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Pró-Reitoria de Extensão – PROEX 126 Ciências Humanas • Experiência anterior - os portugueses já dominavam o cultivo da cana e a pro- dução do açúcar, desenvolvido com sucesso no arquipélago dos Açores e na Ilha da Madeira; • Promessa de grandes lucros - o açúcar era considerado um produto de luxo, uma especiaria que rendia alta lucratividade, nos mercados da Europa. Para que esse projeto obtivesse êxito, foi necessário o emprego de mão de obra escrava (índios e negros africanos), grandes extensões de terra para o plantio de cana e a produção do açúcar (monocultura exportadora) e um controle rigoroso, por parte da metrópole portuguesa, em relação ao Brasil-Colônia. deClínio da Produção do açúCar no brasil Expulsos do Brasil, os holandeses levaram mudas de cana-de-açúcar para as Antilhas e passaram a produzir, eles próprios, o açúcar, acabando com o monopólio brasileiro de sua produção. o CiClo do ouro Com a queda do preço do açúcar, no mercado europeu, Portugal encontra- va-se mergulhado numa grave crise econômica. Por essa razão, o governo português procurava novas fontes de riqueza. Nessa busca, revigorou o antigo sonho de encon- trar ouro na América. Foi somente no final do século XVII que os bandeirantes descobriram grandes regiões de jazidas de ouro, na região de Minas Gerais. A notícia de descoberta de ouro espalhou-se rapidamente e um grande contingente de pessoas afluíram às regiões das minas. Em decorrência desse afluxo de pessoas às regiões das minas, surgiram con- flitos violentos. Um deles foi entre paulistas e portugueses, o qual ficou conhecido como Guerra dos Emboabas. soCiedade do ouro As atividades em torno de extração do comércio do ouro fizeram nascer uma série de núcleos urbanos, como Vila Rica, Congonhas do Campo, Sabará e São João del Rei. A principal mão de obra empregada na atividade de extração do ouro era de escravos africanos. Pró-Reitoria de Extensão – PROEX História 127 Ao longo do século XVIII, com a intensa exploração aurífera, as jazidas foram se esgotando. O governo português continuou cobrando o quinto, que correspondia a 100 arrobas de ouro por ano, o que desagradou os mineiros e os levou a desencadear o movimento conhecido como Conjuração Mineira. CaFé: a nova riqueza Historiadores consideram que a segunda metade do século XIX foi marca- da por certa modernização do país, vinculada basicamente ao crescimento da produ- ção e exportação de café, ao fim da importação de escravos e à promoção da atividade industrial. Segundo Gilberto Cotrim (2013), algumas transformações que ocorreram nesse período e seus impactos econômicos e sociais são os seguintes: • A produção do café superou a de todos os demais produtos agrícolas. O café tornou-se, então, o principal produto da economia brasileira. • Os cafezais expandiram-se pelo sudeste brasileiro, e o centro econômico do pais deslocou-se das antigas áreas agrícolas do Nordeste para essa região. • Nas fazendas de café da província de São Paulo, o trabalho escravo foi sendo substituído lentamente pelo trabalho assalariado, com predomínio do imi- grante europeu. • Parte do dinheiro do imigrante obtido com a exportação do café foi aplicada na industrialização do país. • Nas cidades mais importantes, como Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Belém e São Paulo, foram surgindo novos serviços públicos, iluminação nas ruas, bon- des, ferrovias, bancos, teatros, etc. a borraCha na aMazônia Entre o final do século XIX e o início do século XX, ocorreu, por conta da extração do látex da seringueira, um surto de povoamento na Amazônia. O látex transformou-se num importante produto de exportação, pois, com o advento da indústria automobilística nos países industrializados da Europa e nos EUA, passou a ser utilizado em grande escala. Nesse período, a região atraiu grande contingente de pessoas, principal- mente nordestinos, os quais se estabeleceram para trabalhar como seringueiros na extração do látex.