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Anos Iniciais do Ensino Fundamental148
PEDAGOGIA
Conclusão
O construtivismo teve seu mérito, à medida que destronou a cartilha e apresentou uma teoria 
sobre a aquisição da escrita. Entretanto, segundo Soares, na época da cartilha havia método sem 
teoria sobre alfabetização, hoje há uma bela teoria, mas não se tem método. O ideal é que se tenha 
um método com base em uma teoria de alfabetização. 
O Brasil está longe de ter uma educação de qualidade, pois compreende-se que uma escola 
que acredita não ser necessário, ou que não pode ensinar crianças a ler e escrever, crendo que dei-
xando-as em busca de pistas sobre informações necessárias ao domínio do SEA, descobrirão por si o 
seu funcionamento, está ignorando sua primeira atribuição que é a de ensinar, de modo a garantir 
que todos tenham seu direito à aprendizagem assegurado.
Nesse sentido, é urgente a adoção de metodologia adequada para que crianças sejam alfabe-
tizadas, assumindo a definição de alfabetização, em sua especificidade, como conjunto de técnicas 
para exercer a arte e a ciência da escrita. 
Entre estas metodologias está nossa proposta que oferece orientações detalhadas sobre 
como abordar conteúdos específicos de alfabetização e fazer sua adequação aos diferentes níveis 
de aprendizagem dos alunos, publicadas em nosso livro: Alfabetizar as crianças na idade certa com 
Paulo Freire e Emilia Ferreiro: práticas.
Como referenciar este texto
Originalmente publicado em:
MENDONÇA, Onaide Schwartz; MENDONÇA, Olympio Correa de. Psicogênese da língua escrita: 
contribuições, equívocos e consequências para a alfabetização. In: UNIVERSIDADE ESTADUAL PAU-
LISTA [UNESP]; UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO [UNIVESP] (Org.). Caderno de 
formação: formação de professores: didática dos conteúdos. São Paulo: Cultura Acadêmica: Univer-
sidade Estadual Paulista, Pró-Reitoria de Graduação, 2011. v. 2. p. 36-57. ISBN 978-85-7983-161-4. 
Disponível em: <https://goo.gl/Ql7bKv>. Acesso em: 31 jan. 2017. (Conteúdo e Didática de Alfabe-
tização, Caderno de formação n. 10, bloco 2, disciplina 16).
Referências
CAGLIARI, L. C. Alfabetizando sem o BÁ-BÉ-BI-BÓ-BU. São Paulo: Scipione, 1998.
FERREIRO, E. Los adultos no alfabetizados y sus conceptualizaciones del sistema de escritura. Institu-
to Pedagógico Nacional (México): Centro de Investigaciones y Estudyos Avanzados, 1983.

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