Prévia do material em texto
Sprint Rumo à Aprovação CNU Conhecimentos Gerais - Blocos 1 a 7 O ciclo de políticas públicas Conforme o autor Secchi, o ciclo de políticas públicas: “é um esquema de visualização e interpretação que organiza a vida de uma política pública em fases sequenciais e interdependentes”. Na prática, o ciclo de políticas públicas tem uma elevada dinâmica e por isso o ciclo que indicamos aqui na teoria não reflete a real dinâmica de uma política pública. Muitas vezes temos fases simultâneas, sequenciais e interdependentes.. Não há consenso entre os autores, acerca das etapas do ciclo de políticas públicas, mas temos algumas visões mais comuns: Souza entende que o ciclo de políticas públicas é composto pelos seguintes estágios: 1) Definição de agenda 2) Identificação de alternativas 3) Avaliação das opções 4) Seleção das opções 5) Implementação 6) Avaliação (CESPE – TCE-PE – Analista de Gestão) A última etapa do ciclo de políticas públicas é a avaliação, que consiste na mensuração de resultados e de impactos com o propósito de compará-los às metas originais. Para Secchi , o ciclo de políticas públicas é composto pelas seguintes fases: 1) Identificação do problema 2) Formação da agenda 3) Formulação de alternativas 4) Tomada de decisão 5) Implementação 6) Avaliação 7) Extinção Saraiva entende que o ciclo de políticas públicas é composto pelas seguintes fases: 1) Formação da Agenda 2) Elaboração 3) Formulação (Tomada de Decisão) 4) Implementação 5) Execução 6) Acompanhamento 7) Avaliação Howlett e Ramesh entendem que as fases das políticas públicas são as seguintes: 1) Construção da agenda 2) Formulação da política 3) Tomada de decisão 4) Implementação 5) Avaliação Institucionalização das políticas em Direitos Humanos como políticas de Estado. Professor José Wesley Governança pública e sistemas de governança (Decreto nº 9.203, de 22 de novembro de 2017) DECRETO Nº 9.203, DE 22 DE NOVEMBRO DE 2017 Dispõe sobre a política de governança da administração pública federal direta, autárquica e fundacional. Art. 3º São princípios da governança pública: I - capacidade de resposta; II - integridade; III - confiabilidade; IV - melhoria regulatória; V - prestação de contas e responsabilidade; e VI - transparência. Art. 17. A alta administração das organizações da administração pública federal direta, autárquica e fundacional deverá estabelecer, manter, monitorar e aprimorar sistema de gestão de riscos e controles internos com vistas à identificação, à avaliação, ao tratamento, ao monitoramento e à análise crítica de riscos que possam impactar a implementação da estratégia e a consecução dos objetivos da organização no cumprimento da sua missão institucional, observados os seguintes princípios: I - implementação e aplicação de forma sistemática, estruturada, oportuna e documentada, subordinada ao interesse público; II - integração da gestão de riscos ao processo de planejamento estratégico e aos seus desdobramentos, às atividades, aos processos de trabalho e aos projetos em todos os níveis da organização, relevantes para a execução da estratégia e o alcance dos objetivos institucionais; III - estabelecimento de controles internos proporcionais aos riscos, de maneira a considerar suas causas, fontes, consequências e impactos, observada a relação custo-benefício; e IV - utilização dos resultados da gestão de riscos para apoio à melhoria contínua do desempenho e dos processos de gerenciamento de risco, controle e governança. Art. 19. Os órgãos e as entidades da administração direta, autárquica e fundacional instituirão programa de integridade, com o objetivo de promover a adoção de medidas e ações institucionais destinadas à prevenção, à detecção, à punição e à remediação de fraudes e atos de corrupção, estruturado nos seguintes eixos: I - comprometimento e apoio da alta administração; II - existência de unidade responsável pela implementação no órgão ou na entidade; III - análise, avaliação e gestão dos riscos associados ao tema da integridade; e IV - monitoramento contínuo dos atributos do programa de integridade. Integridade pública DECRETO Nº 11.529, DE 16 DE MAIO DE 2023 Institui o Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública Federal e a Política de Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública Federal. Art. 1º Este Decreto dispõe, no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, sobre: I - o Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública Federal; e II - a Política de Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública Federal. Art. 3º Para fins do disposto neste Decreto, considera-se: (Vigência) I - programa de integridade - conjunto de princípios, normas, procedimentos e mecanismos de prevenção, detecção e remediação de práticas de corrupção e fraude, de irregularidades, ilícitos e outros desvios éticos e de conduta, de violação ou desrespeito a direitos, valores e princípios que impactem a confiança, a credibilidade e a reputação institucional; II - plano de integridade - plano que organiza as medidas de integridade a serem adotadas em determinado período, elaborado por unidade setorial do Sitai e aprovado pela autoridade máxima do órgão ou da entidade; e III - funções de integridade - funções constantes nos sistemas de corregedoria, ouvidoria, controle interno, gestão da ética, transparência e outras essenciais ao funcionamento do programa de integridade. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2023/decreto/D11529.htm#art20 Art. 4º São objetivos do Sitai: I - coordenar e articular as atividades relativas à integridade, à transparência e ao acesso à informação; II - estabelecer padrões para as práticas e as medidas de integridade, transparência e acesso à informação; e III - aumentar a simetria de informações e dados nas relações entre a administração pública federal e a sociedade. Art. 5º Compõem o Sitai: I - a Controladoria-Geral da União, como órgão central; e II - as unidades nos órgãos e nas entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional responsáveis pela gestão da integridade, da transparência e do acesso à informação, como unidades setoriais. Art. 10. A Política de Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública Federal compreende a: I - transparência passiva, para garantir a prestação de informações em atendimento a pedidos apresentados à administração pública federal com fundamento na Lei nº 12.527, de 2011; II - transparência ativa, para garantir a divulgação de informações nos sítios eletrônicos oficiais; e III - abertura de bases de dados produzidos, custodiados ou acumulados pela administração pública federal, para promover pesquisas, estudos, inovações, geração de negócios e participação da sociedade no acompanhamento e na melhoria de políticas e serviços públicos. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12527.htm Art. 11. São princípios e objetivos da Política de Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública Federal: I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção; II - amplo acesso da sociedade às informações e aos dados produzidos, custodiados ou acumulados pela administração pública federal e livre utilização desses dados e dessas informações, independentemente de autorização prévia ou de justificativa; III - primariedade, integralidade, autenticidade e atualidade das informações disponibilizadas; IV - tempestividade no provimento de informações; V - utilização de linguagem acessível e de fácil compreensão; VI - ênfase na transparência ativa como forma de atender ao direito das pessoas físicas e jurídicas de terem acesso às informações e aos dados produzidos, custodiadosou acumulados pela administração pública federal; Art. 12. A transparência ativa será realizada por meio da divulgação de dados e informações nos sítios eletrônicos oficiais dos órgãos e das entidades da administração pública federal. Parágrafo único. A ações de transparência ativa de que trata o caput se darão: I - em cumprimento às normas vigentes; II - por demanda ou interesse coletivo ou geral da sociedade; e III - por iniciativa dos órgãos e das entidades. Art. 13. A Controladoria-Geral da União manterá o Portal da Transparência do Poder Executivo Federal para divulgar dados e informações sobre a gestão de recursos públicos e sobre servidores públicos. ÉTICA e INTEGRIDADE. 3.1 Princípios e valores éticos do serviço público, seus direitos e deveres à luz do artigo 37 da Constituição Federal de 1988, e do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal (Decreto nº 1.171/1994). @glaubermarinho_ CNU Subsídios para publicação Decreto 1.171/94: Art. 37, caput, § 4º da Constituição Federal, art. 84, incisos IV e VI; Lei 8429/92 – improbidade administrativa artigos 10,11 e 12; Lei 8112/90 – regime jurídico dos servidores federais artigos116(deveres) e 117(proibições). Princípios básicos L egalidade I mpessoalidade M oralidade – II,III e IV P ublicidade – VII E ficiência Princípios básicos conduta servidor público Profissionalismo (opção – dedicação plena) Imparcialidade Objetividade Excelência Civilidade Decreto 1171/94, Capítulo I Seção I I,VI - DDZEC/ privado II,III,IV - M = F/L Bem-estar! PublicidadeVerdade Ausência Filas CORTE o CUBO Negligência Harmonia Decreto 1171/94, Capítulo I Seção II RAPIDEZ ,RE/PE/TE atribuições/ tarefas Denúncia comunicação prestação de contas/fiscalização materializarhierarquia Greve assíduo /frequente 2 opções Decreto 1171/94, Capítulo I Seção II Limpeza vestimentas Estudos/atualização prerrogativas Divulgar código Decreto 1171/94, Capítulo I Seção III solicitar Simpatia/antipatia tecnologia solidariedade Favorecimento Informação privilegiada reputação procrastinar Decreto 1171/94, Capítulo I Seção III Dar concurso embriaguez desviar alterar iludir retirar CAPÍTULO II -DAS COMISSÕES DE ÉTICA(COMITÊS) DEVER DE CONSTITUIR Competências Censura Servidor Pressupostos - Democracia Liberdade de imprensa – acesso à informação Liberdade de expressão Voto e participação (elegibilidade) Eleições c/ lisura Alternância de poder Transparência Cidadania Latim - Civitas - cidade Conjunto de Direitos( civis, políticos, sociais) Deveres – apropriação e intervenção/transformação espaços Política: organização da pólis Democracia + cidadania = exemplo voto ampliado Tipos Formal(nacionalidade)/legal Material/substantiva/real 3.4 Transparência e qualidade na gestão pública, cidadania e equidade social. No Estado Democrático de Direito em que foram fincados os alicerces fundacionais da República Federativa Brasileira a transparência se constitui em instrumento de efetivação do princípio da publicidade, o qual foi positivado no art. 37, caput, da Carta Magna de 1988. O Tribunal de Contas de Santa Catarina - TCE/SC (2000, p. 14 apud PLATT NETO et al., 2004, p. 03) destaca que o princípio da transparência é mais amplo do que o da publicidade, pois “a mera divulgação sem tornar o conteúdo compreensível para a sociedade não é transparência, como também não o é a informação compreensível sem a necessária divulgação”. Platt Neto et al. (2005) também considera que a definição de transparência é mais abrangente do que a de publicidade porque uma informação pode ter caráter público, sem ser relevante, confiável, tempestiva e compreensível. • http://www.mpce.mp.br/wp-content/uploads/2019/12/ARTIGO-3.pdf http://www.mpce.mp.br/wp-content/uploads/2019/12/ARTIGO-3.pdf ASSISTENTE ADMINISTRATIVA(O) QUADRIX CRP MG 28 No que concerne à ética no serviço público, assinale a alternativa correta. (A) A transparência é pressuposta da cidadania: má-informação conduz a um exercício deficiente de direitos. (B) A transparência na gestão pública não se desenvolve por políticas específicas, mas sim por uma premissa geral de publicidade. (C) Ser transparente é publicar os atos públicos já realizados nos veículos oficiais de imprensa. (D) A transparência não deve se calçar em uma emancipação cidadã. Em lugar de garantir condições de acesso à informação, a informação deve ser proativamente divulgada segundo relevância aferível pelo gestor. (E) A transparência é uma ferramenta que embaraça o poder, pois dificulta o seu exercício. Quadrix - CRESS RO - Agente Administrativo - 2021 30 A ética é o ramo da filosofia que trata das questões sobre como devemos viver e, portanto, sobre a natureza de certo e errado, bem como de bem e mal, dever, obrigação e outros conceitos. Mas para que praticar a ética? Praticar a ética é o meio de se alcançar a felicidade. Ela oferece a trilha para se obter uma vida moralmente boa e, por meio dela, a felicidade. Ser feliz é o resultado do hábito de bem agir. A ética tem a ver com caráter, com aquilo que cada um é, com seus valores. Todos estão sujeitos aos princípios éticos, inclusive os agentes públicos. Agentes públicos são todas as pessoas físicas que, sob qualquer liame jurídico e, algumas vezes, sem ele, prestam serviços à Administração Pública ou realizam atividades que estão sob sua responsabilidade. Exercem função pública que se caracteriza no direito ou dever de agir, atribuído por lei a uma pessoa, ou a várias, a fim de assegurar a vida da Administração ou o preenchimento de sua missão, segundo os princípios instituídos pela própria lei. Os padrões éticos dos agentes públicos advêm de sua própria natureza, ou seja, do caráter público e de sua relação com o público. Os agentes públicos devem seguir determinados padrões de comportamento caracterizados pela ética e pelas normas legais. Acerca desse assunto, assinale a alternativa incorreta. A A falta de ética induz ao descumprimento das leis do ordenamento jurídico. B Os padrões de comportamento na Administração Pública devem ter como fundamento, exclusivamente, as necessidades operacionais, exprimindo-as. https://questoes.grancursosonline.com.br/prova/cress-ro-ro-2021-quadrix-agente-administrativo C Os agentes públicos devem primar pela impessoalidade, deixando claro que o termo é sinônimo de igualdade. D A falta de ética na Administração Pública encontra terreno fértil para se reproduzir, pois o comportamento de autoridades públicas está longe de se basear em princípios éticos, o que ocorre devido à falta de preparo dos funcionários, por cultura equivocada e, especialmente, por falta de mecanismos de controle e responsabilização adequados dos atos antiéticos E A consciência ética, a exemplo da educação e da cultura, é apreendida pelo ser humano e, assim, a ética na Administração Pública pode e deve ser desenvolvida junto aos agentes públicos. Isso gerará uma mudança na Administração Pública que deverá ser sentida pelo contribuinte que dela se utiliza diariamente, seja por meio da simplificação de procedimentos (rapidez de respostas e qualidade dos serviços prestados), seja pela forma de agir e pela forma de contato entre o cidadão e os agentes públicos. Direitos Humanos (CNU) Projeto 80/20 Prof. Matheus Atalanio PARTE I Meio ambiente, desenvolvimento sustentável e mudança climática Prof. Matheus Atalanio Antes de mais nada... Uma palavra “O desenvolvimento do direito internacional do meio ambiente coloca-se dentre os mais significativos das últimas décadas, porquanto, praticamente inexistente até 1972, tornou-se parte central do direito internacional, no contexto pós-moderno, e tema recorrente das negociações e esforços internacional. Desnecessário de regulamentações de caráter tanto frisar o papel interno crucial como deste, desde que se lhe assegure a efetividade institucional e normativa, visando a sobrevivênciada vida no planeta.” (ACCIOLY, Hildebrando; SILVA, G. E. Do Nascimento e & CASELLA, Paulo Borba. Manual de Direito Internacional Público. 24. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019) Meio ambiente e desenvolvimento sustentável Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) Desenvolvimento sustentável e ESG Mudanças climáticas “Mudança climática se refere a transformações de longo prazo nos padrões de temperatura e clima. Essas alterações podem ser naturais, mas desde o século 18 as atividades humanas têm sido a principal causa das mudanças climáticas, principalmente por causa da queima de combustíveis fósseis (como carvão, petróleo e gás), que produzem gases que retêm o calor.” Fonte: Nações Unidas Brasil. Causas das mudanças climáticas • Temperaturas mais altas • Tempestades mais severas •Aumento da seca •Oceano mais quente e maior •Perda de espécies •Problemas relativos à comida •Riscos à saúde •Pobreza e deslocamento Fonte: Nações Unidas Brasil. Efeitos das mudanças climáticas •Geração de energia • Fabricação de produtos •Desmatamento florestal •Uso de transporte •Produção de alimentos • Energia nos edifícios • Excesso de consumo Fonte: Nações Unidas Brasil. Antecedentes em DIMA relevantes para o estudo sobre mudanças climáticas • Declaração de Estocolmo (1972) • Rio-92 (1992) • UNFCCC (1994) • Conferência de Joanesburgo (2002) • Rio+20 (2012) •Acordo de Paris (2015) Linha do tempo As distinções entre o DIP e o DIMA • União histórica • Convenção-parte vs. Convenção-quadro • Método de composição • Hard Law vs. Soft Law • Polêmica: Prof. Malcolm Shaw: “[s]oft Law is not law” Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) • O mundo até a década de 1980 • Potencial catastrófico do aquecimento global • Preocupação da comunidade internacional • IPCC (PNUMA + OMM) • Resolução 53 (XLIII) da AGNU de 1989 indica que o clima passa a ser uma “preocupação comum da humanidade” PARTE II Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH) 3 Prof. Matheus Atalanio Antecedentes do PNDH ❑ Objetivo do Programa - Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) - Dificuldades de concretização dos Direitos Humanos no Brasil - Criação de uma política pública específica para os direitos humanos - Objetiva-se equiparar o desenvolvimento econômico com a qualidade de vida dos brasileiros Antecedentes do PNDH ❑ Criação - A orientação para sua criação é proveniente da Declaração e Programa de Ação de Viena (1993) - Governança global em matéria de Direitos Humanos - Um programa nacional por Estado - Tal criação enseja um respeito à consolidação dos Direitos Humanos - BRASIL adere a tal projeto Conferência de Viena (1993) • O mundo dos anos 1990; • Atuação brasileira destacada na pessoa do Emb. Gilberto Saboya, que presidiu o Comitê de Redação; • Brasil decide instituir o seu Programa Nacional. Atenção – PNDH • Competência administrativa Políticas públicas de implementação de Direitos Humanos é comum a todos os entes federados (Art. 23, X, CRFB/88); PNDH-1 (1996) ❑ A Presidência, à luz do artigo 84, IV da CRFB/88, baixa o Decreto nº 1.904/1996, que institui o PNDH; ❑ Não é vinculante, mas serve como orientação para as políticas governamentais; ❑ Visa dar visibilidade para os Direitos Humanos, além de estipular e coordenar os esforços para superação das dificuldades e implementação dos direitos; ❑ Articulação do governo e da sociedade civil. PNDH-1 (1996) ❑ Volta-se a proteção dos direitos civis ❑ Combate à impunidade e à violência policial ❑ Traz como meta a adesão brasileira a tratados internacionais que versam sobre Direitos Humanos PNDH-2 (2002) ❑ Aprovado pelo Decreto nº 4.229/2002; ❑ Ênfase nos direitos sociais; PNDH-2 (2002) ❑Muitas inovações, como: 1. Reconhecimento e reparação para os familiares das pessoas desaparecidas em razão de participação política; 2. Transferência da justiça militar para a justiça comum dos crimes dolosos contra a vida praticados por policiais militares; 3. Tipificação do crime de tortura; PNDH-2 (2002) ❑Muitas inovações, como: 4. Proposta de emenda constitucional que propunha a reforma constitucional que consolidou a “federalização dos crimes de direitos humanos”, também chamado de Incidente de Deslocamento de Competência (IDC). Com a palavra, André de Carvalho Ramos... “Além da menção ao direito à vida, liberdade e outros direitos civis, o PNDH-2 lançou ações específicas referentes a direitos sociais, como o direito à educação, à saúde, à previdência e assistência social, ao trabalho, à moradia, a um meio ambiente saudável, à alimentação, à cultura e ao lazer, assim como propostas voltadas para a educação e sensibilização de toda a sociedade brasileira para a cristalização de uma cultura de respeito aos direitos humanos.” (RAMOS, André de Carvalho. Curso de Direitos Humanos. 6. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019) Atenção! DIREITOS CIVIS Além dos DIREITOS CIVIS, também os DIREITOS SOCIAIS PNDH-1 PNDH-2 PNDH-3 (2009): contexto ❑ Em 2008, foi organizada pela 11ª Conferência Nacional de Direitos Humanos de 2008; ❑ Lema da Conferência: “Democracia, desenvolvimento e direitos humanos: superando as desigualdades”; ❑ Resultado de vários encontros prévios com membros da sociedade civil e representantes dos poderes públicos; ❑ Deliberações 60-40%; PNDH-3 (2009): surgimento ❑ Apesar de tudo, o governo federal não seguiu todas as disposições referentes ao documento final da Conferência; ❑Mas, ainda assim, foi a base para a criação do PNDH-3 sob a coordenação da Secretaria Especial dos Direitos Humanos; ❑ Logo, foi instituído o PNDH-3 por meio do Decreto nº 7.037/2009. PNDH-3 (2009): estrutura • Seis eixos orientadores • 25 diretrizes • 82 objetivos estratégicos • 521 linhas de ações As diferenças entre os PNDH’s PNDH-3 •Organizado pela SEDH • Eixos orientadores •Diretrizes • Linguagem dos DH com amplitude inédita PNDH-1 e PNDH-2 • Organizados pelo NEV-USP • Ações pretendidas • Linguagem dos DH próxima aos tratados internacionais sobre a temática Críticas ao PNDH-3 ➢ Temas como DESCRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO, LAICIZAÇÃO DO ESTADO, RESPONSABILIDADE SOCIAL DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO, CONFLITOS SOCIAIS NO CAMPO e REPRESSÃO POLÍTICA DA DITADURA MILITAR geraram ampla repercussão negativa ao PNDH-3; ➢Além disso, muitas das ações dependem do Congresso. PNDH-3: resposta do governo e mais polêmicas ➢ Governo editou o Decreto nº 7.177/2010, que providenciou alterações em sete ações e determinou a eliminação de duas no PNDH-3; ➢ O que se pode depreender disso é que o tema dos Direitos Humanos continua sendo extremamente polêmico na sociedade brasileira. Implementação do PNDH-3 ➢ Cada ação estratégica incumbe um ou mais órgãos governamentais do dever de realização da conduta, o que gera um sentimento de maior possibilidade de resultados objetivos; ➢ Além disso, foi criado o Comitê de Acompanhamento e Monitoramento do PNDH-3. Implementação do PNDH-3 ➢ Atenção! O Brasil, inclusive, na Revisão Periódica Universal da situação brasileira, realizada pelo Conselho de Direitos Humanos em 2008, o Brasil comprometeu-se a estabelecer um abrangente instrumento de monitoramento da situação de direitos humanos em toda a Federação. Eixos e Diretrizes do PNDH-3 Eixo I: Interação democrática: entre Estados e sociedade civil 1. Interação democrática como instrumento de fortalecimento da democracia participativa. 2. Fortalecimento dos direitos humanos como instrumento transversal das políticas públicas. 3. Integração e ampliação dos sistemas de informação em direitos humanos e construção de mecanismos de avaliação e monitoramento de sua efetivação. Eixos e Diretrizes do PNDH-3 Eixo II: Desenvolvimento e Direitos Humanos 4. Efetivação de modelo de desenvolvimento sustentável, com inclusão social e econômica, ambientalmente equilibrado e tecnologicamente responsável, cultural e regionalmente diverso, participativo e não discriminatório. 5.Valorização da pessoa humana como sujeito central do processo de desenvolvimento. 6. Promover e proteger os direitos ambientais como direitos humanos, incluindo as gerações futuras como sujeitos de direitos. Eixos e Diretrizes do PNDH-3 Eixo III: Universalizar Direitos em um Contexto de Desigualdades 7. Garantia dos Direitos Humanos de forma universal, indivisível e interdependente, assegurando a cidadania plena. 8. Promoção dos direitos de crianças e adolescentes para o seu desenvolvimento integral, de forma não discriminatória, assegurando seu direito de opinião e participação. 9. Combate às desigualdades estruturais. 10. Garantia da igualdade na diversidade. Eixos e Diretrizes do PNDH-3 Eixo IV: Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência 11. Democratização e modernização do sistema de segurança pública. 12. Transparência e participação popular no sistema de segurança pública e justiça criminal. 13. Prevenção da violência e da criminalidade e profissionalização da investigação de atos criminosos. 14. Combate à violência institucional, com ênfase na erradicação da tortura e na redução da letalidade policial e carcerária. 15. Garantia dos direitos das vítimas de crimes e de proteção das pessoas ameaçadas. 16. Modernização da política de execução penal, priorizando a aplicação de penas e medidas alternativas à privação de liberdade e melhoria do sistema penitenciário. 17. Promoção de sistema de justiça mais acessível, ágil e efetivo, para o conhecimento, a garantia e a defesa dos direitos. Eixos e Diretrizes do PNDH-3 Eixo V: Educação e Cultura em Direitos Humanos 18. Efetivação das diretrizes e dos princípios da política nacional de educação em direitos humanos para fortalecer cultura de direitos. 19. Fortalecimento dos princípios da democracia e dos direitos humanos nos sistemas de educação básica, nas instituições de ensino superior e nas instituições formadoras. 20. Reconhecimento da educação não formal como espaço de defesa e promoção dos direitos humanos. 21. Promoção da educação em direitos humanos no serviço público. 22. Garantia do direito à comunicação democrática e ao acesso à informação para a consolidação de uma cultura em direitos humanos. Eixos e Diretrizes do PNDH-3 Eixo V: Direito à Memória e à Verdade 23. Reconhecimento da memória e da verdade como direito humano da cidadania e dever do Estado. 24. Preservação da memória histórica e a construção pública da verdade. 25. Modernização da legislação relacionada com a promoção do direito à memória e à verdade, fortalecendo a democracia. Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) • O mundo até a década de 1980 • Potencial catastrófico do aquecimento global • Preocupação da comunidade internacional • IPCC (PNUMA + OMM) • Resolução 53 (XLIII) da AGNU de 1989 indica que o clima passa a ser uma “preocupação comum da humanidade” “Preocupação comum (common concern) não deve ser confundida com o patrimônio comum da humanidade (common heritage of mankind). Em contraposição ao patrimônio da humanidade, o conceito de preocupação comum da humanidade não se refere à propriedade sobre os recursos naturais – no sentido de direito soberano de exploração dos recursos naturais pelos estados – tampouco às áreas excluídas da soberania dos estados (como o alto- mar, o espaço extra-atmosférico e a Antártica). Trata- se de considerar o clima como a responsabilidade una que recai sobre a comunidade internacional como todo.” Atenção! (ACCIOLY, Hildebrando; SILVA, G. E. Do Nascimento e & CASELLA, Paulo Borba. Manual de Direito Internacional Público. 24. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019) Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) • Como firmar um compromisso internacional vinculante? • Resolução 212 (XLV) da AGNU estabelece e institui o Comitê Intergovernamental para a Convenção sobre Mudança Climática (Intergovernmental Comittee for a Convention on Climate Change – INC) • O texto foi apresentado em 1992 e entra em vigor em 1994 Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) “A Convenção foi firmada na forma de Convenção-Quadro, assim descrita por apresentar apenas objetivos e obrigações gerais e abstratos. A concretização e a aplicação de seus preceitos não é imediata, dependendo de processo de desenvolvimento contínuo por etapas, a ser conduzido pelas instituições previstas na Convenção, as quais se ocuparão das questões técnicas e práticas de implementação. A COP, formada por representantes dos estados-partes e órgão supremo da Convenção. Fica a cargo desta trabalhar, desenvolver e realizar a Convenção no futuro por meio de suas decisões e propostas de protocolo.” (ACCIOLY, Hildebrando; SILVA, G. E. Do Nascimento e & CASELLA, Paulo Borba. Manual de Direito Internacional Público. 24. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019) Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) Estrutura •Dispositivos introdutórios •Obrigações relativas às emissões de gases •Redução da concentração de gases que contribuem para o aquecimento global e cooperação •Disposições finais Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) Objetivo “Artigo 2º. O OBJETIVO FINAL desta Convenção e de quaisquer instrumentos jurídicos com ela relacionados que adote a Conferência das Partes é o de alcançar, em conformidade com as disposições pertinentes desta Convenção, a estabilização das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera num nível que impeça uma interferência antrópica perigosa no sistema climático. Esse nível deverá ser alcançado num prazo suficiente que permita aos ecossistemas adaptarem-se naturalmente à mudança do clima que assegure que a produção de alimentos não seja ameaçada e que permita ao desenvolvimento econômico prosseguir de maneira sustentável.” Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) Princípios (Art. 3º) • Responsabilidade comum, mas diferenciada • Precaução • Desenvolvimento sustentável • Proibição da discriminação • Cooperação Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) Dificuldade • A Convenção contém preponderantemente meios cooperativos para o atingimento de suas metas. • Complexidade de interesses entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento. • Depende do desenvolvimento de novos mecanismos correlatos. Conferência das Partes (COP) • A Conferência das Partes (COP) é o órgão supremo da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), que reúne anualmente os países Parte em conferências mundiais. Suas decisões, coletivas e consensuais, só podem ser tomadas se forem aceitas unanimemente pelas Partes, sendo soberanas e valendo para todos os países signatários. • Seu objetivo é manter regularmente sob exame e tomar as decisões necessárias para promover a efetiva implementação da Convenção e de quaisquer instrumentos jurídicos que a COP possa adotar. Conferência das Partes (COP) Protocolo de Quioto (1997-2005) • Criado sob os auspícios da 3ª COP. • O objetivo do Protocolo de Quioto, de acordo com o artigo 3º, §1º, é a redução de 5% das emissões de gases que contribuem para o aquecimento global. • Avanço substancial, já que os Estados passam a ter compromissos mais claros e vinculantes. • Só que ainda persistia a dificuldade de implementação do DIMA. Acordo de Paris (2015) Contexto •Na 21ª Conferência das Partes (COP21) da UNFCCC, em Paris, foi adotado um novo acordo com o objetivo central de fortalecer a resposta global à ameaça da mudança do clima e de reforçar a capacidade dos países para lidar com os impactos decorrentes dessas mudanças. •Aprovado pelos 195 países Parte da UNFCCC Acordo de Paris (2015) Objetivo • Reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE) no contexto do desenvolvimento sustentável. Acordo de Paris (2015) Objetivo específico • O compromisso ocorre no sentido de manter o aumento da temperatura média global em bem menosde 2°C acima dos níveis pré-industriais e de envidar esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C acima dos níveis pré- industriais. Acordo de Paris (2015) Metodologia • Para o alcance do objetivo final do Acordo, os governos se envolveram na construção de seus próprios compromissos, a partir das chamadas Pretendidas Contribuições Nacionalmente Determinadas (iNDC). * Atenção * Acordo de Paris (2015) Brasil • Brasil ratifica o Acordo de Paris em 2016 • Com isso, as metas brasileiras deixaram de ser pretendidas e tornaram-se compromissos oficiais → NDC. Acordo de Paris (2015) “A NDC do Brasil comprometeu-se a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005, em 2025, com uma contribuição indicativa subsequente de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 43% abaixo dos níveis de 2005, em 2030. Para isso, o país se comprometeu a aumentar a participação de bioenergia sustentável na sua matriz energética para aproximadamente 18% até 2030, restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas, bem como alcançar uma participação estimada de 45% de energias renováveis na composição da matriz energética em 2030.” (Fonte: sítio eletrônico do MMA) Acordo de Paris (2015) Acordo de Paris (2015) E o financiamento? • O Acordo de Paris determina que os países desenvolvidos deverão investir 100 bilhões de dólares por ano em medidas de combate à mudança do clima e adaptação, em países em desenvolvimento. • Novidade: financiamento entre países em desenvolvimento, chamada “cooperação Sul-Sul”. Acordo de Paris (2015) Especificidades • Tratado internacional celebrado no contexto das mudanças climáticas→ HARD LAW • Celebrado em 2015 • Suas metas passam a ser firmadas em 2020 Projeto 80/20 – CNU Bloco 1 a 7 Weslei Machado @profwesleimachado 2.1 Estado de direito e a Constituição Federal de 1988: consolidação da democracia, representação política e participação cidadã (FGV. 2024) João foi convidado pelo Partido Político Alfa a concorrer ao cargo eletivo de Prefeito do Município Beta. Pouco tempo depois do convite, descobriu-se que João tinha sido condenado pela prática de crime, em sentença penal transitada em julgado, e estava cumprindo pena restritiva de direitos. Nesse caso, à luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que João A perdeu os direitos políticos. B está inabilitado para o exercício de qualquer função pública. C apresenta restrições em sua cidadania, nas acepções ativa e passiva. D embora possa votar, está inelegível, não podendo concorrer a nenhum cargo eletivo. E embora possa votar, está inelegível para concorrer a cargos eletivos na circunscrição territorial em que foi condenado. (FGV. 2024) No início do último ano do seu segundo mandato consecutivo, João, Prefeito do Município Beta, almejava concorrer a um novo mandato à frente do Poder Executivo municipal desse ente federativo ou de ente federativo diverso. Ao se inteirar em relação aos balizamentos estabelecidos na ordem constitucional, João constatou corretamente que ele A está inelegível na próxima eleição municipal, ainda que venha a concorrer em Município diverso. B não pode concorrer a nenhum cargo eletivo nas próximas eleições, qualquer que seja o nível federativo. C na próxima eleição municipal, não pode concorrer mesmo em Município diverso, salvo se se desincompatibilizar nos seis meses anteriores ao término do mandato. D na próxima eleição municipal, somente está inelegível em Beta, ainda que venha a se desincompatibilizar nos seis meses anteriores ao término do mandato. E pode concorrer ao cargo de Chefe do Poder Executivo de Beta, na próxima eleição municipal, caso se desincompatibilize nos seis meses anteriores do mandato. (FGV. 2023) Joana era prefeita do Município Alfa, e Maria, sua filha, pretendia iniciar carreira política concorrendo ao cargo de vereadora do Município Alfa na próxima eleição. Ao tomar conhecimento desse objetivo e temeroso pela grande popularidade de Maria, um partido político de oposição espalhou o boato de que ela não poderia se candidatar pelo fato de sua mãe ser Prefeita do Município. Sobre o referido boato, à luz da sistemática constitucional, assinale a afirmativa correta. A Os parentes dos detentores de mandato eletivo, salvo se candidatos à reeleição, são inelegíveis. B Maria não pode se candidatar no mesmo território em que sua mãe exerce a chefia do Executivo. C O princípio democrático obsta que candidaturas sejam proibidas, deixando de ser avaliadas pelo voto popular. D Os Poderes Executivo e Legislativo são independentes, de modo que a situação de Joana não poderia obstar a candidatura de Maria. (VUNESP. 2023) A cassação de direitos políticos A se dará no caso de cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado. B é vedada constitucionalmente. C se dará no caso de incapacidade civil absoluta. D se dará no caso de improbidade administrativa. E se dará no caso de condenação criminal transitada em julgado. (VUNESP. 2023) A idade mínima exigida como condição de elegibilidade para o cargo de Vereador é de A dezoito anos. B vinte e um anos. C trinta e cinco anos. D trinta anos. E vinte anos. (CEBRASPE. 2023) Pedro foi condenado por improbidade administrativa. Ana teve sua naturalização cancelada por sentença transitada em julgado. A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta com relação aos efeitos da condenação de Pedro e do cancelamento da naturalização de Ana no que se refere aos seus direitos políticos. A Haverá a cassação dos direitos políticos de Pedro e a perda dos de Ana. B Haverá a suspensão dos direitos políticos de Pedro e a perda dos de Ana. C Haverá a suspensão dos direitos políticos de Pedro e de Ana. D Haverá a perda dos direitos políticos de Pedro e de Ana. Projeto 80/20 – CNU Bloco 1 a 7 Weslei Machado @profwesleimachado 2.2 Divisão e coordenação de Poderes da República (FGV. 2023) Maria, Deputada Estadual, constatou que o Governador do Estado editou um decreto que, ao seu ver, não só ultrapassava os balizamentos oferecidos pela Lei Complementar nº X como a afrontava diretamente. Irresignada com esse ato, que reputava flagrantemente dissonante da separação dos poderes, Maria solicitou que sua assessoria analisasse a medida a ser adotada, no âmbito da Assembleia Legislativa, em relação ao ato praticado pelo Governador. A assessoria respondeu corretamente, à luz da sistemática estabelecida na Constituição da República, que a Assembleia Legislativa pode A revogar o decreto, a partir do reconhecimento de sua inconstitucionalidade, por afronta à separação dos poderes. B impedir a efetividade do decreto, embora não possa incursionar no âmbito de sua validade e eficácia. C reconhecer a incompatibilidade do decreto com a Lei Complementar nº X, sustando-o. D declarar a inconstitucionalidade do decreto, o que importa no reconhecimento de sua nulidade. E impetrar mandado de segurança, para que o Poder Judiciário declare a ilegalidade do ato. (FGV. 2023) Com o objetivo de aperfeiçoar o sistema de controle externo no âmbito do Estado Alfa, a Assembleia Legislativa promulgou emenda constitucional dispondo sobre situações específicas em que ocorreria a sua fiscalização sobre atos do Poder Executivo. Essas situações abrangem: 1. a necessidade de autorização prévia da Assembleia Legislativa para a celebração de convênios pelo Poder Executivo; 2. a previsão de recurso hierárquico, direcionado ao Poder Legislativo, para as decisões de indeferimento de licença ambiental pelo Poder Executivo; e 3. a possibilidade de o Poder Legislativo suspender a eficácia dos regulamentos do Poder Executivo, sem prévia decisão do Poder Judiciário, que contrariem a lei. À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar, em relação às três situações descritas na emenda constitucional, que A apenas as situações 2 e 3 são inconstitucionais. B apenas as situações 1 e 2 são inconstitucionais. C apenas a situação 3 é inconstitucional.D apenas a situação 1 é inconstitucional. E as três situações são inconstitucionais. (FGV. 2023) O Estado Delta editou norma exigindo prévia arguição e aprovação pela Assembleia Legislativa do nome indicado pelo Governador do Estado para exercer o cargo de Procurador-Geral do Estado. Consoante jurisprudência do STF, tal norma é A constitucional, porque atende ao princípio da simetria ou paralelismo, em observância à Constituição Federal, e prestigia a autonomia do Estado Delta. B inconstitucional, caso se trate de lei ordinária estadual, mas é constitucional se consistir em emenda à Constituição Estadual. C inconstitucional, por violação ao princípio da separação dos poderes, diante de indevida interferência direta do Poder Legislativo na estrutura hierárquica do Poder Executivo. D constitucional, pois, em tema de controle da administração pública, a norma fomenta o controle legislativo externo, com base no sistema de freios e contrapesos. E constitucional, desde que a norma tenha sido fruto de proposta de emenda à Constituição de iniciativa do Governador do Estado. (FCC. 2022) De acordo com o artigo 60, 4º , da Constituição Federal, constitui cláusula pétrea: A O presidencialismo. B A separação dos Poderes. C O voto censitário e secreto. D O voto obrigatório. E A forma republicana de governo. (CEBRASPE. 2023) Considerando a esfera de independência entre os Poderes do Estado, o princípio da indelegabilidade de atribuições é aquele que reconhece que A é equivocada a expressão tripartição de poderes porque este é uno e, assim, não há que se falar em indelegabilidade. B um órgão só poderá exercer a atribuição de outro quando houver previsão ou, diretamente, quando houver delegação direta por parte do constituinte originário. C não há possibilidade de interpenetração entre os poderes, cabendo a cada qual exercer suas próprias atribuições. D a existência de atribuições típicas ou atípicas constituem exceção ao princípio da indelegabilidade. E há impossibilidade de confusão dentre as atribuições dos Poderes e que era aplicado quando da existência do Poder Moderador. (FGV. 2021) São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, A o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. B o Legislativo, o Administrativo e o Jurídico. C o Legal, o Executivo e o Judiciário. D o Legal, o Administrativo e o Jurídico. E o Legislativo, o Administrativo e o Judiciário. (FGV. 2023) Observe o seguinte caso hipotético: João, Presidente da República foi acusado da prática de crime de responsabilidade, por incorrer em condutas que alegadamente atentaram contra a segurança interna do País. Sobre a situação descrita, à luz da sistemática estabelecida na Constituição da República/88, assinale a afirmativa correta. A O Chefe do Poder Executivo ficará afastado de suas funções a partir da admissão da acusação por dois terços da Câmara dos Deputados. B Caso o Chefe do Poder Executivo sofra a sanção de inabilitação, terá, em sua esfera jurídica, restrições inferiores àquelas afetas à inelegibilidade. C Caso o Chefe do Poder Executivo sofra a sanção de inabilitação, terá, em sua esfera jurídica, restrições idênticas à suspensão dos direitos políticos. D A similitude do procedimento adotado, em relação ao julgamento por infrações penais comuns, restringe-se à admissão da acusação pela Câmara dos Deputados. E A tipologia legal do ilícito que foi imputado ao Chefe do Poder Executivo alcança tanto as condutas praticadas em momento anterior, como em momento posterior à assunção do cargo. (FGV. 2023) O Presidente da República vetou parcialmente o projeto de Lei nº X e o devolveu ao Poder Legislativo. Em relação a algumas medidas procedimentais a serem adotadas na análise do veto, avalie as afirmativas a seguir. I. Os motivos do veto devem ser comunicados ao Presidente da Câmara dos Deputados. II. Na apreciação do veto, a rejeição exigirá o voto da maioria absoluta do total de Deputados e Senadores, sendo os votos computados igualitariamente e em conjunto. III. Deliberando-se pela não manutenção do veto, o projeto será enviado para promulgação pelo Presidente da República. Considerando a sistemática constitucional, está correto o que se afirma em A I, apenas. B II, apenas. C III, apenas. D I e II, apenas. E II e III, apenas. (FGV. 2023) O Presidente da República foi comunicado por um assessor a respeito da necessidade de ser promovida uma reorganização de cargos e órgãos públicos da estrutura da Presidência da República. Afinal, ao ver do assessor, alguns cargos vagos não mais se justificavam, em razão da drástica redução das situações fáticas que ensejavam a atuação dos agentes que estivessem neles lotados. Além disso, alguns órgãos precisariam ser extintos ou realocados na mesma estrutura, de modo a ser melhor aproveitado o potencial de sua atuação. Nenhuma dessas medidas importaria aumento de despesa. Ao ser questionado sobre a possibilidade de algumas dessas medidas serem adotadas por decreto, o advogado respondeu corretamente que, nas circunstâncias indicadas na narrativa, A é possível em relação à extinção dos cargos vagos e à extinção ou à realocação de órgãos. B é possível apenas em relação à extinção dos cargos vagos, não quanto à extinção ou à realocação de órgãos. (FGV. 2023) C é possível apenas em relação à realocação de órgãos, não quanto à extinção, quer de órgãos, quer de cargos vagos. D é possível apenas em relação à extinção dos cargos vagos e à realocação de órgãos, não quanto à extinção destes últimos. E não é possível em nenhuma hipótese, considerando que cargos e órgãos são criados por lei, logo, qualquer modificação há de ser promovida pela lei. (FGV. 2023) Considere que Luísa tem 22 anos, é advogada recém-formada e gostaria de ser Ministra da Casa Civil. Com base na situação hipotética e no disposto na Constituição Federal, é correto afirmar que A precisa estar filiada a algum partido político para tomar posse no cargo de Ministra da Casa Civil. B precisa estar no exercício dos direitos políticos e, se ocupar o cargo desejado, deve apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério. C não preenche todos os requisitos para ocupar o cargo desejado, pois apenas pode ser indicado(a) como Ministra(o) de Estado quem tem mais de 35 anos. D preenche todos os requisitos constitucionais, mas atualmente é impedida de expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos. E não preenche os requisitos exigidos, pois não é formada em Administração e não tem 35 anos. ÉTICA e INTEGRIDADE. 3.1 Princípios e valores éticos do serviço público, seus direitos e deveres à luz do artigo 37 da Constituição Federal de 1988, e do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal (Decreto nº 1.171/1994). @glaubermarinho_ CNU Subsídios para publicação Decreto 1.171/94: Art. 37, caput, § 4º da Constituição Federal, art. 84, incisos IV e VI; Lei 8429/92 – improbidade administrativa artigos 10,11 e 12; Lei 8112/90 – regime jurídico dos servidores federais artigos116(deveres) e 117(proibições). Princípios básicos L egalidade I mpessoalidade M oralidade – II,III e IV P ublicidade – VII E ficiência Princípios básicos conduta servidor público Profissionalismo (opção – dedicação plena) Imparcialidade Objetividade Excelência Civilidade Decreto 1171/94, Capítulo I Seção I I,VI - DDZEC/ privado II,III,IV - M = F/L Bem-estar! PublicidadeVerdade Ausência Filas CORTE o CUBO Negligência Harmonia Decreto 1171/94, Capítulo I Seção II RAPIDEZ ,RE/PE/TE atribuições/ tarefas Denúncia comunicação prestação de contas/fiscalização materializarhierarquia Greve assíduo /frequente 2 opções Decreto 1171/94, Capítulo I Seção II Limpeza vestimentas Estudos/atualização prerrogativas Divulgar código Decreto 1171/94, Capítulo I Seção III solicitar Simpatia/antipatia tecnologia solidariedade Favorecimento Informaçãoprivilegiada reputação procrastinar Decreto 1171/94, Capítulo I Seção III Dar concurso embriaguez desviar alterar iludir retirar CAPÍTULO II -DAS COMISSÕES DE ÉTICA(COMITÊS) DEVER DE CONSTITUIR Competências Censura Servidor Pressupostos - Democracia Liberdade de imprensa – acesso à informação Liberdade de expressão Voto e participação (elegibilidade) Eleições c/ lisura Alternância de poder Transparência Cidadania Latim - Civitas - cidade Conjunto de Direitos( civis, políticos, sociais) Deveres – apropriação e intervenção/transformação espaços Política: organização da pólis Democracia + cidadania = exemplo voto ampliado Tipos Formal(nacionalidade)/legal Material/substantiva/real 3.4 Transparência e qualidade na gestão pública, cidadania e equidade social. No Estado Democrático de Direito em que foram fincados os alicerces fundacionais da República Federativa Brasileira a transparência se constitui em instrumento de efetivação do princípio da publicidade, o qual foi positivado no art. 37, caput, da Carta Magna de 1988. O Tribunal de Contas de Santa Catarina - TCE/SC (2000, p. 14 apud PLATT NETO et al., 2004, p. 03) destaca que o princípio da transparência é mais amplo do que o da publicidade, pois “a mera divulgação sem tornar o conteúdo compreensível para a sociedade não é transparência, como também não o é a informação compreensível sem a necessária divulgação”. Platt Neto et al. (2005) também considera que a definição de transparência é mais abrangente do que a de publicidade porque uma informação pode ter caráter público, sem ser relevante, confiável, tempestiva e compreensível. • http://www.mpce.mp.br/wp-content/uploads/2019/12/ARTIGO-3.pdf http://www.mpce.mp.br/wp-content/uploads/2019/12/ARTIGO-3.pdf ASSISTENTE ADMINISTRATIVA(O) QUADRIX CRP MG 28 No que concerne à ética no serviço público, assinale a alternativa correta. (A) A transparência é pressuposta da cidadania: má-informação conduz a um exercício deficiente de direitos. (B) A transparência na gestão pública não se desenvolve por políticas específicas, mas sim por uma premissa geral de publicidade. (C) Ser transparente é publicar os atos públicos já realizados nos veículos oficiais de imprensa. (D) A transparência não deve se calçar em uma emancipação cidadã. Em lugar de garantir condições de acesso à informação, a informação deve ser proativamente divulgada segundo relevância aferível pelo gestor. (E) A transparência é uma ferramenta que embaraça o poder, pois dificulta o seu exercício. Quadrix - CRESS RO - Agente Administrativo - 2021 30 A ética é o ramo da filosofia que trata das questões sobre como devemos viver e, portanto, sobre a natureza de certo e errado, bem como de bem e mal, dever, obrigação e outros conceitos. Mas para que praticar a ética? Praticar a ética é o meio de se alcançar a felicidade. Ela oferece a trilha para se obter uma vida moralmente boa e, por meio dela, a felicidade. Ser feliz é o resultado do hábito de bem agir. A ética tem a ver com caráter, com aquilo que cada um é, com seus valores. Todos estão sujeitos aos princípios éticos, inclusive os agentes públicos. Agentes públicos são todas as pessoas físicas que, sob qualquer liame jurídico e, algumas vezes, sem ele, prestam serviços à Administração Pública ou realizam atividades que estão sob sua responsabilidade. Exercem função pública que se caracteriza no direito ou dever de agir, atribuído por lei a uma pessoa, ou a várias, a fim de assegurar a vida da Administração ou o preenchimento de sua missão, segundo os princípios instituídos pela própria lei. Os padrões éticos dos agentes públicos advêm de sua própria natureza, ou seja, do caráter público e de sua relação com o público. Os agentes públicos devem seguir determinados padrões de comportamento caracterizados pela ética e pelas normas legais. Acerca desse assunto, assinale a alternativa incorreta. A A falta de ética induz ao descumprimento das leis do ordenamento jurídico. B Os padrões de comportamento na Administração Pública devem ter como fundamento, exclusivamente, as necessidades operacionais, exprimindo-as. https://questoes.grancursosonline.com.br/prova/cress-ro-ro-2021-quadrix-agente-administrativo C Os agentes públicos devem primar pela impessoalidade, deixando claro que o termo é sinônimo de igualdade. D A falta de ética na Administração Pública encontra terreno fértil para se reproduzir, pois o comportamento de autoridades públicas está longe de se basear em princípios éticos, o que ocorre devido à falta de preparo dos funcionários, por cultura equivocada e, especialmente, por falta de mecanismos de controle e responsabilização adequados dos atos antiéticos E A consciência ética, a exemplo da educação e da cultura, é apreendida pelo ser humano e, assim, a ética na Administração Pública pode e deve ser desenvolvida junto aos agentes públicos. Isso gerará uma mudança na Administração Pública que deverá ser sentida pelo contribuinte que dela se utiliza diariamente, seja por meio da simplificação de procedimentos (rapidez de respostas e qualidade dos serviços prestados), seja pela forma de agir e pela forma de contato entre o cidadão e os agentes públicos. Prof.Douglas Gomes @profdouglasgomes DIVERSIDADE einclusão Sãoospassosquefazemocaminho. MarioQuintana 1. DIVERSIDADEEINCLUSÃONASOCIEDADE: Diversidade de sexo, gênero e sexualidade; diversidade étnico-racial; diversidade cultural; Desafios sociopolíticos da inclusão de grupos em situação de vulnerabilidade: 1crianças e adolescentes; [2] idosos; [3] LGBTQIA+; [4] pessoas com deficiências; [5] pessoas em situação de rua; [6] povos indígenas; [7] comunidades quilombolas e demais minorias sociais. ORGANIZAÇÃODAAULA Tópicosqueserãoabordados 1. DIVERSIDADEEINCLUSÃONASOCIEDADE: Diversidade de sexo, gênero e sexualidade; diversidade étnico-racial; diversidade cultural; Desafios sociopolíticos da inclusão de grupos em situação de vulnerabilidade: 1crianças e adolescentes; [2] idosos; [3] LGBTQIA+; [4] pessoas com deficiências; [5] pessoas em situação de rua; [6] povos indígenas; [7] comunidades quilombolas e demais minorias sociais. ORGANIZAÇÃODAAULA Tópicosqueserãoabordados INFORMAÇÕES Importantes 1. O assunto tratado não é pauta política partidária, mas de uma dimensão política da cidadania. Como [futuros] servidores públicos necessitamos compreender e respeitar; 2. É um aspecto vinculado aos direitos humanos, a justiça social e, portanto, é permeado pelo respeito aos valores democráticos; 3. Importante observamos as discussões próprias, ou seja, os conceitos que se refere cada marcador social (características) encontram-se inseridos em um contexto social e político de leitura nas relações sociais; 4. Requer um olhar interseccional, ou seja, que possa contemplar a conexão entre esses marcadores e observar a dinâmica social dos sujeitos frente a esse aspecto. Contextualizando Diversidade: sexo, gênero, sexualidade, étnico-racial e cultural DIVERSIDADE[S] • É um termo usualmente utilizado para mencionar acerca da existência da pluralidade dos indivíduos que são singulares e coletivos; Exemplo:LGBTQIAPN+ / LGBTQIA+. • Assim, somos sujeitos plurais, onde nossas características existem de modo único, de forma dinâmica e interrelacionadas; Exemplo: Estamos vivenciando ciclos de vidas diferentes; somos identificados conforme nossa expressões de gêneros e identidades; nossa raça/cor; nossa etnias;entre outras características que nos compõem. OQUEÉ? Diversidade INTERSECCIONALIDADE Conceito FONTE: https://www.scielo.br/j/ref/a/mbTpP4SFXPnJZ397j8fSBQQ/?format=pdf&lang=pt http://www.scielo.br/j/ref/a/mbTpP4SFXPnJZ397j8fSBQQ/?format=pdf&lang=pt DIVERSIDADE[S] • No entanto, os preconceitos [pré-julgamento com base em ideias estereotipadas] e/ou as discriminações [ação violenta contra alguém que não é visto dentro de um padrão] almejam apagar as diversidades para promover uma única forma de existir no mundo a partir de determinadosvalores conservadores: Exemplo: Racismo; Capacitismo; Machismo; Homofobia; Transfobia; Aporofobia... • Assim, há um cenário histórico de vulnerabilizações e violências para aqueles/as que não participam daquilo que foi repassado de gerações para gerações como “normal”. No entanto, as sociedades mudam com o tempo e há alterações sobre esses paradigmas. OQUEÉ? Diversidade CONCEITO MinoriaSocial • Minoria refere-se a um grupo humano ou social que esteja em uma situação de inferioridade ou subordinação em relação a outro, considerado majoritário ou dominante. Essa posição de inferioridade pode ter como fundamento diversos fatores, como socioeconômico, legislativo, psíquico, etário, físico, linguístico, de gênero, étnico ou religioso. Em outras palavras, minorias são “um grupo não dominante de indivíduos que partilham certas características nacionais, étnicas, religiosas ou linguísticas, diferentes das características da maioria da população”. Ou, também, são “todos os grupos sociais que são considerados inferiores e contra os quais existe discriminação”. • Vale destacar que as minorias nem sempre são, em termos numéricos, em quantidade inferior. Séguin (2002) traz a constatação de que a mulher e os pobres são grupos minoritários, embora sejam a maioria na sociedade. Os idosos correspondem a uma parcela relevante da população mundial (8%),mas é uma minoria. Logo, o fator numérico não é capaz de caracterizar uma minoria e sim a posição de subordinação e inferioridade que se encontra em uma determinada sociedade. FONTE: PAULA CEA, SILVA AP da, BITTAR CML. Vulnerabilidade legislativa de grupos minoritários. Ciênc saúde coletiva [Internet]. 2017Dec;22(12):3841–8. CONCEITO MinoriaSocial • O fato de se encontrarem em uma posição desprivilegiada no seio social faz com que as minorias também estejam em uma condição de vulnerabilidade. Como noção geral, vulnerabilidade consiste em umgrau de suscetibilidade das pessoas em adquirir problemas de saúde. A vulnerabilidade se distingue do risco, pois este são probabilidades ou chances de alguém adoecer ou morrer em razão de um agravo de saúde. “A vulnerabilidade expressa os potenciais de adoecimento, de não adoecimento e de enfrentamento, relacionados a todo e a cada indivíduo”. Compreender a vulnerabilidade não implica em observar quantitativamente aspectos estatísticos e probabilísticos, mas sim analisar de uma forma ampla e universal quaisquestõessociais ouindividuaisafetamsaúdeecomoenfrentá-las. FONTE: PAULA CEA, SILVA AP da, BITTAR CML. Vulnerabilidade legislativa de grupos minoritários. Ciênc saúde coletiva [Internet]. 2017Dec;22(12):3841–8. • “A discriminação pode ser definida como uma ação, omissão ou resposta comportamental que trata de forma diferenciada e negativa pessoas ou grupos sociais que são percebidos como socialmente desvalorizados por receberem atributos estigmatizantes e preconceituosos. Estigma e preconceito são, na realidade, processos similares que envolvem categorização, rotulagem, estereotipagem e rejeição social, podendo acarretar discriminação e exclusão social” (IRIART & CASTELLANOS, 2023). O QUE É? Preconceito, discriminação e estigma FONTE: IRIART, J. A. B., & Castellanos, M. E. P.. (2023). Preconceito, discriminação e exclusão em saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 28(1), 4–4 • De acordo com Melo & Monteiro (2021): o Na atualidade, o estigma significa algo negativo, que precisa ser evitado, e o indivíduo estigmatizado é visto como ameaça à sociedade. Sua identidade é deteriorada por uma ação ou posição social considerada negativa, o que colabora para que o preconceito, a intolerância, o racismo e a discriminação se perpetuem. o Mesmo quando não há vontade de discriminar, distinções, exclusões, restrições e preferências injustas nascem, crescem e se reproduzem, perpetuando estruturas sociais discriminatórias. No Brasil, um país de muitos estigmas e estereótipos, a escola silenciou durante muito tempo sobre essa temática. O objetivo da educação, porém, deve ser exatamente desconstruir estigmas e estereótipos criados ao longo dos séculos, e que colaboram, por exemplo, para a manutenção do racismo. • Reflexão crítica e sensível sobre o cotidiano. O QUE É? Preconceito, discriminação e estigma Padrão de aceitabilidade “Normal” Homens Negros Homossexuais Homens, brancos, ricos, heterossexuais, sem deficiência, cisgêneros... Mulheres Pansexuais Com deficiência AssexuaisTransgêneros EXEMPLO SIMPLIFICADO 1. Sexo biológico: Se refere às características biológicas que o indivíduo possui ao nascer podendo, por exemplo, ser o conjunto de informações cromossômicas (XX/XY), os órgãos genitais (pênis/vagina – órgãos sexuais primários), as capacidades reprodutivas e as características fisiológicas secundárias (ABGLT, S/A, pág. 09) a qual infere que a pessoa pode nascer macho, fêmea ou intersexual (NEUTROIS.COM, [201- ?] apud Aliança Nacional LGBTI, S/A, pág. 18). DIVERSIDADE Sexo, gênero e sexualidade 2. Gênero pode ser definido como aquilo [símbolos, valores, representações, etc] que identifica e diferencia os homens e as mulheres, ou seja, o gênero masculino e o gênero feminino. De acordo com a definição “tradicional” de gênero, este pode ser usado como sinônimo de “sexo”, referindo-se ao que é próprio do sexo masculino, assim como do sexo feminino (MDH, 2018, pág. 10); ▪ Por ser um papel social, o gênero pode ser construído e desconstruído, ou seja, pode ser entendido como algo mutável e não limitado, como define as ciências biológicas. ▪ Análise das relações histórico-sociais x relações de poder. DIVERSIDADE Sexo, gênero e sexualidade 3. SEXUALIDADE: A Organização Mundial de Saúde (OMS) entende a sexualidade como sendo influenciada pela interação de fatores biológicos, psicológicos, sociais, econômicos, políticos, culturais, legais, históricos, religiosos e espirituais. DIVERSIDADE Sexo, gênero e sexualidade DIVERSIDADE Sexo, gênero e sexualidade DIVERSIDADE Étnico-racial • RAÇA: O movimento negro utiliza-se desse termo de forma estratégica, pois assim, consegue valorizar o legado deixado pelos africanos, inclusive, informando como que nas relações sociais brasileiras, algumas características físicas, por exemplo: formato do nariz e da boca, cor da pele, tipo de cabelo, dentre outras, exercem ascendência, intervém e até mesmo, decidem o rumo e o espaço que os sujeitos ocuparão na sociedade (GOMES, 2004, apud SANTOS e MARQUES, 2012). FONTE: SANTOS, Renato Ferreira dos; MARQUES, Ana José. Diversidade étnico-racial: conceitos e reflexões na escola. Disponível em: https://eeh2012.anpuh-rs.org.br/resources/anais/15/1337560631_ARQUIVO_TEXTOANPUH-2012.pdf DIVERSIDADE Étnico-racial • ETNIA: Considerando Santos e Marques (2012) o termo é derivado do grego ethnikos, adjetivo de ethos, e se refere a povo, nação. O conceito de etnia baseado no pensamento de Cashmore (2000), diz respeito a um grupo que possui algum grau de coerência, solidariedade, origens e interesses comuns. Um grupo étnico é mais do que um ajuntamento de pessoas, às pessoas deve ser agregado seu pertencimento histórico e cultural. Gomes (2004) destaca que, “o uso do termo etnia ganhou força para se referir aos ditos povos diferentes: judeus, índios, negros, entre outros”. FONTE: SANTOS, Renato Ferreira dos; MARQUES, Ana José. Diversidade étnico-racial: conceitos e reflexões na escola. Disponível em: https://eeh2012.anpuh-rs.org.br/resources/anais/15/1337560631_ARQUIVO_TEXTOANPUH-2012.pdf DIVERSIDADE Étnico-racial • Assim, o termo “raça” diz respeito aos atributos dispensados a certo grupo e “grupo étnico” se refere a uma resposta original de um povo quando, em alguma situação, se sente marginalizado pela sociedade. • Um vocábulo que passou a ser utilizado no Brasil é a expressão etnicorracial. Seu sentido determina que as tensas relações raciais estabelecidas no país, vão para além das diferenças na corda pele e traços fisionômicos, mas correspondem também à raiz cultural baseada na ancestralidade afro-brasileira que difere em visão de mundo, valores e princípios da origem europeia (Brasil, 2004, p.13-14). • Nesse sentido, raça e etnia são expressões que se fundem no contexto social brasileiro, visto que ambos os termos são carregados de significações e podem determinar o pensamento, a atitude e forma de ser e pensar o mundo e as nuances que o cercam. FONTE: SANTOS, Renato Ferreira dos; MARQUES, Ana José. Diversidade étnico-racial: conceitos e reflexões na escola. Disponível em: https://eeh2012.anpuh-rs.org.br/resources/anais/15/1337560631_ARQUIVO_TEXTOANPUH-2012.pdf DIVERSIDADE Cultural DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE A DIVERSIDADE CULTURAL 2002 DIVERSIDADE Cultural DECLARAÇÃO UNIVERSAL SOBRE A DIVERSIDADE CULTURAL 2002 DIVERSIDADE Cultural • O Estado nacional é pluriétnico e multicultural e todo o direito, em sua elaboração e aplicação, tem esse marco como referência: ❑ A princípio do resultado de exercício hermenêutico, tal compreensão, na atualidade, está reforçada por vários documentos internacionais dos quais o Brasil é signatário, merecendo destaque a Convenção 169, da OIT, a Convenção sobre a Proteção e a Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, ambas já integrantes do ordenamento jurídico interno, e, mais recentemente, a Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas (PEREIRA, 2008). FONTE: PEREIRA, Deborah Duprat Macedo de Britto. O direito sob o marco da plurietnicidade/multiculturalidade. Disponível em: < https://www12.senado.leg.br/publicacoes/estudos- legislativos/tipos-de-estudos/outras-publicacoes/volume-v-constituicao-de-1988-o-brasil-20-anos-depois.-os-cidadaos-na-carta-cidada/educacao-e-cultura-o-direito-sob-o-marco-da- plurietnicidade-multiculturalidade > Acesso em 03 de abril de 2024. DIVERSIDADE Cultural • A noção central, comum a esse conjunto de atos normativos, é a de que, no seio da comunidade nacional, há grupos portadores de identidades específicas e que cabe ao direito assegurar-lhes “o controle de suas próprias instituições e formas de vida e seu desenvolvimento econômico, e manter e fortalecer suas entidades, línguas e religiões, dentro do âmbito dos Estados onde moram”. Assim, a defesa da diversidade cultural passa a ser, para os Estados nacionais, “um imperativo ético, inseparável do respeito à dignidade da pessoa humana” (Ibidem). FONTE: PEREIRA, Deborah Duprat Macedo de Britto. O direito sob o marco da plurietnicidade/multiculturalidade. Disponível em: < https://www12.senado.leg.br/publicacoes/estudos- legislativos/tipos-de-estudos/outras-publicacoes/volume-v-constituicao-de-1988-o-brasil-20-anos-depois.-os-cidadaos-na-carta-cidada/educacao-e-cultura-o-direito-sob-o-marco-da- plurietnicidade-multiculturalidade > Acesso em 03 de abril de 2024. DIVERSIDADE Cultural • Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, [...]; • Art. 216-A. O Sistema Nacional de Cultura, organizado em regime de colaboração, de forma descentralizada e participativa, institui um processo de gestão e promoção conjunta de políticas públicas de cultura, democráticas e permanentes, pactuadas entre os entes da Federação e a sociedade, tendo por objetivo promover o desenvolvimento humano, social e econômico com pleno exercício dos direitos culturais: ❑§ 1º O Sistema Nacional de Cultura fundamenta-se na política nacional de cultura e nas suas diretrizes, estabelecidas no Plano Nacional de Cultura, e rege-se pelos seguintes princípios: I - diversidade das expressões culturais; DIVERSIDADE Cultural INCLUSÃO Conceitos • Significado amplo: “[...] refere-se ao ato ou efeito de incluir”.; • No dicionário Aurélio (2010), o termo inclusão aparece como “abranger, compreender, conter, envolver, pôr ou estar dentro, inserir num ou fazer parte de um grupo”. Associada ao adjetivo social “que diz respeito à sociedade”, também segundo o dicionário, a inclusão social pode ser entendida como um ato de inserir algo na sociedade para que, assim, possa fazer parte dela. • Esse conceito é extremamente vinculado ao seu oposto, a exclusão social, ou seja, para entender como funciona o processo de inclusão, faz-se necessário compreender como deu- se a exclusão. • A inclusão social é uma ação política pela qual uma instituição, que pode ser pública (Estado), organização da sociedade civil e privada, visa alterar um dado estado de exclusão social. FONTE: COSTA, M.I.S., e IANNI, A.M.Z. A dialética do conceito de exclusão/inclusão social. In: Individualização, cidadania e inclusão na sociedade contemporânea: uma análise teórica [online]. São Bernardo do Campo, SP: Editora UFABC, 2018, pp. 75-101. Disponível em: https://books.scielo.org/id/sysng/pdf/costa-9788568576953-04.pdf . https://books.scielo.org/id/sysng/pdf/costa-9788568576953-04.pdf INCLUSÃO Conceitos • Inclusão é um conceito multidimensional, ou seja, engloba várias questões. • Segundo Sawaia (2001), esse é um conceito que permite usar diversos repertórios, desde a concepção de desigualdade, como sendo resultante de uma deficiência ou inadaptação individual, à falta de algo, até mesmo como condição de uma injustiça social. [...] a sociedade exclui para incluir. Essa é uma dialética da própria sociedade. A sociedade exclui para incluir e essa transmutação é condição da ordem social desigual [...]. Todos estamos inseridos de algum modo, nem sempre digno, no circuito reprodutivo das atividades econômicas, sendo a grande maioria da humanidade inserida através da insuficiência e das privações, que se desdobram para fora do econômico. (SAWAIA, 2001, p. 8) FONTE: COSTA, M.I.S., e IANNI, A.M.Z. A dialética do conceito de exclusão/inclusão social. In: Individualização, cidadania e inclusão na sociedade contemporânea: uma análise teórica [online]. São Bernardo do Campo, SP: Editora UFABC, 2018, pp. 75-101. Disponível em: https://books.scielo.org/id/sysng/pdf/costa-9788568576953-04.pdf . https://books.scielo.org/id/sysng/pdf/costa-9788568576953-04.pdf Desafios sociopolíticos Inclusão de grupos vulneráveis PRINCÍPIO DA IGUALDADE A DUDH afirma que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos e que a cada um é dado exercer todos os direitos e liberdades existentes nesse instrumento sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de qualquer outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS 1948 ARTIGO 1. OBRIGAÇÃO DE RESPEITAR OS DIREITOS 1. Os Estados Partes nesta Convenção comprometem-se a respeitar os direitos e liberdades nela reconhecidos e a garantir seu livre e pleno exercício a toda pessoa que esteja sujeita à sua jurisdição, sem discriminação alguma por motivo de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de qualquer outra natureza, origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição social. 2. Para os efeitos desta Convenção, pessoa é todo ser humano. CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE DIREITOS HUMANOS 1969 • Constituição Federal de 1988: ❑ Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: III – Dignidade Humana; ❑ Art. 3º, inciso IV: Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. ❑ Art. 5º [direitos e garantidas fundamentais], inciso XLI e XLII: XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdadesfundamentais; XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei. CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988 DESAFIOS SOCIOPOLÍTICO DA INCLUSÃO [1] Crianças e Adolescentes ❑História nacional marcada por um paradigma menorista; ❑I Código de Menores (1927); ❑II Código de Menores (1979). • Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. • Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. DESAFIOS SOCIOPOLÍTICO DA INCLUSÃO [1] Crianças e Adolescentes Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. Art. 2º Considera-se criança a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. Art. 6º [...] levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. DESAFIOS SOCIOPOLÍTICO DA INCLUSÃO [1] Crianças e Adolescentes Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude. DESAFIOS SOCIOPOLÍTICO DA INCLUSÃO [1] Crianças e Adolescentes ❑ Tráfico de pessoas; ❑ Violência física; ❑ Violência sexual e violência baseada no gênero ❑ Exploração e abuso sexual cometido por atores humanitários (PSEA) ❑ Trabalho Infantil ❑ Recrutamento por grupos criminosos e envolvimento em atos ilícitos; ❑ Falta de acesso à regularização migratória e solicitação de refúgio; ❑ Falta de estrutura/preparo para atendimento de crianças e adolescentes com deficiência; ❑ Criança e Adolescente em situação de rua DESAFIOS DA INCLUSÃO Dados: Violação da cidadania contra crianças e adolescentes DESAFIOS SOCIOPOLÍTICO DA INCLUSÃO [2] Pessoa idosa Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida. § 1º Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares. § 2º Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos. DESAFIOS SOCIOPOLÍTICO DA INCLUSÃO [2] Pessoa idosa Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida. § 1º Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares. § 2º Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos. DESAFIOS SOCIOPOLÍTICO DA INCLUSÃO [2] Pessoa idosa Art. 1º É instituído o Estatuto da Pessoa Idosa, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. Art. 2º A pessoa idosa goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. DESAFIOS SOCIOPOLÍTICO DA INCLUSÃO [2] Pessoa idosa Art. 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar à pessoa idosa, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária; § 2º Entre as pessoas idosas, é assegurada prioridade especial aos maiores de 80 (oitenta) anos, atendendo-se suas necessidades sempre preferencialmente em relação às demais pessoas idosas. Art. 4º Nenhuma pessoa idosa será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei. § 1º É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos da pessoa idosa. DESAFIOS SOCIOPOLÍTICO DA INCLUSÃO [2] Pessoa idosa ❑Etarismo, ageísmo, idadismo; ▪ Descartável e peso social. ❑Exclusão do mercado e a precarização do trabalho; ❑ Desafio para a efetivação dos direitos conquistados; ❑Fragilização dos vínculos familiares e comunitários; ❑Abuso sexual, violência sexual, abuso financeiro, abandono, negligência. DESAFIOS DA INCLUSÃO Dados: Violação da cidadania contra pessoa idosa DESAFIOS SOCIOPOLÍTICO DA INCLUSÃO [3] LGBTQIA+ • Diz respeito à forma como nos sentimos em relação à afetividade e sexualidade. • Os conceitos de homossexualidade, bissexualidade, heterossexualidade e assexualidade são os tipos de orientação sexual. • Esse conceito também é conhecido como orientação afetivo-sexual, uma vez que não diz respeito apenas a sexo. DESAFIOS SOCIOPOLÍTICO DA INCLUSÃO [3] LGBTQIA+ DESAFIOS SOCIOPOLÍTICO DA INCLUSÃO [3] LGBTQIA+ • Identidade de gênero se relaciona com a forma como a pessoa se RECONHECE dentro dos padrões de gênero: feminino e masculino, ou seja, é a forma como cada pessoa sente que é em relação ao gênero masculino e feminino [Ibidem, pág. 12]. ❑ Obs.: Nem todas as pessoas se enquadram na noção binária de homem/mulher, como, por exemplo, pessoas agênero [não se identifique com nenhum desses dois gêneros] e queer; e quem se identifique com ambos os gêneros como os intergêneros, andróginos, bigêneros e crossdresser. Cada sujeito determina a sua própria identidade de gênero DESAFIOS SOCIOPOLÍTICO DA INCLUSÃO [3] LGBTQIA+ 2. TRANSGÊNEROS: Termo genérico [amplo] que vale para qualquer pessoa que se identifique com um gênero diferente ao do sexo de nascimento. 2.1 TRANSEXUAIS: Pessoas que nascem com o sexo biológico diferente do gênero com que se reconhecem. Essas pessoas desejam ser reconhecidas pelo gênero com o qual se identificam, sendo que o que determina se a pessoa é transexual é sua identidade, e não qualquer processo cirúrgico. Existem tanto homens trans quanto mulheres trans/travestis. DESAFIOS SOCIOPOLÍTICO DA INCLUSÃO [3] LGBTQIA+ 2.1. MULHER TRANS/TRAVESTI: É a pessoa do gênero feminino, embora tenha sido designada como pertencente ao sexo/gênero masculino ao nascer. Muitas fazem uso de hormonioterapias, aplicações de silicone e/ ou cirurgias plásticas, porém vale ressaltar que isso não é regra para todas. 2.2. HOMEM TRANS: É a pessoa do gênero masculino, embora tenha sido designada como pertencente ao sexo/gênero feminino ao nascer. Muitos fazem uso de hormonioterapias e cirurgias plásticas. DESAFIOS SOCIOPOLÍTICO DA INCLUSÃO [3] LGBTQIA+ LINK: http://www.mpce.mp.br/wp-content/uploads/2023/06/Guia-LGBTQIA_3edicao-_FINAL_PDF-4X_.pdf