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Victória Ellen Gomes de Sousa Bacharel em enfermagem na UEPB A Saúde Suplementar surgiu no país na da década de 1960, com o crescimento econômico do Brasil e o avanço do trabalho formal, quando as empresas começaram a oferecer planos de assistência médica aos colaboradores; A atividade, entretanto, só foi regulamentada em 1998, por meio da Lei nª 9.656, que regulamenta os Planos de Saúde e as empresas deste ramo, que são as Operadoras; A partir da criação da lei foram estabelecidos os principais requisitos e diretrizes para o melhor funcionamento deste segmento. Saúde suplementar é o conjunto de ações e serviços desenvolvidos por operadoras de planos e seguros privados de assistência médica à saúde e que não têm vínculo com o Sistema Único de Saúde (SUS); A regulação e fiscalização dessas atividades é feita pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); O sistema suplementar de saúde brasileiro é um dos maiores sistemas privados de saúde do mundo. Por conta da saúde suplementar, os planos de saúde fornecem assistência de modo que o cidadão não perde o direito de ser atendido pelo SUS; Levantamento da CNI revela que 70% da cobertura dos planos de saúde vem de planos coletivos empresariais; O investimento em planos de saúde pelas indústrias representa, em média, 13,1% da folha de pagamento. CONCEITO É o ramo da atividade que envolve a operação de planos e seguros privados de assistência médica à saúde, regulada e fiscalizada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e é composta por operadoras, profissionais e beneficiários. Suas ações e serviços desenvolvidos não têm vínculo com o SUS; O sistema suplementar de saúde brasileiro é um dos maiores sistemas privados de saúde do mundo; Por conta da saúde suplementar, os planos de saúde fornecem ass istência de modo que o cidadão não perde o direito de ser atendido pelo SUS. ANS ( AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR) A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é uma autarquia sob regime especial vinculada ao Ministério da Saúde é responsável pela regulação , normatização, controle e fiscalização das atividades que garantam a assistência suplementar à saúde; Tem por finalidade institucional "promover a defesa do interesse público na ass istên cia suplem e ntar à saúde, regulando as operadoras setoriais, inclusive quanto às suas relações com prestadores e consumidores, contribuindo para o desenvolvimento das ações de saúde”; A ANS possui maior poder de ação, autonomia administrativa, financeira e política, em relação ao governo, expressas por uma arrecadação própria e decisões d a Diretoria Colegiada com poder legal para efetivar suas resoluções; Possui ainda, competência de polícia normativa , decisória e sancionada exercida sobre qualquer modalidade de produto, serviço e contrato que apresente, além da garantia de cobertura financeira de riscos d e assistência médica, hospitalar e odontológica, outras características que diferencia de atividade s exclusivamente econômico -financeiras 5 ÁREAS EM QUE A ANS ESTÁ ORGANIZADA. 1) Diretoria de Normas e Habilitação das Operadoras → responsável pela normatização, registro e monitoramento do funcionamento das operadoras, inclusive intervenção e liquidação; 2) Diretoria de Normas e Habilitação de Produtos → responsável pela normatização, registro e monitoramento dos produtos, inclusive reajuste de planos individuais e familiares; 3) Diretoria de Fiscalização → responsável por todo o processo de fiscalização, aspectos econômico-financeiros, médicos assistenciais, apoio ao consumidor e articulação com seus órgãos de defesa; 4) Diretoria de Desenvolvimento Setorial → responsável pelo sistema de ressarcimento do SUS e pelo desenvolvimento de instrumentos que viabilizem a melhoria da qualidade e o aumento da competitividade do setor; 5) Diretoria de Gestão responsável pelo gerenciamento de recursos humanos e financeiros, suprimentos, informática e informação. CONCEITOS IMPORTANTES OPERADORAS DE PLANOS DE SAÚDE Pode ser definida como a pessoa jurídica registrada na ANS que administra, comercializa ou disponibiliza planos de assistência à saúde; A operadora vende os referidos planos e realiza diferentes tipos de atendimento ao cliente; Além disso, a operadora oferece prestação continuada de serviços ou coberturas com a finalidade de garantir assistência à saúde mediante pagamento à administradora do plano; As operadoras podem ser classificadas em diferentes modalidades de atuação dentro do mercado, como por exemplo medicina em grupo, seguradoras especializadas em saúde, cooperativas médicas, auto gestão e outras; Alguns exemplos de operadoras de plano de saúde no Brasil são: Amil Assistência Médica Internacional, Bradesco Saúde, Sul América, Unimed, entre outras. PRESTADORES DE SERVIÇO Os prestadores de assistência são privados, credenciados pelos planos e seguros de saúde ou pelas cooperativas médicas, serviços próprios dos planos e seguros de saúde, serviços conveniados ou contratados pelo subsistema público, que são contratados pelas empresas de planos e seguros de saúde que fazem parte de sua rede credenciada. BENEFICIÁRIOS Quem contrata o plano. OBJETIVO PRINCIPAL O principal objetivo da saúde suplementar é auxiliar na garantia do acesso da população ao plano de saúde e à assistência hospitalar. No modelo atual, o foco é o tratamento de doenças já instaladas, seja para a cura ou para a melhoria dos sintomas. OBJETIVOS Os objetivos básicos e as estratégias diferenciadas de implementação da regulamentação, surgem claramente do marco regulatório e evoluem a partir da ampliação do conhecimento sobre o setor; Os objetivos da regulamentação poderiam ser resumidos em seis pontos: 1. Assegurar aos consumidores de planos privados de assistência à saúde cobertura assistencial integral e regular as condições de acesso; 2. Definir e controlar as condições de ingresso, operação e saída das empresas e entidades que operam no setor; 3. Definir e implantar mecanismos de garantias assistenciais e financeiras que assegurem a continuidade da prestação de serviços de assistência à saúde contratados pelos consumidores; 4. Dar transparência e garantir a integração do setor de saúde suplementar ao SUS e o ressarcimento dos gastos gerados por usuários de planos privados de assistência à saúde no sistema público; 5. Estabelecer mecanismos de controle da abusividade de preços; 6. Definir o sistema de regulamentação, normatização e fiscalização do setor de saúde suplementar. SAÚDE SUPLEMENTAR X SAÚDE COMPLEMENTAR A saúde suplementar engloba ações e serviços privados prestados por meio de planos de saúde. Trata-se da prestação de serviço exclusivamente na esfera privada; Já a atuação da iniciativa privada na área da saúde pública (SUS) é chamada de saúde complementar; O serviço é feito mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. Ou seja, o Estado utiliza da iniciativa privada para aumentar e complementar a sua atuação em benefício público. Exemplo de saúde suplementar: plano de saúde Unimed; Exemplo de saúde complementar: um paciente que precisa fazer uma cirurgia complexa e o SUS não possui estrutura para o procedimento. Assim o paciente é encaminhado para um hospital de rede privada conveniado com o SUS que comporta a cirurgia, tendo todos os processos custeado pelo governo. DESAFIOS DO SISTEMA SUPLEMENTAR DE SAÚDE O aumento de preços nos planos de saúde eleva os custos das empresas com cuidados aos trabalhadores, sem melhorar a qualidade e os resultados; Essa questão é um dos principais desafios atuais desse segmento; É importante lembrar que a regulamentação do setor de saúde suplementar, exigida pela Constituição de 1988, surge apenas em 1998, quando o SUS já apresentava, no mínimo, cinco importantes marcos em seu processo de construção: - a Lei Orgânica da Saúde, lei 8080/90; - a extinção do INAMPS, a NOB – Norma Operacional Básica/93; - a NOB/96; - implantação do PAB - Piso da AtençãoBásica em 1998. As indústrias, para garantir que elas tenham condições de manter esse benefício aos trabalhadores, tanto empresas quanto operadoras precisam traçar estratégias eficazes, para contribuir para a melhoria dos resultados e da experiência dos usuários. Os custos da saúde suplementar no Brasil têm aumentado muito por quatro principais motivos: - A lógica de remuneração dos prestadores de serviço é baseada no número de procedimentos executados e não no resultado obtido; - O menor foco na assistência preventiva, que aumenta os casos de complicações e atendimentos emergenciais, que são mais caros do que a prevenção; - A incorporação de tecnologias ao rol de procedimentos mínimos a serem providos pelos planos de saúde, sem a devida análise da relação entre a efetividade da tecnologia e o custo da sua incorporação. Dessa forma, podem ser adicionados procedimentos caros com baixo benefício para a saúde e para o bem -estar da população coberta pelos planos; - Dificuldade de acesso aos dados agregados de saúde dos beneficiários dos planos coletivos empresariais. INTERAÇÃO ENTRE O SISTEMA DE SAÚDE SUPLEMENTAR E O SUS Saúde suplementar é o conjunto de ações e serviços desenvolvidos por operadoras de planos e seguros privados de assistência médica à saúde e que não têm vínculo com o Sistema Único de Saúde (SUS); A regulação e fiscalização dessas atividades é feita pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). É importante salientar que antes mesmo do SUS e dos planos e convênios de saúde, a saúde suplementar já existia desde a década de 1960, mas era bastante restrita; Com a constituição de 1988 o sistema de saúde passa a ser universal e financiado pelos impostos (sistema de saúde denominado Beveridgiano), porém colocou-se na Constituição de 1988 que a Iniciativa privada seria livre – e por isso a continuidade, e ampliação, do sistema suplementar; A Saúde Suplementar no Brasil conquistou oficialmente seu espaço por meio da Constituição Federal de 1988 e teve seu marco regulatório estabelecido pela Lei n. 9.656 de 1998; Apresentando-se como alternativa de obtenção de serviços assistenciais para a população, a Saúde Suplementar vem ganhando destaque não só pela quantidade de serviços realizados, mas também pela percepção da boa qualidade dos atendimentos prestados aos seus usuários; Como o setor público não comporta a quantidade de pessoas que precisam utilizar este recurso de forma qualitativa, existe a saúde suplementar, que representa um importante pilar de sustentação do Sistema Nacional de Saúde e é indispensável para o Estado; A Saúde Suplementar surgiu no país na da década de 1960, com o crescimento econômico do Brasil e o avanço do trabalho formal, quando as empresas começaram a oferecer planos de assistência médica aos colaboradores; Considerando-se que a Saúde Suplementar é uma atividade com fins lucrativos, cuja entrada no sistema se faz a partir de pagamento por parte de seus beneficiários e que, por meio de nossa Constituição, “ a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido (pelo Estado) (...) acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”, há de se perguntar o motivo pelo qual milhares de brasileiros estão se dispondo a pagar por um serviço que, no campo legal, já lhes é garantido; O sistema suplementar de saúde brasileiro é um dos maiores sistemas privados de saúde do mundo. Por conta da saúde suplementar, os planos de saúde fornecem assistência de modo que o cidadão não perde o direito de ser atendido pelo SUS; Um levantamento da CNI revela que 70% da cobertura dos planos de saúde vêm de planos coletivos empresariais; O setor industrial é responsável pelo financiamento de quase 22% dos planos de saúde privados (10,2 milhões de beneficiários); O investimento em planos de saúde pelas indústrias representa, em média, 13,1% da folha de pagamento. Com a criação da ANS, o mercado da Saúde Suplementar ganhou um marco regulatório importante para que a integração acima descrita pudesse ser estabelecida; Com a necessidade indubitável de regular e regulamentar um setor da mais alta importância como a Saúde, a regulação veio para normatizar coberturas assistenciais e formas de atendimento visando garantir à população pertencente à Saúde Suplem entar seus direitos e estabelecer deveres para as empresas participantes do setor; Tal regulação tornou-se fundamental para determinação de alguns parâmetros administrativos e financeiros que ao longo dos anos que se seguiram começaram a se apresentar como verdadeiros obstáculos no processo administrativo do segmento; Desde 13 de fevereiro de 2002, data da publicação da primeira Resolução Normativa (RN), a ANS já lançou 330 Resoluções e/ou Instruções Normativas com algum tipo de orientação ou regulamentação às quais o mercado da Saúde Suplementar deve se adequar. OPERADORAS DE SAÚDE DE SEGUROS PRIVADOS DE SAÚDE X DE PLANOS DE SAÚDE. A grande diferença do plano para o seguro é a amplitude do contrato; No seguro saúde, o consumidor não fica limitado à rede de profissionais, clínicas, hospitais e laboratórios imposta pela operadora; O consumidor pode escolher onde fazer seus exames laboratoriais, com quais médicos se consultar e quais hospitais ou clínicas deseja frequentar; - O paciente escolhe o profissional ou serviço que deseja, pagar por ele e depois é reembolsado pela seguradora. O valor reembolsado, porém, não é de 100% do custo arcado pelo segurado. É claro que, quanto maior o porcentual assumido pela seguradora, mais caro será o prêmio pago pelo segurado CONDUTAS VEDADAS PARA CONTRATAÇÃO ENTRE CONTRATADOR E PRESTADOR I - Qualquer tipo de exigência referente à apresentação de comprovantes de pagamento da contraprestação pecuniária quando da elegibilidade do beneficiário junto ao prestador; II - Qualquer tipo de exigência que infrinja o Código de Ética das profissões ou ocupações. regulamentadas na área da saúde; III - Exigir exclusividade na relação contratual; IV - Restringir, por qualquer meio, a liberdade do exercício da atividade profissional do Prestador; V - Estabelecer regras que impeçam o acesso do Prestador às rotinas de auditoria técnica ou administrativa, bem como o acesso às justificativas das glosas; VI - Estabelecer quaisquer regras que impeçam o Prestador de contestar as glosas, respeitado o disposto nesta norma; VII - Estabelecer formas de reajuste condicionadas à sinistralidade da operadora; VIII - Estabelecer formas de reajuste que mantenham ou reduzam o valor nominal do serviço contratado. O QUE DEVE SER CONSIDERADO PELAS OPERADORAS DE SAÚDE PARA COMPOSIÇÃO DA REMUNERAÇÃO E OS CRITÉRIOS DE REAJUSTE? A composição da remuneração e os critérios de reajuste deverão considerar atributos de qualidade e desempenho da assistência à saúde previamente discutidos e aceitos pelas partes, observados o disposto na Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, e demais regulamentações da ANS em vigor; PERÍODO DE CARÊNCIA - UTILIZADO PELOS PLANOS DE SAÚDE. Carência é o período em que o consumidor não tem direito a algumas coberturas após a contratação do plano; Os períodos de carência são contados a partir do início da vigência do contrato; Após cumprida a carência, o consumidor terá acesso a todos os procedimentos previstos em seu contrato e na legislação; Os prazos máximos de carência estabelecidos na Lei 9.656/98 são: - Urgência e emergência - 24 horas; - Parto a partir da 38ª semana de gravidez - 300 dias; - Demais casos (consultas, exames, internações, cirurgias) - 180 dias 👀Obs.: quando o parto ocorrer antes será tratado como um procedimento de urgência. TIPOS DE CONTRATAÇÃO DE PLANOS DE SAÚDE Os contratos de plano de saúde podem ser individual/familiar ou coletivo; CONTRATO INDIVIDUAL OU FAMILIAR: - É aquele oferecido para a livre adesão das pessoas físicas, com ou sem seu grupo familiar; - Caracteriza-se o plano familiar quando abrange dependentes ou o grupo familiar. CONTRATO COLETIVO: - Os contratos coletivos são firmadospor pessoas jurídicas com as operadoras e destinados a grupos determinados de pessoas. Poderá prever ou não a inclusão de dependentes; - Além disso, tem algumas regras diferenciadas dos contratos individuais/ familiares, como, por exemplo, a forma de aumento de mensalidade e de rescisão contratual. Há dois tipos de contratos coletivos: - CONTRATO COLETIVO EMPRESARIAL: É aquele em que a adesão do beneficiário ao plano é automática e obrigatória. - CONTRATO COLETIVO POR ADESÃO: É aquele em que a adesão ao plano é opcional e espontânea