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CONTROLE DE ENDEMIAS AULA 5 Profª Raquel Jaqueline Farion 2 CONVERSA INICIAL Nesta etapa você vai conhecer um pouco de promoção da saúde, uma das áreas mais importantes da atenção básica. Essa temática depende basicamente da participação das pessoas e da comunidade, o que se mostra como um grande desafio, pois implantar ideias e conseguir resultados significativos é o que se espera. Entretanto, nem sempre é o que acontece. Encontrar pessoas que apontem falhas e façam críticas é bem fácil. Porém, raramente encontramos aquelas que queiram buscar soluções e batalhar por elas. Os agentes de saúde são os profissionais com maior vínculo com a comunidade, porque fazem parte dela. Esses profissionais têm vários papéis no controle das endemias. Entretanto, um dos principais é conseguir o envolvimento da comunidade em busca de soluções e participação nas ações realizadas para o controle das doenças. Esperamos que este material auxilie você e sua comunidade na busca por soluções e na implementação de ações que possam melhorar a qualidade de vida das pessoas, além de capacitá-lo a desenvolver ações que contribuam para que as pessoas possam exercer maior controle sobre a própria saúde e sobre o meio ambiente, bem como fazer opções que conduzam a uma saúde melhor. TEMA 1 – PROMOÇÃO DA SAÚDE As pessoas entendem que a promoção da saúde está relacionada à prática de exercícios físicos (Figura 1), alimentação saudável, abandono do tabagismo etc. Entretanto, a promoção da saúde não se restringe ao estilo de vida, mas está relacionada a vários outros fatores da vida de uma pessoa. Durante a 1ª Conferência Internacional de Promoção da Saúde, mais conhecida como Carta de Ottawa, definiu-se que: Promoção da saúde é o nome dado ao processo da capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo. Para atingir um estado de completo bem-estar físico, mental e social os indivíduos e grupos devem saber identificar aspirações, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente. A saúde deve ser vista como um recurso para a vida, e não como objetivo de viver. Nesse sentido, a saúde é um conceito positivo, que enfatiza os recursos sociais e pessoais, bem como as capacidades físicas. Assim, a promoção da saúde não é responsabilidade exclusiva do setor de saúde, e vai para além de um estilo de vida saudável, na direção de 3 um bem-estar global. (World Health Organization, 1986) Figura 1 – Prática de exercícios físicos Crédito: Iconic Bestiary/Shutterstock. A promoção da saúde não se restringe à ausência de doença. O tema relaciona-se a um contexto mais amplo, levando em consideração as condições de vida das pessoas: equilíbrio emocional; condições de moradia; educação; alimentação; renda; ecossistema estável; recursos sustentáveis; justiça social; e equidade (Sícoli; Nascimento, 2003). A promoção da saúde, segundo a Carta de Ottawa, contempla cinco áreas de ação: • concretização de políticas públicas saudáveis; • criação de ambientes saudáveis; • capacitação da comunidade; • desenvolvimento de habilidades individuais e coletivas; e • reorientação de serviços de saúde. A Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) foi lançada em 2006, com o objetivo geral de “promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais” (Brasil, 2006). A Portaria n. 2.446, de 11 de novembro de 2014, redefine a PNPS. Vale ressaltar o trecho que cita que a promoção da saúde necessita da participação de todos os segmentos para atuar nos fatores determinantes das doenças. Art. 5º São diretrizes da PNPS: I - o estímulo à cooperação e à articulação intra e intersetorial para ampliar a atuação sobre determinantes e condicionantes da saúde; II - o fomento ao planejamento de ações territorializadas de promoção da saúde, com base no reconhecimento de contextos locais e respeito às diversidades, para favorecer a construção de espaços de produção 4 social, ambientes saudáveis e a busca da equidade, da garantia dos direitos humanos e da justiça social; (Brasil, 2014) TEMA 2 – DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE (DSS) Para entender promoção da saúde é preciso relacionar os fatores sociais que estão influenciando diretamente a saúde da população, provocando doença, e as consequências para os indivíduos e sistemas de saúde. Os Determinantes Sociais da Saúde (DSS) são fundamentais para direcionar as ações da promoção da saúde com o objetivo de superar as desigualdades sociais e iniquidades em saúde. As ações de promoção da saúde devem ser implantadas principalmente nas comunidades com as piores condições de vida (Brasil, 2021). Os autores Dahlgren e Whitehead (1991) destacam a relação entre os fatores não clínicos e a situação de saúde das pessoas (Figura 2), o que mostra a existência de inter-relações entre os DSS e a saúde, bem como as consequências para os indivíduos. Na primeira faixa da figura estão as condições de saúde relacionadas à posição socioeconômica do indivíduo. O fator renda é essencial, entretanto os fatores culturais podem aparecer através de racismo, preconceito à deficiência, entre outros, que também afetam diretamente a saúde das pessoas. Na segunda faixa estão as condições de vida e de trabalho que afetam a saúde de uma pessoa, por exemplo, um trabalho exaustivo. Na terceira faixa estão as redes sociais e comunitárias que podem influenciar a saúde das pessoas positivamente ou negativamente. Na quarta faixa está o estilo de vida, que influencia diretamente a vida de cada um; a baixa prevalência de atividade física é um exemplo. E por último estão as características de cada pessoa que são fatores relacionados aos problemas de saúde. Contudo, percebe-se que a saúde das pessoas depende de todo o contexto em que elas estão inseridas. Uma maneira de estabelecer essas relações é conhecer o conceito de Determinantes Sociais da Saúde (DSS), que ganha cada vez mais força no campo da saúde pública. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os DSS podem ser definidos como “as condições sociais em que as pessoas vivem e trabalham”, aí incluídos fatores econômicos, ambientais e culturais, entre outros. A relevância dos DSS reflete o reconhecimento de que a saúde de um indivíduo ou de uma população é determinada por elementos que vão muito além 5 do cuidado pessoal e que, por vezes, estão fora de seu raio de ação (Brasil, 2021). Figura 2 – Fatores não clínicos e situação de saúde Fonte: Dahlgren; Whitehead, 1991. Crédito: Riccardo Mayer/Shutterstock; Pavel Svoboda Photography/Shutterstock; Africa Studio/Shutterstock; Anna Berdnik/Shutterstock. TEMA 3 – PROMOÇÃO DA SAÚDE E A PREVENÇÃO DE DOENÇAS Para entender as dimensões prevenção de doenças e promoção da saúde é necessário entender as características demonstradas no Quadro 1. O mais importante é reconhecer qual das duas abordagens está sendo realizada. Conhecer as diferenças é importante para identificar as competências de cada abordagem e compreender que ambas são importantes e podem concorrer no mesmo espaço e tempo (Brasil, 2021). Para entender o significado de cada dimensão de forma mais simples precisamos entender que a prevenção de doenças compreende forças mobilizadas para reduzir a ocorrência de doenças e a promoção da saúde abrange mudanças no modo de vida das pessoas com o intuito de diminuir o risco de doenças (Brasil, 2021). CONDIÇÕES SÓCIO ECONÔMICAS CULTURAIS E AMBIENTAIS CONDIÇÕES DE VIDA E DE TRABALHO REDES SOCIAIS E COMUNITÁRIAS ESTILO DE VIDA IDADE, SEXO, FATORESHEREDITÁRIOS 6 Quadro 1 – Características comparadas da prevenção de doenças e da promoção da saúde Aspectos Prevenção de doenças Promoção da saúde Relação Processo saúde-doença Determinantes sociais Conceito Desencadear uma ação antes que uma doença se instale Instigar, provocar mudanças, motivar Atenção Doenças características Modificações nos determinantes sociais Enfoque Alteração de comportamento Alterações de infraestrutura, politicas, comunidade Instrumentalização Ação pontual de controle da doença Mudança macro Indivíduo Responsável pela mudança Participa das mudanças em conjunto Termos usados Fatores de risco e proteção, “adote estilo de vida mais saudável”, “prevenir é o melhor remédio”, campanhas de prevenção de doenças (Figura 3) Criação de espaços mais saudáveis, qualidade de vida, lazer saudável e sustentável Fonte: Brasil, 2021. 7 Figura 3 – Fitas representativas de campanhas de prevenção de doenças Crédito: Jo Panuwat D/Shutterstock. TEMA 4 – PROMOÇÃO DA SAÚDE E A VIGILÂNCIA EM SAÚDE A vigilância em saúde e a promoção da saúde são princípios adotados em busca de avanço na qualidade de vida da população e da prevenção de riscos e agravos. Para a integração das ações de saúde é necessário o conhecimento alinhado da situação de saúde do território, com foco nos problemas, nos riscos e nas vulnerabilidades da comunidade (Brasil, 2021). A vigilância em saúde (sanitária, ambiental, epidemiológica e do trabalhador) e a promoção da saúde se mostram essenciais para identificar as causas dos fatores determinantes do processo saúde-doença da população. Contudo é preciso que ocorra a integração de todas essas vertentes em um mesmo território. O trabalho não pode estar centrado somente no controle das doenças transmissíveis, não transmissíveis e agravos (violências e acidentes). Em outras palavras, o “território da dengue” não deve ser o único considerado nessa ação complexa de integração (Brasil, 2021). Planejar as ações com base no conhecimento do território deve ser uma das características da organização dos processos de trabalho na Atenção Primária à Saúde (APS). Esse procedimento necessita identificar os fatores de 8 risco e de proteção à saúde existentes na estrutura e na dinâmica que compõem o território em que vive a população adscrita, contemplando a identificação de áreas e situações de risco individual e coletivo, reconhecendo no território os locais e as pessoas em condições que aumentam o risco de doenças (Quadro 2) (Brasil, 2021). Quadro 2 – Condições que aumentam o risco de as pessoas adoecerem • Baixa renda • Desemprego • Acesso precário a bens e serviços: água, luz elétrica, transporte etc. • Falta de água tratada • Lixo armazenado em locais inadequados • Uso incorreto de venenos na lavoura • Poluição do ar ou da água • Esgoto a céu aberto • Falta de alimentação ou alimentação inadequada Segundo o Conass (2017), o território pode ser representado através de um mapa (Figura 4) que mostra as características: geográfica, ambientais, demográficas, epidemiológica, administrativa, tecnológica, política , social e cultural, a exemplo: do nível de desenvolvimento social e econômico da população; da infraestrutura existente, de moradia, de trabalho e de serviços de saúde; a subjetividade, a afetividade, a espiritualidade, a sexualidade, o gênero e a diversidade cultural; a participação das pessoas nas decisões da comunidade principalmente através dos Conselhos de Saúde (fortalecendo o Controle Social); o grau de desigualdade de renda; presença de agentes transmissores de doenças e alergias; a qualidade da alimentação; a qualidade do saneamento; níveis de violência, discriminação, dependência química, presença de áreas de risco físico-natural (deslizamentos de terra, inundações etc.); mudanças cíclicas e climáticas na bacia hidrográfica na qual o território está inserido; e presença de fontes poluidoras como indústrias e uso abusivo e não regulamentado de agrotóxicos, tornando-se assim um território em permanente construção. (Conass, 2017) 9 Figura 4 – Mapa de delimitação de um território Crédito: MariaNechaeva/Shutterstock. TEMA 5 – MOBILIZANDO A COMUNIDADE Quando a comunidade participa de ações em busca de soluções para seus problemas significa que ela quer envolver-se, mudar de vida e influenciar outros também. Quando a comunidade busca resolver seus problemas, o saber de cada um contribui para construir algo maior, o que pode ajudar a todos. A mobilização da comunidade é fundamental para que as ações sejam efetivas. A promoção da saúde só funciona quando as pessoas querem tomar alguma atitude para mudar de vida, viver melhor e estar dispostas a mudar. Por exemplo, uma pessoa que realiza caminhadas diárias e a partir daí demonstra estar melhor de saúde, mais disposta, mais alegre, pode servir de estímulo a outras pessoas próximas para que se cuidem também (Figura 5). 10 Figura 5 – Caminhada Crédito: Bignai/Shutterstock. Um dos principais tópicos da promoção da saúde é o processo de capacitação da comunidade para obter melhoria de sua qualidade de vida e saúde. Assim, a promoção da saúde precisa de um envolvimento de toda a sociedade em busca de um estilo de vida saudável, mudança de atitude, para se conseguir melhoria da qualidade de vida (Brasil, 2021). A dengue é uma doença bastante divulgada na mídia. Entretanto, ainda existem pessoas sem conhecimento básico das medidas de prevenção da doença e de que essas medidas precisam ser incorporadas na rotina diária para que aos poucos ocorram pequenas mudanças de hábitos de vida (Martins et al., 2016). O controle da dengue depende essencialmente da participação e da mobilização de toda a sociedade para a adoção de medidas simples, como evitar o acúmulo de água em recipientes diversos em todos os locais da comunidade (Figura 6), o descarte adequado do lixo, entre outras. A adoção de práticas de educação e promoção da saúde requer a mobilização social, com o uso de instrumentos viáveis e necessários no combate à dengue que tornem possível interferir de forma positiva no processo saúde-doença (Brasil, 2021). 11 Figura 6 – Medidas de controle da dengue Crédito: Chonnanit/Shutterstock. As ações de promoção da saúde devem envolver toda a comunidade, possibilitando a formação de pessoas que possam atuar como multiplicadores de conhecimento e, consequentemente, contribuir para a redução e o controle da doença (Conass, 2017). Todas as ações realizadas pelo ACS (agente comunitário de saúde) e pelo ACE (agente de controle de endemias) são valorosas e a maneira como são realizadas qualifica seu trabalho. No entanto é fundamental compreender que existe a necessidade da participação popular na produção da saúde, estimulando as pessoas a participar das discussões que envolvem a relação entre a saúde e o meio ambiente em que vivem e auxiliando a produção da saúde e a construção de ambientes saudáveis (Brasil, 2021). A promoção da saúde necessita que os indivíduos se disponham, mudem suas rotinas e hábitos e percebam que têm controle sobre as condições que afetam sua saúde. Quando as situações de risco são de cunho individual, as soluções são individuais. Entretanto algumas situações de risco são de caráter coletivo e precisam da participação de toda a comunidade. Um grande exemplo de problema de saúde que depende de ações coletivas é o controle da dengue. 12 Mobilizar a população para combater os focos de reprodução do mosquito Aedes aegypti é fundamental para evitar possíveis epidemias de dengue, zika e chikungunya. Essa ação, no entanto, pode ser potencializada se estiver integrada a outras políticas e iniciativas (Brasil, 2021). Uma forma de mobilizar a comunidade é promover a adesãoe a participação em ações junto aos conselhos de saúde (locais, municipais, estaduais e nacional). As conferências são espaços que permitem a participação democrática e organizada da comunidade na busca de soluções. Entretanto, a participação da comunidade pode se dar de outras maneiras, como reuniões das equipes de saúde com a comunidade e associação de moradores, caixas de sugestões, ouvidoria, disque-denúncia, entre outras (Conass, 2017). O Aedes é uma espécie adaptada ao convívio com o ser humano, reproduzindo-se com mais facilidade em assentamentos urbanos do que em ambientes naturais. Assim, é importante ter uma visão ampla sobre as relações entre sua atuação como transmissor de doenças e as condições de vida das populações das cidades (Figura 7) (Brasil, 2021). Figura 7 – Combate à dengue nas cidades Crédito: mrfiza/Shutterstock. 13 5.1 Projetos de mobilização Através da Fiocruz foi implantado o Banco de Práticas e Soluções em Saúde e Ambiente (IdeiaSUS). Algumas das experiências no controle das arboviroses foram premiadas, entre elas a Dengue Móvel nos Bairros e a Água Branca Livre de Dengue. 5.1.1 Dengue Móvel nos Bairros Este projeto foi desenvolvido pela Secretaria de Saúde de Ipameri, em Goiás. O município realiza a troca de materiais recicláveis, como pneus, latas e plásticos em geral, por materiais escolares (cadernos, lápis, borrachas, entre outros). Todos os bairros são visitados. O objetivo é a prevenção, conscientização da população e eliminação de futuros criadouros do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Como resultado, o município conquistou quintais e terrenos baldios limpos sem a presença de criadouros do mosquito Aedes aegypti. Além disso, como consequência, o número de casos notificados e confirmados diminuiu em relação aos anos anteriores ao projeto, tornando o município de Ipameri referência no controle da dengue. 5.1.2 Água Branca Livre de Dengue Outro projeto bem-sucedido é Água Branca Livre de Dengue. A ação se iniciou através de visitas domiciliares divulgando o projeto por meio da distribuição de folders e panfletos informativos. Com a mobilização de toda a comunidade foram realizados mutirões de limpeza com participação de vários setores, com inspeções em todos os imóveis da cidade. Foi aplicado um checklist específico para identificar os criadouros do mosquito e realizada a fixação de selo de classificação de risco conforme as condições apresentadas pelos imóveis inspecionados (verde, amarelo, vermelho), bem como monitorização contínua das condições dos imóveis que apresentaram criadouros ou focos do mosquito da dengue e revisitas aos imóveis reincidentes, fechados e baldios. As equipes reúnem-se após a conclusão de cada etapa e realizam uma nova programação para garantir a cobertura de 100% dos imóveis visitados e proceder ao encaminhamento dos casos de recusa de visita em imóveis 14 reincidentes, fechados e baldios para a vigilância sanitária municipal e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, para as devidas notificações seguindo as leis sanitárias vigentes e o Código de Postura Municipal. Como resultado, em 2015 foram concluídos os dois primeiros ciclos, os quais demonstraram índices inferiores aos anos anteriores para épocas sazonais e endêmicas de doenças virais como dengue e chikungunya. Além desses projetos outros têm sido implantados para controlar a dengue como o Movimento Carioca por um Rio Livre de Dengue. 5.1.3 Movimento Carioca por um Rio Livre de Dengue Coordenada pela SMSDC-RJ (Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro), a iniciativa articula os sistemas de vigilância em saúde, de atenção primária e ações intersetoriais de promoção da saúde para a prevenção da dengue. Uma das atividades é a Caminhada contra a Dengue, que toda primeira sexta-feira do mês mobiliza agentes de vigilância em saúde, agentes comunitários de saúde, jovens promotores de saúde, profissionais de saúde, educação, assistência social e a população em geral em mutirões para eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti. NA PRÁTICA 1. Comente como as ações de promoção da saúde podem mudar a vida de uma pessoa. Quando uma pessoa recebe as informações, decide mudar de vida e buscar qualidade de vida. 2. Cite cinco fatores que você considera importantes conhecer no território porque podem afetar a saúde da população. As condições das moradias, a qualidade da água de consumo, a qualidade da alimentação, a qualidade do saneamento e as doenças existentes. 3. Explique o que você entendeu sobre prevenção de doenças e promoção da saúde. A prevenção de doenças compreende forças mobilizadas para reduzir a ocorrência de doenças e a promoção da saúde abrange mudanças no modo de vida das pessoas com o intuito de diminuir o risco de doenças. 15 FINALIZANDO Neste capítulo você entendeu o quanto é importante o ACS e o ACE desenvolverem as ações de promoção da saúde e conseguirem mobilizar a comunidade em busca de soluções para os problemas de saúde relacionados ao meio. Quando as pessoas incorporam as mudanças necessárias nas rotinas diárias sua qualidade de vida melhora. 16 REFERÊNCIAS Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Projeto Promoção da Saúde. As Cartas da Promoção da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. _______. Ministério da Saúde. Portaria n. 687, de 30 de março de 2006. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. _______. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Subsecretaria de Planejamento e Orçamento. Plano Nacional de Saúde – PNS: 2012-2015. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. _______. Ministério da Saúde. Portaria n. 2.446, de 11 de novembro de 2014. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. _______. Ministério da Saúde. Promoção da Saúde: aproximações ao tema: caderno 1. Brasília: Ministério da Saúde, 2021. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes- svs/promocao-da- saude/promocao_saude_aproximacoes_tema_05_2021.pdf/view> Acesso em: 7 jul. 2022. CONASS – CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE. Disponível em: <https://atencaobasica.saude.rs.gov. br/upload/arquivos/201711/07112640-oficina-3-territorio-e-vigilancia-em- saude.pdf 2017>. Acesso em: 7 jul. 2022. DAHLGREN, G.; WHITEHEAD M. Policies and strategies to promote social equity in health. Stockholm: Institute for Future Studies, 1991. FIOCRUZ. Disponível em: <https://portal.fiocruz.br/ideiasus/>. Acesso em: 7 jul. 2022. MARTINS, F. E. P. et al. Promoção à saúde no combate à dengue em Sobral (CE): relato de experiência. SANARE-Revista de Políticas Públicas, v. 15, n. 1, 2016. SÍCOLI, J. L.; NASCIMENTO, P. R. Health promotion: concepts, principles and practice. Interface - Comunic, Saúde, Educ, v. 7, n.12, p. 91-112, 2003. WORLD HEALTH ORGANIZATION – WHO. The Ottawa Charter for Health 17 Promotion. Ottawa: Canadian Public Health Association, 1986. 18 GABARITO 1. Quando uma pessoa recebe as informações, decide mudar de vida e buscar qualidade de vida. 2. As condições das moradias, a qualidade da água de consumo, a qualidade da alimentação, a qualidade do saneamento e as doenças existentes. 3. A prevenção de doenças compreende forças mobilizadas para reduzir a ocorrência de doenças e a promoção da saúde abrange mudanças no modo de vida das pessoas com o intuito de diminuir o risco de doenças.