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Pró-Reitoria de Extensão – PROEX 46 Ciências Humanas 2.3 as questões aMbientais ConteMPorâneas: Mudança CliMátiCa, ilhas de Calor, eFeito estuFa, Chuva áCida e a destruição da CaMada de ozônio revolução industrial: uM MarCo da questão aMbiental ConteMPorânea Desde que surgiu no planeta, o homem modifica o espaço, transformando a natureza para sua melhor subsistência. Contudo, é a partir da Revolução Industrial, inaugurada no século XVIII, em terras inglesas, que as atividades antrópicas começa- ram a causar maior impacto na natureza. A produção e o estímulo do consumo em massa, a urbanização e a substituição das fontes de energia por combustíveis fósseis ditaram um novo ritmo socioambiental ao mundo. ilhas de Calor Caracterizando-se por ser uma das mais notáveis demonstrações da ação antrópica sobre o espaço, as Ilhas de Calor são fenômenos que ocorrem nos grandes centros urbanos e são caracterizados pela elevação de temperatura em alguns pontos da cidade, sendo mais comuns nas áreas centrais do que na periferia. Em média, os centros urbanos ficam em torno de 7ºC mais quentes, quando comparados às periferias. As Ilhas de Calor se originam devido à poluição atmosférica, alta densida- de demográfica, pavimentação, remoção da cobertura vegetal, construção de prédios barrando a passagem do vento, grande quantidade de veículos e outros fatores que contribuem para o aumento da retenção de calor na superfície. eFeito estuFa É importante ressaltar que o Efeito Estufa é um fenômeno natural e de suma importância para a manutenção da vida na Terra. Acredita-se que, sem a exis- tência do Efeito Estufa, as temperaturas no planeta ficariam em torno de 15ºC nega- tivos, impossibilitando as formas de vida como hoje as conhecemos. O grande problema reside na intensificação desse fenômeno, causada pela permanente queima de combustíveis fósseis e impulsionada pelo período pós-Revo- lução Industrial, o que ocasionou desequilíbrio na composição atmosférica. Os raios solares, quando atingem a Terra, têm parte de seu calor absorvido pela superfície, enquanto o restante é “devolvido” para a atmosfera. Contudo, com presença cada vez mais constante de poluentes atmosféricos, forma-se uma camada impedindo que o calor se dissipe por completo, fazendo o papel de estufa e aumen- tando a temperatura interna do planeta. Pró-Reitoria de Extensão – PROEX Geografia 47 Chuva áCida Toda chuva, naturalmente, possui certo grau de acidez, independentemen- te da poluição atmosférica. Esse grau de acidez não é prejudicial ao meio ambiente. Todavia, a acidez aumenta e se torna danosa, quando reage com outros elementos, como o dióxido de enxofre (SO2) e o dióxido de nitrogênio (NO2), gases oriundos da queima de combustíveis fósseis. Esses ácidos são dissolvidos pelas gotas de chuva e se precipitam como chuva ácida. A circulação atmosférica faz com que essas precipita- ções ácidas se materializem a quilômetros de distância de sua origem. Entre os principais problemas ambientais proporcionados pela chuva áci- da, estão: • Prejuízos à vegetação natural e às plantações; • Destruição da vida vegetal e animal em lagos e rios; • Efeitos insalubres, uma vez que a corrosão do solo libera metais pesados; • Corrosão de monumentos, paredes de edifícios, veículos e estátuas; • Contaminação de lençóis freáticos. As manchas industriais da Europa, Estados Unidos, Japão e China são as regiões do planeta onde a chuva ácida mais se faz presente. No Brasil, a chuva ácida é mais comum nas áreas dos grandes centros in- dustriais, como Cubatão (SP), as zonas metalúrgicas de Minas Gerais e as regiões carboníferas no litoral de Santa Catarina. destruição da CaMada de ozônio A Camada de Ozônio tem importância vital para a vida na Terra, por pro- teger o planeta dos raios ultravioletas emitidos pelo sol. Porém, com a emissão de certos tipos de gases como, por exemplo, o clorofluorcaboneto (CFC), quando asso- ciada aos raios ultravioletas, causam a sua destruição. A sua diminuição provoca sérios problemas de saúde, como catarata e câncer de pele, além de danos aos ecossistemas. A rarefação da Camada de Ozônio acontece mais intensamente em regiões temperadas do Hemisfério Norte, região do Ártico e Antártida.