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139Biomedicina na prática: da teoria à bancada SUMÁRIO • Colônias incolores: não fermentadoras de lactose. • Não há crescimento de cocos Gram positivos. Conservação e validade: Conservar de 4 a 8°C por até 3 meses. 1.3. Produção do ágar Sangue O meio de Ágar sangue, usando uma base rica como abaixo descrita, oferece ótimas condições de crescimento à maioria dos microrganismos. A conservação dos eritrócitos íntegros favorece a formação de halos de hemólise nítidos, úteis para a diferenciação de Streptococcus spp. e Staphylococcus spp. Este meio é usado para o isolamento de microrganismos não fastidiosos e para verificação de hemólise dos Streptococcus spp. e Staphylococcus spp. Usado na prova de satelitismo (para identificação presuntiva de Haemophilus spp.). Materiais: - Álcool 70%; - Luvas; - Bico de Bunsen; - Alça de inoculação; - Jaleco; - Sabonete líquido; - Máscaras; - Autoclave; - Copo Becker; - Placas de Petri; - Pipetas de vidro ou descartáveis; - Proveta; - Estufa bacteriológica; - Água deionizada; - Meios comerciais: Blood Ágar Base, Columbia Ágar Base, BHI Ágar, Mueller Hinton Ágar; TSA Agar. - Sangue desfibrinado de carneiro ou coelho: 5 mL para cada 100 mL de meio base. Procedimentos: 1. Pesar e hidratar o meio conforme instruções do fabricante. 2. Esterilizar em autoclave durante 15 minutos a 121°C, 1 atm. 3. Esfriar a base a +/- 50ºC. 4. Adicionar 5 mL de sangue desfibrinado de carneiro para cada 100 mL de base. 5. Homogeneizar delicadamente para não formar bolhas. 6. Distribuir em placas de Petri de 90 mm de diâmetro. 140Biomedicina na prática: da teoria à bancada SUMÁRIO 7. Para o controle de qualidade observar o crescimento da cepa padrão: • Streptococcus pyogenes ATCC 19615 ou Staphylococcus aureus ATCC 25923 com Hemólise beta hemolítica; • Streptococcus do grupo viridans ou Streptococcus pneumoniae ATCC 6305 com Hemólise alfa hemolítica: • Enterococcus faecalis ATCC 29212 ou Staphylococcus epidermidis ATCC 12228 com Hemólise gama, ou seja, sem hemólise Conservação e validade: Conservar de 4 a 10°C por 4 meses. 8. Estriar a superfície do meio, usando a técnica de semeadura para isolamento; 9. No final da semeadura, com o auxílio de uma agulha para semeadura picar o meio de forma alinhada para verificar hemólise em profundidade; 10. Incubar a 35 ºC por 24 horas. 11. Interpretando o resultado: • Cor original do meio: vermelho. • Beta hemólise: presença de halo transparente ao redor das colônias semeadas (lise total dos eritrócitos). • Alfa hemólise: presença de halo esverdeado ao redor das colônias semeadas (lise parcial dos eritrócitos). • Gama hemólise (sem hemólise): ausência de halo ao redor das colônias (eritrócitos permanecem íntegros). Recomendações: • Não usar sangue de carneiro vencido, pois o meio fica hemolisado ou com cor muito escura, dificultando o estudo de hemólise. • Não usar sangue humano, pois alguns microrganismos não apresentam hemólise. • Não adicionar o sangue na base do meio quente, pois as hemácias se rompem, dificultando o estude de hemólise. • Por ser um meio rico, o crescimento a partir de materiais biológicos em geral costuma ser abundante, sempre que necessário, isolar a colônia em estudo para os procedimentos de identificação, para não correr o risco de trabalhar com cepas misturadas. 1.4. Produção do ágar CLED – Cystine Lactose Electrolyte Deficient Usado para isolamento e quantificação de microrganismos presentes em amostras urina. A deficiência de eletrólitos inibe o véu de cepas de Proteus. O meio serve para isolar e quantificar microrganismos Gram positivos, Gram negativos e leveduras. Materiais: - Álcool 70%; - Luvas; - Bico de Bunsen;