidade
do movimento histórico-social de produção material num dado estágio do desenvolvimento da sociedade. Assim, conforme cada
nova geração se apropria das objetivações resultantes da atividade das gerações anteriores, aperfeiçoando-as e transformando-as,
vão surgindo novos critérios, novas formas organizativas, novas reflexões teóricas e práticas, que sustentam a forma de compreender
as pessoas com deficiências. ?
13/06/2024, 19:50 ASPECTOS CONCEITUAIS E TERMINOLOGIAS: O QUE É EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA? | MOODLE-CEaD/UFU
https://ead.ufu.br/mod/book/view.php?id=131240 2/2
A falta de zelo com os conceitos tem consequências nos cotidianos das instituições. Uma delas é a de colocar o público-alvo da
Educação no “pacote” de outras “minorias” comprometendo a especificidade do atendimento, que já é marcado por uma abstração
do “como” executá-lo, já que a legislação nem sempre é clara quanto aos procedimentos, o que dificulta organização das instituições
escolares.
Este texto é um excerto de:
MENDES, Katiuscia Aparecida Moreira de Oliveira. Educação Especial Inclusiva nos Institutos Federais de Educação, Ciência e
Tecnologia brasileiros. 2017. 168 f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2017. Disponível
em; http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/8139
http://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tede/8139

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