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Teorias sobre Migração e Crescimento Populacional

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Pró-Reitoria de Extensão – PROEX
96 Ciências Humanas 
Migrante: Todo aquele que muda de região ou país.
Emigrante: Todo aquele que deixa o local de nascimento.
Imigrante: Toda aquele que entra em uma nova região ou país.
Refugiado: Pessoa que está fora de seu país natal e que não pode retornar por perse-
guição baseada em motivos raciais, religiosos, de nacionalidade...
Deslocado Interno: Aquele que, em função de conflito armado, violência generali-
zada, violações a direitos humanos ou desastres naturais, é obrigado a deixar o local 
de residência, porém, permanece em seu país.
 
Solicitante de Asilo: Aquele que pede proteção internacional e aguarda a concessão 
de condição de refugiado. 
teorias deMoGráFiCas
Com o crescimento populacional, ao longo dos séculos, a questão come-
çou a ser refletida de maneira mais sistematiza. 
O advento da Revolução Industrial, no século XVIII, representou não 
apenas uma transformação no modo de produção, mas também na organização 
socioespacial.
Assim, a Inglaterra, protagonista dessa nova forma de produção e organiza-
ção espacial, foi berço da primeira teoria reflexiva sobre o crescimento populacional: 
a Teoria Malthusiana.
 
teoria Malthusiana
O pastor anglicano Thomas Robert Malthus publicou, em 1798, o li-
vro Ensaio sobre o princípio da população.
Para Malthus, a população, ao contrário da natureza, tinha potencial de 
crescimento ilimitado. Ou seja, a população mundial cresceria em um ritmo rápi-
do, comparado por ele a uma progressão geométrica (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64...), e a 
produção de alimentos cresceria em um ritmo lento, comparado a uma progressão 
aritmética (1, 2, 3, 4, 5, 6...).
Segundo o pensamento de Malthus, projetava-se uma tenebrosa sombra 
para o futuro da humanidade. Subnutrição, fome, doenças, infanticídios e guerras 
por disputas de territórios para ampliar a produção de alimentos seriam inevitáveis. 
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Geografia 97
O antídoto para tal mal estaria naquilo que Malthus classificou como “con-
trole moral”. Devido a sua formação religiosa, descartava os métodos contraceptivos 
e advogava pela abstinência sexual e o adiamento dos casamentos (estes só deveriam 
acontecer mediante a capacidade de sustentar a família).
À época, a obra fez muito sucesso, todavia, hoje suas ideias são conside-
radas ultrapassadas. Para os críticos de Malthus, não se elimina a falta de alimentos 
diminuindo o número de nascimentos entre a população mundial, mas com a redis-
tribuição da riqueza produzida no mundo.
teoria neoMalthusiana
Essa teoria começou a se desenvolver no início do século XX. Porém, ela 
só ganha musculatura após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), em razão da 
explosão demográfica ocorrida nos países subdesenvolvidos.
Os defensores dessa teoria justificavam-na, argumentando que os países 
com elevadas taxas de crescimento populacional eram obrigados a investir grande 
parte de seus recursos em educação e saúde, em virtude da grande concentração de 
jovens.
Também afirmavam que o crescimento acelerado da população gerava a 
diminuição da sua renda per capita, impactando no desenvolvimento econômico, 
no desemprego e na pobreza. Com esse raciocínio, para aumentar a renda média dos 
habitantes, era necessário controlar o crescimento populacional. 
Ao contrário da teoria original, os neomalthusianos eram favoráveis 
aos métodos anticoncepcionais, defendendo a sua utilização em massa, nos países 
subdesenvolvidos.
teoria eCoMalthusiana
Essa variante da teoria de Thomas Robert Malthus questiona a relação de 
desequilíbrio entre o crescimento populacional e a disponibilidade de recursos natu-
rais, além da capacidade da natureza em resistir à crescente intervenção humana, em 
função do aumento gradativo das populações.
Nesse sentido, o número crescente de pessoas na Terra demanda uma 
maior utilização de recursos naturais e, consequentemente, uma maior exploração 
dos elementos disponíveis na natureza. Logo, a tendência é que se chegue a um pon-
to em que haverá tantas pessoas no mundo que o meio ambiente não será capaz de 
suprir a necessidade de todos.

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