Prévia do material em texto
EDAFOLOGIA UNIPLI/ ANHANGUERA Disciplina: Agrostologia e Agroecologia Professor: Frederico Passos EDAFOLOGIA DEFINIÇÃO: É a ciência que estuda o solo e suas relações com as plantas. FATORES QUE ATUAM NA FORMAÇÃO DO SOLO • Material de origem; • Clima; • Relevo; • Tempo; • Organismo vivo. MATERIAL DE ORIGEM De acordo com o tipo de rocha, tem-se diferente tipos de solo: Formados a partir de rocha de granito Solo pedregoso Formados a partir de arenito Solo arenoso Formados a partir de basalto: Solo geralmente com textura argilosa CLIMA Os dois principais fatores climáticos que tem influencia nas características de um solo são: • Temperatura • Precipitação Pluviométrica RELEVO Onde os declínios são muito acentuados, os solos geralmente são rasos e apresentam certa pedregosidade; nos locais planos os solos são geralmente mais profundos e desenvolvidos. Ex.: Relevos decliviosos: • Topo da encosta: solo raso e pedregoso; • Meio da encosta: solo um pouco mais profundo e pedregoso; • Junto aos vales: solo profundo e sem pedregosidade. TEMPO De acordo com o inicio do processo de formação, um solo será tanto mais desenvolvido quanto o outro. ORGANISMO VIVO A ação dos organismos vivos, referem-se à influencia exercida pelos vegetais e animais, incluindo homem. VEGETAIS: São importantes na formação do solo porque depositam grande quantidade de matéria orgânica; ORGANISMO VIVO ANIMAIS: Podem promover grande movimentação dos materiais do solo. Ex.: Formigas, cupins e minhocas. ORGANISMO VIVO HOMEM: Por ocasionar profundas modificações dos fatores de formação e no solo. Ex.: drenagem, irrigação, desmatamento, erosão do solo. CONSTITUIÇÃO DO SOLO O solo é constituído fisicamente por quatro componentes principais, que são: • Substancias minerais; • Matéria orgânica; • Água; • Ar CONSTITUIÇÃO DO SOLO Os minerais e a matéria orgânica constituem-se na parte constante do solo, enquanto a água e o ar constituem- se na parte variável, preenchendo os poros dos mesmos. A quantidade de água nos solos é variável pois dependem de fatores meteorológicos. FORMAÇÃO DO SOLO O processo de formação do solo envolve: • Agentes físicos do ambiente (o vento, a água, o Sol); • Agentes químicos (as substâncias que ajudam na decomposição das rochas); • Agentes biológicos (desde microrganismo, como fungos unicelulares e bactérias, até plantas e animais). FORMAÇÃO DO SOLO PROPRIEDADES FÍSICA DO SOLO • Textura; • Estrutura; • Porosidade; • Cor. TEXTURA DO SOLO Refere-se ao tamanho das partículas que compõem o solo e à proporção deste no total. É a distribuição percentual da fração mineral do solo. Ex.: um solo apresenta 30% de areia, 10% de silte e 60% de argila é de textura argilosa ou pesada. INFLUÊNCIA DA TEXTURA DO SOLO • Retenção dos nutrientes; • Porosidade do solo; • Permeabilidade; • Dose defensivo a usar; • Temperatura; • Umidade; • Mecanização; • Penetração das raízes; • Erosão. ESTRUTURA DO SOLO DEFINIÇÃO: Arranjo das partículas individuais do solo. IMPORTÂNCIA PRINCIPAL: absorção e movimento de água no solo, aeração, penetração de raízes, facilidade de cultivo e erosão. Ao contrário da textura, a estrutura é facilmente modificada pela erosão, pelas operações de preparo do solo, tratos culturais e manejo da área. ESTRUTURA DO SOLO Para manter um solo com boa estrutura e consequentemente uma alta produtividade, recomenda-se as seguintes práticas. • Evitar trabalhar o solo muito úmido ou demasiadamente seco; • Evitar uso de herbicidas; • Fazer rotação de culturas incluindo sempre que possível leguminosas; • Fazer adubação orgânica e/ ou adubação verde. POROSIDADE DO SOLO O espaço poroso de um solo é a parte ocupada pela água e pelo ar. A porosidade depende da textura, do grau de compactação do solo e do teor de matéria orgânica. COR DO SOLO A cor do solo é uma característica determinante, principalmente pelo: - teor de matéria orgânica - pelo grau de drenagem Sendo assim, nas regiões de clima frio, com solos ricos em matéria orgânica, predominam solos escuros. Já solos mal drenados apresentam geralmente cor cinzenta. ÁGUA DO SOLO O solo tem capacidade de absorver e reter água da chuva, funcionando como reservatório capaz de suprir as necessidades hídricas das culturas. IMPORTÂNCIA: • Solvente e veículo para absorção de nutrientes; • Regulação térmica; • Controle de invasoras; • Germinação de sementes; • Na vida dos micro-organismos no solo; • Fotossíntese. ANÁLISE QUÍMICA DO SOLO A análise química do solo é o método mais usado, onde a amostra é analisada em laboratórios credenciados. Ex.: Faculdade de Agronomia Secretaria de Agricultura OBS.: A análise indica teor de nutriente no solo. ANÁLISE QUÍMICA DO SOLO Os parâmetros avaliados na análise são: • pH em água; • Índice de SMP (necessidade de calcário); • Fósforo disponível; • Potássio disponível; • Teor de matéria orgânica; • Cálcio + magnésio • Teor de alumínio; • Textura (porcentagem de argila). TIPO E CLASSE DE SOLO A classificação dos solos é importante para: • Escolha da cultura adequada; • Para o controle da erosão; • Para estimativa de adubação e calagem; • Controle de umidade. A partir das características peculiares de cada solo, pode-se classificar LATOSSOLOS • Solos muito desenvolvidos, muito profundos; • Textura argilosa ou franco-argilosa; • Ótima porosidade; • Cor vemelha a amarela; • Baixa fertilidade natural; • Bem drenados, muito ácidos; • Ocorrem em relevo suave-ondulado. LATOSSOLO Latossolo Amarelo Latossolo Amarelo LATOSSOLO GLEY HÚMICO ou HIDROMÓRFICOS • Pouco desenvolvidos; • Mal drenados; • Coloração cinzenta; • Muito ácido; • Bom teor de matéria orgânica; • Alta fertilidade; • Pouco Profundos; • Ocorrendo em baixadas inundadas ou várzeas; GLEY HÚMICO ou HIDROMÓRFICOS Hidromórfico Hidromórfico LITOSSOLO • Pouco desenvolvidos; • Muito rasos; • Textura média; • Pedregosos; • Ocorre em relevos ondulados; • Às vezes férteis; • Difícil mecanização; • Altamente sujeitos à erosão. TERRA ROXA • É uma variedade do latossolo; • Alta fertilidade natural; • Muito profundo; • Argiloso; • Bem drenado; • Geralmente neutro; • É considerado o melhor tipo de solo existente. TERRA ROXA ALUVIAIS • Solo pouco desenvolvido; • Resultante da sedimentação (deposição) de natureza fluvial; • Profundos; • Boa fertilidade natural; • Ocorre nas margens dos rios; • Textura variável; • Às vezes mal drenados. SOLO ALUVIAL PODZÓLICOS • Pouco férteis; • Bem drenados; • De rasos a profundos; • Coloração semelhante ao de latossolos; • Aparece em relevos forte ondulado à montanhoso. PODZÓLICO BRUNIZENS • Solo medianamente profundo; • Argiloso; • Geralmente ácido; • Bem drenados; • Alto tero de matéria orgânica; • Ocorre em relevo forte e ondulado; • Alta fertilidade natural. BRUNIZENS REGOSSOLO • Altamente arenoso; • Profundo ou moderadamente profundo; • Moderada ou excessivamente drenado. VERTISSOLO - Alta fertilidade natural; - Argiloso; - Pouco profundos; - Mal drenados; - Escuros (pretos); - Difícil mecanização; - Formam fendas quando secos. PLANOSSOLO • Pouco profundo; • Mal drenado; • Ácido; • Baixa fertilidade natural; • Ocorre em relevo plano. CAMBISSOLO • Alto teor de matéria orgânica; • Ocorre em regiões frias e muito chuvosas; • Indicado para fruticultura, reflorestamento e forrageiras. CAMBISSOLO ANÁLISE DE SOLO Análise começa com a coleta de amostra, de toda área a ser formada. É importante que as amostra sejam de área homogêneas, considerando: - Topografia; - Cobertura vegetal; - Cor e textura do solo; - Drenagem do local; - Se a área já foi adubada anteriormente; - Que culturas nela já foram conduzidas; Não se pode misturar amostras de áreas com diferenças quanto a esses fatores. ANÁLISEDE SOLO O ideal e coletar de 15 a 20 amostras, em cada área homogênea de amostragem, com 200 a 300g cada uma. Estas amostras serão misturadas, formando uma amostra, da qual serão retiradas 500g, obtendo- se daí a amostra final, que será identificada e enviada ao laboratório. ANÁLISE DE SOLO COLETA DE AMOSTRAS Uma das principais etapas de um programa é a forma com que o agricultor vai coletar o solo, os fatores que devem ser considerados são o local de onde serão retiradas as amostras simples e que essas amostras devem ser distribuídas por toda área. Por isso que a coleta deve ser realizada ao longo de um caminho em ziguezague, de forma a abranger toda área. A: Limpeza B: Buraco com pá reta C: Buraco com enxadão D: Corte com lâmina reta (3 a 5 cm) E: Separação das beiradas F: Zig-zag G: Mistura manual H: Retirada de 300g COLETA DE AMOSTRAS Os pontos de coleta não devem ser localizados próximos a locais que não represente a área como um todo, como: • Cupinzeiros; • Formigueiros; • Casas; • Local de queimadas , restos culturais e linha de adubação de culturas anteriores; • Sulcos de erosão ou caminho. COLETA DE AMOSTRAS Material necessário para amostragem de solo: • Balde limpo e seco; • Lápis; • Sacos plásticos; • Etiqueta de identificação; • Um plástico resistente para misturar a amostra; • Trado específico para amostragem do solo ou uma pá reta e um enxadão; MATERIAL PARA COLETA DE AMOSTRA DE SOLO MATERIAL PARA COLETA DE AMOSTRA DE SOLO COLETA DE AMOSTRAS No ponto de coleta de cada amostra, a superfície deve ser limpa, removendo-se os restos vegetais sem, contudo, remover a camada superficial do solo. Deve-se abrir um buraco com as paredes bem verticais, na forma de uma pequena trincheira , com profundidade um pouco maior que a indicada para a coleta. COLETA DE AMOSTRAS A amostra deve ser coletada , cortando-se uma fatia de quatro centímetros de espessura em uma das paredes do buraco, até a profundidade da amostragem (10-20 cm). Ainda com o sol aderido ao instrumento , são cortadas as partes laterais do volume do solo , de forma a permanecer apenas os 4 cm centrais na amostra que estava aderida ao instrumento. Essa amostra é, então acondicionada em balde limpo. Desse volume de solo, já homogeneizado, deve-se retirar a amostra composta de cerca de 250 cm³, que deve ser secado à sombra e depois enviado ao laboratório. COLETA DE AMOSTRAS Sempre identificar a amostra com os seguintes dados: • Nome do proprietário • Município • Nome da propriedade • Número da área • Cultura a ser implantada na área FIM!!!