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Ciencias Humanas -62

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Pró-Reitoria de Extensão – PROEX
122 Ciências Humanas 
Após submarinos alemães torpedearem navios brasileiros, o governo brasi-
leiro declara guerra às potências do Eixo.
Com a derrota dos regimes nazifascistas na Europa, houve muita pressão 
interna para o retorno do Brasil à democracia. Atento ao que acontecia, Getúlio 
Vargas decidiu antecipar-se aos adversários e liderar a abertura democrática. Em feve-
reiro de 1945, fixou prazo para eleição presidencial e concedeu anistia ampla a todos 
os condenados políticos, encerrando assim a ditadura do Estado Novo.
GolPes e ditaduras na aMériCa latina
No contexto da Guerra Fria, com o temor de que a Revolução Cubana pu-
desse gerar seu exemplo, outros movimentos revolucionários no continente levaram 
os Estados Unidos a apoiar golpes, sobretudo militares, e a sustentarem ditaduras.
A primeira derrubada de um governo populista/reformista ocorreu em 
1964, no Brasil, quando João Goulart foi deposto por um golpe desfechado pelos 
militares e apoiado pelo empresariado e pelas classes médias temerosas do “perigo ver-
melho”. Além disso, os militares contavam com o apoio do governo norte-america-
no, o qual já havia enviado navios e porta-aviões para dar apoio efetivo aos golpistas.
Abaixo, uma cronologia das ditaduras na América Latina:
• 1964: Golpe Militar de Barrientos derruba o governo do MNR, na Bolívia.
• 1965: Uma invasão de marines dos EUA derruba, na República Dominicana, 
o presidente eleito, Juan Bosch.
• 1966: Em junho, golpe militar organizado por Ongania derruba, na Argentina, 
o governo civil de Arturo U. Ilia.
• 1967: O governo militar boliviano caça, prende e fuzila Ernesto “Che Guevara”. 
Agentes norte-americanos da CIA participaram da Operação.
• 1968: O coronel Velasco Alvarado encabeça um golpe militar, no Peru.
• 1971: Em agosto, o golpe militar de Hugo Bánzer Suarez, na Bolívia, derruba 
o governo nacionalista de Juan José Torres,
• 1973: Em julho, golpe militar dissolve Parlamento, no Uruguai. Em setem-
bro, golpe encabeçado por Augusto Pinochet, com apoio e financiamento dos 
Estados Unidos, derruba o governo de Salvador Allende e inicia um massacre 
nos sindicatos, partidos de esquerda e movimentos sociais, em geral.
• 1975: General Morales Bermudez toma o poder, no Peru.
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• 1976: Em março, golpe militar (general Videla), na Argentina, inicia um pro-
cesso repressivo de dimensões inéditas, com “desaparecimento” de sindicalis-
tas, militantes de esquerda e estudantes.
De conformidade com as especificidades dos regimes de cada nação, po-
de-se verificar que a ascensão dos militares ao poder significou um posicionamento 
identificado com a política externa estadunidense.
O padrão econômico colocado em prática também era altamente concen-
trador de renda, o que tornou necessário reduzir o poder dos sindicatos e dos traba-
lhadores, reduzir salários, proibir greves, entre outras medidas repressivas.
brasil - Militares no Poder
João Goulart foi deposto por um golpe civil/militar em 31 de março de 
1964.
Durante 21 anos, a sociedade brasileira viveu sob o comando de presiden-
tes militares impostos pelas Forças Armadas. Até 1985, dois marechais e três generais 
se sucederiam na presidência da República: Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, 
Geisel e Figueiredo. 
Através dos chamados Atos Institucionais (AI), os governos militares fo-
ram restringindo as liberdades democráticas, impondo censura aos meios de comu-
nicação. Durante todo o período da ditadura, muitos brasileiros que se opunham ao 
regime militar foram perseguidos, exilados, torturados ou mortos pelos órgãos de 
repressão política.
ConCentração de renda
Do ponto de vista econômico, os militares adotaram o modelo desenvolvi-
mentista, baseado na aliança entre três grandes grupos:
• A burocracia técnica estatal (militar e civil);
• Os grandes empresários estrangeiros;
• Os grandes empresários nacionais.
Segundo estudiosos, esse modelo conduziu à modernização da economia, 
mas também à concentração de renda nas classes altas e médias e à marginalização 
da classe baixa.

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