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Victória Ellen Gomes de Sousa
Bacharelanda em enfermagem na UEPB
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
INTRODUÇÃO
É feita o tempo todo pelo profissional, ao
coletar dados do paciente.
O SUS é o olho, a vigilância e o sistema
de informação são a visão. É o meio pelo
qual se percebe o sus, um sistema
complexo e bem subdividido.
A vigilância em saúde se divide em:
- Vigilância sanitária;
- Vigilância ambiental;
- Vigilância epidemiológica;
- Vigilância da saúde do trabalhador.
Relacionada às práticas de atenção,
promoção de saúde e prevenção de
doenças. Encontra-se presente nas políticas
e planejamentos de saúde, serve como
base para esses. Feita por meio da
territorialização, como visita domiciliar, da
epidemiologia, no entendimento do processo
saúde-doença, das condições de vida e
situação de saúde, a relação ambiente-saúde
e o processo de trabalho.
ASPECTOS HISTÓRICOS
A saúde considerada um direito é muito
recente na história do país. A conquista
dos direitos é teoricamente nova.
- Tem os direitos de primeira geração
(séc. XVIII e XIX): direitos civis,
como religião, opinião, pensamento,
imprensa, ir e vir; e os direitos
políticos, reunião, organização
sindical, manifestação, voto.
- Os direitos sociais chegam com a
segunda geração (séc. XX):
trabalho, educação, saúde,
seguridade etc.
Os direitos não chegavam iguais para todas
as pessoas, além das conquistas se
desenvolverem de formas diferentes nos
países.
Tem os direitos de 3ra e 4ta geração
também: referente aos direitos das gerações
futuras (conscientização ecológica) e
qualidade de vida e biodiversidade.
O conselho de vigilância em saúde se
origina na idade média, onde surge a
quarentena como meio de controlar a
disseminação da praga (peste). Tal prática
avançou, com mudanças e respaldos
científicos.
Na era pré-industrial é introduzida a
legislação sobre a vigilância em saúde
pública, adotando o conceito de notificação
compulsória de doenças infecciosas – o
foco mais voltado para ocorrências em
ambientes de trabalho e o foco curativo,
como estratégias necessárias para a política
de desenvolvimento das nações.
Com a Revolução Francesa, a saúde da
população passou a ser responsabilidade do
Estado, iniciando-se o conceito de
bem-estar social (nos países europeus). São
criadas as práticas de coleta e análise de
estatísticas vitais. Tais inovações
promovem mudanças sociais nas sociedades
industriais modernas e melhoria da qualidade
de vida.
O médico John Snow descobre a epidemia
local de cólera, por meio da análise
espacial e distribuição das mortes.
- Pai da epidemiologia.
- Ele correlaciona a epidemia à
contaminação dos poços, mesmo
sem conhecimentos avançados de
microbiologia.
VIGILÂNCIA EM SAÚDE NO
BRASIL
No Brasil, as primeiras medidas de
vigilância remontam ao período colonial. No
império há ações isoladas: cuidado nos
portos, por exemplo.
Foram organizadas apenas no século XX,
por meio de programas verticalizados, com
a formulação, a coordenação e a execução
de ações realizadas diretamente pelo
Governo Federal (sanitarismo campanhista,
Oswaldo Cruz...). Sua estrutura dava -se
sob a forma de campanhas.
País predominantemente rural até meados
da década de 60 do século passado, o
Brasil viveu intensa urbanização, sobretudo
a partir do novo ciclo de industrialização
dos anos 70, fazendo emergir as transições
epidemiológica e demográfica. Esse cenário
elevou e fez do país um dos mais
perversos no que se refere à saúde de
trabalhadores urbanos e rurais, batendo
recordes de acidentes de trabalho, baixos
níveis de proteção social, e aumento
significativo do trabalho informal.
Lembrar das delegacias de higiene e saúde,
formadas por Oswaldo Cruz, o Bota Baixo,
revolta da vacina... Processos de higienização
das cidades.
Antes havia um modelo de atenção de
saúde médico assistencial privatista e do
modelo preventivista, incapazes de
questionar e atuar sobre a origem das
condições geradoras da precária condição
de saúde do povo brasileiro.
Surge, nesse contexto histórico, o
pensamento da saúde coletiva, o qual
resultou de um processo de lutas sociais e
dos profissionais de saúde pela democracia
e melhores condições de vida.
MARCO LEGISLATIVO
O planejamento econômico da vigilância
sanitária apenas surge legalmente em
2009, quando o Ministério da Saúde
publicou a Portaria GM n.3252, na qual
são aprovadas as diretrizes para execução
e financiamento das ações de vigilância em
saúde, além de definir seus componentes:
I. Vigilância epidemiológica;
II. Promoção da saúde;
III. Vigilância da situação de saúde;
IV. Vigilância em saúde ambiental;
V. Vigilância da saúde do trabalhador;
VI. Vigilância sanitária.
AS AÇÕES JÁ ACONTECIAM, MAS NÃO
ESTAVAM CLARAS AS ATRIBUIÇÕES
EXATAS NEM O FINANCIAMENTO
Depois, essa portaria é revogada e surge
outra que amplia e melhora as delimitações.
Abre espaços para que os municípios
realizem outros tipos de vigilância.
Portaria N 1378/2013: Regulamenta e
define diretrizes para execução e
financiamento das ações de vigilância em
saúde pela União, Estados, DF e
municípios, relativos ao Sistema Nacional
de Vigilância em Saúde e Sistema Nacional
de Vigilância Sanitária. Art. 4° As ações
de Vigilância em Saúde abrangem toda a
população brasileira e envolvem práticas e
processos de trabalho voltados para:
I - a vigilância da situação de saúde da
população, com a produção de análises que
subsidiem o planejamento, estabelecimento
de prioridades e estratégias, monitoramento
e avaliação das ações de saúde pública;
II - a detecção oportuna e adoção de
medidas adequadas para a resposta às
emergências de saúde pública;
III - a vigilância, prevenção e controle das
doenças transmissíveis;
IV - a vigilância das doenças crônicas não
transmissíveis, dos acidentes e violências;
reflete na saúde, no que reflete a agravos
gerados por essa violência. Atualmente as
causas externas têm peso na
morbimortalidade.
V - a vigilância de populações expostas a
riscos ambientais em saúde;
VI - a vigilância da saúde do trabalhador;
VII - vigilância sanitária dos riscos
decorrentes da produção e do uso de
produtos, serviços e tecnologias de
interesse à saúde;
VIII - outras ações de vigilância que, de
maneira rotineira e sistemática, podem ser
desenvolvidas em serviços de saúde
públicos e privados nos vários níveis de
atenção, laboratórios, ambientes de estudo
e trabalho e na própria comunidade.
CARACTERÍSTICAS
O dia a dia do profissional de saúde e
todos os fatores envolvidos à saúde são
incluídos na vigilância em saúde:
- imunização – efeitos adversos,
endemias; promoção da saúde/
educação em saúde.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Conjunto de ações que proporcionam o
conhecimento, a detecção ou prevenção de
qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes da saúde
individual e coletiva, com a finalidade de
recomendar e adotar as medidas de
prevenção e controle das doenças e
agravos. Há fatores como moradia, origem
dos alimentos consumidos e outros hábitos
que podem influenciar na saúde do
indivíduo.
- Ações: conhecer, detectar e prevenir;
- Fatores individuais e coletivos;
- Finalidade: recomendar, adotar.
Tem os fatores determinantes sociais de
saúde os quais a vigilância monitora.
Exemplo: Notificação compulsória de
doenças. Há doenças que aumentam sua
incidência segundo época do ano, clima e
que precisam ser notificadas. Registra-se
os contatos que a pessoa teve, locais,
sintomas apresentados – importantes para
planejar a intervenção e planejamento de
saúde pública. Pode haver punição aos
funcionários e serviços de saúde que não
notificarem.
Há as fichas a serem preenchidas para
notificar as doenças.
VIGILÂNCIA SANITÁRIA
Conjunto de ações capazes de eliminar,
diminuir ou prevenir riscos à saúde e de
intervir nos problemas sanitários
decorrentes da produção e circulação de
bens e da prestação de serviços de
interesse da saúde.
É uma força-tarefa da saúde que atua
fiscalizando e com poder punitivo.
Todos os estabelecimentos alimentícios têm
um alvará da vigilância sanitária aprovando
o funcionamento.
As ações envolvem muitasvezes mais de
um setor de saúde ou ministério –
intersetorialidade.
Deve haver periodicidade na vigilância.
A população pode contatar os servidores
de vigilância.
VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO
TRABALHADOR
Visa a promoção da saúde e redução da
morbimortalidade da população
trabalhadora, por meio da integração de
ações que intervenham nos agravos e seus
determinantes decorrentes dos modelos de
desenvolvimento e processos produtivos;
O trabalho previne algumas doenças, mas
também provoca o desenvolvimento delas.
Relacionadas às condições laborais e os
riscos aos que os indivíduos se expõem,
assim como a ocorrência de acidentes
laborais.
Deve haver um ambiente de trabalho saudável.
SINAN de acidentes de trabalho: sistema
de informação de agravos de notificação –
Ficha de investigação.
CAT – Comunicação de acidentes de
trabalho: relacionado à demanda de direitos
trabalhistas.
VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL
Conjunto de ações que propiciam o
conhecimento e a detecção de mudanças
nos fatores determinantes e condicionantes
do meio ambiente que interferem na saúde
humana, com finalidade de identificar as
medidas de prevenção e controle dos fatores
de risco ambientais relacionados às doenças
ou a outros agravos.
O meio ambiente interfere na saúde humana.
A partir disso, é necessário intervir e
monitorar os fatores de risco. Exemplo:
poluição do ar, intoxicação por agrotóxicos,
água contaminada.
Nos últimos anos as leis ambientais têm
sido alteradas, o que gera desastres
naturais e grandes impactos à natureza.
Há várias ações de vigilância ambiental -
Ações do Vigiar; Programa Vigiagua –
vigilância da qualidade de água para
consumo humano, pertence ao SISAGUA.
LABORATÓRIOS DE SAÚDE PÚBLICA
Laboratórios para analisar amostras
coletadas pela vigilância. Vigilância &
informação
VIGILÂNCIA E INFORMAÇÃO
A vigilância em saúde é responsável pela
informação para a ação e a intervenção que
reduzam riscos e promovam a saúde nos
territórios, integradas às redes de atenção à
saúde.
Essa função essencial do SUS tem
orientado o sistema considerando os
fenômenos econômicos, ambientais, sociais
e biológicos que determinam o nível e a
qualidade da saúde dos brasileiros.
É responsabilidade do estado realizar a
regulação e fiscalização sanitária. Para tal,
deve ser considerada a intersetorialidade, o
território, a participação da sociedade e o
direito a informações.
Encontram-se falhas nessas funções que
deveriam ser exercidas pelo Estado, que
acabam sendo feitas por outras instituições.
A informação da vigilância em saúde é um
bem público, o qual deve ser livremente
disponibilizado e de fácil acesso a toda a
sociedade. A informação deve ser acessível a
nível local e nacional.
O registo de dados de interesse sanitário
e de casos de morbimortalidade,
pertencentes à base de dados da vigilância
em saúde, apresentam variados graus de
utilidade, qualidade e cobertura e
representam um patrimônio social e técnico
do SUS.
A vigilância e a informação estão
interligadas e formam um ciclo. A vigilância
gera informação, a qual vai aprimorando essa
vigilância.
AÇÕES EM VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA
Área na qual o enfermeiro atua
constantemente.
Coletar dados; processar os dados coletados;
analisar e interpretar esses dados;
recomendar medidas de controle apropriadas
segundo os dados coletados; promover as
ações de controle indicadas – colocar flúor
na água para diminuir doenças dentais;
avaliar a eficácia e efetividade das medidas
adotadas – ver o custo/benefício e se
realmente tem resultados; divulgar
informações pertinentes.
As competências de cada nível do sistema
de saúde (municipal, estadual e federal)
abarcam todo o espectro das funções de
vigilância epidemiológica, porém com graus de
especificidade variáveis.
As ações executivas são inerentes ao nível
municipal – é obrigação do município
executá-las, e seu exercício exige
conhecimento analítico da situação de
saúde local, mas cabe aos níveis nacional
e estadual conduzir as ações de caráter
estratégico e longo alcance.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM
SAÚDE
Complementa-se com a vigilância em saúde.
A OMS define o SIS (sistema de
informação em saúde) como um mecanismo
de coleta, processamento, análise e
transmissão da informação necessária para
se planejar, organizar, operar e avaliar os
serviços de saúde. Exemplo: divulgação do
aumento do número de casos de dengue,
para que os municípios tomem as medidas
necessárias de prevenção etc.
A transformação de um dado em
informação exige, além da análise, a
divulgação e recomendações para a ação.
O SIS é fundamental, pois a informação é
crucial para a tomada de decisão em
questões de saúde, assim como no dia a dia.
A informação deve ser entendida como um
redutor de incertezas – não tem todas as
respostas, um instrumento para detectar
focos prioritários, auxiliando à formação de
um planejamento responsável e a execução
de ações que condicionem a realidade às
transformações necessárias.
É um instrumento de apoio decisivo para
conhecer a realidade socioeconômica,
demográfica e epidemiológica, assim como
para o planejamento, gestão, organização e
avaliação dos vários níveis que conformam o
SUS.
A informação em saúde envolve planejar,
executar e avaliar, em um ciclo. O
planejamento é um processo de tomada de
decisão, que com base na situação atual,
visa determinar providências a serem
tomadas, com o objetivo de um futuro
desejado. Logo, segundo a situação atual
são tomadas medidas para transformar o
cenário e chegar à realidade esperada/ideal.
Dado é um valor quantitativo relativo a um
fato, que não sofreu nenhum tratamento
estatístico. Seria a matéria prima da
produção de informação. Já a informação é
o conhecimento obtido a partir desses
dados, resultado da análise, combinação e
interpretação desses.
Uma situação de saúde X precisa ser
avaliada. Para isso, deve-se coletar os
dados, transformar em informação,
interpretar essa informação, interligar a
outras informações e gerar conhecimento.
A partir dele, toma-se uma decisão que
norteará a ação tomada referente à
situação de saúde. Essas ações serão
avaliadas para ver se atingiram o objetivo.
HÁ VÁRIAS REGIÕES NAS QUAIS O SUS
AINDA NÃO CHEGOU. LOCALIDADES
AFASTADAS OU MARGINALIZADAS
RECEBEM AÇÕES ESPORÁDICAS E
ESPECÍFICAS, MAS CARECEM DE UM
MONITORAMENTO CONTÍNUO E
ADEQUADO. EXEMPLO: POPULAÇÕES
RIBEIRINHAS, GARIMPEIROS,
COMUNIDADES DE BAIXA RENDA...
COLETA DE DADOS
A qualidade da informação está
diretamente ligada à adequada cólera de
dados do local onde ocorreu o evento
sanitário. Os responsáveis pela coleta
devem ser preparados para medir a
qualidade do dado obtido.
Há muitas notificações que não são
preenchidas completamente – raça, idade,
sexo e fatores importantes são
desconhecidos.
Exemplo: nos casos de notificação de
doenças transmissíveis é necessário
capacitar os profissionais para o
diagnóstico de casos e a realização de
investigações epidemiológicas
correspondentes.
TIPOS DE DADOS
Os dados e informações que alimentam o
sistema nacional de vigilância epidemiológica
são:
- Dados demográficos e ambientais;
- Dados de morbidade;
- Dados de mortalidade;
- Notificação de surtos e epidemias;
SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM
SAÚDE
Deve ofertar o suporte necessário para
planejamento, decisões e ações dos
gestores, em todos os níveis decisórios
(municipal, estadual e federal).
Constituído por vários subsistemas (SIM,
SINASC, SIH...). Todos eles são
encontrados/acessados por meio do
DATASUS.
Há dados que não são coletados
especificamente por esses sistemas, mas
que também são de interesse: censo
demográfico pelo IBGE, por exemplo;
Tem como objetivo facilitar a formulação e
avaliação de políticas, planos e programas
de saúde, subsidiando o processo de tomada
de decisões.
Principais subsistemas:
Sistema de Informação de Mortalidade
(SIM): investiga os óbitos. O instrumento
é a declaração de óbito. O fluxo de
informação vem: dos locais onde acontece o
óbito (hospitais) a cartórios; à secretaria
municipal de saúde, à secretaria estadual e
ao ministério que organizae expõe no
datasus. Serve para estudo de mortalidade e
a situação epidemiológica local.
Sistema de Informações sobre Nascidos
Vivos (SINASC): o instrumento é a
declaração de nascido vivo, que dá origem
à certidão de nascimento. Fluxo igual ao
SIM. Visa monitorar a saúde das crianças.
Sistema de Informações Hospitalares
(SIH): informação sobre as internações no
âmbito do sus. O instrumento é a IH. Seu
uso verifica a morbidade hospitalar.
Sistema de Informações Ambulatoriais
(SIA): o instrumento é o boletim de
procedimentos. Utilizado para verificar os
procedimentos, produção, gestão e
custeio…
Sistema de Informação de Agravos de
Notificação (SINAN): ve doenças ou
acidentes; o instrumento é a ficha de
notificação – é importante saber que se
notifica a suspeita da doença (mesmo sem
confirmação), a qual deve ser sigilosa –
deve ser informado ao paciente; fluxo
parecido. Acompanha a frequência de
agravos e o número de epidemias. Há
notificação negativa necessária – notificar
mesmo que não haja casos. Serve para
avaliar a morbimortalidade também.
Sistema de Informações do Programa
Nacional de Imunizações (SI-PNI)
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de
Saúde (Cnes)
Sistema de Informações sobre Orçamentos
Públicos em Saúde (Siops)
Todos eles são acessíveis no DATASUS!
SINAN
É o mais importante sistema para a
vigilância epidemiológica. Alimentado
principalmente pela notificação e
investigação de casos de doenças e agravos
constantes da lista nacional de doenças de
notificação compulsória.
Notificar a simples suspeita da doença,
mesmo sem a confirmação.
Notificação de ser sigilosa – apenas
discutida com o paciente. Não pode ser
divulgada fora do sigilo médico sanitário, a
não ser em casos de risco para a
comunidade. Deve-se respeitar o anonimato
dos cidadãos.
Notificação negativa necessária – funciona
como um indicador de eficiência do sistema de
informações.
Útil para calcular a incidência, prevalência,
letalidade e mortalidade. Serve para
analisar de acordo com as características
de pessoa , tempo e lugar, particularmente
no que tange às doenças transmissíveis de
notificação obrigatória.
A portaria de 2017. Atualiza a lista
nacional de doenças e agravos de notificação
compulsória.
Há doenças de notificação imediata (
máximo em até 24 horas). Ligado ao perfil
individual da doença, como patogenicidade e
a importância epidemiológica. Podem
necessitar ações imediatas para evitar
maiores contágios.
Há doenças de notificação semanal. O
fluxo não precisa ser imediato. Perfil de
proliferação mais lento.
A notificação compulsória é obrigatória a
todos os profissionais de saúde, bem como
aos responsáveis por organizações e
estabelecimentos públicos e particulares de
saúde e de ensino.
Fluxo de informação:
Do nível local aos mais amplos.
O ideal seria que todos os níveis
possuíssem acesso a rede de internet.
Contudo, muitos locais ainda preenchem
fichas (físicas) que depois são
digitalizadas.
A transferência do município para a
secretaria de saúde estadual é feita
semanalmente. Da estadual para um nível
central é feita de forma quinzenal.
SIM
Coleta de dados por meio da declaração de
óbito, a qual deve ser preenchida pelo
médico.
As informações obtidas possibilitam delinear o
perfil de morbidade de um local, no que
diz respeito às doenças mais letais e às
doenças crônicas não sujeitas à notificação
compulsória, representando a única fonte
regular de dados.
Fluxo:
Critérios para emissão de declaração de
óbito de bebês:
- Condições para emissão da DO
Em todo óbito por causa natural ou por causa
acidental e/ou violenta;
No óbito fetal, se a gestação teve duração
igual ou superior a 20 semanas, ou o feto tiver
peso corporal igual ou superior a 500 gramas
e/ou estatura igual ou superior a 25
centímetros;
No óbito não fetal, quando a criança nascer
viva e morrer logo após o nascimento,
independentemente da duração da gestação,
do peso do recém-nascido e do tempo que
tenha permanecido vivo.
- Condições para não emissão da DO
No óbito fetal, se a gestação teve duração
menor que 20 semanas ou o feto teve peso
corporal menor que 500 gramas e/ou
estatura menor que 25 centímetros;
É facultado ao médico emitir uma DO nestes
casos, para atender solicitação da família;
No caso de peças anatômicas retiradas por ato
cirúrgico ou de membros amputados. Nesses
casos, o médico elaborará um relatório em
papel timbrado do Estabelecimento de Saúde
descrevendo o procedimento realizado. Este
documento será levado ao Cemitério, caso o
destino da peça venha a ser o sepultamento.
Estas providências estão definidas na
Resolução de Diretoria Colegiada nº 306 da
ANVISA (2004).
A declaração é preenchida em 3 vias.
SINASC
O número de nascidos vivos é uma
informação relevante para o campo da saúde
pública, já que possibilita a constituição de
indicadores voltados para a avaliação de
riscos à saúde materno-infantil.
- Instrumento: Declaração de Nascido
Vivo.
- Benefícios: subsidiar as
intervenções relacionadas à saúde
da mulher e da criança para todos
os níveis de complexidade do sus;
ações de atenção à gestante e ao
recém-nascido; acompanhar as
séries permite identificar prioridades
de intervenção, melhorando o
sistema.
Fluxo:
SIH/SUS
Reúne informações de cerca de 70% das
internações realizadas no país (no SUS);
O instrumento de coleta de dados é a
autorização de internação hospitalar (AIH).
Contém dados de atendimento, com os
diagnósticos de internamento e alta, idade
e sexo, procedência do paciente,
procedimentos realizados.
É importante para o conhecimento do perfil
dos atendimentos na rede hospitalar.
Atendimentos privados não participam da
coleta. Eles não liberam nem são obrigados
a divulgar tais informações. Apenas os
conveniados.
SIA
Gera informações referentes ao
atendimento ambulatorial para subsidiar os
gestores estaduais e municipais no
monitoramento dos processos de
planejamento, programação, regulação,
avaliação e controle dos serviços de saúde,
na área ambulatorial.
Unidade de registro de informações é o
procedimento ambulatorial realizado.
Informações que possibilitem o
acompanhamento e a análise da evolução
dos gastos referentes à assistência
ambulatorial

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