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Victória Ellen Gomes de Sousa
Bacharel em enfermagem na UEPB
POLÍTICA DE REGULAÇÃO
Regulação em saúde é a capacidade de
intervir nos processos de prestação de
serviços, alterando ou orientando a sua
execução, por intermédio de mecanismos
indutores, normalizadores,
regulamentadores ou restritores.
“Compete à regulação tanto o ato de
regulamentar elaborar leis, regras ou
normas, quanto às ações que assegurem o
cumprimento dessas leis.”
(SANTOS; MERHY 2006)
1990 - criação da primeira agência
reguladora social no Brasil: Agência
Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA), atuando em todos os setores
relacionados a produtos e serviços que
possam vir a afetar a saúde da população
brasileira;
2006 - Pacto de Gestão. A regulação do
SUS passa a ganhar força, atuando na
busca de uma maior assistência para
estados e municípios, definindo as
responsabilidades sanitárias de cada esfera
do governo;
2008 - Portaria 1.559-Institui a Política
Nacional de Regulação do Sistema Único
de Saúde;
Promover acesso equânime, universal e
integral dos usuários ao SUS;
Implantada em todas as unidades
federadas, respeitadas as três esferas da
gestão, para que cada esfera de governo
assuma suas responsabilidades sanitárias;
A Política Nacional de Regulação do SUS
está organizada em três dimensões.
DIMENSÕES INTEGRADAS
Essa divisão permite compreender melhor o
papel de cada ator presente no processo de
regulação, desde os gestores das três
esferas de governo, passando pelos
profissionais e a população, nas suas ações
tanto como consumidor dos serviços quanto
como fiscalizador do sistema.
A portaria nº 1.559 também definiu que
tipo de ações estão previstas para cada
segmento de regulação (BRASIL, 2008);
REGULAÇÃO DE SISTEMAS DE SAÚDE
Tem como objeto os sistemas municipais,
estaduais e nacional de saúde; e tem como
sujeitos seus respectivos gestores
públicos, definindo, a partir dos princípios
e diretrizes do SUS, macrodiretrizes para a
Regulação da Atenção à Saúde e
executando ações de monitoramento,
controle, avaliação, auditoria e vigilância
desses sistemas.
Objeto: sistemas municipais, estaduais e
nacional de saúde.
Sujeito: respectivos gestores públicos.
Definir a partir dos princípios e diretrizes
do SUS, macrodiretrizes para Regulação da
Atenção à Saúde
AÇÕES PREVISTAS:
I - Elaboração de decretos, normas e
portarias que dizem respeito às funções de
gestão;
II - Planejamento, Financiamento e
Fiscalização de Sistemas de Saúde;
III - Controle Social e Ouvidoria em Saúde;
IV - Vigilância Sanitária e Epidemiológica;
V- Regulação da Saúde Suplementar,
VI - Auditoria Assistencial ou Clínica;
VII - Avaliação e Incorporação de
Tecnologias em Saúde.
REGULAÇÃO DA ATENÇÃO SAÚDE
Exercida pelas Secretarias Estaduais e
Municipais de Saúde, conforme pactuação
estabelecida no Termo de Compromisso de
Gestão do Pacto pela Saúde;
Tem como objetivo garantir a adequada
prestação de serviços à população, e seu
objeto é a produção das ações diretas e
finais de atenção à saúde, estando,
portanto, dirigida aos prestadores públicos
e privados; e tem como sujeitos seus
respectivos gestores públicos, definindo
estratégias e macrodiretrizes para a
Regulação do Acesso à Assistência e
Controle da Atenção à Saúde, também
denominada de Regulação Assistencial e
controle da oferta de serviços, executando
ações de monitoramento, controle,
avaliação, auditoria e vigilância da atenção
e da assistência à saúde no âmbito do SUS.
Objetivo garantir a adequada prestação de
serviços à população;
Objeto: produção das ações diretas e finais
da atenção à saúde, estando portanto,
dirigida aos prestadores públicos e
privados;
Sujeito: respectivos gestores públicos;
Definir estratégias e macrodiretrizes para
Regulação de Acesso à Assistência e
controle da atenção à saúde, executando
ações de monitoramento, controle
avaliação, auditoria e vigilância da atenção
e da assistência à saúde no âmbito do
SUS;
AÇÕES PREVISTAS:
I - cadastramento de estabelecimentos e
profissionais de saúde no Sistema de
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de
Saúde - SCNES;
II - cadastramento de usuários do SUS no
sistema do Cartão Nacional de Saúde -
CNS;
III - contratualização de serviços de saúde
segundo as normas e políticas específicas;
IV - credenciamento/habilitação para a
prestação de serviços de saúde;
V - elaboração e incorporação de
protocolos de regulação que ordenam os
fluxos assistenciais;
VI - supervisão e processamento da
produção ambulatorial e hospitalar;
VII - programação Pactuada e Integrada -
PPI;
VIII - avaliação analítica da produção;
IX - avaliação de desempenho dos serviços
e da gestão e de satisfação dos usuários –
Programa Nacional de Avaliação de
Serviços de Saúde (PNASS);
X - avaliação das condições sanitárias dos
estabelecimentos de saúde;
XI - avaliação dos indicadores
epidemiológicos e das ações e serviços de
saúde nos estabelecimentos de saúde; e
XII - utilização de sistemas de informação
que subsidiam os cadastros, a produção e a
regulação do acesso
REGULAÇÃO DO ACESSO À
ASSISTÊNCIA
Também denominada regulação do acesso
ou regulação assistencial, tem como
objetos a organização, o controle, o
gerenciamento e a priorização do acesso e
dos fluxos assistenciais no âmbito do SUS;
e tem como sujeitos seus respectivos
gestores públicos, sendo estabelecida pelo
complexo regulador e suas unidades
operacionais; e sua dimensão abrange a
regulação médica, exercendo autoridade
sanitária para a garantia do acesso baseada
em protocolos, classificação de risco e
demais critérios de priorização (BRASIL,
2008).
Objeto: a organização, o controle, o
gerenciamento e a priorização do acesso e
dos fos assistenciais no âmbito do SUS;
Sujeitos: respectivos gestores públicos
Estabelecida pelo complexo regulador e
suas unidades operacionais;
AÇÕES PREVISTAS:
I - regulação médica da atenção
pré-hospitalar e hospitalar às urgências;
II - controle dos leitos disponíveis e das
agendas de consultas e procedimentos
especializados;
III - padronização das solicitações de
procedimentos por meio dos protocolos
assistenciais; e
IV - estabelecimento de referências entre
unidades de diferentes níveis de
complexidade, de abrangência local,
intermunicipal e interestadual, segundo
fluxos e protocolos pactuados;
- A regulação das referências
intermunicipais é responsabilidade
do gestor estadual, expressa na
coordenação do processo de
construção da programação
pactuada e integrada da atenção em
saúde, do processo de
regionalização, do desenho das
redes.
PORTARIA Nº 1.559
ESTRUTUROU A ÁREA TÉCNICA
DA REGULAÇÃO DO ACESSO
Estabeleceu o Complexo Regulador como a
estrutura maior de regulação dos estados e
municípios. Atualmente, essa visão tem
sido revisitada, considerando a existência e
a importância de outras estruturas que
atuam na regulação.
Segundo a Política Nacional de Regulação,
a atuação do Complexo Regulador deve
(BRASIL, 2008):
Fazer a gestão da ocupação de leitos e
agendas das unidades de saúde;
Absorver ou atuar de forma integrada aos
processos autorizativos;
Efetivar o controle dos limites físicos e
financeiros;
Estabelecer e executar critérios de
classificação de risco; e
Executar a regulação médica do processo
assistencial.
A portaria considera o complexo regulador
como a estrutura que operacionaliza as
ações de regulação do acesso, por isso
apresentou os diferentes tipos de
complexos reguladores e sua abrangência:
Complexos Reguladores: operacionalizar as
ações da Regulação do Acesso e podem ter
abrangência e estruturas pactuadas entre
os gestores, conforme os modelos:
Complexo Regulador Estatal: regulado o
acesso às unidades de saúde sob gestão
estadual e a referência interestadual e
intermediado o acesso da população
referenciada às unidades de saúde sob
gestão municipal, no Âmbito de Estado;
Complexo Regulador Regional:
a) gestão e gerência da Secretaria de
Estado da Saúde, regulando o
acesso às unidades de saúde sob
gestão estadual e dando o acesso da
população referenciada às unidades
de saúde sob gestão municipal,no
âmbito da região, e a referência
inter regional no âmbito do Estado;
b) gestão e gerência compartilhada
entre a Secretaria de Estado da
Saúde e as Secretarias Municipais
de Saúde que compõem a região,
regulando o acesso da população
própria e referenciada às unidades
de saúde sob gestão estadual e
municipal, no ámbito da região, e a
referência inter-regional, no âmbito
do Estado;
Complexo Regulador Municipal: gestão e
gerência da Secretaria Municipal de Saúde,
regulando o acesso da população própria e
unidades de saúde sob gestão municipal.
Complexo regulador deve ser organizado
em:
l - Central de Regulação de Consultas e
Exames: regula o acesso a todos os
procedimentos ambulatoriais, incluindo
terapias e cirurgias ambulatoriais;
ll - Central de Regulação de Internações
Hospitalares: regula o acesso aos leitos e
aos procedimentos hospitalares eletivos e,
conforme organização local, o acesso aos
leitos hospitalares de urgência; e
III - Central de Regulação de Urgências:
regula o atendimento pré-hospitalar de
urgência e, conforme organização local, o
acesso aos leitos hospitalares de urgência.
AUDITORIA
1990 - Lei 8.080 prevê a criação do
Sistema Nacional de Auditoria (SNA)
1993 - Lei 1689 extinção do INAMPS. O
SNA deve ser de forma descentralizada
1994 - Decres 1105 que disponha sobre o
SNA, revogado em 1995.
1995 - Decreto 1.651 regulamenta o
Sistema Nacional de Auditoria
AÇÕES E SERVIÇOS DO SNA NO IMBITO
DE SUS:
Consiste da execução para verificar a
regularidade de padrões ebelecidos ou
detectar situações que exijam maior
aprofundamento;
Avaliação da estrutura, dos processos e
dos resultados, para aferir a adequação
aos critérios de eficiência, eficácia e
efetividade;
Auditoria de regularidade dos
procedimentos praticados.
COMPETÊNCIAS DA COMISSÃO
CORREGEDORA TRIPARTITE:
Zelar pelo funcionamento harmônico e
ordenado do SNA;
Identificar distorções no SNA e propor à
direção correspondente do SUS a sua
correção;
Resolver os impasses surgidos ao bio do
SNA;
Requerer dos órgãos competentes
providências para a apuração de denúncias
de irregularidades que julgue procedente;
Aprovar a realização de atividades de
controle, avaliação e auditoria pelo nível
federal ou estadual do SNA, conforme o
caso, em estados ou municípios, quando o
órgão competente mostrar-se omisso ou
sem condições de executá-la.
OUVIDORIA
Ouvidoria Geral do SUS-criada em 2003
com o objetivo de coordenar e implementar
a Política Nacional de Ouvidoria em Saúde
no âmbito do SUS;
2003 - Contribuições da 12º CNS para a
construção da Política Nacional de
Ouvidoria do SUS;
Criar e implementar, as très esferas de
governo, um processo de escuta contínua e
interlocução entre usuários do SUS, por
intermédio de serviços telefônicos
gratuitos;
Desenvolver ampla pesquisa para avaliar a
satisfação dos usuários e profissionais do
SUS, quanto aos serviços e atendimento no
âmbito do SUS;
Utilizar o instrumento de ouvidoria para
fortalecer o controle social e a gestão
participativa.
2006 - Departamento de Ouvidoria Geral
do SUS (DOGES). "Pergunte AIDS";
2011 - Implantação do tridígito 136.
"Conceito de Ouvidoria Ativa" decreto nº
7.508/2011”
Atribuições Fundamentais da Ouvidoria (Lei
nº 13.460/2017):
I - promover a participação do usuário na
administração pública, em cooperação com
outras entidades de defesa do usuário;
ll - acompanhar a prestação dos serviços,
visando a garantir a sua efetividade;
Ill - propor aperfeiçoamentos na prestação
dos serviços;
IV - auxiliar na prevenção e correção dos
atos e procedimentos incompatíveis com os
princípios estabelecidos nesta Lei;
V - propor a adoção de medidas para a
defesa dos direitos do usuário, em
observância às determinações desta Lei;
V - receber, analisar e encaminhar às
autoridades competentes as manifestações,
acompanhando o tratamento e a efetiva
conclusão das manifestações de usuário
perante órgão ou entidade a que se vincula;
VII - promover a adoção de mediação e
conciliação entre o usuário e o órgão ou a
entidade pública, sem prejuízo de outros
órgãos.
CONTROLE E AVALIAÇÃO
LEI 8.080/1990
- Estabelece que o controle e a
avaliação do SUS são competências
comuns das três esferas de
governo, (Conselhos de Saúde,
Comissões Intergestores, Sistema
Nacional de Auditoria, entre
outros);
PACTO DE GESTÃO DO SUS
- Estabelece as responsabilidades do
gestor municipal e estadual no
controle e avaliação das ações e
serviços de saúde e define
indicadores de monitoramento e
avaliação do desempenho dessa
função.
NOB 96 e NOAS 01/2002
- Os estados e municípios tinham que
comprovar, entre outros
pré-requisitos, a constituição de
serviços de controle, avaliação e
auditoria, com profissionais
médicos designados para a
Autorização da Internação
Hospitalar (AIH), e de
procedimentos ambulatoriais de
alto custo, e a capacidade técnica
de operar o SIA, ou SIH e a central
de controle de leitos.
NOB 93
- Funções de controle passaram a ser
assumidas pelos estados e
municípios;
- Institui-se a transferência fundo a
fundo para os municípios
habilitados na gestão semiplena,
lançada em 1994.
➥ CONTROLE
Supervisão contínua que se faz para
verificar se o processo de execução de uma
ação está em conformidade com o que foi
regulamentado, para averiguar se algo está
sendo cumprido conforme um parâmetro,
próximo de um limite pré-fixado, se estão
ou não ocorrendo extrapolações
Antecipada, concomitante ou subsequente
ao processo de execução das atividades.
➥ AVALIAÇÃO
Fazer um julgamento de valor a respeito de
uma intervenção ou sobre qualquer um de
seus componentes, com o objetivo de
ajudar nas tomadas de decisão. Esse
julgamento pode ser resultado da aplicação
de critérios e normas (avaliação normativa)
ou se elaborar a partir de um procedimento
científico (pesquisa avaliativa).
➥ INTERVENÇÃO
Conjunto dos meios (físicos, humanos,
financeiros, simbólicos) organizados em um
contexto específico, em um dado momento,
para produzir bens ou serviços com o
objetivo de modificar uma situação
problemática.
ARTIGO 198 DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL:
"São de relevância pública as ações e
serviços de saúde, cabendo ao poder
público dispor, nos a da lei sobre sua
regulamentação, fiscalização e controle,
devendo sua execução ser feita diretamente
ou através de terceiros e também por
pessoa física ou jurídica de direito privado"
NOAS 01/ 2002:
O controle e a avaliação a serem exercidos
pelos gestores do SUS compreendem o
"conhecimento global dos estabelecimentos
de saúde localizados em seu território, o
cadastramento de serviços, a condução de
processos de compra e contratualização de
serviços de acordo com as necessidades
identificadas e legislação específica, o
acompanhamento do faturamento,
quantidade e qualidade
dos serviços prestados entre outras
atribuições"
- Avaliação da organização do
sistema e modelo de gestão;
- Qualidade da assistência e
satisfação dos usuários;
- Relação com os prestadores de
serviços;
- Resultados e impacto sobre a saúde
da população
Desempenho da função de controle e
avaliação:
- Plano de Saúde e Relatório de
Gestão aprovado pelos Conselhos
- Termos de Compromisso de Gestão
- Protocolo de Cooperação entre
Entes Públicos
- Pactos de Indicadores
- Plano Diretor de
Regionalização-PDR
- Plano Diretor de Investimentos-PDI
- Programação Pactuada e
Integrada-PPI
Pacto de Gestão, em relação à avaliação, a
Secretaria Estadual de Saúde deve:
- Implementar a avaliação das ações
de saúde nos estabelecimentos por
meio de análise de dados e
indicadores e verificação dos
padrões de conformidade;
- Avaliar as ações de vigilância em
saúde realizadas pelos municípios e
pelo próprio estado;
- Avaliar o sistemas municipais de
saúde
AVALIAÇÃO DA GESTÃO
AVALIAÇÃO DE SISTEMAS DE SAÚDE
1998 - (MS) Programa Nacional de
Avaliação de Serviços Hospitalares
(PNASH).
- DRAC/SAS/MS+ANVISA+DENAS
US
2004 - Programa Nacional de Avaliação
dos Serviços de Saúde (PNASS);
2015 - Portaria N° 28, de janeiro de 2015
Reformula o Programa Nacional de
Avaliação dos Serviços de Saúde(PNASS)
Avaliar a totalidade dos estabelecimentos
de atenção especializada em saúde,
ambulatoriais e
hospitalares:
- Estrutura;
- Processo;
- Resultado;
- Produção do cuidado;
- Gerenciamento do risco;
- Satisfação dos usuários.
I - Roteiro de itens de verificação:
- Bloco 1-Gestão Organizacional (5
critérios);
- Bloco II - Apoio Técnico e Logístico
para a produção de cuidado (7
critérios);
- Bloco III - Gestão da Atenção à
Saúde e do Cuidado (4 critérios);
- Bloco IV-Serviços/Unidades
específicas (9 critérios);
- Bloco V-Assistência Oncológica (5
critérios);
II - Questionário dirigido aos usuários:
- Avalia basicamente a satisfação do
usuário com a assistência recebida
pelos estabelecimentos a serem
avaliados;
- Aplicado pelo Departamento de
Ouvidoria-Geral do SUS (DOGES).
III - Conjunto de indicadores:
- Avalia resultados e corresponde a
um conjunto variado de indicadores;
- A definição e construção dos
indicadores é realizada por um
grupo técnico do Departamento de
Monitoramento e Avaliação do SUS
(DEMAS).
SISREG
O SISREG é um sistema on-line, criado
para o gerenciamento de todo complexo
regulatório, indo da rede básica a
internação hospitalar, visando a
humanização dos serviços, maior controle
do fluxo e otimização na utilização dos
recursos;
SISREG I - O SISREG I foi desenvolvido em
1999, na versão online, pelo DATASUS em
parceria com a Secretaria Municipal de
Belo Horizonte MG tendo representado um
movimento inicial em direção à
informalização das centrais de regulação;
SISREG II - O SISREG-ll foi desenvolvido
em arquitetura web com a finalidade de
organizar o fluxo de leitos e consultas. Esse
trabalho começou em um momento em que
diversos sistemas de informação
associados a processos regulatórios
estavam em fase de implantação, tais
como:
- Sistema do Cartão Nacional de
Saúde (SCNS);
- Sistema da Programação;
- Pactuada e Integrada (SISPPI) e
Sistema do Cadastro Nacional de
Estabelecimento de Saúde
(SCNES).
SISREG III - A versão SISREG III,
desenvolvida pelo DATASUS em 2006,
tem como função primordial regular
procedimentos ambulatoriais (consultas e
exames) ou internações hospitalares nas
Centrais de Regulação. As solicitações no
sistema têm seu início nas unidades
básicas de saúde ou em outras portas de
entrada do SUS, como por exemplo:
Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS),
podendo chegar às unidades hospitalares.
⚠Ressalta-se que o SISREG-ll,
inicialmente, foi implantado nos municípios
do Rio de Janeiro/RJ, Teresina ,
Campinas/SP e Belo Horizonte/MG, e nos
estados de Alagoas e Paraíba, no período
de 2002 a 2005.
O SISREG é composto por dois módulos
ambulatorial e hospitalar:
Central de Marcação de Consultas (CMC)
O módulo ambulatorial tem por objetivo
regular o acesso dos pacientes às
consultas, aos exames especializados e aos
Serviços Auxiliares de Diagnóstico e
Terapia (SADT) e possui as seguintes
funcionalidades:
- Disponibilizar informações sobre a
oferta de consultas e exames
especializados;
- Controlar as agendas dos
profissionais de saúde;
- Controlar o fluxo dos pacientes no
sistema-solicitação, agendamento e
atendimento;;
- Gerar relatórios gerenciais do
sistema;
- Controlar os limites de solicitação e
execução dos procedimentos
especializados por estabelecimento
de saúde solicitante e executante,
conforme pactuação.
Central de Internação Hospitalar (CIH)
O módulo hospitalar tem por objetivo
regular os leitos hospitalares dos
estabelecimentos de saúde vinculados ao
SUS, sendo eles próprios, contratados ou
conveniados, possuindo as seguintes
funcionalidades:
- Acompanhar a alocação de leitos
(urgência e eletiva);
- Acompanhar a disponibilidade de
leitos em tempo real;
- Encaminhar e autorizar internações
de urgência;
- Agendar e autorizar as internações
eletivas;
- Controlar o fluxo dos pacientes nos
hospitais (admissão, período da
internação e alta);
- Controlar limites de solicitação de
procedimentos hospitalares por
estabelecimentos de saúde
solicitante;
- Controlar limites de execução dos
estabelecimentos de saúde
executantes; e
- Controlar as emissões e
autorizações das Autorização de
Internação Hospitalar (AIH).
⚠⚠ O SIERG - lll possui os seguintes
recursos adicionais em relação à versão
anterior:
- Planejamento e distribuição dos
recursos assistenciais de forma
igualitária, regionalizada e
hierarquizada, respeitando as
pactuações intermunicipais
(Programação Pactuada e
Integrada-PPI);
- Acompanhamento sistemático, dos
tetos pactuados entre os
municípios;
- Organização da referência em todos
os níveis de atenção;
- Identificação das áreas de
desproporção entre a demanda e a
oferta;
- Monitoramento da execução da
programação elaborada pelo gestor,
por prestador, Identificação da rede
de serviços e dos fluxos de
atendimentos ambulatoriais e de
internações, por meio das
informações importadas do CNES;
- Permitir aos usuários acesso às
melhores alternativas terapêuticas,
com base na avaliação e
Intervenção do médico regulador.
OBJETIVOS
I - Permitir a distribuição de forma
equânime os recursos de saúde para a
população própria e referenciada;
II - Permitir a distribuição dos recursos
assistenciais disponíveis de forma
regionalizada e hierarquizada;
III - Facilitar o planejamento dos recursos
assistenciais em uma região;
IV - Acompanhar dinamicamente a
execução dos tetos pactuados entre os
estabelecimentos de saúde e municípios;
V - Permitir o referenciamento em todos os
níveis de atenção nas redes pública e
contratada;
VI - Identificar as áreas de desproporção
entre a oferta e a demanda.
VII - Disponibilizar informações em tempo
real sobre a oferta de leitos, consultas e
exames especializados de média e alta
complexidade;
VIII - Agendar internações e atendimentos
eletivos para os pacientes.
IX - Controlar o fluxo dos pacientes aos
estabelecimentos de saúde terciários
(admissão, acompanhamento da internação
e alta) e secundários (solicitação,
agendamento e atendimento);
X - Detectar a ocorrência de cancelamentos
de internações, a não execução de
consultas e exames por motivo definido e
impedimentos de agendar;
XI - Controlar os limites de solicitação para
população própria e referenciada;
XII - Controlar a execução da oferta
disponibilizada por estabelecimento de
saúde executante;
XIII - Subsidiar os setores de Controle,
Avaliação e Auditoria no que se refere ao
faturamento em alta e média complexidade
ambulatorial e hospitalar, e controle da
emissão de AIH, APAC;
XIV - Permitir o acompanhamento da
execução, por prestador, das programações
feitas pelo gestor.
⚠⚠ EM CAMPINA GRANDE EXISTE
O SAÚDE DE VERDADE
- Realizar o papel do SISREG no
município;
- No entanto, ao fim de um período é
necessário transferir todos os
dados para o SISREG (programa do
SUS);
A Prefeitura de Campina Grande no dia 1 de
agosto de 2022, às 10h, no Teatro Uni
Facisa, realizou a apresentação do
PROGRAMA SAÚDE DE VERDADE aos
gestores, prefeitos e secretários municipais
de saúde de todos os municípios da
Paraíba;
O programa, que dispõe de sistema próprio
de gestão em saúde, vai substituir o
Sistema de Regulação (Sisreg);
A apresentação, foi comandada pelo
prefeito Bruno Cunha Lima, teve como
objetivo informar sobre como o programa
vai funcionar e otimizar a pactuação dos
serviços de saúde públicos geridos pela
prefeitura de Campina;
Os gestores poderão ter controle
informatizado sobre o consumo e a
disponibilidade mensal de cada
procedimento realizado em Campina Grande
para pacientes do seu município, inclusive
com relatórios para planejamento e
acompanhamento;
"O programa Saúde de Verdade já ampliou
em 25% a oferta de consultas em Campina
Grande e queremos que essa otimização da
gestão também atinja os municípios
pactuados, uma vez que haverá melhor
controle e acompanhamento dos
procedimentos encaminhados pelas
cidades, tanto para nós, quanto para eles,
aumentando também a oferta", disse o
secretário de Saúde, dr. Gilney Porto.
O programa Saúde de Verdade também será
aplicado na gestãodos leitos, internações,
cirurgias, além das consultas e dos exames;
O novo sistema já permite, para pacientes
de Campina Grande, a marcação de
consultas clínicas através de
teleagendamento.

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