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Variedades Linguísticas

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LINGUAGENS, CÓDIGOS e suas tecnologias  33
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 V
O
LU
M
E 
1
exercícios
Leia o texto a seguir para responder às questões 
1 e 2.
No português, encontramos variedades históri-
cas, tais como a representada na cantiga trova-
doresca de El Rei D. Dinis (1261-1325), ilustra-
da a seguir.
Non chegou, madre, o meu amigo,
e oje est o prazo saido!
Ai, madre, moiro d’amor!
Non chegou, madre, o meu amado,
e oje est o prazo passado!
Ai, madre, moiro d’amor!
E oje est o prazo saido!
Por que mentiu o desmentido?
Ai, madre, moiro d’amor!
E oje, est o prazo passado!
Por que mentiu o perjurado?
Ai, madre, moiro d’amor! 
 1. A cantiga acima é classificada como:
a) cantiga de amor.
b) cantiga de escárnio.
c) cantiga de maldizer.
d) cantiga de Amigo.
e) soneto.
 2. Compare a cantiga de El Rei D. Dinis (1261-
1325) com as características da cantiga de ami-
go. Em seguida, explique o porquê não pode ser 
considerada uma cantiga de amor.
 3. MINA DO CONDOMÍNIO
Tô namorando aquela mina
Mas não sei se ela me namora
Mina maneira do condomínio
Lá do bairro onde eu moro
Seu cabelo me alucina
Sua boca me devora
Sua voz me ilumina
Seu olhar me apavora
Me perdi no seu sorriso
Nem preciso me encontrar
Não me mostre o paraíso
Que se eu for, não vou voltar
Pois eu vou
Eu digo “oi” ela nem nada
Passa na minha calçada
Dou bom dia ela nem liga
Se ela chega eu paro tudo
Se ela passa eu fico doido
Se vem vindo eu faço figa
eu mando beijo ela não pega
pisco olho ela se nega
Faço pose ela não vê
Jogo charme ela ignora
Chego junto ela sai fora
Eu escrevo ela não lê
Minha mina
Minha amiga
Minha namorada
Minha gata
Minha sina
Do meu condomínio
Minha musa
Minha Monalisa
Minha Vênus
Minha deusa
Quero seu fascínio
(Seu Jorge)
Relacionando a canção “Mina do condomínio“ 
com as cantigas medievais, como você a clas-
sificaria? Justifique sua resposta.
Leia o texto a seguir para responder às ques-
tões 4 a 7.
CANTIGA D’AMOR DE REFRAN
(de Nuno Fernandes Torneol)
Ir-vus queredes, mia senhor,
e fiq’end’ eu com gran pesar,
que nunca soube ren amar
ergo vós, des quando vus vi.
E pois que vus ides d’aqui,
senhor fremosa, que farei?
E que farei eu, pois non vir’
o vosso mui bom parecer?
Non poderei eu mais viver,
se me Deus contra vos al:
senhor fremosa, que farei?
E rogu’eu a Nosso Senhor
que, se vos vus fordes d’quen,
Que me dê mia morte por én,
ca muito me será mester.
E se mi-a el dar non quiser’:
senhor fremosa, que farei?
Pois mi-assi força voss’amor
e non ouso vusco guarir,
des quando me de vos partir’,
eu que non sei al bem querer,
Querria-me de vos saber:
Senhor fremosa, que farei.
Cantiga de amor de refrão
Nuno Fernandes Torneol 
Se em partir, senhora minha,
mágoas haveis de deixar
a quem firme em vos amar
foi desde a primeira hora,
se me abandonais agora,
ó formosa! que farei?
Que farei se nunca mais
contemplar vossa beleza?
Morto serei de tristeza.
Se Deus me não acudir,
nem de vós conselho ouvir,
ó formosa! que farei?

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