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Relação entre Obesidade e Desnutrição

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MAPA – Material de Avaliação Prática da Aprendizagem
	Acadêmico:
	R.A.
	Curso: Nutrição
	 Disciplina: Dietoterapia
	Valor da atividade:
	Prazo:
Instruções para Realização da Atividade
1. Todos os campos acima deverão ser devidamente preenchidos;
2. É obrigatória a utilização deste formulário para a realização do MAPA;
3. Esta é uma atividade individual. Caso identificado cópia de colegas, o trabalho de ambos sofrerá decréscimo de nota;
4. Utilizando este formulário, realize sua atividade, salve em seu computador, renomeie e envie em forma de anexo no ambiente Studeo (M.A.P.A);
5. Formatação exigida para esta atividade: documento Word ou pdf, Fonte Arial ou Times New Roman tamanho 12, Espaçamento entre linhas 1,5, texto justificado; 
6. Ao utilizar quaisquer materiais de pesquisa referencie conforme as normas da ABNT (Existe um material sobre referências e citações conforme a ABNT disponível em: Arquivos Gerais no ambiente Studeo)
7. Nos Comunicados do ambiente virtual da disciplina e na Sala do café você encontrará orientações importantes para elaboração desta atividade, além de um vídeo explicativo realizado pelos professores. Confira!
8. Critérios de avaliação: Utilização do template; Atendimento ao Tema; Constituição dos argumentos e organização das Ideias; Correção Gramatical e atendimento às normas ABNT.
9. Procure argumentar de forma clara e objetiva, de acordo com o conteúdo da disciplina.
10. As escritas em vermelho podem ser apagadas, dando lugar as respostas do Mapa.
11. O formato da atividade a ser enviada pode ser em pdf ou docx.
Em caso de dúvidas, entre em contato com seu Professor Mediador.
Bons estudos!
CASO CLÍNICO – OBESIDADE
É possível um paciente ser obeso e apresentar carências nutricionais?
Assista a Reportagem “Relação entre obesidade e desnutrição” produzida pelo Globo Repórter, com duração de 5 minutos, e observe o contexto dessa problematização.
Disponível em: https://globoplay.globo.com/v/11537495/​
A transição nutricional ocorreu emaranhada às demais mudanças observadas na epidemiologia e em questões sociodemográficas. Anteriormente, o manejo de doenças infectocontagiosas e o enfrentamento da fome eram os antigos problemas de ordem primária. Considerando o atual padrão do estilo de vida ocidental, as doenças crônicas não transmissíveis e a obesidade tornaram-se mais prevalentes, exigindo novas estratégias de saúde pública para mudanças no panorama populacional. Apesar do aumento de peso observado, a desnutrição não deixou de existir. O novo cardápio do brasileiro, com “poucas frutas e hortaliças, muita carne engordurada e refrigerante todos os dias”, explica a coexistência de obesidade e carências nutricionais, onde há um excesso de calorias e deficiência de vitaminas e minerais. Por isso, o Ministério da Saúde do Brasil e outras Instituições Governamentais, como a Organização Mundial da Saúde, estão dedicadas a promover adequação de hábitos alimentares como um fator central na promoção da saúde.
 
BRASIL. Guia Alimentar para a população Brasileira. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf Acesso em: 22 de mar 2024.
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CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS. Governos e sociedade constroem estratégia de prevenção à obesidade no País. 2024. Disponível em: https://www.cfn.org.br/index.php/noticias/governo-e-sociedade-constroem-estrategia-de-prevencao-a-obesidade-no-pais/ Acesso em: 04 de abr de 2024.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde Brasil. Sobrepeso e obesidade como problemas de saúde pública. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-ter-peso-saudavel/noticias/2022/sobrepeso-e-obesidade-como-problemas-de-saude-publica Acesso em: 04 de abr de 2024.
​A desnutrição em pacientes obesos tem como causa central o consumo de alimentos hipercalóricos e de baixa densidade nutricional, ou seja, alimentos ricos em calorias, porém pobres em nutrientes. Sabemos que os ultraprocessados e fast foods fazem parte do padrão de alimentação da maioria dos brasileiros, substituindo preparações culinárias como arroz e feijão. Além de hipercalóricos, os alimentos ultraprocessados contêm alto teor de sódio, açúcar adicionado e gordura saturada, componentes que apresentam restrições de ingestão diária.
Você, que agora é estudante de nutrição, já deve ter ficado curioso para saber sobre as calorias presentes, por exemplo, em uma fatia de pizza de calabresa, em um hambúrguer duplo com bacon ou em um milkshake. Além disso, você também já deve ter se atentado sobre a quantidade de sódio, açúcar adicionado e gordura saturada desses alimentos, especialmente com a nova rotulagem nutricional frontal (BRASIL, 2022). Mas, você já refletiu sobre a falta de nutrientes dessas preparações?  ​
Depois da reflexão da falta de nutrientes dessas preparações/alimentos, imagine uma pessoa que adota um padrão de alimentação baseado em alimentos ultraprocessados, hipercalóricos e ao mesmo tempo com baixa disponibilidade de micronutrientes ao longo de meses, anos… Como você sugere que estaria a saúde desse paciente? Quais as chances de o paciente estar em obesidade? Quais as chances de estar desnutrido?
Priorizar melhores escolhas alimentares é fundamental no manejo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, como estudado ao longo da Unidade 4 do Livro da Disciplina de Dietoterapia.
Como apresentado na introdução do capítulo da Unidade 4, a obesidade é considerada um grupo heterogêneo de condições com múltiplas causas, que, independente dos diferentes fatores associados, requer excesso de ingestão energética em relação ao gasto para a deposição de gordura corporal. Porém, apesar desse ponto comum, os fatores de predisposição ambientais, comportamentais e genéticos, as manifestações endócrino-metabólicas e a avaliação dos riscos serão individualizados e devem ser norteadores para as decisões da conduta nutricional (CUPPARI, 2002).
A alimentação exerce, de fato, um papel importante na prevenção e tratamento de doenças crônicas, incluindo a obesidade e manifestações da Síndrome Metabólica. A perda de peso ponderal é prescrita para pessoas com obesidade, pois é preciso que haja déficit calórico para que o processo de emagrecimento ocorre, ou seja o padrão alimentar deverá ser, no geral, de menor densidade energética, somados aos incrementos na Taxa de Metabolismo Basal (TMB) pela prática de atividade física. Contudo, a perda de peso deve ser sustentável, em ritmo lento e gradativo, evitando a escassez de macro e micronutrientes.
Evidências científicas apontam a relação inversa entre a ingestão de alimentos in natura e minimamente processados e essas desordens, por isso dietas como a do mediterrâneo são recomendadas. Nesse tipo de padrão alimentar, há abundância de fibras, vitaminas, minerais, gorduras saudáveis e compostos bioativos como os antioxidantes, por isso são considerados padrões de alta densidade nutricional e que possibilitam cumprir aspectos da conduta dietética para obesidade, apresentados ao longo da Unidade de Dietoterapia na Obesidade e Síndrome Metabólica.​
Cientes do papel do nutricionista na prevenção e tratamento da obesidade, conhecer os alimentos e a composição de refeições a partir dos conceitos de densidade energética e densidade nutricional contribui para a atuação na prática clínica.
Nessa etapa do MAPA, convido você a fazer leitura do material complementar que descreve a partir de imagens a comparação de alimentos com alta e baixa densidade calórica. Reflita sobre os desafios de priorizar uma alimentação de alta densidade nutricional e mais baixa densidade energética.
MICALIS, Flávia Gonçalves. Instrumento imagético para orientação nutricional. 2014. 112 f. Dissertação (Mestrado em Nutrição) - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP, 2014.​ (Material disponível na sala do café).
RESPONDA:
Você é o nutricionista clínico da Paciente N.A.L, 29 anos, classificada com  IMC 37 kg/m2 após aferir peso (89 kg) e altura (1,55 m). Em sua avaliação,você também realizou a medida da circunferência da cintura (CC), que é de 95 cm. A paciente trouxe seus exames laboratoriais recentemente realizados a pedido do Endocrinologista, apresentando os seguintes resultados:
Glicemia: 135 mg/dL
Triglicerídeos: 195 mg/dL
Colesterol total: 230 mg/dL
HDL: 35 mg/dL
A paciente se diz sedentária, trabalhando de casa pelo computador. Não faz nenhuma refeição acordar, mas, por volta das 10h relata consumir alguma bolacha recheada ou bolo de pacotinho, pois geralmente tem reuniões estressantes na parte da manhã e, por isso, fica ansiosa, com vontade de comer doce. Geralmente não tem tempo de cozinhar e, como mora sozinha, prefere comer comidas prontas industrializadas, como lasanha congelada e escondidinho de carne, no horário do almoço. Durante o período da tarde, normalmente belisca salgadinhos de pacote e à noite pede comida pronta pelo aplicativo (pizza e lanches com batata frita) e janta no sofá enquanto assiste televisão para desestressar. Costuma trocar a ingestão de água por refrigerante.
Ao perguntar sobre como a paciente tem se sentido, ela relatou que se sente cansada, com dificuldade de memória, com fezes endurecidas e dor ao evacuar, sem disposição para fazer atividades físicas e frustrada por não conseguir emagrecer, apesar de diversas tentativas passadas. Quando você a questionou sobre essa tentativa de emagrecimento, a paciente disse que fazia jejum e apenas 1 refeição ao dia, mas se sentia muito fraca.
Após avaliar cuidadosamente o caso, responda:
1) Qual a hipótese de diagnóstico nutricional da paciente considerando suas medidas antropométricas, seus exames bioquímicos, seus hábitos dietéticos e seus sintomas relatados?
2) Visando um emagrecimento saudável e sustentável, qual a meta de perda de peso você sugeriria para a paciente?
3) Considerando a Dietoterapia proposta pela ABESO e descrita na Unidade 4 do livro da disciplina, indique qual a conduta para o emagrecimento saudável. (Considere as características físicas e químicas; não precisa fazer o cardápio).
4) Ciente da importância da adesão do paciente no plano alimentar e de mudanças comportamentais sustentáveis, quais orientações você faria para a paciente em relação aos seus hábitos, preferências e escolhas alimentares?
5) Considerando seu papel de educação alimentar e nutricional, apresente um material orientativo para a paciente, o qual mostra a diferença entre densidade calórica e densidade nutricional (utilizar imagens para comparação – pode usar imagens da internet).
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