Buscar

Metodologia Hexag para Estudos

Prévia do material em texto

1
ENTRE
ARTES
HiSTÓRiA
DA ARTE
LIVRO
TEÓRICO
CIÊNCIAS HUMANAS
E SUAS TECNOLOGIAS
Caro aluno 
Ao elaborar o seu material inovador, completo e moderno, o Hexag considerou como principal diferencial sua exclusiva metodologia em período integral, 
com aulas e Estudo Orientado (E.O.), e seu plantão de dúvidas personalizado. O material didático é composto por 6 cadernos de aula e 107 livros, totali-
zando uma coleção com 113 exemplares. O conteúdo dos livros é organizado por aulas temáticas. Cada assunto contém uma rica teoria que contempla, 
de forma objetiva e transversal, as reais necessidades dos alunos, dispensando qualquer tipo de material alternativo complementar. Para melhorar a 
aprendizagem, as aulas possuem seções específicas com determinadas finalidades. A seguir, apresentamos cada seção:
De forma simples, resumida e dinâmica, essa seção foi desen-
volvida para sinalizar os assuntos mais abordados no Enem e 
nos principais vestibulares voltados para o curso de Medicina 
em todo o território nacional.
INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS 
Todo o desenvolvimento dos conteúdos teóricos de cada co-
leção tem como principal objetivo apoiar o aluno na resolu-
ção das questões propostas. Os textos dos livros são de fácil 
compreensão, completos e organizados. Além disso, contam 
com imagens ilustrativas que complementam as explicações 
dadas em sala de aula. Quadros, mapas e organogramas, em 
cores nítidas, também são usados e compõem um conjunto 
abrangente de informações para o aluno que vai se dedicar 
à rotina intensa de estudos.
TEORIA
No decorrer das teorias apresentadas, oferecemos uma cui-
dadosa seleção de conteúdos multimídia para complementar 
o repertório do aluno, apresentada em boxes para facilitar a 
compreensão, com indicação de vídeos, sites, filmes, músicas, 
livros, etc. Tudo isso é encontrado em subcategorias que fa-
cilitam o aprofundamento nos temas estudados – há obras 
de arte, poemas, imagens, artigos e até sugestões de aplicati-
vos que facilitam os estudos, com conteúdos essenciais para 
ampliar as habilidades de análise e reflexão crítica, em uma 
seleção realizada com finos critérios para apurar ainda mais 
o conhecimento do nosso aluno.
MULTIMÍDIA
Atento às constantes mudanças dos grandes vestibulares, é 
elaborada, a cada aula e sempre que possível, uma seção que 
trata de interdisciplinaridade. As questões dos vestibulares 
atuais não exigem mais dos candidatos apenas o puro co-
nhecimento dos conteúdos de cada área, de cada disciplina.
Atualmente há muitas perguntas interdisciplinares que abran-
gem conteúdos de diferentes áreas em uma mesma questão, 
como Biologia e Química, História e Geografia, Biologia e Ma-
temática, entre outras. Nesse espaço, o aluno inicia o contato 
com essa realidade por meio de explicações que relacionam 
a aula do dia com aulas de outras disciplinas e conteúdos de 
outros livros, sempre utilizando temas da atualidade. Assim, 
o aluno consegue entender que cada disciplina não existe de 
forma isolada, mas faz parte de uma grande engrenagem no 
mundo em que ele vive.
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS
Um dos grandes problemas do conhecimento acadêmico 
é o seu distanciamento da realidade cotidiana, o que difi-
culta a compreensão de determinados conceitos e impede 
o aprofundamento nos temas para além da superficial me-
morização de fórmulas ou regras. Para evitar bloqueios na 
aprendizagem dos conteúdos, foi desenvolvida a seção “Vi-
venciando“. Como o próprio nome já aponta, há uma preo-
cupação em levar aos nossos alunos a clareza das relações 
entre aquilo que eles aprendem e aquilo com que eles têm 
contato em seu dia a dia.
VIVENCIANDO
Essa seção foi desenvolvida com foco nas disciplinas que fa-
zem parte das Ciências da Natureza e da Matemática. Nos 
compilados, deparamos-nos com modelos de exercícios re-
solvidos e comentados, fazendo com que aquilo que pareça 
abstrato e de difícil compreensão torne-se mais acessível e 
de bom entendimento aos olhos do aluno. Por meio dessas 
resoluções, é possível rever, a qualquer momento, as explica-
ções dadas em sala de aula.
APLICAÇÃO DO CONTEÚDO
Sabendo que o Enem tem o objetivo de avaliar o desem-
penho ao fim da escolaridade básica, organizamos essa 
seção para que o aluno conheça as diversas habilidades e 
competências abordadas na prova. Os livros da “Coleção 
Vestibulares de Medicina” contêm, a cada aula, algumas 
dessas habilidades. No compilado “Áreas de Conhecimento 
do Enem” há modelos de exercícios que não são apenas 
resolvidos, mas também analisados de maneira expositiva e 
descritos passo a passo à luz das habilidades estudadas no 
dia. Esse recurso constrói para o estudante um roteiro para 
ajudá-lo a apurar as questões na prática, a identificá-las na 
prova e a resolvê-las com tranquilidade.
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
Cada pessoa tem sua própria forma de aprendizado. Por isso, 
criamos para os nossos alunos o máximo de recursos para 
orientá-los em suas trajetórias. Um deles é o ”Diagrama de 
Ideias”, para aqueles que aprendem visualmente os conte-
údos e processos por meio de esquemas cognitivos, mapas 
mentais e fluxogramas.
Além disso, esse compilado é um resumo de todo o conteúdo 
da aula. Por meio dele, pode-se fazer uma rápida consulta 
aos principais conteúdos ensinados no dia, o que facilita a 
organização dos estudos e até a resolução dos exercícios.
DIAGRAMA DE IDEIAS
© Hexag SiStema de enSino, 2018
Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino, São Paulo, 2023
Todos os direitos reservados.
Coordenador-geral
Murilo de Almeida Gonçalves
reSponSabilidade editorial, programação viSual, reviSão e peSquiSa iConográfiCa
Hexag Editora
editoração eletrôniCa
Letícia de Brito
Matheus Franco da Silveira
projeto gráfiCo e Capa
Raphael de Souza Motta
imagenS
Freepik (https://www.freepik.com)
Shutterstock (https://www.shutterstock.com)
Pixabay (https://www.pixabay.com)
Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legislação, tendo 
por fim único e exclusivo o ensino. Caso exista algum texto a respeito do qual seja necessária a in-
clusão de informação adicional, ficamos à disposição para o contato pertinente. Do mesmo modo, 
fizemos todos os esforços para identificar e localizar os titulares dos direitos sobre as imagens pub-
licadas e estamos à disposição para suprir eventual omissão de crédito em futuras edições.
O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra é usado apenas para fins didáticos, não rep-
resentando qualquer tipo de recomendação de produtos ou empresas por parte do(s) autor(es) e da editora.
2023
Todos os direitos reservados para Hexag Sistema de Ensino.
Rua Luís Góis, 853 – Mirandópolis – São Paulo – SP
CEP: 04043-300
Telefone: (11) 3259-5005
www.hexag.com.br
contato@hexag.com.br
ENTRE ARTES
HISTÓRIA DA ARTE 
AULA 1: A ARTE PRÉ-HISTÓRICA 004
AULA 2: A ARTE NA ANTIGUIDADE: EGITO E MESOPOTÂMIA 009
AULA 3: ANTIGUIDADE CLÁSSICA: A ARTE GREGA I 014
AULA 4: ANTIGUIDADE CLÁSSICA: A ARTE GREGA II 018
SUMÁRIO
4  CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias



 V
O
LU
M
E 
 1
Denominamos como arte pré-histórica a produção de arte-
fatos feitos com ossos ou pedras, esculturas de pedra ou de 
metais variados e também pinturas e gravuras rupestres rea-
lizadas em cavernas, grutas ou até mesmo em rochas exter-
nas, ao ar livre. Tal produção abarca os períodos conhecidos 
como Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais.
É importante ressaltar que, para os povos que viveram na 
pré-história, o conceito de arte não existia. Essa concepção 
foi atribuída no século XIX quando as primeiras cavernas 
paleolíticas foram localizadas em regiões da França e da Es-
panha (embora, em séculos anteriores, já tivessem sido en-
contrados registros rupestres na Ásia, na Oceania, na África, 
na América e até em outras regiões da Europa, mas sem que 
se atribuísse a eles importância artística e histórica).
De tudo o que foi produzido nesse período, destacam-se as 
pinturas e gravuras rupestres,que eram realizadas por meio 
de grafismos, em geral, reconhecíveis, com predominância 
de figuras zoomórficas (de animais) e antropomórficas (de 
humanos). Pontualmente, surgiam também grafismos não 
bem determinados, que pareciam remeter a alguma expe-
riência ritualística.
Por serem povos de tradição oral, não possuímos registros 
seguros das motivações para o desenvolvimento dessas 
imagens. No entanto, é possível afirmar que elas registra-
riam dados da experiência cotidiana desses povos (em suas 
atividades de caça por sobrevivência, por exemplo). Também 
é possível notar uma evolução no que diz respeito ao refina-
mento e domínio técnico na produção de imagens que, com 
o passar do tempo, passaram a registrar cenas domésticas, 
rituais (que revelam conexões com futuras experiências de 
dança e representação teatral) e até mesmo figuras com 
grandes marcas de abstração.
1. Período paleolítico
Também conhecido como “Idade da Pedra Lascada”, o perí-
odo Paleolítico é um dos mais longos de nossa história. Sua 
duração é estimada entre 3 milhões de anos a 10 mil anos 
atrás. Ela é didaticamente subdividida da seguinte maneira:
 § Paleolítico inferior (até 300 mil anos atrás)
 § Paleolítico superior (de 300 mil a 10 mil anos atrás)
No Paleolítico inferior, a produção dos antepassados do Homo 
sapiens consistia em objetos feitos de pedra lascada, ossos, 
madeira e, em regiões específicas, marfim. Os homens desse 
período costumavam viver em grupos nômades e domina-
vam o fogo (embora nem sempre conseguissem produzi-lo).
No Paleolítico superior, os grupos humanos começaram a 
viver em cavernas e, como consequência disso, passaram a 
realizar pinturas nas paredes e rochas dessas cavernas (em 
algumas localidades, até no teto das cavernas). As imagens 
costumavam ser sobrepostas, sem espaçamento definido en-
tre elas, ou mesmo sem uma aparente organização ou orde-
nação. É nesse período que encontramos um grande volume 
de pinturas que retratam animais isolados ou envolvendo 
figuras humanas em ações de caça. Na maioria dos casos 
vemos registros de bisões, cervos, leões, rinocerontes e ca-
valos. Para alguns pesquisadores, o registro desses animais 
em ações de caça, para além de ser um mero retrato de uma 
experiência cotidiana, apresentava uma função mística, uma 
vez que o homem pré-histórico parecia crer que, ao registrar 
um animal sendo abatido por ele em um desenho, isso tam-
bém aconteceria posteriormente em uma situação real. 
É importante considerarmos também que, pelo fato de a 
linguagem oral não estar completamente desenvolvida, a 
movimentação corporal e a mimese (imitação da natureza) 
tornavam-se elementos também constitutivos dos processos 
comunicativos, precedendo aquilo que seriam as experiências 
estéticas da dança e do teatro. Também encontramos nesse 
período os primeiros instrumentos musicais que, seguindo o 
parâmetro da mimese, pareciam tentar imitar os sons exis-
tentes na natureza.
1.1. Dimensão estética
1.1.1. Pintura
Os registros rupestres do Paleolítico eram realizados com 
pigmentos minerais obtidos a partir da mistura de partícu-
las em pó (rochas trituradas ou ossos carbonizados) com 
algum tipo de aglutinante (ovos, saliva, gordura animal e, 
pontualmente, sangue). O material utilizado como ferra-
menta de pintura eram os dedos, mas há indícios de uso 
de pincéis rústicos, feitos com pelos e penas de animais. A 
seguir, vemos um registro de animais (bisões) encontrados 
na Caverna de Altamira, na Espanha.
ARTE 
PRÉ-HISTÓRICA
COMPETÊNCIA(s)
4
HABILIDADE(s)
12, 13 e 14
CH
AULA 
1
CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias  5



 V
O
LU
M
E 
1
Autor desconhecido – PinturA ruPestre de bisões nA cAvernA de AltAmirA, esPAnhA (c.15000 A.c.) – Pigmento sobre rochA.
Outra técnica desenvolvida no período foi a da pintura com 
sopro, que consistia em posicionar a mão em uma parede 
e assoprava-se os pigmentos com uma espécie de canudo 
em torno da mão, criando aquilo que os especialistas cha-
mam de pintura em negativo (uma mão com um delineado 
em seu contorno).
ArtistA desconhecido – mãos em negAtivo 
(c.30000 A.c.) – Pigmento sobre rochA
1.1.2. Escultura
As esculturas do período paleolítico eram feitas de rocha. 
Existiam aquelas que, na verdade, eram materiais utilitários 
(instrumentos cortantes e outras ferramentas), e outras que 
eram representações de figuras humanas, feitas possivel-
mente com intenções ritualísticas. Uma das esculturas mais 
conhecidas do período é a Vênus de Willendorf, apresenta-
da a seguir:
ArtistA desconhecido – vênus de Willendorf 
(c.24000 – 22000 A.c.) – cAlcário oolítico
Encontrada em um sítio arqueológico na região de Willen-
dorf, na Áustria, trata-se de uma pequenina estátua de 11 
centímetros, que foi batizada de “Vênus” pelo arqueólogo 
que a encontrou, Josef Szombathy. Ela apresenta uma ca-
beça que é prolongamento do pescoço e, embora seu rosto 
apresente uma ausência de detalhes, o objetivo da imagem 
parece ser o de ressaltar a dimensão de fertilidade da figu-
ra feminina, uma vez que o ventre, os seios e as nádegas 
são mais volumosos.
6  CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias



 V
O
LU
M
E 
 1
2. Neolítico
Também conhecido como “Idade da Pedra Polida”, o pe-
ríodo Neolítico tem sua duração de 10.000 a 4000 a.C., 
e é caracterizado pela grande revolução agrícola, que fez 
com o homem pré-histórico não precisasse mais viver na 
perspectiva do nomadismo, mas, finalmente, pudesse se 
fixar em algum território, desenvolvendo novos modelos de 
moradia. Foi um período marcado também pelo aprimora-
mento dos materiais utilizados em armas e pelo desenvol-
vimento dos trabalhos com a cerâmica, metais e tecelagem.
2.1. Dimensão estética
2.1.1. Pintura
A pintura do Neolítico é marcada por um aprimoramento 
de algumas técnicas, trazendo imagens mais esquemáticas, 
nas quais, com frequência, vemos o registro de cenas com 
muitos humanos em atividades cotidianas e coletivas, de 
base agrícola (plantio e colheita), além de retratarem ritu-
ais de fertilidade. Chama a atenção, o número de registros 
humanos com valorização da movimentação corporal em 
linhas muito próximas à da dança e a do teatro.
ArtistA desconhecido – PinturA ruPestre do 
PlAtô de Ajjer, ArgéliA (c.4500 A.c.)
Na imagem acima, vemos que os registros rupestres mos-
tram seres humanos vivendo em conjunto com animais 
que parecem estar domesticados, indicando tratar-se de 
uma experiência de formação de comunidades agrícolas.
2.1.2. Escultura
Conforme o homem se tornava mais “sedentário” (aban-
donava a dinâmica do nomadismo e passava a estabele-
cer-se de modo fixo em determinados espaços), ele passa-
va a manipular outros tipos de materiais para a construção 
de ferramentas, instrumentos e até objetos estéticos. Desse 
modo, é comum encontrarmos estatuetas feitas com me-
tal, que parecem já serem construídas com maior grau de 
abstração (sem tantos detalhamentos naturalistas) e com 
intenções decorativas.
ArtistA desconhecido – estátuA encontrAdA nA 
sArdenhA, em romA (c.6000 A.c.) - bronze
2.1.3. Arquitetura
Uma das criações arquitetônicas mais fascinantes do pe-
ríodo Neolítico são os monumentos megalíticos, como os 
de Stonehenge, na Inglaterra. Até hoje, não foi possível 
decifrar quais foram as dinâmicas de construção de tais 
monumentos, uma vez que eles não possuíam tecnologias 
modernas de construção.
megAlíticos de stonehenge, nA inglAterrA.
3. Arte pré-histórica no Brasil
O Brasil possui diversos sítios arqueológicos em todas as 
regiões do país (com destaque para os da região Norte e 
Nordeste), onde encontramos diversos registros rupestres, 
além de outros artefatos. Acredita-se que diversos grupos 
étnicos viveram no território brasileiro antes do período de 
colonização, e muitos deles deixaram suas marcas em pin-
turas parietais.
ArtistA desconhecido – grAvurA ruPestre 
CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias  7



 V
O
LU
M
E 
1
Aplicando para aprender (A.P.A.)
1. (Unicamp indígenas 2021) Em San Josédel Guaviare, 
400 quilômetros ao sul de Bogotá, esconde-se um dos 
maiores e mais antigos tesouros do país: cerca de 7000 
pinturas rupestres datadas em mais de 10000 anos 
decoram as rochas da região de Serranía de La Lindo-
sa, um dos oito sítios arqueológicos que atravessam a 
Amazônia colombiana.
Durante mais de dois anos de pesquisa e de trabalho 
com comunidades e autoridades locais, foram recolhi-
das evidências para construir um Plano de Ação Arque-
ológico e, então, poder declarar o território como uma 
nova área Arqueológica Protegida da Colômbia. 
As pinturas registram formas de vida e crenças de co-
munidades que habitaram a região. As representações 
conservadas em mais de 60 paredões de pedra mos-
tram práticas de caça e de pesca, rituais religiosos e, 
inclusive, relações sexuais e processos de parto.
A declaração da região como área protegida é um ins-
trumento para salvaguardar o território, pois o objetivo 
não é cuidar apenas dos ecossistemas e da biodiversi-
dade local, mas também da arte rupestre. Dessa forma, 
especialistas puderam definir as atividades que estão 
permitidas e as que estão proibidas na região dos sítios: 
‘’impede-se a mineração e limita-se a construção de in-
fraestrutura pesada, ao mesmo tempo em que estão 
permitidas atividades turísticas guiadas que cumpram 
os parâmetros de cuidado e preservação do lugar.
(AdAPtAdo de Así es lA lindosA, lA joyA ArqueológicA que desde 
AhorA estArá ProtegidA em colombiA. semAnA, 30/05/2018.)
A pesquisa sobre as pinturas rupestres na Serranía de 
La Lindosa sugere que: 
a) a ocupação da Amazônia pelos humanos é mais 
recente do que indicam as pesquisas científicas. 
b) o registro das atividades humanas na região de-
monstra a manutenção dos modos de vida das socie-
dades americanas.
c) o convívio entre animais e seres humanos não im-
pactava a cultura dos povos que habitaram a região. 
d) a ação de políticas públicas é responsável por reco-
nhecer e preservar a cultura da floresta.
2. (Enem 2020) A arte pré-histórica africana foi incon-
testavelmente um veículo de mensagens pedagógicas e 
sociais. Os San, que constituem hoje o povo mais próxi-
mo da realidade das representações rupestres, afirmam 
que seus antepassados lhes explicaram sua visão do 
mundo a partir desse gigantesco livro de imagens que 
são as galerias. A educação dos povos que desconhe-
cem a escrita está baseada sobretudo na imagem e no 
som, no audiovisual.
Kl-zerbo, j. A Arte Pré-históricA AfricAnA, 
in: Ki-zerbo, j. (org.) históriA gerAl dA áfricA, i: 
metodologiA e Pré-históriA dA áfricA. brAsíliA: unesco, 2010.
De acordo com o texto, a arte mencionada é importante 
para os povos que a cultivam por colaborar para o(a) 
a) transmissão dos saberes acumulados. 
b) expansão da propriedade individual. 
c) ruptura da disciplina hierárquica. 
d) surgimento dos laços familiares. 
e) rejeição de práticas exógenas. 
 
3. (Upe-ssa 1 2018) 
Observando os grafismos, assinale a alternativa CORRETA. 
a) Não havia animais nesse período específico. 
b) Essas manifestações culturais não podem ser con-
sideradas arte. 
c) Nada sabemos sobre essas populações humanas. 
d) Inexistiam técnicas para produção de pigmentos. 
e) Há grande relevância histórica e artística. 
4. (Unesp 2017) Examine duas pinturas produzidas na 
Caverna de Altamira, Espanha, durante o Período Pale-
olítico Superior.
8  CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias



 V
O
LU
M
E 
 1
Tais pinturas rupestres podem ser consideradas como 
a) manifestação do primitivismo de povos incapazes 
de representações realistas. 
b) expressão artística infantilizada e insuficiente para 
fornecer qualquer indício sobre a vida na Pré-História. 
c) comprovação do pragmatismo de povos primitivos, 
despreocupados de sua alimentação. 
d) representação, em linguagem visual, dos vínculos 
materiais de um povo com o seu ambiente. 
e) revelação da predominância do pensamento abs-
trato sobre o concreto nos povos pré-históricos. 
 
5. (Uern 2013) As gravuras se referem aos monumentos 
megalíticos, constantes objetos de estudo de arqueólo-
gos e historiadores. Observe.
Acerca dessas formações rochosas misteriosas, devida-
mente arrumadas na natureza por nossos antepassa-
dos, é correto afirmar que 
a) são consideradas monumentos pela sua formação. 
Acredita-se que podem ter surgido durante o período 
Neolítico (Idade da Pedra) e a finalidade de sua exis-
tência não é totalmente conhecida. 
b) muitas eram contempladas e cultuadas pelos re-
ligiosos fundadores da Igreja Católica, que acredi-
tavam em seus poderes esotéricos e na presença de 
relíquias sagradas entre as pedras utilizadas em sua 
construção. 
c) são construções feitas por seres detentores de al-
tos conhecimentos, pois a maioria das pedras chega 
a pesar toneladas. Os templos seriam destinados aos 
alquimistas e magos, donos do conhecimento científi-
co no período Homérico. 
d) algumas são construções de indivíduos solitários, 
conhecidos como menires (em celta significa “pedras 
compridas”) e tinham o objetivo comprovado de abri-
gar as tribos nômades em suas incursões em busca de 
alimento e moradia. 
6. (Enem PPL 2011) Gravuras e pinturas são duas mo-
dalidades da prática gráfica rupestre, feitas com recur-
sos técnicos diferentes. Existem vastas áreas nas quais 
há dominância de uma ou outra técnica no Brasil, o 
que não impede que ambas coexistam no mesmo es-
paço. Mas em todas as regiões há mãos, pés, antropo-
morfos e zoomorfos. Os grafismos realizados em blo-
cos ou paredes foram gravados por meio de diversos 
recursos: picoteamento, entalhes e raspados.
dAntAs, m. Antes: históriA dA Pré-históriA. brAsíliA: ccbb, 2006
Nas figuras que representam a arte da pré-história bra-
sileira e estão localizadas no sítio arqueológico da Ser-
ra da Capivara, estado do Piauí, e, com base no texto, 
identificam-se 
a) imagens do cotidiano que sugerem caçadas, danças, 
manifestações rituais. 
b) cenas nas quais prevalece o grafismo entalhado em 
superfícies previamente polidas. 
c) aspectos recentes, cujo procedimento de datação 
indica o recuo das cronologias da prática pré-histórica. 
d) situações ilusórias na reconstituição da pré-história, 
pois se localizam em ambientes degradados. 
e) grafismos rupestres que comprovam que foram reali-
zados por pessoas com sensibilidade estética. 
 
7. (Enem 2007) 
A pintura rupestre mostrada na figura anterior, que é 
um patrimônio cultural brasileiro, expressa 
a) o conflito entre os povos indígenas e os europeus 
durante o processo de colonização do Brasil. 
b) a organização social e política de um povo indígena 
e a hierarquia entre seus membros. 
c) aspectos da vida cotidiana de grupos que viveram 
durante a chamada pré-história do Brasil. 
d) os rituais que envolvem sacrifícios de grandes dinos-
sauros atualmente extintos. 
e) a constante guerra entre diferentes grupos paleoín-
dios da América durante o período colonial. 
Gabarito
1. D 2. A 3. E 4. D 5. A
6. A 7. C
CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias  9



 V
O
LU
M
E 
1
1. Arte no Egito Antigo
Durante a Antiguidade, a civilização egípcia estendeu-se 
aproximadamente entre os anos de 3500 a.C. e 500 a.C, 
com uma produção artística que ocorreu em um determi-
nado ciclo.
Os egípcios apresentavam uma organização social bas-
tante complexa e fundada em matrizes religiosas. Para a 
grande maioria dos povos, os deuses eram responsáveis 
por tudo o que existia na natureza e pela organização das 
existências. Além disso, eles acreditavam que existia uma 
vida eterna após a morte, a qual era muito mais importante 
que a vida terrena. Tais crenças contribuíram não apenas 
para o modo como seriam organizadas as dimensões so-
ciais e políticas do povo egípcio, mas também sua produ-
ção artística.
Vale ainda ressaltar a importância do território onde essa 
civilização se desenvolveu, no entorno do Rio Nilo, especial-
mente perto de seu delta. Essa proximidade como Rio Nilo 
não apenas favoreceu o desenvolvimento agrícola desses 
povos, mas deu início às relações comercias entre os reinos 
do Baixo Egito e Alto Egito, culminando na unificação dos 
reinos e no consequente início da dinastia dos faraós.
Sobre a arte, podemos dizer que ela engloba o período que 
vai de 2649 a.C. e 1070 a.C, e apresenta uma notável va-
riedade de expressões artísticas, como pinturas (em afres-
cos e papiros), esculturas, cerâmicas e obras arquitetônicas. 
É importante salientar que, nesse período, não havia ainda 
a distinção entre “arte” e “artesanato”, que aparecerá no 
Renascimento. 
Suas obras, em geral, retratavam doutrinas políticas, sociais 
e espirituais, com função dinástica, religiosa e cultural. Ape-
sar de existirem alguns sistemas de regras para produção 
artística, nota-se grande criatividade no desenvolvimento 
de certas obras. 
É muito importante conhecermos as bases artísticas egíp-
cias, pois elas serão altamente influentes para as produ-
ções artísticas gregas e romanas em momento posterior.
1.1. Dimensão estética
1.1.1. Pintura 
A arte pictórica egípcia caracteriza-se por não apresentar 
sistemas equilibrados de proporcionalidade (entenda-se: 
diferença ideal de altura/largura entre as figuras), nem 
noção de perspectiva (recurso gráfico que utiliza o efeito 
visual de linhas convergentes para criar a ilusão de tridi-
mensionalidade do espaço e das formas), trabalhava com 
a peculiar “regra da frontalidade”, que veremos detalhada 
na imagem a seguir. A pintura se concentrava em papiros 
funerários e afrescos realizados, em geral, no interior de 
construções como pirâmides.
ArtistA desconhecido – o túmulo de nAKht (1500 A.c.) - Afresco
A pintura acima é um afresco (aplicação de tintura sobre 
estrutura previamente preparada com pedra ou gesso) que 
retrata a figura central de Nakht em meio a seus súditos.
Sobre a parte estética, é possível reparar que – além de 
não ter perspectiva nem proporcionalidade adequada – se-
guiam uma estética rígida chamada de “regra da frontali-
dade”, na qual o tronco e um dos olhos eram retratados 
de frente para o espectador, enquanto a cabeça e as pernas 
eram vistas de perfil. 
ARTE NA 
ANTIGUIDADE: 
EGITO E 
MESOPOTÂMIA 
COMPETÊNCIA(s)
4
HABILIDADE(s)
12, 13 e 14
CH
AULA 
2
10  CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias



 V
O
LU
M
E 
 1
De acordo com estudiosos, como a arte egípcia estava 
intimamente ligada a experiências dinásticas e religiosas 
(mesmo as relações de trabalho, como a que é vista na 
imagem, estavam conectadas à ideia de servir ao faraó), as 
imagens não deveriam representar as individualidades (a 
criatividade) do artista. As pinturas também não deveriam 
ter um caráter altamente naturalista (o observador não 
deve confundir uma pintura com o indivíduo), ela deveria 
ser explicitamente representativa.
1.1.2. Escultura 
A escultura egípcia foi trabalhada de maneira bastante 
detalhista e naturalista, diferente da pintura. Era comum 
que se encomendassem esculturas que reproduzissem não 
apenas os dados físicos do indivíduo (por exemplo, fisiono-
mia e traços raciais), mas também traços de sua condição 
social. Vejamos a imagem a seguir:
ArtistA desconhecido – escribA sentAdo (2500 A.c.) 
Trata-se de uma das esculturas mais impressionantes da 
arte egípcia. Talhada em calcário fino, conserva até hoje 
sua base constitutiva original (no Louvre, onde está insta-
lada, passou por leve restauração em 1998). O que mais 
chama a atenção é o detalhamento do rosto e do corpo 
(que influenciará muito, mais adiante, a arte grega). Há 
também a preocupação em registrar fielmente o trabalho 
do escriba, com a mão em forma de pinça, como se esti-
vesse segurando um instrumento de escrita, além de um 
documento na mão esquerda.
1.1.3. Arquitetura 
A arquitetura egípcia destacou-se pelo fascinante trabalho 
com construções de pirâmides, esfinges e templos. Esses 
monumentos eram realizados para atestar a grandiosidade 
e a imponência do poder político e religioso dos faraós.
 
ArtistA desconhecido – Pirâmides de quéoPs, quéfren e 
miquerinos, no deserto de gizé (século XXvii– XXviA.c.)
As pirâmides da imagem acima foram construídas a pedido 
dos faraós que dão nome a cada uma das construções, a 
fim de abrigar seus restos mortais. A maior delas, a de Que-
óps, possui 146 metros de altura e ocupa uma superfície 
de 54.300 metros quadrados, revelando o grande domínio 
que os egípcios possuíam da técnica de construção.
 
ArtistA desconhecido – esfinge do fArAó quéfren (século XXviiA.c.)
A imagem acima apresenta uma esfinge que está loca-
lizada próxima às três pirâmides da imagem anterior. A 
gigantesca construção (20 metros de altura e 74 de com-
primento) tenta representar a figura do faraó Quéfren, no 
entanto, a ação erosiva do vento e das areias do deserto 
desgastaram a imagem (o nariz, por exemplo), dando-lhe 
um aspecto misterioso. 
Quanto aos templos, o mais conhecido é o “Templo de 
Luxor”, cujas apresentam um aspecto artístico importante: 
são decoradas com uma espécie de flor de papiro enro-
lada na base (corpo da coluna) e no capitel (a cabeça da 
coluna). Esse tipo de decoração servirá de inspiração para 
a composição de outros modelos de colunas e capitéis que 
veremos na arte grega.
CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias  11



 V
O
LU
M
E 
1
 
ArtistA desconhecido – colunAs do temPlo de luXor (sécXiv - XiiA.c.)
2. Arte na Mesopotâmia
A região chamada de Mesopotâmia (atual Iraque) localiza-
va-se em um vale entre os rios Tigres e Eufrates, no Oriente 
Médio. Foi um espaço ocupado há séculos pelos sumérios, 
assírios, babilônicos e os persas. Em particular, a habilidade 
agrária dos sumérios estabeleceu uma sociedade urbana 
governada por reis com base em um sistema teocrático. 
Também, é importante ressaltar que as tradições políticas, 
religiosas, econômicas, artísticas e arquitetônicas lançariam 
as fundações para a civilização ocidental.
2.1. Dimensão artística x utilitária
Alguns objetos hoje considerados artísticos, tiveram sua 
origem ligada ao campo utilitário, ou seja, eram objetos 
com alguma funcionalidade, em geral, cotidiana. Como 
exemplo, temos os lacres cilíndricos de mármore, que eram 
pequenas peças entalhadas com a escrita cuneiforme ou 
outros desenhos, e que funcionavam como se fossem “ca-
rimbos de autenticidade”. Como os sumérios foram o povo 
que construiu as primeiras redes comerciais, com ligações 
que alcançavam África, Ásia e Europa; era necessário que 
eles tivessem algum material para trabalhos administrati-
vos. Alguns lacres cilíndricos também eram utilizados como 
forma de identificação pessoal de figuras importantes da 
sociedade.
ArtistA desconhecido – lAcre cilíndrico de mármore (3000 
A.c.; à esquerdA) e suA imPressão em ArgilA (à direitA).
2.1.1. Arte e religião
A religião era a força motriz da sociedade mesopotâmica 
e a arte e arquitetura sumérias serviam como expressões 
práticas das crenças e dos rituais religiosos. No topo do 
sistema teocrático das cidades-estados sumérias estava o 
deus protetor, o Governante Supremo. O rei, isto é, a pes-
soa responsável por fazer a vontade divina na posição de 
protetor da cidade e de sacerdote (que mediaria as rela-
ções entre deuses e homens). Inclusive, cada cidade sumé-
ria costumava ser construída ao redor de um gigantesco 
templo em forma de torre, denominado “zigurate”.
Durante uma escavação em um zigurate (Zigurate de Ur), no 
ano de 1928, o arqueólogo britânico Sir C. Leonard Woolley 
descobriu um importante complexo funerário de um casal 
real, em que a mulher, conforme dados encontrados um la-
cre cilíndrico, chamava-se Pu-Abi. O casal estava enterrado 
com mais de 75 empregados e com um conjunto significa-
tivo de objetos funerários, como joias, ferramentas, vasos, 
armas, oferendas religiosas, jogos de tabuleiro, instrumentos 
musicais, entre outros objetos. Vejamos alguns a seguir:
 
ArtistA desconhecido – estAtuetA de cordeiro num bosque 
(2600 A.c.) mAdeirA,cobre e outros mAteriAis.
12  CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias



 V
O
LU
M
E 
 1
A estatueta acima pertence a um par de estatuetas fune-
rárias que foram encontradas na tumba real. Elas foram 
batizadas pelo arqueólogo Leonard Woolley com o nome 
acima apresentado. Vemos que se trata de um cordeiro que 
parece estar “em pé”, apoiado em uma árvore. Os chifres, 
sobrancelhas e olhos do animal são feitos com lápis-lazúli 
(uma rocha preciosa). A árvore, o rosto do animal e tam-
bém suas pernas, são partes folheadas com ouro. Além 
disso, há algumas conchas que parecem compor uma pe-
lagem sobre as costas do animal.
 
ArtistAs desconhecidos – estAndArte de ur (c.2600 A.c. – 
2400 A.c.) cAlcário vermelho, conchAs e láPis-lAzúli.
Também encontrado durante as escavações do zigurate 
de Ur, o Estandarte de Ur. Originalmente entendido como 
um quadro bélico (um quadro que traz narrativas ligadas a 
batalhas), é hoje interpretado pelos estudiosos como uma 
caixa para transporte para um instrumento musical. Ain-
da assim, trata-se de uma caixa que possui, em seus dois 
lados, painéis com três faixas horizontais, onde são mos-
tradas cenas de pessoas e animais. Quando lidas de baixo 
para cima, as cenas das faixas contam uma narrativa visu-
al. O primeiro painel (em destaque, acima) é chamado de 
Quadro Bélico e mostra o rei liderando uma batalha com 
seu exército sumério. Há cenas violentas, em que animais 
passam por cima de corpos de soldados derrotados, além 
de uma celebração da vitória desse exército.
Na parte de trás do painel há o chamado Quadro da Paz, 
que retrata o rei e a nobreza celebrando a vitória da guerra 
em um banquete. Eles também são vistos agradecendo aos 
deuses, ao mesmo tempo em que homens entregam os 
espólios de guerra ao rei.
aplicando para aprender (A.P.A.)
1. (Ufg 2008) Observe a imagem:
A pintura egípcia pode ser caracterizada como uma arte 
que 
a) definiu os valores passageiros e transitórios como 
forma de representação privilegiada. 
b) concebeu as imagens como modelo de conduta, 
utilizando-as em rituais profanos. 
c) adornou os palácios como forma de representação 
pública do poder político. 
d) valorizou a originalidade na criação artística como 
possibilidade de experimentação de novos estilos. 
e) elegeu os valores eternos, presentes nos monu-
mentos funerários, como objeto de representação. 
2. (Unesp 2015) A maior parte das regiões vizinhas [da 
antiga Mesopotâmia] caracteriza-se pela aridez e pela 
falta de água, o que desestimulou o povoamento e fez 
com que fosse ocupada por populações organizadas em 
pequenos grupos que circulavam pelo deserto. Já a Meso-
potâmia apresenta uma grande diferença: embora marca-
da pela paisagem desértica, possui uma planície cortada 
por dois grandes rios e diversos afluentes e córregos.
(mArcelo rede. A mesoPotâmiA, 2002.)
A partir do texto, é correto afirmar que 
a) os povos mesopotâmicos dependiam apenas da 
caça e do extrativismo vegetal para a obtenção de 
alimentos. 
b) a ocupação da planície mesopotâmica e das áreas 
vizinhas a ela, durante a Antiguidade, teve caráter se-
dentário e ininterrupto. 
c) a ocupação das áreas vizinhas da Mesopotâmia 
tinha características nômades e os povos mesopotâ-
micos praticavam a agricultura irrigada. 
d) a ocupação sedentária das regiões desérticas re-
presentava uma ameaça militar aos habitantes da 
Mesopotâmia. 
e) os povos mesopotâmicos jamais puderam se se-
dentarizar, devido às dificuldades de obtenção de 
alimentos na região. 
CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias  13



 V
O
LU
M
E 
1
3. (Uem-pas 2022) Sobre a arte egípcia, assinale o que 
for correto. 
01) Nas cidades, especialmente na Ágora, destaca-
vam-se os templos com grandes cúpulas em home-
nagem aos deuses. 
02) As tumbas e as construções mortuárias marcaram 
a arquitetura. 
04) As pirâmides são as construções mais conhecidas 
e foram erguidas para ostentar os poderes político e 
econômico dos faraós. 
08) Nas pinturas, o tronco das figuras humanas era 
desenhado de frente; as pernas, os pés e a cabeça 
eram vistos de perfil. 
16) A pintura e a escultura não obedeciam a regras 
nem a regularidades, embora a maioria das figuras 
incorporasse a perspectiva. 
4. (Uem 2019) Sobre a arte no Egito Antigo, assinale o 
que for correto. 
01) A religião ocupou um papel de grande relevância 
na sociedade egípcia e influenciou profundamente 
sua produção artística. 
02) Os egípcios possuíam objetos de arte que sempre 
lembravam seus feitos e suas atividades diárias, pois, 
para eles, a vida terrena era mais importante que a 
vida após a morte. 
04) Os primeiros faraós foram enterrados em tumbas 
que eram réplicas de suas casas, e as pessoas comuns 
eram enterradas em construções retangulares sim-
ples, que, posteriormente, originaram as pirâmides. 
08) Para a elaboração de suas obras os artistas não 
seguiam padrões e regras, pois imperava a liberdade 
para desenvolver a criatividade e a imaginação pes-
soais, bem como um estilo próprio. 
16) Na pintura e nos baixos-relevos a arte não de-
veria reproduzir a realidade, mas ter um aspecto de 
ilusão, induzindo a percepção do expectador. 
Gabarito
1. E 2. C 3. 02 + 04 + 08 = 14
4. 01 + 04 + 16 = 14
14  CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias



 V
O
LU
M
E 
 1
A Grécia Antiga ou civilização grega é como conhecemos 
a civilização formada pelos gregos no sul da Península Bal-
cânica, civilização essa que se estendeu por outras partes 
do Mediterrâneo, além das Cíclades, pela Ásia Menor e por 
regiões costeiras no Mar Negro. A história grega iniciou-se 
oficialmente naquilo que é chamado de período homérico, 
por volta de 1100 a.C. e estendeu-se até a transformação 
da Grécia em protetorado romano, em 146 a.C.
A história grega é subdividida em cinco períodos criados pe-
los historiadores, sendo o clássico o momento considerado 
o auge da experiência civilizacional grega. Nesse período 
houve grande desenvolvimento das pólis (antigas cidades 
gregas), destacando-se Atenas e Esparta. Os gregos lega-
ram à humanidade uma série de contribuições significativas 
em áreas do conhecimento, como as bases que formaram as 
disciplinas de história, filosofia e literatura; além do teatro.
A arte grega, em seus primórdios, recebeu forte influência 
da produção artística egípcia. Destacam-se as produções 
arquitetônicas (templos) e escultóricas do período. Também 
encontramos pinturas, mas em menores quantidades, mui-
tas vezes restritas a suportes como vasos e ânforas. 
Nessa primeira parte da aula, estudaremos as ordens ar-
quitetônicas gregas e também conheceremos um pouco da 
pintura.
1. As ordens arquitetônicas 
na Grécia antiga 
Na arquitetura grega, as edificações que mais despertaram 
interesse foram os templos, que eram locais utilizados não 
apenas para reunir pessoas para atividades religiosas, mas 
também para proteger de intempéries climáticas (excesso 
de chuva ou sol). Sua construção obedecia a regras bem 
rígidas que foram evoluindo com o passar do tempo, e 
essas mudanças deram origem ao que chamamos de “or-
dens arquitetônicas”, as quais consistiam em modificações 
pontuais na ornamentação e reforço da construção. Apesar 
de serem dotadas de muitos detalhes e complexidades, os 
vestibulares costumam colocar seu foco na ornamentação 
das colunas que sustentam os templos. Vejamos as três 
principais ordens a seguir:
1.1. Ordem dórica 
A ordem dórica surge nas costas do Peloponeso, em mea-
dos do século V a.C. É a mais simples das ordens. Foi muito 
empregada no exterior de templos mais baixos, de caráter 
sólido. 
A coluna não tem base, tem entre quatro a oito módulos 
de altura, o fuste apresenta vinte estrias (sulcos verticais 
na coluna). O capitel é simples, sem ornamentação, e se 
assemelha a uma almofada.
 
(detAlhAmento – colunA dóricA)
ANTIGUIDADE 
CLÁSSICA: 
A ARTE GREGA I
COMPETÊNCIA(s)
4
HABILIDADE(s)
12, 13 e 14
CH
AULA 
3
CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias 15



 V
O
LU
M
E 
1
A maior expressão da ordem dórica e também da arqui-
tetura grega, como um todo, é o Partenon, templo mais 
conhecido da Grécia Antiga, erguido em tributo à deusa 
Atena e localizado no topo da Acrópole, na cidade de Ate-
nas. Foi construído em mármore branco e seus ornamentos 
foram pintados de azul, vermelho e dourado.
 
o PArtenon (447 A.c. – 432 A.c) – AcróPole de AtenAs, gréciA.
1.2. Ordem jônica 
A ordem jónica surge na Grécia oriental por volta de 450 
a.C. (sendo muito usada em Atenas). Durante um bom 
tempo, ela se desenvolveu em conjunto com a ordem dó-
rica, no entanto, suas formas mais fluidas, que traziam um 
aspecto de maior leveza ao monumento, fizeram com que 
fosse mais utilizada do que a ordem antiga. 
 
A coluna possui uma base larga (a dórica não possuía ne-
nhuma base), o fuste é mais detalhado, apresentando vinte 
e quatro sulcos. O capitel apresenta um desenho espirala-
do (como se fossem rolos projetados para os lados).
 
(detAlhAmento – colunA jônicA)
O templo mais expressivo da ordem jônica é o Erecteion, 
erguido em homenagem a Poseidon, Atena e Erecteu. Tam-
bém está localizado na Acrópole em Atenas e foi construí-
do pelo arquiteto Mnesicles.
 
erecteion (421 A.c. – 406 A.c.) - AcróPole de AtenAs, gréciA.
1.3. Ordem coríntia 
A ordem coríntia é característica do final do século V a.C. 
É um estilo predominantemente decorativo. A coluna apre-
senta na base um fuste que é composto por vinte e quatro 
sulco afiados. 
16  CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias



 V
O
LU
M
E 
 1
O capitel da ordem coríntia apresenta uma exuberância 
decorativa que imitavam folhas de uma planta chamada 
acanto. Foi um sistema de ornamentação que, posterior-
mente, foi muito utilizado na arte romana. Também, o teto 
difere da ordem anterior: passa a ser horizontal.
 
(detAlhAmento – colunA coríntiA)
A construção grega mais exemplar da ordem coríntia é o 
Templo de Zeus Olímpico ou Olimpeu. É um dos maiores 
templos gregos já feitos. Sua construção levou sete séculos 
para ser concluída, porém pouco sobrou de sua estrutura 
nos dias de hoje. De suas 104 colunas originais, somente 
15 ainda se mantém de pé atualmente.
 
temPlo de zeus olímPico (vi A.c. – 131 d.c.) 
- centro de AtenAs, nA gréciA.
2. Pintura 
A pintura na Grécia antiga não foi o elemento artístico de 
maior destaque e, como em outras civilizações, apareceu 
como elemento que complementava a arquitetura e a es-
cultura. São muito comuns os grandes painéis pintados 
que recobriam paredes de templos ou outras construções, 
no entanto, a grande maioria dessas pinturas parietais 
acabou sendo destruída junto com os templos dos quais 
faziam parte. 
O maior destaque fica por conta das pinturas realizadas 
em peças de cerâmica, mais especificamente em vasos e 
ânforas. Essas pinturas ficaram conhecidas por valorizarem 
o equilíbrio e a simetria entre os desenhos apresentados e 
o formato curvo dos vasos, além do uso de cores intensas 
que davam maior destaque às imagens.
 
eXéquiAs – ânforA dA áticA com figurAs negrAs (c.540 A.c. – 530 A.c.)
CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias  17



 V
O
LU
M
E 
1
 
leKythoi - cerâmicA gregA em técnicA White ground (c. 470 – 450 A.c.)
As pinturas em ânforas do período arcaico apresentavam 
silhuetas em negro sobre um fundo em geral avermelhado. 
Costumavam retratar a mitologia grega e outros aspectos 
da época, como ritos funerários, competições esportivas, 
trabalhos e feitos heroicos no campo de batalha. Original-
mente, esses objetos eram utilizados em rituais religiosos 
ou mesmo para armazenar água, vinho, azeite e outros 
mantimentos. Com o passar do tempo, devido à qualidade 
e equilíbrio das imagens, passaram a ser entendidos tam-
bém como objetos artísticos.
No período clássico, houve um declínio do interesse pela 
pintura em cerâmica sofreu um grande declínio. A única 
inovação que houve foi a da pintura em técnica White 
ground, que, diferente dos estilos de figuras negras ou ver-
melhas, que se baseavam em tiras de argila para criar figu-
ras, a técnica White Ground empregava tinta e douramento 
em um fundo de argila branca.
18  CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias



 V
O
LU
M
E 
 1
Nessa continuação da aula anterior, vamos estudar a arte 
escultórica grega, que foi uma das produções mais impor-
tantes dessa civilização, gerando referência que seriam 
posteriormente retomadas por futuros movimentos que 
desejavam apresentar uma abordagem dita “clássica”.
Para entendermos a complexidade do desenvolvimento da 
estatuária grega, é necessário que acompanhemos o seu 
desenvolvimento ao longo de determinadas épocas. Vai ser 
possível notar com clareza que o desenvolvimento artístico 
desses povos acompanhou seu desenvolvimento social.
1. A escultura no período 
Arcaico (c.650 – 480 a.C.)
O Período de Arcaico Grego surge a partir do século VIII a.C. 
Por volta do ano 700, os reinos começaram a ser substitu-
ídos por oligarquias e cidades-estados. Nesse período, as 
ligações comerciais marítimas foram restabelecidas entre a 
Grécia e o Egito, aumentando a prosperidade no território 
e facilitando o crescimento da cultura e produção artística.
A escultura grega arcaica era fortemente influenciada pela 
egípcia, bem como por técnicas sírias, especialmente no 
que diz respeito ao caráter simétrico e mais simplificado 
das imagens. Escultores gregos criaram estátuas (em pe-
dra, terracota e bronze) e obras em miniatura (em marfim 
e osso). 
O estilo do período foi dominado por dois arquétipos (mo-
delos) humanos: o jovem nu em pé (kouros) e a menina 
drapeada (kore). Destes, os nus masculinos foram vistos 
como mais importantes.
 
ArtistAs desconhecidos – Kouros (ArquétiPo mAsculino nu) 
e Koré (ArquétiPo feminino com vestido drAPeAdo). 
Os arquétipos gregos clássicos são caracterizados pela si-
metria (equilíbrio entre as dimensões de ombros, braços e 
pernas), com peso de corpo igualmente distribuído sobre 
as duas pernas. Apresentam rigorosa posição frontal, são 
pouco expressivos (feições são mais ), além de um caráter 
estático (não há sensação de movimento).
O Kouros (estátua masculina) é sempre apresentado nu, 
valorizando uma dimensão estética de possível perfeição 
corporal. Já Koré (estátua feminina) é sempre representa-
da vestida (nesse período, a nudez feminina era encarada 
como uma referência problemática à prostituição), com 
algumas variações entre tipos de túnicas e tipos de pente-
ados por ela utilizados.
2. A escultura no período 
Clássico (c.480 – 323 a.C.)
A vitória sobre os persas em 490 – 479 a.C. estabeleceu 
Atenas como a mais forte das cidades-estados gregas. 
Apesar das ameaças externas, ela manteve seu papel cul-
tural de liderança nos séculos seguintes. É durante esse 
contexto que são lançadas as bases para a formação do 
Período Clássico ateniense.
Por volta de 450 a.C., o general Péricles consolidou seu po-
der utilizando o dinheiro público advindo das taxas cobra-
das a seus aliados da Liga Delos, para financiar os artistas 
e pensadores de sua cidade-estado, pagando artistas para 
construírem templos e outros edifícios públicos na cidade. 
Dessa forma, ele poderia ganhar o apoio do povo distri-
buindo muitos trabalhos e, ao mesmo tempo, aumentar o 
prestígio de Atenas, assim como o seu próprio, com a cons-
trução de tais obras grandiosas.
ANTIGUIDADE 
CLÁSSICA: 
A ARTE GREGA II
COMPETÊNCIA(s)
4
HABILIDADE(s)
12,13 e 14
CH
AULA 
4
CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias  19



 V
O
LU
M
E 
1
Durante esse período, conhecido também como o “Século 
de Ouro” ou, o “Século de Péricles”, haja vista o enorme 
desenvolvimento econômico e cultural ateniense, tivemos 
um processo criativo que não apenas dominaria a arte ro-
mana futura, mas também a Europa Renascentista 2.000 
anos depois. Tudo isso mesmo com a destruição da maioria 
das pinturas e esculturas.
Durante a era Clássica em sua totalidade, houve uma enor-
me melhoria na habilidade técnicados escultores gregos 
em retratar o corpo humano em uma postura naturalis-
ta, em vez de rígida. A anatomia tornou-se mais precisa e, 
como resultado, as estátuas começaram a parecer muito 
mais realistas. Além disso, o bronze tornou-se o principal 
meio de trabalho independente devido à sua capacidade 
de manter a sua forma, o que permitiu a criação de poses 
ainda mais naturais.
 
crítio – efebo de crítio (c. 485 – 480 A.c.)
Uma das esculturas mais exemplares do período Clássico 
ateniense é o Efebo, atribuído ao escultor Crítio (não se 
sabe ao certo se Crítio seria o verdadeiro autor dessa escul-
tura. Tal conjetura é baseada em semelhanças estilísticas 
com outras obras que sabidamente eram do autor). 
A estátua apresenta características estilísticas marcantes, 
como maior naturalismo e realismo da imagem, anatomia 
corporal mais detalhada, delicado movimento de cabeça, 
ligeira flexão corporal e quebra da simetria clássica (é pos-
sível notar uma “intenção de movimento”, que faz com 
que o peso da estátua seja direcionado para a perna direi-
ta, como vemos na segunda imagem).
A escultura no período 
Helenístico (c.480 – 323 a.C.)
A escultura grega helenística deu prosseguimento à ten-
dência clássica de retratar as imagens com um naturalismo 
cada vez maior. No entanto, os artistas não se sentiam mais 
obrigados a retratar pessoas como ideais de beleza; a sere-
nidade clássica, idealizada dos séculos quinto e quarto, deu 
lugar a um emocionalismo maior, a um realismo intenso e 
a uma dramatização quase barroca do assunto.
 
ArtistA desconhecido 
o gAulês moribundo (c.230 – 220 A.c.) – mármore
A escultura acima, de acordo com pesquisadores, retrata 
um guerreiro gálata (celta da Ásia Menor) vencido e mori-
bundo. Ela deve ter sido esculpida para assinalar a vitória 
do rei de Pérgamo sobre os gálatas, os quais ficaram a par-
tir de então remetidos ao interior do planalto da Anatólia, 
a região onde se encontra atualmente a capital da Turquia, 
Ankara. É possível notar que nela não há uma preocupa-
ção em retratar detalhes de perfeição corporal, mas sim 
em demonstrar o sofrimento de um soldado derrotando, 
intensificando o caráter dramático da peça.
aplicando para aprender (A.P.A.)
1. (Famerp 2020) Observe as três ordens da arquitetura 
grega clássica.
20  CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias



 V
O
LU
M
E 
 1
As três colunas correspondem, respectivamente, aos 
estilos: 
a) dórico, jônico e coríntio. 
b) jônico, gótico e românico. 
c) românico, coríntio e dórico. 
d) gótico, dórico e barroco. 
e) coríntio, barroco e gótico. 
2. (Ufsm 2012) Observe as imagens:
 
Com base nas gravuras, reflita a respeito da Antiguida-
de Clássica e analise as afirmativas a seguir.
I. A Civilização Grega não sofreu influência dos egípcios 
nem dos povos do Oriente Médio. Sua cultura esgotou-se 
entre os gregos e sua originalidade foi reconhecida ape-
nas com o Renascimento Cultural.
II. A arte do período clássico evidenciou o ideal grego 
de harmonia e equilíbrio, percebido tanto na represen-
tação da figura humana quanto no projeto de sociedade, 
a pólis.
III. A arte do período helenístico expressou uma dramati-
cidade que pode ser entendida como expressão das ten-
sões do mundo grego da época: a derrocada da pólis au-
tônoma e independente e a formação de grandes reinos.
IV. Ao conquistar e dominar as cidades gregas, o Império 
Romano manteve o seu projeto original (oriundo das cul-
turas itálicas) e ignorou a cultura helênica.
Está(ão) correta(s) 
a) apenas I e II. 
b) apenas II e III. 
c) apenas I, II e III. 
d) apenas III e IV. 
e) apenas IV. 
3. (Espm 2005) "A Olimpíada de Atenas é a chance 
que os gregos pediram a Zeus para expor aos olhos do 
mundo, no curto espaço de 17 dias, uma queixa que já 
dura 2 séculos. A queixa é de furto. E diz respeito aos 
extraordinários frisos de mármore esculpidos por Fídias 
no Partenon - que está entre os 5 dos mais imponentes 
monumentos ainda preservados da Antiguidade clássi-
ca. Os mármores de Elgin, assim é chamada a preciosi-
dade, duvidoso tributo ao homem que a surrupiou em 
1836, e olimpicamente a despachou para casa - isto é, 
para a Inglaterra. Desde 1816 elas repousam no British 
Museum".
 
O texto menciona o Partenon, cuja imagem você pode 
ver neste exercício. Sobre o Partenon é correto afirmar 
que: 
a) Foi erguido nos tempos homéricos, estando sua cons-
trução descrita na Ilíada e na Odisseia; 
b) Foi um conjunto arquitetônico erguido durante o perí-
odo arcaico, sendo sua construção descrita por Homero; 
c) Foi um conjunto arquitetônico mandado construir por 
Péricles, no período clássico, com obras de Fídias, um dos 
maiores escultores daquele tempo; 
d) Foi um conjunto arquitetônico mandado construir por 
Alexandre da Macedônia e representava o estilo gran-
dioso da arquitetura helenística; 
e) Foi um conjunto arquitetônico mandado construir 
pelos romanos, quando a região da Grécia sofreu forte 
influência da arquitetura dos etruscos. 
4. (Uem-pas 2021) Sobre a arte na Grécia antiga, assi-
nale o que for correto. 
01) As louças e os vasos eram decorados principal-
mente com temas alusivos aos deuses. 
02) A tentativa de representar o movimento do corpo 
humano já se fazia presente nas esculturas. 
04) A proporção áurea foi utilizada em diversas es-
culturas gregas. 
08) Nas colunas dos edifícios gregos, identificam-se 
três ordens arquitetônicas: a dórica, a jônica e a co-
ríntia. 
16) São consideradas importantes contribuições do 
período o uso dos arcos, dos vitrais e dos mosaicos 
na arquitetura e a reprodução de retratos de perso-
nalidades na escultura. 
5. (Uem-pas 2020) Sobre arte e arquitetura na Antigui-
dade, assinale o que for correto. 
01) Tanto na Grécia quanto no Egito a principal 
função da arte era retratar cenas do cotidiano dos 
deuses considerando os conceitos de proporção e de 
perspectiva. 
02) O Partenon foi construído em homenagem à deu-
sa Atena; possui colunas da ordem dórica, e o princi-
pal escultor do templo foi Fídias. 
04) A simetria é uma das características mais eviden-
tes dos templos gregos; tanto o pórtico de entrada 
quanto o dos fundos são muito semelhantes. 
CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias  21



 V
O
LU
M
E 
1
08) As esculturas gregas, na maioria das vezes, eram 
representações de deuses, aos quais se associavam 
valores como a virilidade e a beleza. 
16) As esculturas gregas do período clássico, nas 
quais a nudez era considerada natural, ainda não 
tentavam superar a aparência de imobilidade, como 
ocorre com Davi, de Michelangelo. 
6. (Ufpe 1996) As artes foram um ponto de destaque 
na Grécia, sobretudo a Arquitetura, em Atenas, em que 
se destacaram estilos arquitetônicos gregos, represen-
tados pelas figuras a seguir:
 
Em qual das alternativas estão indicados os três estilos? 
a) O dório, o jônio e o coríntio. 
b) O sofista, o platônico e o socrático. 
c) O alexandrino, o maneirista e o barroco. 
d) O dório, o gótico e o alexandrino. 
e) O helênico, o romântico e o helenístico. 
7. (Mackenzie 2020) 
 
A imagem acima da escultura de Doríforo de Policle-
to é uma das mais conhecidas obras da Antiguidade 
Clássica, por traduzir o equilíbrio exato da proporção 
harmônica nas medidas do corpo humano. A arte grega 
livre de imposições ou normas estilísticas, valorizava o 
homem, devido 
a) à cultura de Atenas, responsável pela produção artís-
tica grega, que considerava o homem a medida comum 
de todas as coisas, apesar desse princípio não ser ado-
tado por todas as cidades-estados, como por exemplo, 
Esparta que valorizava as atividades militares. 
b) às suas crenças e práticas religiosas, por acredita-
rem que os deuses habitavam o corpo humano e eram 
representados sob essa condição, aproximando os fiéis 
do transcendental e divino. 
c) ao mito religioso, cultivado e disseminado em todas 
as classes sociais das diversas cidades-estados gregas. 
Acreditava-se que um corpo sãoe perfeito é sempre 
acompanhado por um espírito saudável e sagaz. 
d) ao pensamento helenístico, capaz de criar uma unida-
de cultural em toda a Grécia, superando os paradigmas 
religiosos de outras civilizações da época e passando a 
valorizar o homem e sua capacidade racional de enten-
der o mundo. 
e) ao pensamento aristocrático, que se utilizava da ex-
pressão máxima da beleza humana para se impor sob as 
demais classes sociais, já que o homem era representado 
como um deus, garantindo a submissão do restante da 
sociedade grega. 
Gabarito
1. A 2. B 3. C 4. 01 + 02 + 04 + 08 = 15
5. 02 + 04 + 08 = 14 6. A 7. D
EN
TR
E A
SPA
S - O
BR
A
S LiTER
Á
R
iA
S
LiN
G
U
A
G
EN
S, C
Ó
D
iG
O
S E SU
A
S TEC
N
O
LO
G
iA
S

Mais conteúdos dessa disciplina