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Biomedicina

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143Biomedicina na prática: 
da teoria à bancada SUMÁRIO
Procedimentos:
1. Pesar e hidratar o meio conforme instruções do fabricante.
2. Distribuir 3,0 ml em tubos com tampa de rosca.
3. Esterilizar em autoclave durante 15 minutos a 121°C, 1 atm.
4. Retirar os tubos da autoclave e deixar esfriar em temperatura ambiente.
5. Para o controle de qualidade observar o crescimento da cepa padrão:
• Controle Positivo: Streptococcus pneumoniae ATCC 6305 e Candida albicans ATCC 
10231;
• Controle Negativo: sem crescimento.
6. Com o auxílio de uma alça ou fio bacteriológico, inocular a colônia ou o material a ser 
testado - realizar o teste com colônias puras de 18 a 24 horas.
7. Incubar a 35°C ±2 por 24 a 48 horas.
8. Para isolamento de fungos incubar em estufa micológica a 35°C ±2 por até 5 dias.
9. Interpretação:
• Cor original do meio: amarelo claro, límpido.
• Positivo: presença de turvação = crescimento bacteriano.
• Negativo: ausência de turvação.
Conservação e validade: Conservar de 4 a 10°C por 6 meses.
Recomendações: Para cultivo de anaeróbios, acrescentar 0,1% de ágar. Para crescimento 
de Haemophilus e outros fastidiosos é necessária a adição de suplementos a base de L-cisteína, 
NAD (fator V) e hemina (fator X).
1.6. Produção do meio Skim Milk
É um meio derivado de nutrientes de leite. Utilizado para o armazenamento de cepas.
Materiais:
- Álcool 70%; 
- Luvas;
- Bico de Bunsen;
- Alça de inoculação;
- Jaleco;
- Sabonete líquido; 
- Máscaras;
- Autoclave;
- Copo Becker;
- Placas de Petri;
- Pipetas de vidro ou descartáveis;
144Biomedicina na prática: 
da teoria à bancada SUMÁRIO
- Proveta;
- Estufa bacteriológica;
- Leite em pó desnatado de boa procedência;
- Água deionizada.
Procedimentos:
1. Dissolver 20 g de leite em pó desnatado em 100 mL de água deionizada. 
2. Distribuir 0,5 mL em tubos Eppendorf ou tubos de “biofreezer”. 
3. Autoclavar a 110ºC por 10 minutos com as tampas semi rosqueadas. 
4. Retirar da autoclave, rosquear e deixar esfriar a temperatura ambiente.
Conservação e validade: Conservar a -6 °C por 12 meses.
2. Semeadura em Meios de Cultura
2.1. Procedimentos para Semeadura Qualitativa:
• Organizar as placas, pré-aquecidas em estufa (ideal para fastidiosos), ou à temperatura 
ambiente, sobre a bancada conforme o material a ser semeado.
• Identificá-las com o número da amostra e iniciais do paciente.
• Separar as lâminas correspondentes a cada exame, a serem preparadas e identificá-
las.
• Homogeneizar o material, quando líquido (urina, LCR, sangue, pleural etc.).
• Escolher a porção mais purulenta no caso de secreções, ou no caso de fezes, a parte 
com sangue, muco ou pus.
• Os swabs deverão ser rolados sobre os meios de cultura, seguindo a sequência dos 
mais ricos para os mais seletivos (Ágar Chocolate, Ágar Sangue, Mac Conkey).
• Com material muito líquido (LCR, pleural não purulento) concentrar o material por 
centrifugação a 2.500 rpm (1500 g) por 10-15 minutos e semear o sedimento.
• Na semeadura de rotina podem-se utilizar placas com divisões de dois e três 
compartimentos para racionalização de gastos, mas seu uso exige maior habilidade 
na semeadura a fim de se obter colônias isoladas. Exemplos:
- hemocultura em placa tríplice: Ágar sangue, Ágar chocolate e Ágar Mac Conkey.
- secreções em placa dupla: Ágar sangue e Ágar Mac Conkey, proceder uma 
semeadura que permita o crescimento de colônias isoladas etc.
2.2. Técnica de Semeadura Qualitativa:
A semeadura para cultivo qualitativo pode ser feito com o próprio swab (do meio de 
transporte), ou amostra do material removida com alça (estéril) flambada e semeada de forma 
a obter um gradiente decrescente de concentração do inóculo, que permita o isolamento de 
todas as colônias diferentes. Recomenda-se que a semeadura e a leitura das placas sejam 
realizadas pelo mesmo profissional para aprimorar a técnica de semeadura e isolamento

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