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Victória Ellen Gomes de Sousa Bacharel em enfermagem na UEPB POLÍTICA DE REGULAÇÃO Regulação em saúde é a capacidade de intervir nos processos de prestação de serviços, alterando ou orientando a sua execução, por intermédio de mecanismos indutores, normalizadores, regulamentadores ou restritores. “Compete à regulação tanto o ato de regulamentar elaborar leis, regras ou normas, quanto às ações que assegurem o cumprimento dessas leis.” (SANTOS; MERHY 2006) 1990 - criação da primeira agência reguladora social no Brasil: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), atuando em todos os setores relacionados a produtos e serviços que possam vir a afetar a saúde da população brasileira; 2006 - Pacto de Gestão. A regulação do SUS passa a ganhar força, atuando na busca de uma maior assistência para estados e municípios, definindo as responsabilidades sanitárias de cada esfera do governo; 2008 - Portaria 1.559-Institui a Política Nacional de Regulação do Sistema Único de Saúde; Promover acesso equânime, universal e integral dos usuários ao SUS; Implantada em todas as unidades federadas, respeitadas as três esferas da gestão, para que cada esfera de governo assuma suas responsabilidades sanitárias; A Política Nacional de Regulação do SUS está organizada em três dimensões. DIMENSÕES INTEGRADAS Essa divisão permite compreender melhor o papel de cada ator presente no processo de regulação, desde os gestores das três esferas de governo, passando pelos profissionais e a população, nas suas ações tanto como consumidor dos serviços quanto como fiscalizador do sistema. A portaria nº 1.559 também definiu que tipo de ações estão previstas para cada segmento de regulação (BRASIL, 2008); REGULAÇÃO DE SISTEMAS DE SAÚDE Tem como objeto os sistemas municipais, estaduais e nacional de saúde; e tem como sujeitos seus respectivos gestores públicos, definindo, a partir dos princípios e diretrizes do SUS, macrodiretrizes para a Regulação da Atenção à Saúde e executando ações de monitoramento, controle, avaliação, auditoria e vigilância desses sistemas. Objeto: sistemas municipais, estaduais e nacional de saúde. Sujeito: respectivos gestores públicos. Definir a partir dos princípios e diretrizes do SUS, macrodiretrizes para Regulação da Atenção à Saúde AÇÕES PREVISTAS: I - Elaboração de decretos, normas e portarias que dizem respeito às funções de gestão; II - Planejamento, Financiamento e Fiscalização de Sistemas de Saúde; III - Controle Social e Ouvidoria em Saúde; IV - Vigilância Sanitária e Epidemiológica; V- Regulação da Saúde Suplementar, VI - Auditoria Assistencial ou Clínica; VII - Avaliação e Incorporação de Tecnologias em Saúde. REGULAÇÃO DA ATENÇÃO SAÚDE Exercida pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, conforme pactuação estabelecida no Termo de Compromisso de Gestão do Pacto pela Saúde; Tem como objetivo garantir a adequada prestação de serviços à população, e seu objeto é a produção das ações diretas e finais de atenção à saúde, estando, portanto, dirigida aos prestadores públicos e privados; e tem como sujeitos seus respectivos gestores públicos, definindo estratégias e macrodiretrizes para a Regulação do Acesso à Assistência e Controle da Atenção à Saúde, também denominada de Regulação Assistencial e controle da oferta de serviços, executando ações de monitoramento, controle, avaliação, auditoria e vigilância da atenção e da assistência à saúde no âmbito do SUS. Objetivo garantir a adequada prestação de serviços à população; Objeto: produção das ações diretas e finais da atenção à saúde, estando portanto, dirigida aos prestadores públicos e privados; Sujeito: respectivos gestores públicos; Definir estratégias e macrodiretrizes para Regulação de Acesso à Assistência e controle da atenção à saúde, executando ações de monitoramento, controle avaliação, auditoria e vigilância da atenção e da assistência à saúde no âmbito do SUS; AÇÕES PREVISTAS: I - cadastramento de estabelecimentos e profissionais de saúde no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde - SCNES; II - cadastramento de usuários do SUS no sistema do Cartão Nacional de Saúde - CNS; III - contratualização de serviços de saúde segundo as normas e políticas específicas; IV - credenciamento/habilitação para a prestação de serviços de saúde; V - elaboração e incorporação de protocolos de regulação que ordenam os fluxos assistenciais; VI - supervisão e processamento da produção ambulatorial e hospitalar; VII - programação Pactuada e Integrada - PPI; VIII - avaliação analítica da produção; IX - avaliação de desempenho dos serviços e da gestão e de satisfação dos usuários – Programa Nacional de Avaliação de Serviços de Saúde (PNASS); X - avaliação das condições sanitárias dos estabelecimentos de saúde; XI - avaliação dos indicadores epidemiológicos e das ações e serviços de saúde nos estabelecimentos de saúde; e XII - utilização de sistemas de informação que subsidiam os cadastros, a produção e a regulação do acesso REGULAÇÃO DO ACESSO À ASSISTÊNCIA Também denominada regulação do acesso ou regulação assistencial, tem como objetos a organização, o controle, o gerenciamento e a priorização do acesso e dos fluxos assistenciais no âmbito do SUS; e tem como sujeitos seus respectivos gestores públicos, sendo estabelecida pelo complexo regulador e suas unidades operacionais; e sua dimensão abrange a regulação médica, exercendo autoridade sanitária para a garantia do acesso baseada em protocolos, classificação de risco e demais critérios de priorização (BRASIL, 2008). Objeto: a organização, o controle, o gerenciamento e a priorização do acesso e dos fos assistenciais no âmbito do SUS; Sujeitos: respectivos gestores públicos Estabelecida pelo complexo regulador e suas unidades operacionais; AÇÕES PREVISTAS: I - regulação médica da atenção pré-hospitalar e hospitalar às urgências; II - controle dos leitos disponíveis e das agendas de consultas e procedimentos especializados; III - padronização das solicitações de procedimentos por meio dos protocolos assistenciais; e IV - estabelecimento de referências entre unidades de diferentes níveis de complexidade, de abrangência local, intermunicipal e interestadual, segundo fluxos e protocolos pactuados; - A regulação das referências intermunicipais é responsabilidade do gestor estadual, expressa na coordenação do processo de construção da programação pactuada e integrada da atenção em saúde, do processo de regionalização, do desenho das redes. PORTARIA Nº 1.559 ESTRUTUROU A ÁREA TÉCNICA DA REGULAÇÃO DO ACESSO Estabeleceu o Complexo Regulador como a estrutura maior de regulação dos estados e municípios. Atualmente, essa visão tem sido revisitada, considerando a existência e a importância de outras estruturas que atuam na regulação. Segundo a Política Nacional de Regulação, a atuação do Complexo Regulador deve (BRASIL, 2008): Fazer a gestão da ocupação de leitos e agendas das unidades de saúde; Absorver ou atuar de forma integrada aos processos autorizativos; Efetivar o controle dos limites físicos e financeiros; Estabelecer e executar critérios de classificação de risco; e Executar a regulação médica do processo assistencial. A portaria considera o complexo regulador como a estrutura que operacionaliza as ações de regulação do acesso, por isso apresentou os diferentes tipos de complexos reguladores e sua abrangência: Complexos Reguladores: operacionalizar as ações da Regulação do Acesso e podem ter abrangência e estruturas pactuadas entre os gestores, conforme os modelos: Complexo Regulador Estatal: regulado o acesso às unidades de saúde sob gestão estadual e a referência interestadual e intermediado o acesso da população referenciada às unidades de saúde sob gestão municipal, no Âmbito de Estado; Complexo Regulador Regional: a) gestão e gerência da Secretaria de Estado da Saúde, regulando o acesso às unidades de saúde sob gestão estadual e dando o acesso da população referenciada às unidades de saúde sob gestão municipal,no âmbito da região, e a referência inter regional no âmbito do Estado; b) gestão e gerência compartilhada entre a Secretaria de Estado da Saúde e as Secretarias Municipais de Saúde que compõem a região, regulando o acesso da população própria e referenciada às unidades de saúde sob gestão estadual e municipal, no ámbito da região, e a referência inter-regional, no âmbito do Estado; Complexo Regulador Municipal: gestão e gerência da Secretaria Municipal de Saúde, regulando o acesso da população própria e unidades de saúde sob gestão municipal. Complexo regulador deve ser organizado em: l - Central de Regulação de Consultas e Exames: regula o acesso a todos os procedimentos ambulatoriais, incluindo terapias e cirurgias ambulatoriais; ll - Central de Regulação de Internações Hospitalares: regula o acesso aos leitos e aos procedimentos hospitalares eletivos e, conforme organização local, o acesso aos leitos hospitalares de urgência; e III - Central de Regulação de Urgências: regula o atendimento pré-hospitalar de urgência e, conforme organização local, o acesso aos leitos hospitalares de urgência. AUDITORIA 1990 - Lei 8.080 prevê a criação do Sistema Nacional de Auditoria (SNA) 1993 - Lei 1689 extinção do INAMPS. O SNA deve ser de forma descentralizada 1994 - Decres 1105 que disponha sobre o SNA, revogado em 1995. 1995 - Decreto 1.651 regulamenta o Sistema Nacional de Auditoria AÇÕES E SERVIÇOS DO SNA NO IMBITO DE SUS: Consiste da execução para verificar a regularidade de padrões ebelecidos ou detectar situações que exijam maior aprofundamento; Avaliação da estrutura, dos processos e dos resultados, para aferir a adequação aos critérios de eficiência, eficácia e efetividade; Auditoria de regularidade dos procedimentos praticados. COMPETÊNCIAS DA COMISSÃO CORREGEDORA TRIPARTITE: Zelar pelo funcionamento harmônico e ordenado do SNA; Identificar distorções no SNA e propor à direção correspondente do SUS a sua correção; Resolver os impasses surgidos ao bio do SNA; Requerer dos órgãos competentes providências para a apuração de denúncias de irregularidades que julgue procedente; Aprovar a realização de atividades de controle, avaliação e auditoria pelo nível federal ou estadual do SNA, conforme o caso, em estados ou municípios, quando o órgão competente mostrar-se omisso ou sem condições de executá-la. OUVIDORIA Ouvidoria Geral do SUS-criada em 2003 com o objetivo de coordenar e implementar a Política Nacional de Ouvidoria em Saúde no âmbito do SUS; 2003 - Contribuições da 12º CNS para a construção da Política Nacional de Ouvidoria do SUS; Criar e implementar, as très esferas de governo, um processo de escuta contínua e interlocução entre usuários do SUS, por intermédio de serviços telefônicos gratuitos; Desenvolver ampla pesquisa para avaliar a satisfação dos usuários e profissionais do SUS, quanto aos serviços e atendimento no âmbito do SUS; Utilizar o instrumento de ouvidoria para fortalecer o controle social e a gestão participativa. 2006 - Departamento de Ouvidoria Geral do SUS (DOGES). "Pergunte AIDS"; 2011 - Implantação do tridígito 136. "Conceito de Ouvidoria Ativa" decreto nº 7.508/2011” Atribuições Fundamentais da Ouvidoria (Lei nº 13.460/2017): I - promover a participação do usuário na administração pública, em cooperação com outras entidades de defesa do usuário; ll - acompanhar a prestação dos serviços, visando a garantir a sua efetividade; Ill - propor aperfeiçoamentos na prestação dos serviços; IV - auxiliar na prevenção e correção dos atos e procedimentos incompatíveis com os princípios estabelecidos nesta Lei; V - propor a adoção de medidas para a defesa dos direitos do usuário, em observância às determinações desta Lei; V - receber, analisar e encaminhar às autoridades competentes as manifestações, acompanhando o tratamento e a efetiva conclusão das manifestações de usuário perante órgão ou entidade a que se vincula; VII - promover a adoção de mediação e conciliação entre o usuário e o órgão ou a entidade pública, sem prejuízo de outros órgãos. CONTROLE E AVALIAÇÃO LEI 8.080/1990 - Estabelece que o controle e a avaliação do SUS são competências comuns das três esferas de governo, (Conselhos de Saúde, Comissões Intergestores, Sistema Nacional de Auditoria, entre outros); PACTO DE GESTÃO DO SUS - Estabelece as responsabilidades do gestor municipal e estadual no controle e avaliação das ações e serviços de saúde e define indicadores de monitoramento e avaliação do desempenho dessa função. NOB 96 e NOAS 01/2002 - Os estados e municípios tinham que comprovar, entre outros pré-requisitos, a constituição de serviços de controle, avaliação e auditoria, com profissionais médicos designados para a Autorização da Internação Hospitalar (AIH), e de procedimentos ambulatoriais de alto custo, e a capacidade técnica de operar o SIA, ou SIH e a central de controle de leitos. NOB 93 - Funções de controle passaram a ser assumidas pelos estados e municípios; - Institui-se a transferência fundo a fundo para os municípios habilitados na gestão semiplena, lançada em 1994. ➥ CONTROLE Supervisão contínua que se faz para verificar se o processo de execução de uma ação está em conformidade com o que foi regulamentado, para averiguar se algo está sendo cumprido conforme um parâmetro, próximo de um limite pré-fixado, se estão ou não ocorrendo extrapolações Antecipada, concomitante ou subsequente ao processo de execução das atividades. ➥ AVALIAÇÃO Fazer um julgamento de valor a respeito de uma intervenção ou sobre qualquer um de seus componentes, com o objetivo de ajudar nas tomadas de decisão. Esse julgamento pode ser resultado da aplicação de critérios e normas (avaliação normativa) ou se elaborar a partir de um procedimento científico (pesquisa avaliativa). ➥ INTERVENÇÃO Conjunto dos meios (físicos, humanos, financeiros, simbólicos) organizados em um contexto específico, em um dado momento, para produzir bens ou serviços com o objetivo de modificar uma situação problemática. ARTIGO 198 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL: "São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao poder público dispor, nos a da lei sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e também por pessoa física ou jurídica de direito privado" NOAS 01/ 2002: O controle e a avaliação a serem exercidos pelos gestores do SUS compreendem o "conhecimento global dos estabelecimentos de saúde localizados em seu território, o cadastramento de serviços, a condução de processos de compra e contratualização de serviços de acordo com as necessidades identificadas e legislação específica, o acompanhamento do faturamento, quantidade e qualidade dos serviços prestados entre outras atribuições" - Avaliação da organização do sistema e modelo de gestão; - Qualidade da assistência e satisfação dos usuários; - Relação com os prestadores de serviços; - Resultados e impacto sobre a saúde da população Desempenho da função de controle e avaliação: - Plano de Saúde e Relatório de Gestão aprovado pelos Conselhos - Termos de Compromisso de Gestão - Protocolo de Cooperação entre Entes Públicos - Pactos de Indicadores - Plano Diretor de Regionalização-PDR - Plano Diretor de Investimentos-PDI - Programação Pactuada e Integrada-PPI Pacto de Gestão, em relação à avaliação, a Secretaria Estadual de Saúde deve: - Implementar a avaliação das ações de saúde nos estabelecimentos por meio de análise de dados e indicadores e verificação dos padrões de conformidade; - Avaliar as ações de vigilância em saúde realizadas pelos municípios e pelo próprio estado; - Avaliar o sistemas municipais de saúde AVALIAÇÃO DA GESTÃO AVALIAÇÃO DE SISTEMAS DE SAÚDE 1998 - (MS) Programa Nacional de Avaliação de Serviços Hospitalares (PNASH). - DRAC/SAS/MS+ANVISA+DENAS US 2004 - Programa Nacional de Avaliação dos Serviços de Saúde (PNASS); 2015 - Portaria N° 28, de janeiro de 2015 Reformula o Programa Nacional de Avaliação dos Serviços de Saúde(PNASS) Avaliar a totalidade dos estabelecimentos de atenção especializada em saúde, ambulatoriais e hospitalares: - Estrutura; - Processo; - Resultado; - Produção do cuidado; - Gerenciamento do risco; - Satisfação dos usuários. I - Roteiro de itens de verificação: - Bloco 1-Gestão Organizacional (5 critérios); - Bloco II - Apoio Técnico e Logístico para a produção de cuidado (7 critérios); - Bloco III - Gestão da Atenção à Saúde e do Cuidado (4 critérios); - Bloco IV-Serviços/Unidades específicas (9 critérios); - Bloco V-Assistência Oncológica (5 critérios); II - Questionário dirigido aos usuários: - Avalia basicamente a satisfação do usuário com a assistência recebida pelos estabelecimentos a serem avaliados; - Aplicado pelo Departamento de Ouvidoria-Geral do SUS (DOGES). III - Conjunto de indicadores: - Avalia resultados e corresponde a um conjunto variado de indicadores; - A definição e construção dos indicadores é realizada por um grupo técnico do Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS (DEMAS). SISREG O SISREG é um sistema on-line, criado para o gerenciamento de todo complexo regulatório, indo da rede básica a internação hospitalar, visando a humanização dos serviços, maior controle do fluxo e otimização na utilização dos recursos; SISREG I - O SISREG I foi desenvolvido em 1999, na versão online, pelo DATASUS em parceria com a Secretaria Municipal de Belo Horizonte MG tendo representado um movimento inicial em direção à informalização das centrais de regulação; SISREG II - O SISREG-ll foi desenvolvido em arquitetura web com a finalidade de organizar o fluxo de leitos e consultas. Esse trabalho começou em um momento em que diversos sistemas de informação associados a processos regulatórios estavam em fase de implantação, tais como: - Sistema do Cartão Nacional de Saúde (SCNS); - Sistema da Programação; - Pactuada e Integrada (SISPPI) e Sistema do Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (SCNES). SISREG III - A versão SISREG III, desenvolvida pelo DATASUS em 2006, tem como função primordial regular procedimentos ambulatoriais (consultas e exames) ou internações hospitalares nas Centrais de Regulação. As solicitações no sistema têm seu início nas unidades básicas de saúde ou em outras portas de entrada do SUS, como por exemplo: Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), podendo chegar às unidades hospitalares. ⚠Ressalta-se que o SISREG-ll, inicialmente, foi implantado nos municípios do Rio de Janeiro/RJ, Teresina , Campinas/SP e Belo Horizonte/MG, e nos estados de Alagoas e Paraíba, no período de 2002 a 2005. O SISREG é composto por dois módulos ambulatorial e hospitalar: Central de Marcação de Consultas (CMC) O módulo ambulatorial tem por objetivo regular o acesso dos pacientes às consultas, aos exames especializados e aos Serviços Auxiliares de Diagnóstico e Terapia (SADT) e possui as seguintes funcionalidades: - Disponibilizar informações sobre a oferta de consultas e exames especializados; - Controlar as agendas dos profissionais de saúde; - Controlar o fluxo dos pacientes no sistema-solicitação, agendamento e atendimento;; - Gerar relatórios gerenciais do sistema; - Controlar os limites de solicitação e execução dos procedimentos especializados por estabelecimento de saúde solicitante e executante, conforme pactuação. Central de Internação Hospitalar (CIH) O módulo hospitalar tem por objetivo regular os leitos hospitalares dos estabelecimentos de saúde vinculados ao SUS, sendo eles próprios, contratados ou conveniados, possuindo as seguintes funcionalidades: - Acompanhar a alocação de leitos (urgência e eletiva); - Acompanhar a disponibilidade de leitos em tempo real; - Encaminhar e autorizar internações de urgência; - Agendar e autorizar as internações eletivas; - Controlar o fluxo dos pacientes nos hospitais (admissão, período da internação e alta); - Controlar limites de solicitação de procedimentos hospitalares por estabelecimentos de saúde solicitante; - Controlar limites de execução dos estabelecimentos de saúde executantes; e - Controlar as emissões e autorizações das Autorização de Internação Hospitalar (AIH). ⚠⚠ O SIERG - lll possui os seguintes recursos adicionais em relação à versão anterior: - Planejamento e distribuição dos recursos assistenciais de forma igualitária, regionalizada e hierarquizada, respeitando as pactuações intermunicipais (Programação Pactuada e Integrada-PPI); - Acompanhamento sistemático, dos tetos pactuados entre os municípios; - Organização da referência em todos os níveis de atenção; - Identificação das áreas de desproporção entre a demanda e a oferta; - Monitoramento da execução da programação elaborada pelo gestor, por prestador, Identificação da rede de serviços e dos fluxos de atendimentos ambulatoriais e de internações, por meio das informações importadas do CNES; - Permitir aos usuários acesso às melhores alternativas terapêuticas, com base na avaliação e Intervenção do médico regulador. OBJETIVOS I - Permitir a distribuição de forma equânime os recursos de saúde para a população própria e referenciada; II - Permitir a distribuição dos recursos assistenciais disponíveis de forma regionalizada e hierarquizada; III - Facilitar o planejamento dos recursos assistenciais em uma região; IV - Acompanhar dinamicamente a execução dos tetos pactuados entre os estabelecimentos de saúde e municípios; V - Permitir o referenciamento em todos os níveis de atenção nas redes pública e contratada; VI - Identificar as áreas de desproporção entre a oferta e a demanda. VII - Disponibilizar informações em tempo real sobre a oferta de leitos, consultas e exames especializados de média e alta complexidade; VIII - Agendar internações e atendimentos eletivos para os pacientes. IX - Controlar o fluxo dos pacientes aos estabelecimentos de saúde terciários (admissão, acompanhamento da internação e alta) e secundários (solicitação, agendamento e atendimento); X - Detectar a ocorrência de cancelamentos de internações, a não execução de consultas e exames por motivo definido e impedimentos de agendar; XI - Controlar os limites de solicitação para população própria e referenciada; XII - Controlar a execução da oferta disponibilizada por estabelecimento de saúde executante; XIII - Subsidiar os setores de Controle, Avaliação e Auditoria no que se refere ao faturamento em alta e média complexidade ambulatorial e hospitalar, e controle da emissão de AIH, APAC; XIV - Permitir o acompanhamento da execução, por prestador, das programações feitas pelo gestor. ⚠⚠ EM CAMPINA GRANDE EXISTE O SAÚDE DE VERDADE - Realizar o papel do SISREG no município; - No entanto, ao fim de um período é necessário transferir todos os dados para o SISREG (programa do SUS); A Prefeitura de Campina Grande no dia 1 de agosto de 2022, às 10h, no Teatro Uni Facisa, realizou a apresentação do PROGRAMA SAÚDE DE VERDADE aos gestores, prefeitos e secretários municipais de saúde de todos os municípios da Paraíba; O programa, que dispõe de sistema próprio de gestão em saúde, vai substituir o Sistema de Regulação (Sisreg); A apresentação, foi comandada pelo prefeito Bruno Cunha Lima, teve como objetivo informar sobre como o programa vai funcionar e otimizar a pactuação dos serviços de saúde públicos geridos pela prefeitura de Campina; Os gestores poderão ter controle informatizado sobre o consumo e a disponibilidade mensal de cada procedimento realizado em Campina Grande para pacientes do seu município, inclusive com relatórios para planejamento e acompanhamento; "O programa Saúde de Verdade já ampliou em 25% a oferta de consultas em Campina Grande e queremos que essa otimização da gestão também atinja os municípios pactuados, uma vez que haverá melhor controle e acompanhamento dos procedimentos encaminhados pelas cidades, tanto para nós, quanto para eles, aumentando também a oferta", disse o secretário de Saúde, dr. Gilney Porto. O programa Saúde de Verdade também será aplicado na gestãodos leitos, internações, cirurgias, além das consultas e dos exames; O novo sistema já permite, para pacientes de Campina Grande, a marcação de consultas clínicas através de teleagendamento.